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Seminário Internacional reúne autoridades brasileiras e internacionais para debater os desafios da Ciência na produção de alimentos

Programação do Seminário segue hoje e amanhã (16/05), de forma online

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Evaldo Vilela, Presidente do CNPq e coordenador Científico Fórum do Futuro

Na manhã de hoje, 15/06, o Instituto Fórum do Futuro promoveu a abertura do “Seminário Internacional Os Desafios da Ciência em Novo Pacto Global do Alimento”, no âmbito do projeto Biomas Tropicais. O evento reúne até amanhã autoridades brasileiras e internacionais em ciências relacionadas à Bioeconomia Tropical.

Presidente do Instituto Fórum do Futuro e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli

Durante a abertura, o Presidente do Instituto Fórum do Futuro e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, ressaltou que as próximas décadas serão, possivelmente, as mais desafiadoras da História, com o número de famintos crescendo e a população caminhando para alcançar a marca de 10 bilhões de pessoas em 2050.

“Nesse contexto, apresentaremos durante o Seminário uma rede de Ciência colaborativa revigorada, com institutos de pesquisa e universidades brasileiras e internacionais, além das participações do Banco Mundial, da FAO e do Banco da África, para mostrar que é possível mais que dobrar a produção de alimentos no Brasil, até 2050, sem produzir novos desmatamentos. E que a Amazônia pode se transformar no maior celeiro global de produtos naturais sem que seja necessário derrubar uma única árvore”, destacou Paolinelli.

Para Evaldo Vilela, Presidente do CNPq e Coordenador Científico do Instituto Fórum do Futuro, projetos de desenvolvimento científico e tecnológico devem ser centrados em desafios ou problemas reais atuais ou futuros, locais ou globais, com alcance para a humanidade, e que requerem conhecimentos, novos ou aplicados, teóricos ou experimentais de sólida base científica.

Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina

“Ampliaremos esse debate na comunidade acadêmica e empresarial, junto aos atores envolvidos com a viabilização das potencialidades da Bioeconomia. Importante, ainda, a participação de atores de governos na promoção desses debates, sempre com o intuito de trabalhar as potencialidades das transformações no sentido pleno do desenvolvimento sustentável, com avanços econômicos, sociais e ambientais”, salientou Vilela.

“Ninguém tem dúvida de que o Brasil já é uma potência agro ambiental. Agora precisamos saber como podemos potencializar tudo isso para os próximos 30 anos. Que possamos, neste seminário, trazer novos conhecimentos, novas ideias para todos que estão participando”, comentou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.

Apoio internacional

Presidente do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (ICAA), Manuel Otero

O Presidente do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (ICAA), Manuel Otero, acredita que a América Latina tem tudo para garantir a segurança alimentar e também da sustentabilidade ambiental do planeta. Mas, para alcançar esse objetivo, ele comenta que é preciso colocar em prática uma agricultura intensiva em conhecimentos, aproveitando todas as vantagens oferecidas.

“Nosso continente conta com 50% da biodiversidade conhecida, evidentemente temos que fazer um aproveitamento racional desses recursos. Ao mesmo tempo, temos que reduzir as perdas e valorizar todos os resíduos e detritos na América Latina e no Caribe. Há um desperdício muito grande de quase 130 milhões de toneladas de alimentos por ano”.

Economista-chefe do Banco Mundial para Agricultura na África, Diego Arias

O economista-chefe do Banco Mundial para Agricultura na África, Diego Arias, comenta que a instituição tem como objetivo apoiar a transformação do setor alimentar, não só aumentando a competitividade do setor, mas também para que haja um impacto positivo para o planeta, o meio ambiente e a saúde humana.

Ele explica, ainda, que o conhecimento é a chave para poder criar essa nova economia e a base dessa transformação está nas economias tropicais. “O tema tratado neste seminário é muito relevante para o contexto que o mundo está passando, não somente com a pandemia, mas com as mudanças climáticas e as problemáticas da nutrição, que estão ligadas à produção de alimentos”, detalha Arias.

“Hoje eu trabalho com a África e ali há países que podem se beneficiar muito dessa experiência e conhecimento que já existe. Estamos falando não só de geração, mas também de transferência desse conhecimento do desenvolvimento de uma economia tropical sustentável”, finaliza.

 Projeto Biomas Tropicais

O Projeto Biomas Tropicais é coordenado pelo Instituto Fórum do Futuro, presidido pelo Professor Alysson Paolinelli, e conta no seu núcleo central com a parceria de instituições como o CNPq, a Embrapa, a Universidade de São Paulo (ESALQ), as Universidades Federais de Lavras e Viçosa, o Centro de Gestão de Estudos estratégicos, o SEBRAE e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições regionais em cada um dos biomas estudados. A experiência deve desenvolver alternativas para a integração da ciência, energia, natureza e alimentos, criando uma sinergia entre essas áreas e dando grande ênfase a ações sustentáveis.

A concepção do Projeto Biomas começou há oito anos e a implantação teve início em meados de 2019, no Polo Demonstrativo dos Cerrados, em Rio Verde (GO). Agora estão sendo iniciados os trabalhos na Amazônia e na Caatinga.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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