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Seminário da APA discute importância da biosseguridade na avicultura de postura comercial
Evento reuniu profissionais, avicultores e demais interessados, sendo inteiramente dedicado à manutenção e setor produtivode estabelecimentos comerciais de postura paulista.

A Associação Paulista de Avicultura (APA) em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo foi realizado, no fim de agosto, o Seminário Técnico voltado à avicultura de postura comercial na Universidade Brasil em Descalvado (SP). O evento reuniu profissionais, avicultores e demais interessados, sendo inteiramente dedicado à manutenção e setor produtivode estabelecimentos comerciais de postura paulista. Todas palestras estão disponíveis aqui para você assistir on demand.

Professora doutora Sarah Sgavioli, da Universidade Brasil: “Tratamos de uma série de assuntos muito oportunos para o setor”
A professora doutora Sarah Sgavioli, da Universidade Brasil, exaltou o resultado do evento como uma oportunidade para que o Serviço Veterinário Oficial (SVO) e demais elos do setor produtivo interagissem dentro de uma importante região produtora do segmento de postura. “Tratamos de uma série de assuntos muito oportunos para o setor, como a situação da Influenza aviária no mundo e no Brasil, procedimentos de prevenção e controle de SRNs, importância da biosseguridade na produção avícola e avicultura de subsistência”, relatou.
O presidente da APA, Érico Pozzer, pontuou a forma de atuação da APA, salientando o papel associação e a importância do setor produtivo do estado paulista para o desenvolvimento do país. “A avicultura de São Paulo é muito importante para o agronegócio paulista, ela emprega hoje mais de 50 mil pessoas com carteira assinada nos empreendimentos do estado”, exaltou, enfatizando: “Somos o maior produtor de ovos, respondendo por 35% do que é produzido no Brasil e o quarto produtor de carne de frango, o que representa 10% da produção nacional. Portanto, a APA, como principal entidade paulista, sempre vai auxiliar o setor produtivo por meio de trabalho e planejamento para mantermos a biosseguridade dos nossos plantéis, em especial a Influenza aviária de Alta Patogenicidade e a Newcastle, enfermidades de elevado risco”.

Coordenador da CDA, Luiz Henrique Barrochelo: “Tivemos participação massiva dos profissionais do setor, que estão sempre alerta para a manutenção do status sanitários da avicultura paulista”
Além da Defesa Agropecuária, estiveram representadas a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Instituto Biológico (IB) e Universidade de São Paulo (USP). “É muito bom o Serviço Oficial estar inserido em contextos como foi este seminário, é muito importante para nós, pois só assim o setor pode ver que o Estado é parceiro, que nosso intuito é certificar as boas práticas”, comentou o médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), Paulo Blandico.
Na ocasião, Blandino abordou junto aos presentes, a importância da notificação de doenças à Defesa Agropecuária e apresentou as ações de vigilância ativa realizadas contra a Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em todo o Estado.
Além de Paulo, palestraram durante o seminário, a doutora Helena Lage da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA/USP) que abordou sobre a origem das doenças, em especial a IAAP e a Doença de Newcastle (DNC) e sobre as formas de transmissão.
Já o doutor Renato Luis Luciano do Centro Avançado de Pesquisa em Sanidade Avícola do Instituto Biológico foi o responsável por transmitir informações acerca da biosseguridade em granjas e a doutora Adriana Amaral de Oliveira Bueno, representando a CATI, abordou questões relacionadas à avicultura de subsistência. “Estamos aqui fazendo educação sanitária e o objetivo é despertar no setor, o interesse por essa ferramenta tão importante no sentido de salvaguardar a sanidade da avicultura paulista”, frisou Blandino.
“Toda a cadeia tem que estar funcionando, precisamos estar alinhados, esse é nosso desafio. Estamos aqui para manter um alerta ligado para que não haja descuidos quanto às medidas necessárias para manter a biosseguridade das granjas e manter a certificação da avicultura paulista”, acrescentou.
Na avaliação do coordenador da CDA, Luiz Henrique Barrochelo, o encontro foi muito importante levando em consideração a qualidade dos palestrantes e a região, um importante polo avícola do estado. “Foi um dia muito especial com uma grande procura e participação de profissionais do meio de toda região visando permanecerem sempre alerta para a manutenção do status sanitários da avicultura paulista, um grande patrimônio do agronegócio nacional”, ressaltou.

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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra
Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.
No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.
Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.
No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon
lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.
O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.
No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.
A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro
Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.
No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.
No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.
Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.
A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil
Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.
Planilha de Custos
Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS
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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira
Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel
Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.
Exemplo
O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.
Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.
A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.



