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VOZ DO COOP

Notícias Manejo correto de terras cultiváveis

Seminário debate importância da conservação do solo na produção agropecuária

Quando o solo é utilizado adequadamente, além de garantir a produção de alimentos, fibra e energia, fornece serviços ambientais essenciais, como reservação de água, regulação do clima, conservação da biodiversidade, sequestro
de carbono, entre outros, beneficiando toda a sociedade.

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Foto: Guilherme Martimon/Mapa

Para aprofundar os debates sobre a necessidade de uso e manejo sustentáveis do solo como um dos fatores básicos da produção agropecuária, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou na segunda-feira (11) um seminário em comemoração ao Dia Nacional da Conservação do Solo, a ser celebrado nesta sexta-feira (15).

Técnicos e pesquisadores do tema discutiram os principais desafios e as políticas públicas para o desenvolvimento rural sustentável. O seminário foi transmitido pelo canal do Youtube do Mapa.

 

A conservação do solo diz respeito a um conjunto de princípios e tecnologias agrícolas que visam o manejo correto das terras cultiváveis, mantendo sua qualidade física, química e biológica, para evitar a degradação. Quando o solo é utilizado adequadamente, além de garantir a produção de alimentos, fibra e energia, fornece serviços ambientais essenciais, como reservação de água, regulação do clima, conservação da biodiversidade, sequestro
de carbono, entre outros, beneficiando toda a sociedade.

“O solo é, sem dúvida alguma, um dos recursos naturais mais importantes da humanidade, é base para a garantia da segurança alimentar e conservação da biodiversidade, além de grande reservatório de carbono. O Brasil lidera as políticas públicas estratégicas para promover, fomentar o manejo sustentável do solo”, destacou o ministro Marcos Montes, ao citar programas do Mapa como Pronasolos, Águas do Agro e ABC+.

A adoção de práticas ambientalmente adequadas contribui para a melhoria da sustentabilidade e resiliência dos sistemas de produção, pois diminui os riscos de perdas de solo por erosão, a lixiviação de nutrientes, e o consequente assoreamento e contaminação dos rios e cursos d’água. Entre as principais práticas agropecuárias voltadas à conservação do solo estão o Sistema de Plantio Direto, o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a rotação de culturas, a adubação orgânica, a adubação verde, a construção de terraços e curvas de nível e o plantio em faixas.

De acordo com o presidente da Embrapa, Celso Moretti, o Brasil armazena em seus solos 5% do carbono orgânico de todo o ecossistema terrestre, principalmente nos biomas Amazônico e Pampa, conforme o Mapa de Carbono dos Solos. “Conservar os solos é contribuir para mitigar as mudanças climáticas e para reduzir os gases de efeito estufa. É importante lembrar que os solos são um dos maiores sumidouros de carbono do ecossistema terrestre. Se hoje já alimentamos 800 milhões de pessoas, preservando dois terços do território brasileiro e conhecendo apenas 5% dos solos brasileiros. Imagina o que poderemos fazer conhecendo 50% dos solos”, defendeu Moretti.

Maior programa de investigação do solo brasileiro, o Pronasolos reúne o conhecimento de mais de 30 instituições públicas e privadas com intuito de engajar a participação de outros setores da sociedade para cooperação neste desafio continental para uma melhor gestão dos solos do Brasil. A partir do detalhado conhecimento sobre os solos sistematizados, o PronaSolos proporcionará aumento da usabilidade dos dados e informações, aprimorando
a aplicação dos conhecimentos que estarão disponíveis em uma única plataforma tecnológica.

Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, o Pronasolos é exatamente uma ação concreta que vai além do discurso, caracterizando-se como um esforço no sentido de mostrar como fazer, fazendo. “As parcerias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o Mapa são algo crescente. Hoje é um seminário de celebração e reconhecimento. Celebração, porque, quando falamos em conservação do solo, estamos falando da marca da produção agropecuária brasileira, que é a sustentabilidade”, disse Alvim na abertura do seminário.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, informou que está em estudo a realização de um seminário internacional, em setembro, para debater o tema que irá reunir representantes do Brasil, países da América Latina e Caribe. O evento será importante para mostrar o avanço das práticas conservacionistas do solo na região e servirá para o debate com outras nações e o IPCC. “A nossa prática é conservacionista e retém carbono. Agora, temos que ser remunerado por esse carbono que é retido no solo”.

Os representantes do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA),Gabriel Delgado, e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, também participaram do seminário. Eles ressaltaram as medidas já adotadas pelo Mapa e setor produtivo para a conservação e recuperação de solos.

O Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído em 1989, por iniciativa do Mapa. A data é uma homenagem ao pioneiro da conservação do solo, Hugh Hammond Bennett, e tem como objetivo promover a reflexão sobre a importância do solo para nossa sociedade, e a necessidade de sua conservação.

Organismos internacionais

Na manhã de segunda-feira (11), o secretário Fernando Camargo reuniu-se com representantes de organismos internacionais, da academia e do setor privado, para discutir iniciativas multilaterais internacionais e políticas públicas voltadas para a conservação dos solos no Brasil.

Segundo o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Rafael Zavala, dada a sofisticação do setor agrícola, o Brasil deve ter as boas práticas para agricultura tropical promovidas e valorizadas.

Dentre os temas debatidos, destacam-se a necessidade de gerar oportunidades valorativas de ativos estratégicos como solos produtivos, mitigação da emissão de carbono e preservação dos recursos hídricos como forma de beneficiar países que preservam seus recursos e as oportunidades para a atuação conjunta em fóruns internacionais dos países praticantes da agricultura tropical, especialmente junto ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC); além da necessidade de aprimorar as parcerias público-privadas para projetos agrícolas sustentáveis.

Fonte: Mapa

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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