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Sementeiras de soja veem eventual ampliação de plantio como “tiro no pé”

Debate se dá em meio a condições climáticas irregulares nesta safra do Brasil

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Divulgação/Hugo Harada

Produtores de sementes de soja no sudeste de Mato Grosso, líder nacional no cultivo da oleaginosa, são contrários à eventual ampliação no período de plantio e avaliam que isso traria produtividades mais baixas, ao facilitar a disseminação de doenças nas lavouras.

A posição vai na direção oposta da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), que reivindica o plantio da oleaginosa até fevereiro, permitindo aos produtores semear pequenos lotes para se fazer sementes.

O debate se dá em meio a condições climáticas irregulares nesta safra do Brasil, adversidade esta que pode reduzir a oferta de determinadas variedades de sementes. Com um plantio mais alongado, haveria chance de recuperar alguma perda.

Uma normativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), em vigor desde 2015, regulamenta o calendário de plantio de soja no Estado até 31 de dezembro, com colheita até 5 de maio, e mantendo-se o vazio sanitário de junho a setembro.

A medida, que visa principalmente combater a propagação do devastador fungo da ferrugem asiática na lavoura, evita jogar a colheita para dentro do período em que não é permitida nenhuma planta de soja viva.

Para sementeiras no sudeste de Mato Grosso, uma das principais áreas para a produção de sementes no Estado, ampliar o prazo de semeadura traria problemas. “Do jeito que está, está bom. Tem o risco da ferrugem, e a gente sabe que nem todos os produtores fazem um trato adequado”, comentou Rômulo Lemos, gerente de produção do grupo Girassol Agrícola, um dos mais tradicionais produtores de sementes de soja em Mato Grosso, tendo sua base na região da Serra da Petrovina.

Lemos explicou que, ao se permitir maior tempo com plantas de soja nos campos, aumenta-se o risco de disseminação do fungo da ferrugem, a pior doença da cultura. Até a véspera, havia o registro de 245 focos do problema Brasil afora, dos quais 27 em Mato Grosso, conforme dados do Consórcio Antiferrugem.

Na atual safra 2018/19, o Girassol Agrícola deve produzir cerca de 800 mil sacas de sementes de soja.

Para Claudinei José Costa, gerente de produção de sementes do grupo Bom Jesus, que tem atuação em Mato Grosso, Bahia e Piauí e deve produzir 1 milhão de sacas de sementes nesta temporada, outro risco com um eventual maior período de plantio seria para a própria sobrevivência do setor.

“É um tiro no pé. Acaba com o ramo de sementes”, afirmou ele durante visita de técnicos do Rally da Safra, expedição organizada pela Agroconsult, que na véspera passou na unidade da empresa em Pedra Preta, no sudeste de Mato Grosso.

A avaliação no setor como um todo é de que poderia haver “concorrência” com os produtores, já que estes passariam a produzir as próprias sementes. “Não tem lógica técnica e científica… Haveria pressão por estar fora da janela e se produziria menos”, disse Fabiano Ferreira, gestor de produção de sementes do grupo Petrovina, também em Pedra Preta e que produzirá cerca de 1 milhão de sacas de sementes neste ciclo.

Outro lado

Em sua carta técnica em que expõe argumentos a favor do plantio até fevereiro, a Aprosoja-MT diz que a “oportunidade de se fazer semente é inclusive estratégica, isto para se produzir aqueles materiais que não se conseguiu colher com qualidade de semente durante a safra, via de regra por problemas de chuva na colheita”.

“Sabemos que, sob o ponto de vista de menor necessidade de uso dos fungicidas, a época ideal para a produção de sementes comerciais e de uso próprio seria as resultantes dos campos semeados na safra normal, mas esta não tem sido a melhor opção pelos produtores, ainda há muita dificuldade técnica, econômica e estrutural para conservar as sementes até a próxima safra”, acrescenta a entidade.

“A produção de sementes próprias, mesmo que em pequenas quantidades, serve como balizador de preços e, certamente, como fator de melhoria da qualidade de alguns materiais, além de se evitar os problemas dos atrasos da entrega de sementes por algumas sementeiras”, conclui a entidade no documento.

Procurada para comentar o assunto e dar declarações adicionais, a Aprosoja-MT não respondeu de imediato.

Fonte: Reuters

Notícias

ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Notícias

Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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