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Semana Nacional da Carne Suína confirma seu impacto na suinocultura brasileira

Os números anunciados pelas bandeiras reafirmam a campanha como a maior vitrine da proteína no varejo brasileiro

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A Semana Nacional da Carne Suína (SNCS) de 2017 conclui sua campanha com crescimento de vendas comprovado nas quatro redes de varejo participantes: Comper, Extra e Pão de Açúcar, Oba Hortifruti, St. Marche. O resultado positivo reforça a efetividade da estratégia da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) com apoio do Sebrae, em ampliar a oferta da proteína no mercado interno, oportunizando benefícios diretos aos produtores de suínos que impactam no aumento da competitividade a toda cadeia suinícola.

Realizada em quase 600 lojas distribuídas em 18 estados, a SNCS ampliou sua atuação para diferentes segmentos como varejo de luxo, hortifrúti, hipermercados e supermercados, dando origem a campanhas inéditas com viés educativo e maior oferta de carne suína para públicos distintos. Além disso, a ABCS desenvolveu uma metodologia exclusiva de treinamento para cada rede, capacitando cerca de 1.800 profissionais do varejo em 54 ações.

O GPA, maior grupo de varejo do Brasil, trabalhou com 36 opções de carne suína nas gôndolas, resultado da parceria de longa data com a ABCS, e conquistou mais clientes em 2017 durante o período de 26 de setembro a 19 de novembro. De acordo com balanço divulgado pela rede, a bandeira Pão de Açúcar registrou crescimento de 22% e o Extra de 20%, em comparação com a campanha realizada no ano passado.

O gerente comercial do GPA, David Buarque, avalia de forma positiva a participação das duas bandeiras. “Tanto Extra quanto Pão de Açúcar apresentam aumento progressivo nas vendas a cada edição da Semana Nacional da Carne Suína. Esta é uma categoria com crescimentos constantes na rede, com destaque para a variedade dos produtos e frequência, culminando em um bom atendimento à necessidade dos nossos clientes”.

Já o St. Marche, maior rede de supermercados premium em números de lojas, apresentou crescimento de 143% em vendas e 174% em volume, comparado ao primeiro trimestre de 2017. Tendo como ponto forte a curadoria e indicação de produtos, a rede trabalhou durante os dias 26 de setembro a 12 de outubro com 25 opções de porcionamento da proteína e investiu em cortes diferenciados como o filé-mignon suíno, picanha e prime rib, por exemplo, para conquistar os clientes das 18 lojas e do Empório Santa Maria.

Fabiana Farah, coordenadora de perecíveis da Rede St. Marche, afirma que a parceria com a ABCS despertou o cliente para a carne suína nas lojas. “Descobrir o potencial da proteína para o nosso varejo e levar informações de saudabilidade, qualidade e cortes diferenciados para o cliente Marche foram os principais retornos. Este foi o primeiro passo para crescermos no dia a dia com os cortes suínos, oferecendo o melhor para os nossos clientes”, destaca.

A rede Oba Hortifruti, rede referência do segmento no país, estendeu a campanha até o dia 22 de outubro em duas regiões e registrou nas lojas de São Paulo 80% de crescimento nas vendas de carne suína em relação ao mesmo período do ano anterior. O diretor comercial do Oba Hortifruti, Francisco Homsi explica que mesmo com os produtos em oferta houve um aumento de geração de caixa.

“Participar da SNCS foi um marco para o Oba Hortifruti porque ressignificou a forma como entendemos e comercializamos a carne suína, além de impactar diretamente no nosso conhecimento de produto e nas nossas práticas de vendas. Por ser o nosso primeiro ano participando da campanha, ficamos muito satisfeitos com o resultado alcançado e com o engajamento de nossas equipes”, pontua Homsi.

O Comper, que faz parte da maior rede de supermercados do centro-oeste, registrou um aumento de 10% nas vendas em relação ao mesmo período de 2016. O diretor-comercial nacional de perecíveis da rede, Daniel Watanabe, diz que esse resultado é reflexo dos treinamentos realizados e todo suporte durante a SNCS.

“Buscamos fazer com que os nossos clientes e funcionários tivessem mais acesso à informação e conhecimento sobre a carne suína e que desmitificassem a imagem formada anteriormente em relação a ela. Assim, mostramos os seus benefícios, os modos de preparo e de que maneira as pessoas poderiam se aproveitar ao máximo em termos de qualidade de vida ao consumir esse tipo de proteína em sua alimentação”, completa.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, comemora o crescimento nas vendas e a abertura de novos mercados no varejo brasileiro e reforça a efetividade da campanha. “A SNCS é responsável por transformar a categoria de suínos nas redes participantes, aumentando sua popularidade entre os consumidores, resultando em um salto na penetração das cestas e na frequência de compras”.

Para o gestor nacional da unidade de atendimento setorial agronegócios do Sebrae, João Fernando Nunes, a SNCS gera resultados efetivos para o setor suinícola. “O Sebrae apoia e participa desta iniciativa que amplia as oportunidades de competitividade aos produtores de suínos brasileiros e gera desenvolvimento para toda a cadeia produtiva. Os resultados mostram que a carne suína ocupará novas lacunas no varejo através desta iniciativa”.

A Semana Nacional da Carne Suína é uma iniciativa da ABCS, em parceria com o Sebrae Nacional e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e conta com o apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e da Embrapa Suínos e Aves.

Fonte: Assessoria ABCS

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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