Notícias Suinocultura
Semana Nacional da Carne Suína impacta 42 milhões de consumidores em todo país
Multicanalidade e informação sobre qualidade da proteína são principais marcas das campanhas para conquistar consumidores e aumentar as vendas

As campanhas da Semana Nacional da Carne Suína (SNCS) já tomaram conta das mais de mil lojas das redes participantes distribuídas em 22 estados brasileiros. Desde o dia 26 de setembro, os consumidores conferem as comunicações desenvolvidas especialmente para o período, trazendo informações sobre a qualidade, saudabilidade, versatilidade e sabor da proteína. Além de colaboradores capacitados para tirar dúvidas e sugerir opções de carne suína, as redes prospectam influenciar 42 milhões de clientes com as redes sociais, no ponto de venda e com folhetos e revistas informativos e de ofertas.
Orientadas pelo tema “Qualidade na Cadeia de Valor”, junto ao conceito ”Escolha Mais Carne Suína”, as campanhas deste ano exploram de forma intensa os diferentes meios de comunicação, seja digital ou presencial, para divulgar aos mais diversos públicos e disponibilizar conteúdos de divulgação com receitas, informações sobre a carne suína, ofertas, dentre outros conteúdos.
Além disso, as redes participantes, Carrefour, Extra, Pão de Açúcar, Grupo BIG (ex-Walmart Brasil), Hortifruti Natural da Terra, Lopes e OBA Hortifruti também produziram materiais de Ponto de Venda (PDV) para balcão, gôndolas e prateleiras, como adesivos, cartazes, cavaletes e selos para bandejas.
Todo esse empenho envolvendo vários elos da cadeia produtiva de suínos tem relação com as exigências dos consumidores atuais, que sentem a necessidade de saber sobre a procedência de sua alimentação, o bem-estar dos animais nos processos produtivos e se preocupam em ser saudáveis e reduzir os impactos no meio ambiente. Assim, é preciso estar cada vez mais próximo ao consumidor e criar meios de estabelecer diálogo.
Para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, os resultados esperados durante a Semana Nacional são os melhores, devido à excelência do trabalho dos profissionais das redes, comprometidos com o aumento das vendas e também devido à grande amplitude da campanha deste ano.
“Junto com as redes, desenvolvemos um trabalho estratégico de comunicar com o consumidor, mostrando as principais vantagens da carne suína. Esse movimento é transformador tanto para o setor, quanto para os consumidores, que passam a conhecer e compreender, por meio dos atendimentos nas lojas e dos materiais de divulgação das redes, que a carne suína é saudável e saborosa. Nós da ABCS entendemos que a integração entre os elos da cadeia e o trabalho conjunto é a melhor maneira de demonstrar a qualidade na produção e consequentemente a qualidade da proteína suína na mesa do brasileiro ”.
Campanhas criativas e inovadoras
As redes de varejo investiram em estratégias criativas e inovadoras para informar sobre o valor da carne suína, além de levar variedade de cortes para as lojas, ofertas e diversas possibilidades de adquirir o produto. As divulgações durante o período da campanha foram especialmente planejadas e elaboradas para comunicar a saudabilidade, sabor e custo benefício da proteína, sendo que cada rede desenvolveu a sua própria identidade.
Com o slogan “Carne suína para todos os gostos e momentos”, o Carrefour vai promover em sua campanha duas frentes principais: Educação e conscientização e Experimentação e consumo. Para as mídias, a estratégia é de ampliar os canais de comunicação e utilizá-los para informar sobre os benefícios da carne suína. O sabor também não fica de fora. Receitas para todos os gostos estarão expressas dentro das lojas em wobblers, peças normalmente aplicadas em prateleiras.
As bandeiras Extra e Pão de Açúcar prometem trazer bastante novidade. O Extra traz este ano o festival “Tudo de carnes suínas”, garantindo Sortimento completo e uma comunicação direcionada para facilitar o preparo dia a dia e nas ocasiões especiais. Outro diferencial é o uso da Multicanalidade, em que o consumidor pode comprar na Loja, no site e no APP. Para chegar ao consumidor, o Extra aposta no em mídias como Instagram, Facebook, Whatsapp, SMS, rádio, jornal, workplace, elemídia, e-commerce, entre outras. Assim, estima chegar a 28 milhões de impactados.
O Pão de Açúcar desenvolveu a campanha “Especial Carne Suína” e conta com pilares que orientam toda a comunicação: praticidade e versatilidade, sabor, saudabilidade e sustentabilidade. O desafio deste ano é deixar as lojas atrativas para os clientes, apostando no design de peças como adesivos para geladeira, para balcão, para bandejas e cartazes. Nas redes sociais pretendem chegar a 13 milhões de impactados com Facebook, Instagram, Whatsapp e Youtube.
O grupo BIG, antigo Walmart Brasil, desenvolveu a campanha “Especial carne suína” com foco no ponto de venda e no digital e alcançará os clientes distribuídos no Sul, com as bandeiras BIG e Nacional, no Nordeste, com as bandeiras BIG Bompreço e Super Bompreço, e no Sudeste, com BIG. A campanha traz informações sobre cortes, saudabilidade e custo-benefício da proteína.
A rede Hortifruti e Natural da Terra investiu sua campanha na saudabilidade da carne suína, desenvolvendo materiais que mostram diferentes possibilidades de combinação de pratos, priorizando refeições saudáveis. Além disso, outra iniciativa para chamar a atenção dos consumidores são os cards com mitos e verdades sobre a proteína. Assim, serão desmistificadas ideias equivocadas sobre a carne suína. Dentre as peças a serem utilizadas estão cartazes, móbiles, selos e banners. O Facebook e o Instagram serão as redes mais exploradas para aproximação ao consumidor, além de rádio e TV.
O Lopes Supermercados vai reforçar a comunicação durante a campanha com foco na qualidade da proteína suína. Para a rede, com carne suína, são garantidos sabor e qualidade. Por isso, o consumidor pode confiar! O conceito “Festival Suíno” vai aparecer em cavaletes, banners, móbiles, precificadores, wobbler, folhetos e até em faturas de cartões. Outros conteúdos serão transmitidos via Facebook, Instagram, Youtube, rádio interna e site.
Já o Oba Hortifruti quer surpreender os clientes com informação. Para a rede, a carne suína é a combinação perfeita entre sabor e segurança e foi determinante para o tema da campanha deste ano “Carne suína – Pode confiar!”. O Oba Hortifruti quer mostrar que a carne suína tem qualidade, a sua produção é responsável e segura, com procedência desde a origem. Em todos os sentidos, é uma carne saudável e os consumidores precisam conhecer esses fatos. As redes a serem utilizadas serão o Instagram e o Facebook. Além disso, no Youtube, serão disponibilizadas receitas especiais.
Todas as redes produziram revistas especiais com ofertas, receitas, e modos de preparo da carne suína. Esse e outros conteúdos estarão disponíveis a contribuintes do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e a parceiros da ABCS, como empresas amigas e frigoríficos via comunicação no Whatsapp.
SNCS
A Semana Nacional começa à todo vapor, com muito empenho das redes participantes em estabelecer uma comunicação efetiva com o consumidor. Em sua 7ª edição, a SNCS é realizada por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura e do apoio do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e do Sebrae.
Nesta edição, a SNCS se renova e se destaca com o tema Qualidade na Cadeia de Valor, com o objetivo de transferir ao consumidor consciente informações a respeito do sabor, da importância nutricional, da segurança alimentar e da qualidade na cadeia de produção da carne suína. A campanha também traz como diferencial a participação das três maiores redes de varejo em faturamento do país, os principais hortifrutis premiados em atendimento e produtos frescos, além de redes de destaque com diferentes públicos, abrangendo as classes de A a D. Com um aumento de 40% no número de lojas participantes comparado a 2018, a SNCS chegará em 22 estados brasileiros, aumentando sua presença em grandes regiões de consumo como o Sul e Nordeste e ampliando a oportunidade de desenvolvimento de toda a cadeia de valor .

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
Notícias
Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
Notícias
Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



