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Notícias Tec Agro 2023

Seminário da ATeG valoriza cadeia produtiva da bovinocultura de leite

Evento ocorreu no Parque da Efapi, em Chapecó (SC), durante o Tec Agro 2023 e reuniu mais de 600 produtores das regiões do Meio Oeste, Oeste e Extremo Oeste, dirigentes sindicais, lideranças, supervisores regionais e equipe técnica da ATeG.

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Seminário da ATeG Bovinocultura de Leite ocorreu durante o Tec Agro - Foto: Agência Novità

O Seminário Regional da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), com foco para a bovinocultura de leite, promovido na terça-feira (31) pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Sistema Faesc/Senar-SC) foi um sucesso. O evento ocorreu no Parque da Efapi, em Chapecó (SC), durante o Tec Agro 2023 e reuniu mais de 600 produtores das regiões do Meio Oeste, Oeste e Extremo Oeste, dirigentes sindicais, lideranças, supervisores regionais e equipe técnica da ATeG.

Vice-presidente executivo da Faesc, Clemerson Pedrozo, falou sobre o sucesso da ATeG em Santa Cararina: “emos orgulho do agro brasileiro e o leite é um dos principais produtos agropecuários do Brasil” – Fotos: Divulgação/MB Comunicação

Na cerimônia de abertura, presidente do Sindicato Rural de Chapecó e vice-presidente regional da Faesc, Luiz Carlos Travi, destacou a importância da iniciativa e o vice-presidente executivo da Faesc Clemerson Pedrozo agradeceu o trabalho das equipes do Senar/SC que se dedicam diariamente para atender os produtores rurais do Programa ATeG. Também reconheceu o comprometimento dos dirigentes sindicais. “Temos orgulho do agro brasileiro e o leite é um dos principais produtos agropecuários do Brasil. Falam que estamos entre os melhores do mundo, somos um dos países que mais exporta grãos e carnes, o que mais cresce e, tudo isso é verdade, mas resulta de um trabalho feito com muita dificuldade e engajamento pelos produtores e demais envolvidos na cadeia produtiva”, frisou Clemerson.

Em seguida, a ATeG Bovinocultura de Leite em Santa Catarina foi apresentada pela coordenadora estadual do programa, Paula Coimbra Nunes. Ela frisou que a iniciativa difere da assistência técnica convencional porque leva a gestão para as propriedades. “Hoje vivenciamos esse momento especial na atividade de leite, mas é importante destacar que atendemos 10 cadeias produtivas no Estado. O número de produtores que passaram pelo programa, desde 2016, é expressivo. Somente na bovinocultura de leite foram mais de 6.400 produtores durante todo esse período. Atualmente, o número de participantes da ATeG Bovinocultura de Leite soma 2.715 pessoas em todo o Estado. Esse programa é um sucesso graças ao trabalho e o esforço de cada um dos produtores que se compromete em inovar no dia a dia”.

Evento contou com a participação de dirigentes e representantes de entidades sindicais das três regiões

Eficiência econômica de sistemas de produção

Outro momento importante foi a palestra “Aumento da eficiência econômica de sistemas de produção de leite em tempos de preços e custos desafiadores”, com o engenheiro agrônomo Dr. Wagner Beskow.  O palestrante ressaltou a importância de abordar o tema ao comentar que nesse momento de preços baixos, os produtores estão em real dificuldade. “Muitos deles não conseguem fechar as contas e têm um negócio que é potencialmente muito lucrativo, tanto que conseguem crescer mesmo nesses períodos de crise”, destacou ao mencionar alguns exemplos que levou para o evento.

 Cases de sucesso 

Por fim, os produtores rurais apresentaram seus cases de sucesso da ATeG, realizada pelo Senar/SC, em parceria com os Sindicatos Rurais.

O produtor Eduardo Brancher contou sua experiência, acompanhado do técnico de campo Alfeu Cristiano Kleemann e do supervisor técnico do Sindicato Rural de Pinhalzinho Leandro Simioni.

Com 37 hectares e uma área útil de 34 hectares, no município de Pinhalzinho, a propriedade trabalha com um sistema de confinamento que envolve 100% dos animais. “Temos 81 vacas em lactação, não atuamos com mão da obra contratada, somos a terceira geração que trabalha na propriedade e espero que o meu filho também dê sequência a ela”, realçou Eduardo.

Evento reuniu produtores das regiões do Meio Oeste, Oeste e Extremo Oeste, dirigentes sindicais, lideranças, supervisores regionais e equipe técnica da ATeG

De acordo com o produtor, quando a família começou a atuar com a assistência do Senar/SC, em dezembro de 2021, a média de produção era de 24,5 litros de leite por vaca. “Se tivéssemos continuado com os mesmos números, o sistema não iria se manter. Então, fizemos várias melhorias e a primeira delas foi a análise de solo bem elaborada. Avaliamos com o técnico as variedades de milho e a adubação que se encaixasse para o nosso solo. Com isso conseguimos uma boa produtividade de silagem para ter um volumoso bom”.

Também foi trabalhada a área de pastagem perene para produção do pré-secado. “Viemos de uma seca e tivemos que fazer três safras. Incluímos a dieta de silagem de trigo também para agregar no alimento dos animais e, com toda essa mudança, tivemos melhoria dos alimentos. Mas, ainda havia um ponto que precisava ser revisto, pois as vacas não estavam respondendo como deveriam”.

O produtor ressaltou que havia alimento, mas a dieta em si não estava sendo suficiente. “Estudamos todos os pontos e a formulação da ração não estava de acordo com os animais. Mexemos nesse ponto e formulamos a nova ração. A partir do mês seguinte com a nova dieta, o resultado já foi significativo. A diferença foi da água para o vinho. Hoje a dieta está indo bem e os negócios estão crescendo”.

Darlei Adriano Canossa, de Ipumirim, explanou seu case de sucesso, juntamente com o técnico de campo Bruno Streher Matté e com o supervisor técnico do Sindicato Rural de Ipumirim Fernando da Silveira. Desde o início da ATeG a produção aumentou em 77% a produção mensal e a média de leite por vaca/dia cresceu 20,3%. Além desse incremento de produção e renda, ocorreu redução dos custos. Agora, temos novilhas parindo com cerca de 27 meses”.

Engenheiro agrônomo Wagner Beskow palestrou sobre a eficiência na produção de leite – Foto: Agência Novità

O produtor lembra que a primeira visita da ATeG foi em fevereiro de 2021. “Tínhamos novilhas de dois anos e meio que não estavam cobertas ainda e a assistência ajudou bastante. Hoje, contamos com 20 vacas em lactação em uma propriedade de 18,8 hectares e, além de melhorar os controles financeiros e produtivos, tivemos aumento da renda da atividade”, ressaltou.

Do Sindicato Rural de Itapiranga foram apresentados os resultados do produtor Rogério Vinceski, de Iporã do Oeste, que participa da ATeG desde 2021. Ele esteve acompanhado pelo técnico de campo Jean Burin e pelo supervisor técnico Fernando Schneider.

A propriedade, com 32 vacas em lactação no momento, apresentou resultados expressivos. “Saímos de uma produção de 6 mil litros para 13 mil e 500 litros – uma evolução muito grande. Quando a ATeG chegou estávamos com dificuldades de produção – pastagens degradadas, animais com problemas sanitários e animais com muita idade”, explicou o produtor.

Ele contou, ainda, que quando adquiriu a propriedade havia animais com problemas sanitários e, quando o programa começou, foram adotadas medidas para buscar solução. “Estamos bem satisfeitos com a ATeG e evoluímos a cada dia, tanto na questão da qualidade, quanto no bem-estar, entre outros aspectos. O que mais nos satisfaz é estar com a família, desfrutar esses momentos em casa, além de saber que estamos no caminho certo e, que futuramente, nossos filhos farão a sucessão”, finalizou.

O produtor Gian Perazzoli, do Sindicato Rural de Videira, também apresentou os avanços da propriedade na companhia da técnica de campo Suiane Pittol e do supervisor técnico Guilherme Romani de Mello.

Gian contou que os pais começaram a tocar a propriedade em 2010 e, em 2017, ele iniciou o processo de sucessão ao investir em pecuária leiteira. “Aproveitei o barracão de fumo que era dos meus pais e transformei em composto e sala de alimentação para as vacas. Começamos a participar da ATeG em março de 2021. Naquela época estávamos com 6 mil litros de média mensal, com 23 vacas. Hoje, depois de 17 meses com a assistência, estamos com mais de 12 mil litros”, destacou ao relatar que são 25 vacas em lactação no momento. “Se não fosse a ATeG não estaria mais nessa atividade”, finalizou o produtor.

De acordo com o presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, os significativos resultados são realidade porque os produtores são muito dedicados e estão cada vez mais interessados em obter conhecimentos e porque há dedicação de eficientes equipes e excelentes parceiros em todas as áreas. “Estamos felizes com a repercussão dos cases apresentados no Seminário do ATeG na Tec Agro – um evento que contribui para a inovação do setor”.

Fonte: Assessoria Sistema Faesc/Senar-SC

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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