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Seminário de Defesa Vegetal aborda ações da Secretaria da Agricultura

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Seminário integrou a programação da 45ª Expointer e reuniu servidores da Defesa Vegetal da Seapdr - Fotos: Fernando Dias/Seapdr

O Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizou na quarta-feira (31), durante a 45ª Expointer, o “Seminário de Defesa Vegetal”. Um ciclo de palestras abordou temas importantes relacionados às ações desenvolvidas por engenheiros agrônomos que atuam no Departamento. Antes, os servidores Plinio Manosso e José Luiz Fraga Nunes foram homenageados por cumprirem 40 anos de Secretaria, na área de fiscalização agropecuária.

Fabíola Lopes abriu o ciclo de palestras abordando o Laren

A engenheira agrônoma e chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Fabíola Lopes, falou sobre “Laren e a melhoria da qualidade do vinho”. Ela explicou que o Laboratório de Referência Enológica Evanir da Silva (Laren) da Seapdr é um laboratório de referência em enologia para o país e para o mundo.

“Ao termos conhecimento e estudarmos a história da vitivinicultura gaúcha, verificamos que a organização do setor se relaciona diretamente às publicações de normas, juntamente com a atuação das instituições e órgãos de controle”, elucidou Fabíola. “E isso contribui para a melhoria na qualidade do produto vitivinícola ofertado à sociedade”.

Segundo a servidora, o Laren foi inaugurado em Caxias do Sul em 2001 e foi construído em substituição aos antigos laboratórios de enologia espalhados nos diferentes municípios da serra gaúcha.

“Nesses 20 anos de atuação, é visível a relação com a melhoria dos produtos vitivinícolas elaborados, tanto no Rio Grande do Sul como no restante do país”, pontuou Fabíola. De acordo com ela, isso é também produto do maior controle da produção (realizado pela fiscalização agropecuária da Seapdr), somado à melhoria da matéria-prima usada na elaboração desses produtos, à modernização e à maior organização do setor, entre outros fatores que contribuem ativamente para esse ganho de qualidade.

“Mitigação de risco de derivas de agrotóxicos hormonais no Rio Grande do Sul” foi a palestra ministrada pelo engenheiro agrônomo Juliano Ritter. Ele enfocou a situação das derivas de agrotóxicos hormonais no Estado e apontou os principais problemas verificados nas ocorrências e como proceder para corrigi-los, reduzindo os riscos nas aplicações dos defensivos agrícolas.

Segundo ele, os principais problemas estão relacionados à condição ambiental (vento, temperatura e umidade) e aos equipamentos utilizados (a tecnologia de aplicação). “É preciso que os produtores não apliquem o agrotóxico com vento excessivo, cuidem para não usar a tecnologia errada e escolham a ponta de pulverização adequada”, alertou Ritter. “A regulagem do bico da aeronave de forma errada produz gotas finas (o ideal são gotas grossas)”.

Ele citou como exemplos derivas de herbicidas que aconteceram na Fronteira Oeste, quando a Seapdr foi acionada. “A fiscalização agropecuária atendeu a essas derivas e identificou quais eram os problemas nessas situações. As alternativas para redução de derivas são a escolha do equipamento adequado, do momento adequado para aplicação do produto com relação às condições climáticas, identificação de áreas lindeiras de possível risco de deriva”, afirmou.

A engenheira agrônoma da Seapdr e doutora em Ciências, Hellen dos Santos, falou sobre “Certificação e rastreabilidade: garantias de segurança dos alimentos e produtos agropecuários aos consumidores”. Ela abordou a certificação fitossanitária de origem e a certificação fitossanitária de origem consolidada. “A certificação é que garante a qualidade do alimento seguro”, declarou. Conforme Hellen, os envolvidos nessa cadeia são o Responsável Técnico (RT), o produtor rural e a Seapdr, por meio do Departamento de Defesa Vegetal.

“Todos têm suas obrigações”, afirmou a palestrante. De acordo com ela, no caso da Secretaria, elas englobam a parte de sistema on-line para colher os dados gerados pelos RTs, cadastrar o RT, promover cursos de certificação para habilitação de RTs. “Além de alimentar o sistema e manter os dados para auditorias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Seapdr ainda faz as inspeções nas unidades de produção, que são as propriedades rurais certificadas, e nas unidades consolidadoras, que beneficiam os produtos das empresas”.

Por fim, o fiscal agropecuário André Ebone apresentou “Boas práticas no uso de agrotóxicos”. Ele falou sobre o uso seguro de agrotóxicos, baseado na legislação vigente e experiências do dia a dia do trabalho desempenhado na fiscalização de propriedades rurais, empresas do setor e profissionais responsáveis técnicos.

“Os agrotóxicos são ferramentas comumente utilizadas nas cadeias produtivas de grãos, forragens e fibras”, pontuou. Ele destacou os critérios de segurança em relação à exposição ao agrotóxico. “Os produtores devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI), usar produtos registrados (para evitar contrabando e falsificações), seguir as orientações de uso de um profissional habilitado (engenheiro agrônomo ou técnico agropecuário), seguir as informações indicadas na bula e no rótulo do produto”.

Além disso, devem manter equipamentos de pulverização calibrados, com manutenção em dia e buscando sempre técnicas de redução de deriva (acertar o alvo que se deseja controlar com menor risco ambiental e humano). “Usar ainda roupa hidrorrepelente, máscara para substâncias inorgânicas, luvas impermeáveis e bota e avental plástico”, finalizou Ebone.

Homenagem aos servidores

Plinio Manosso (à esquerda) e José Luiz Fraga Nunes receberam homenagem pelos 40 anos de serviço público

O engenheiro agrônomo Plinio Manosso tem 62 anos de idade e 40 de Secretaria da Agricultura. Atua como Responsável Técnico (RT) e gerente-geral do Laren, em Caxias do Sul, desde sua inauguração, em 2001, mas sempre trabalhou na área do vinho. “Só tenho que agradecer à vida por ter me realizado profissionalmente. Com essa homenagem, eu me sinto um símbolo de esperança para os colegas que estão começando a carreira e para os que ainda continuam na ativa. Acho que dá para dizer que faço parte da história da Secretaria”.

José Luiz Fraga Nunes, o Zeca, de 65 anos de idade, é técnico agrícola na Inspetoria de Defesa Agropecuária de Farroupilha, na área do vinho. Ele faz questão de destacar que, ao longo da carreira, participou da Campanha de Combate à Febre Aftosa, em Joia, e do Levantamento das lavouras de soja transgênica no Rio Grande do Sul. “Para mim é uma satisfação receber essa homenagem e ser lembrado pelo trabalho que fiz e ainda faço com muita dedicação. É um orgulho”.

Fonte: Ascom

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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro

Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

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Fotos: Divulgação/ABCZ

Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.

A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.

Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian: “Temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”

A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.

Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.

O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.

Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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