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Sementes de variedades de milho desenvolvidas pela Embrapa Cerrados são entregues para agricultores familiares
A cerimônia de entrega das sementes foi realizada na Fundação Casa Cerrado (Brasília-DF).

Agricultores familiares de 12 acampamentos rurais localizados no Distrito Federal receberam na segunda-feira (23) 24 sacos de milho de duas variedades desenvolvidas pela Embrapa – BRS Taquaral e BRS Ribeirão. Trata-se de uma ação conjunta da Embrapa Cerrados, Emater-DF, Ceasa-DF e Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e que deve beneficiar cerca de três mil pessoas. A iniciativa busca garantir segurança alimentar das famílias envolvidas e, também, servirá para que os pesquisadores possam avaliar o comportamento desses materiais que serão plantados nas áreas coletivas dos acampamentos.
A cerimônia de entrega das sementes foi realizada na Fundação Casa Cerrado (Brasília-DF). Participaram o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o secretário de Agricultura, Fernando Rodriguez, o presidente da Ceasa, Odilon Ferreira, além de servidores e gestores das instituições envolvidas nessa iniciativa e agricultores familiares representantes dos acampamentos beneficiados. O evento também contou com uma palestra técnica do agrônomo e extensionista Marconi Borges, da Emater-DF, com orientações e recomendações de como deve ser feito o plantio do milho.
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Cerrados, a ideia é dar continuidade à ação de entrega das sementes e abrir o leque para outras espécies. “Estamos iniciando com as sementes de milho, mas nossa intenção é dar prosseguimento a esse trabalho. Esse é apenas um piloto. Além de entregar as sementes, vamos avaliar o comportamento desses materiais”, afirmou. Sebastião Pedro informou que as duas variedades de milho são resultado de pesquisa iniciada há 20 anos e apresentam potencial especialmente para serem utilizadas em silagem, consumo como milho verde e para produção de grãos para ração.
“Essas são sementes que podem ser multiplicadas e essa iniciativa está sendo implementada no âmbito dos nossos programas de segurança alimentar e combate à fome. São sementes que serão plantadas em áreas coletivas e a Emater dará total apoio para garantirmos que tudo dê certo”, afirmou o presidente da Emater, Cleison Duval. “É material fruto da pesquisa chegando às mãos dos produtores”, enfatizou Fernando Rodriguez, secretário de Agricultura. A Seagri-DF foi a responsável pela seleção dos acampamentos que seriam beneficiados por essa iniciativa conjunta. Cada acampamento recebeu dois sacos de 20 quilos cada.
“Esse reconhecimento das nossas áreas é muito representativo e a nossa torcida é para que iniciativas como essa tenham continuidade”, afirmou Robsneide da Silva, do acampamento Noelton Angélico, localizado na BR 080. “É a primeira vez que estamos recebendo sementes e sabemos que se trata de material de qualidade. Isso nos deixa muito felizes, pois representa dignidade e respeito ao nosso grupo e alimento para as nossas famílias”, afirmou Maria da Conceição da Silva, do acampamento 10 de junho, do Gama. “Essas sementes chegaram numa ótima hora. Pra gente é importante demais. Vamos plantar e tentar aumentar para o próximo ano”, contou Domingos Ferreira, do acampamento 8 de março, de Planaltina.
“As variedades vão ser cultivadas pelos produtores e acompanhadas pela pesquisa como unidades demonstrativas e de validação tecnológica. A Emater também vai auxiliar no processo de transferência de tecnologia e avaliação dessas cultivares nessas pequenas propriedades”, explica Fábio Faleiro, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados.
Ele ressalta que as duas instituições são parceiras de longa data e que trabalhos como esse de validação nas propriedades rurais já são feitos com diferentes culturas. “As ações da parceria entre a Embrapa e a Emater, alinhadas a importantes políticas públicas, permitem fortalecer a conexão das empresas com o setor produtivo e o produtor rural. Essa conexão é fundamental para as ações de transferência de tecnologia e, também, para a prospecção de demandas reais para novas ações de pesquisa e desenvolvimento”, afirma Faleiro.
As variedades de milho BRS Taquaral e BRS Ribeirão foram desenvolvidas pela Embrapa Cerrados junto com agricultores do estado de Goiás, a partir do melhoramento participativo (quando a comunidade participa de todo o processo de seleção) predominantemente em ambientes em transição agroecológica. “Essa estratégia é fundamental para que as variedades se adaptem à realidade local possibilitando aumento na resistência aos estresses abióticos específicos, ao manejo empregado nas áreas, além de serem adequadas aos usos e preferências dos agricultores”, explica o pesquisador Altair Toledo, da Embrapa Cerrados.

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Ricardo Nicodemos e diretoria são reconduzidos à liderança da ABMRA para o biênio 2026/27
Recondução da atual diretoria reforça o trabalho consistente que o grupo está desenvolvendo e que pode ser conferido no Relatório de Atividades 2025 ABMRA.

O atual presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), Ricardo Nicodemos, e os atuais Diretores foram reconduzidos para liderarem a entidade no biênio 2026/27. Com isso, a ABMRA dá continuidade a um trabalho focado em fortalecimento institucional, ampliação do diálogo com o mercado e valorização das boas práticas de comunicação no agronegócio brasileiro. Tanto a diretoria quanto os conselheiros começarão a exercer o novo mandato a partir de janeiro de 2026.
Sob a liderança de Ricardo Nicodemos, a ABMRA tem ampliado sua atuação como referência nacional para empresas, agências e veículos de mídia. Entre os avanços estão o crescimento da base de associados, o lançamento da 9ª edição da Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, a participação em eventos estratégicos do setor, fortalecimento do atual portfólio de serviços e produtos e a correalização e curadoria do Global Agribusiness Festival 2026 (GAFFFF).
Para Ricardo Nicodemos, a recondução representa a continuidade do compromisso da ABMRA em promover uma comunicação cada vez mais qualificada e estratégica no Agro. “Assumir mais um ciclo à frente da ABMRA reforça nossa responsabilidade em fortalecer o marketing como pilar essencial para a evolução do agronegócio brasileiro. Seguiremos trabalhando para ampliar o conhecimento, valorizar as boas práticas, conectar o mercado e apoiar empresas e profissionais na construção de uma comunicação cada vez mais criativa e relevante”, avalia.
Com a reeleição, a ABMRA também apresentou a composição da nova diretoria:
Presidente
Ricardo Nicodemos da Silva
Vice-Presidente e Diretor do ABMRA Ideia Café
Julio César Cargnino
Diretor Administrativo e Financeiro e Diretor do HUB de Mídia de Serviços ABMRA
Roberto Fernando Alves de Souza
Diretor dos Comitês ABMRA
Daniel Ribeiro
Diretor da Mostra de Comunicação do Agro ABMRA
Alberto Meneghetti
Diretor do Projeto Conexões ABMRA
Ricardo Cristin Krauz
Diretor do Congresso de Marketing do Agro ABMRA
Wanderson Tosta
Diretor do Projeto Cases & Causos ABMRA
Daniel Fontão de Pauli
Diretor da Academia ABMRA
Gabriel Saul Maialli dos Santos
A renovação também inclui o Conselho da ABMRA, responsável por apoiar a entidade na condução estratégica das iniciativas da Associação.
Presidente do Conselho Consultivo
Donário Lopes de Almeida
Conselheiros
Adriano de Castro Henriques
Guilherme Soria Bastos Filho
Luciana Florêncio de Almeida
Marcelo Augusto Boechat Morandi
Marcelo Duarte Monteiro
Paulo do Carmo Martins
Pedro de Camargo Neto
Relatório de atividades
A ABMRA acaba de divulgar o Relatório de Atividades 2025, documento que reúne as principais ações realizadas ao longo do ano e sua contribuição para o fortalecimento da comunicação no agronegócio. Entre os destaques estão o Projeto Conexões e a tradicional Pesquisa Hábitos do Produtor Rural.
O Projeto Conexões ABMRA ampliou sua atuação como elo entre o agronegócio e o universo do marketing. A iniciativa promove alianças com associações, instituições e entidades dentro e fora da porteira, fortalecendo a troca qualificada de informações entre os diversos segmentos do setor.
Como única entidade que reúne todo o ecossistema do marketing Agro desde anunciantes, agências e veículos de mídia, a ABMRA tem a capacidade de transformar o repertório de dados e conhecimento em insumos estratégicos para apoiar a evolução de outros setores. Em 2025, o programa avançou de forma consistente ao consolidar novas parcerias e reforçar a visão integrada que a associação mantém sobre o mercado.
Já a Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, o mais completo estudo sobre comportamento do produtor brasileiro, chegou à sua nona edição reafirmando o papel de referência para empresas e profissionais. Desde 1986, o levantamento realiza entrevistas presenciais nas fazendas para garantir precisão e profundidade nas informações coletadas.
Na edição atual, foram 3.100 entrevistas em 16 estados, com 280 questões aplicadas a produtores de 15 culturas e quatro rebanhos. O estudo detalha hábitos de mídia, comportamento de compra, atributos de marca, perfis produtivos e diferenças regionais. Os cotistas têm acesso a um software exclusivo que permite cruzar dados e gerar análises personalizadas por cultura, rebanho, porte e localização da propriedade.
O acesso ao Relatório de Atividades 2025 ABMRA é gratuito e está disponível no site da entidade em abmra.org.br/relatorio-de-atividades-2025.
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Por que exportar em 2025 ficou mais arriscado e não é por causa do preço
Tarifaços, rotas redesenhadas e exigências regulatórias transformam documentação e tradução técnica em fator decisivo para acessar mercados globais.

Em um ano marcado por choques tarifários, reconfiguração de fluxos comerciais e recordes históricos na corrente de comércio, o comércio exterior brasileiro atravessa 2025 sob elevada tensão operacional. Embora os números agregados indiquem desempenho robusto, o ambiente para quem exporta se tornou mais complexo, volátil e seletivo, exigindo das empresas um nível de preparação documental sem precedentes.
Dados oficiais mostram que, até outubro de 2025, o Brasil alcançou US$ 289,7 bilhões em exportações e US$ 237,3 bilhões em importações, resultando em um superávit de US$ 52,3 bilhões e uma corrente de comércio recorde de US$ 527,1 bilhões.

Gabriel Del Bello, especialista em Interpretação e Tradução de Idiomas: “Em um ano em que o mercado global se desconfigurou, não basta competir em preço ou escala. Quem não tiver papelada afiada corre o risco de ficar fora”
O avanço, no entanto, esconde assimetrias relevantes entre setores e mercados. Parte significativa dos exportadores brasileiros sentiu diretamente os efeitos do tarifaço, imposto pelos Estados Unidos, com sobretaxas que reduziram competitividade e provocaram retração em segmentos específicos.
Diante da perda de espaço em mercados tradicionais e da instabilidade cambial, empresas passaram a acelerar a abertura de novos destinos, redesenhar rotas logísticas e negociar com múltiplas jurisdições ao mesmo tempo. Esse movimento ampliou de forma significativa a complexidade regulatória e documental das operações, transformando a gestão de papéis em um dos principais gargalos do comércio exterior em 2025.
O que antes era tratado como etapa burocrática passou a ser elemento central da estratégia de exportação. Com fluxos globais mais fragmentados e fiscalização internacional mais rigorosa, exigências como comprovação de origem, rastreabilidade e conformidade técnica ganharam peso decisivo na liberação de cargas.
A tradução técnica e juramentada, especialmente de laudos, fichas de segurança (SDS), certificados de análise, contratos e rotulagens, tornou-se um ponto sensível, capaz de definir se uma mercadoria embarca ou permanece retida no porto. “Em um ano em que o mercado global se desconfigurou, não basta competir em preço ou escala. Quem não tiver papelada afiada corre o risco de ficar fora”, afirma Gabriel Del Bello, especialista em Interpretação e Tradução de Idiomas.
Segundo ele, erros aparentemente pequenos como uma tradução imprecisa, um certificado fora do padrão exigido pelo país de destino ou uma inconsistência entre documentos são suficientes para provocar atrasos, multas ou até a rejeição de cargas inteiras.

Foto: Claudio Neves
Além disso, o aumento no número de mercados atendidos elevou o volume de dossiês técnicos e contratos simultâneos, exigindo sistemas de versionamento, histórico de revisões e controle rigoroso de prazos. Em um ambiente em que tarifas e regras mudam rapidamente, o tempo para corrigir falhas diminuiu, ampliando o risco operacional. “Este ano deixou claro que a diferença entre embarcar ou ver um contêiner parado muitas vezes não está no preço, mas na documentação correta”, resume Del Bello.
Para 2026, a avaliação é de que a pressão por conformidade tende a aumentar. Importadores, autoridades sanitárias e aduaneiras devem manter ou ampliar o rigor na análise documental, especialmente em um contexto de disputas comerciais e maior preocupação com segurança, sustentabilidade e rastreabilidade.
Diante desse cenário, Del Bello recomenda que os exportadores entrem no próximo ano com planejamento prévio, mapeamento detalhado das exigências de cada mercado e processos estruturados de compliance regulatório. “Quem chegar a 2026 com checklist pronto, documentos alinhados e tradução técnica adequada terá vantagem competitiva e maior segurança para operar globalmente, mesmo em um ambiente instável”, aponta.
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Municípios paulistas são premiados no Ranking do Município Agro
Programa da Secretaria de Agricultura de São Paulo reconhece boas práticas no agro e distribui R$ 6 milhões entre 125 cidades.




