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Semex leva grupo de 36 brasileiros em tour pela pecuária leiteira do Canadá

A comitiva brasileira já passou pela CIAQ (Central de Inseminação Artificial de Quebec), de propriedade da Semex, localizada em Drummondville, na província de Quebec

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Para conhecer a pecuária leiteira do Canadá, uma comitiva brasileira, formada por 36 criadores, profissionais do setor e jornalistas, visitou fazendas, central de coleta e exposições canadenses. O grupo fez parte do Semex Tour Royal Winter Fair, que começou em 3 de novembro e finalizou no último domingo, 12 de novembro, passando pelas principais regiões produtoras de leite do país. Todas as propriedades visitadas utilizam a genética dos touros da raça Holandesa comercializada pela Semex, a maior empresa de genética do mundo e que, no mercado brasileiro é representada pela Semex Brasil.

A comitiva brasileira já passou pela CIAQ (Central de Inseminação Artificial de Quebec), de propriedade da Semex, localizada em Drummondville, na província de Quebec. O local conta com um museu sobre a pecuária leiteira e, dentre as suas principais atrações, está o túmulo do touro Hannover Hill Starbuck, reprodutor considerado um marco da raça Holandesa no mundo. Os brasileiros também participaram da exposição Supreme Dairy Show, em Saint Hyacinthe, e puderam acompanhar o julgamento de animais holandeses e a escolha da suprema das raças da exposição.

Uma das primeiras fazendas por onde os brasileiros passaram, a Lehoux Holsteins, tem um sistema que integra a produção de genética e de leite com a extração da floresta. O plantel, de apenas 70 vacas em lactação, é altamente eficiente, sendo que 17 delas foram classificadas como Excelentes, 50 Muito Boas e 11 Boas Mais, dentro do programa em que são avaliadas. A média do rebanho é de 87 pontos. A seleção feita na Lehoux Holsteins tem apresentado bons índices de longevidade. Um exemplo é a vaca filha do touro Semex Igniter, que aos 16 anos continua produzindo leite e está com prenhez confirmada.

A fazenda ainda conta ainda com uma plantação de 2.000 pés de Maple, árvore símbolo do Canadá. Dela é extraída uma seiva, que é a base do xarope Maple Syrup, consumido em todo o mundo. A extração da seiva ocorre apenas durante algumas semanas do ano, entre o começo de março e meados de abril, e é uma tradição da região, considerada uma das maiores produtoras mundiais do produto.

Já em Saint-Vallieros, os brasileiros conheceram o sistema de ordenha robotizada dos irmãos canadenses Sebastian e Olivier, da Fazenda Canco, que contam com 105 vacas em lactação e cuja média de produção é de 37 kg/leite/dia, com o excepcional nível de 4,28% de gordura e 3,45% de proteína. A fazenda utiliza a genética de touros da bateria Semex, com o selo RobotyReady, ou seja, touros que irão produzir vacas prontas para o robô. 

Uma das visitas mais esperadas foi à Jacobs Farm, conhecida mundialmente pela qualidade genética de seus animais. Lá, a comitiva brasileira conheceu um dos planteis mais premiados da América do Norte, com títulos conquistados nas principais exposições do Canadá e dos Estados Unidos. Já em Victoriaville, a visita foi à histórica fazenda Comestar Holstein Farm, que é conhecida pela incrível Comestar Laurie Sheik, matriz considerada uma divisora de águas na raça, mãe de touros e de inúmeras campeãs.

O resultado da tecnologia genômica utilizada pelos criadores canadenses foi apresentado aos brasileiros durante visita à Stanton Farms, em Ontário. A propriedade conta com 950 vacas em lactação, com várias novilhas atingindo a produção de 70 kg/leite/dia. Todos os touros utilizados têm informações genômicas. A primeira bezerra com 2900 de GTPI (avaliação genômica) na raça pertence à propriedade. Segundo o proprietário Laurie Stanton, na fazenda todo o trabalho desenvolvido leva em conta ações de proteção ao meio ambiente. Um dos exemplos é a cama das vacas que é feita com esterco reciclado.

Já na fazenda Loa-de-Mede Holsteins, os visitantes conheceram uma estação dupla de produção, que utiliza dois robôs, e o sistema de Compost Barn, tipo de instalação usada para vacas leiteiras com forte influência nos resultados de produtividade e sanidade do rebanho, bem como sobre a qualidade do leite obtido. São 80 vacas em lactação com 35 kg/leite/dia em média, alcançando 4,2% de gordura e 3,35% de proteína.

Outra propriedade que utiliza a ordenha robotizada é a Crovalley Holsteins, que conquistou vários prêmios em exposições pela América do Norte, dentre eles o Master Breeder, o All Canadian e o All American. Os proprietários John e Cynthia Crowley pilotam o negócio, que envolve um total de 520 hectares, somando esta propriedade com as seis fazendas arrendadas. A Crovalley conta com 110 matrizes em lactação, ordenhadas em dois robôs, alcançando média de 40 kg/vaca/dia, com 4,3% de gordura e 3,5% de proteína. Para ampliar a produção, mais um robô será instalado em breve na fazenda. O proprietário, John Crowley, é jurado internacional de Holandês e já atuou em eventos no Brasil e, também, na Royal Winter Fair, uma das maiores exposições de raças leiteiras do mundo.

A última propriedade visitada foi a Bosdale Farm, que mantém o maior plantel de vacas com classificação Excelente em todo o Canadá. Das 150 vacas em lactação, 65 receberam a classificação top em Tipo. A média de produção é de 37 kg/leite/dia.

A comitiva brasileira fechou o tour pelo Canadá na Royal Agricultural Winter Fair, que atraiu criadores de vários países, para assistir às competições das raças Holandesa e Jersey ocorridas no final de semana. Esta é a 95ª edição da feira, considerada uma das maiores do mundo no segmento do leite. O presidente do Grupo Semex, Nelson Eduardo Ziehlsdorff, participou da cerimônia de premiação, entregando a faixa de Campeã Fêmea Jovem do Jersey ao vencedor.

O presidente da Semex Global, Paul Larmer, ressalta que a empresa tem atuado em todo o mundo não só como uma grande fornecedora de genética, mas para oferecer soluções que agreguem valor à pecuária mundial, tanto de corte quanto de leite, e personalizada para cada segmento.

Para o casal de pecuaristas brasileiros, Luiz Coppla Neto e Lorena Delezuk Coppla, que são produtores de leite na Fazenda Melkland, em Carambeí/PR, o Semex Tour Royal Winter Fair possibilitou o contato com o que há de mais moderno na pecuária leiteira. Eles estão entre os 100 maiores produtores de leite do Brasil, com cerca de 18.000 litros/dia. Durante o Tour Semex Royal Winter Fair, foi sorteado entre os presentes o livro “Andanças”, escrito pelo jornalista e presidente do Grupo Publique, o Carlão da Publique, e quem ganhou a obra foi o casal.

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Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura

Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

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Fotos: Alisson Siqueira

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.

Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.

“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.

A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.

“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.

“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.

Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.

Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.

Fonte: Assessoria MCassab Nutrição e Saúde Animal
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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos

A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

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Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.

A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.

“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.

A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.

Fonte: Assessoria Boehringer Ingelheim
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