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Sem renovação, população rural brasileira envelhece

Problema é um dos grandes desafios para a manutenção e o fortalecimento da agricultura familiar

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O percentual de jovens no campo está encolhendo enquanto a população rural do Brasil fica mais velha. O problema é um dos grandes desafios para a manutenção e o fortalecimento da agricultura familiar. Essa foi uma das principais informações coletadas pelo Censo Agro 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cuja prévia foi apresentada na última quinta-feira (24) em audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal.

O levantamento, que está em fase de finalização, foi apresentado pelo coordenador do Censo Rural 2017, Antonio Florido. “Em 23 de maio, registramos 5.067.656 estabelecimentos recenseados de um total previsto de 5.254.953 propriedades e podemos perceber o envelhecimento da população rural”, comunicou o coordenador.

Em 2006, quando foi realizado o último censo rural, as pessoas com mais 65 anos representavam 17,52% da população do campo. Hoje, esse grupo gira em torno de 21,4%. A faixa etária entre 55 e 65 anos também aumentou quatro pontos percentuais, passando de 20% para 24% do total. Em contrapartida, o agrupamento entre 35 e 45 anos de idade encolheu de 21,93% para 18,29% da população rural e os jovens entre 25 e 35 anos, que representavam 13,56% do campo em 2006, hoje são apenas 9,48%. “Detectamos também um aumento do número de recursos de aposentadorias e pensões no campo, o que reforça os dados de faixa etária confirmando que a população rural envelheceu, mesmo”, reforçou o coordenador da pesquisa.

Censo subsidia pesquisa científica

“Os dados do Censo Rural do IBGE são fundamentais para embasar e subsidiar os nossos trabalhos e traçar estratégias de pesquisa e inovação voltadas à agricultura familiar”, afirmou a pesquisadora Daniela Bittencourt, supervisora de Redes Nacionais de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapaque também foi convidada para participar dos debates na audiência pública. Bittencourt coordenou a pasta Macroprograma 6 que reunia projetos de pesquisa da Embrapa relacionados à agricultura familiar.

"Os jovens têm de contar com soluções tecnológicas inovadoras que viabilizem sua fixação no campo. Além disso, a agricultura familiar precisa ser lucrativa para que haja a renovação de pessoas no meio rural,” afirmou a pesquisadora. Daniela Bittencourt apresentou uma série de nichos de mercado que se encaixam no perfil dos pequenos produtores. “Turismo rural, produção orgânica e fabricação de produtos artesanais (como os queijos da Serra da Mantiqueira e os vinhos coloniais da Serra Gaúcha) são alternativas valiosas para o produtor familiar, pois agregagam valor aos seus produtos”, sugeriu a cientista lembrando que as pequenas propriedades podem se beneficiar dos processos de certificação de origem de determinados produtos e, desse modo, se inserir no valioso mercado gourmet.

A pesquisadora ressaltou também ser importante investir em ações para organizar cadeias produtivas das quais os pequenos produtores participam. “Proporcionar mecanismos para a organização dos produtores e fortalecimento da agroindústria familiar é um caminho que possibilitará maior inserção de mercado de seus produtos”, frisou.

O secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais (Contag), Antoninho Rovaris, participante do debate, disse que considera a evasão de jovens um dos maiores desafios do setor. “Não conseguimos criar atrativos no meio rural para que os jovens lá permaneçam”, afirmou. “Muitas das tecnologias e soluções que a Embrapa gera não chegam ao produtor porque o sistema de extensão rural dos estados está sucateado”, lamentou.

Outro convidado para o debate, o professor Mauro Del Grossi do Programa de Pós-graduação em Agronegócios da Universidade de Brasília (UnB) explicou que considera o Censo Agro essencial para orientar ações públicas a fim de desenvolver e fortalecer o pequeno agricultor o qual, segundo o acadêmico, tem papel fundamental na segurança alimentar do País. “A agricultura familiar é uma importante supridora de alimentos para a população brasileira, sendo a principal responsável pela produção de alimentos como mandioca e feijão, por exemplo, fundamentais para o País,” ressaltou.

“O Censo vai muito além dos números. Ele nos diz sobre os anseios de pessoas sobre o que elas precisam para se instalar em um lugar. Ninguém quer morar onde não há luz elétrica, água encanada e, hoje em dia, internet,” declarou o deputado federal Heitor Schuch que convocou a audiência pública com o objetivo de debater os primeiros resultados apresentados pelo Censo Agro 2017. “A questão é como a gente faz hoje a sucessão rural? Como a gente incentiva a população jovem a permanecer no meio rural?” concluiu.

O evento contou com audiência maciça de participantes de movimentos sociais camponeses de todo o Brasil.

Fonte: Assessoria

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Notícias Dia do Churrasco

ABPA inicia campanha por mais carnes de aves e de suínos na grelha

Em parceria com a Asgav e o SIPS, entidade realizou uma ação durante a ExpoChurrasco, em que foram servidos mais de 200 quilos de cortes assados, incluindo pratos especiais preparados pelo chef Marcelo Bortolon. A iniciativa continuará com a divulgação de vídeos nas redes sociais da ABPA, destacando a variedade e o potencial dessas carnes para grelha.

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Foto: Shutterstock

Às vésperas do Dia Nacional do Churrasco, comemorado em 24 de abril, a ABPA deu início a uma mobilização para estimular a adoção de mais cortes de carne de frango e de carne suína no cardápio das confraternizações que envolvam preparos na churrasqueira.

No último fim de semana, a ABPA promoveu, em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) uma grande ação em meio à ExpoChurrasco, em Porto Alegre (RS).

Foram mais de 200 quilos de cortes de aves e de suínos assados e servidos ao longo das seis horas de evento, incluindo o preparo de pratos especiais sob a batuta do chef Marcelo Bortolon – um verdadeiro convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

E a promoção dos cortes para churrasco não terminou no evento gaúcho. A partir das imagens capturadas na ação, uma série de vídeos ilustrativos e informativos sobre cortes diferenciados para o churrasco será difundida nas redes sociais institucionais e de consumo da ABPA.  O primeiro deles chegou às redes da ABPA hoje, e pode ser conferido no link https://www.instagram.com/reel/C6Hdy_wxgw-/?igsh=MWg1aDQwbTh4Z3E5dw%3D%3D.

“Queremos despertar a criatividade do público para mais cortes de carnes suínas e de aves nos churrascos. Além da praticidade e do sabor que casam muito bem com as grelhas, são produtos acessíveis e que tem todo o potencial para ganhar ainda mais protagonismo. Vamos focar nossa campanha nessas características, que são diferenciais nestas proteínas”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Fonte: Assessoria ABPA
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Quarenta empresas de nutrição animal participam do SIAVS 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva

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Foto O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no SIAVS, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição.

“Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do SIAVS, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do SIAVS, José Perboyre.


Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: ABPA
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Porto de Paranaguá bate recorde de movimentação em 24 horas: 146 mil toneladas

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em três navios com destino à China e Espanha. O número representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá entre os dias 20 e 21 de abril, o que significa um recorde operacional em 24 horas (entre todos os produtos). O número também representa um aumento de 5% em relação à marca anterior, registrada entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“Três berços movimentaram mais de 146 mil toneladas de grãos e farelos de soja com destino à China e Espanha. A movimentação com excelência na operação de três navios permitiu mais um recorde histórico para a Portos do Paraná”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Estes números são resultados dos investimentos em gestão portuária dos portos paranaenses”. Três embarcações receberam o produto: Nikolas D, Guo Yuan 32 e Guo Yuan 82.

Ele cita como fatores responsáveis pelo recorde a manutenção de equipamentos e estratégias logísticas para melhor aproveitamento dos berços e das equipes da operação, além da demanda mundial pela commodity. “A movimentação total também trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, enfatizou Garcia.

Este trabalho de planejamento operacional e de engenharia rendeu aos portos paranaenses quatro prêmios de gestão portuária pelo governo federal. Atualmente os portos paranaenses são reconhecidos pela melhor administração do Brasil. Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram a nota máxima no Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP) na principal categoria entre os portos públicos brasileiros.

Recordes

Além dos números expressivos em movimentação diária, os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal, desde agosto de 2023. O mais recente foi em março deste ano, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Além dos oito meses de recordes seguidos, os números gerais revelam um crescimento significativo em 2024. No primeiro trimestre houve aumento de 16% em comparação ao ano passado. Foram mais de 16 milhões de toneladas movimentadas só este ano. Na exportação, os destaques vão para as commodities de soja e açúcar, já na importação o fertilizante é o produto mais movimentado.

Fonte: AEN-PR
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SIAVS 2024 E

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