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Seleção Genômica: O uso de marcadores moleculares para aumentar a produtividade das granjas de suínos.
Nos últimos anos, a seleção genômica tem revolucionado o melhoramento genético de suínos com um aumento de 30 a 50% do progresso genético anual. Com a seleção genômica, marcadores moleculares são utilizados para estimar de maneira mais acurada os valores genéticos (mérito do animal como reprodutor) dos candidatos à seleção, o que resulta em um maior progresso genético da população.
Antes da introdução da seleção genômica, não se podia, por exemplo, utilizar o valor genético logo após o nascimento para identificar qual o melhor animal de uma leitegada. Isso porque o valor genético de todos os animais de uma mesma leitegada seria igual à média do valor genético de seus pais, ou seja, todos os animais teriam exatamente o mesmo valor genético. Uma diferenciação do valor genético de animais de uma mesma leitegada só era possível quando informações fenotípicas do próprio animal ou de sua progênie eram coletadas, o que acontece tardiamente na vida destes animais, enquanto a seleção acontece quando os animais ainda são jovens. Utilizando métodos tradicionais de seleção baseados somente em informações de pedigree, assume-se, por exemplo, que todos os irmãos completos compartilham 50% de sua informação genética (DNA). Porém isso nem sempre é verdade, já que a percentagem de informação genética compartilhada entre irmãos completos pode variar de 0 a 100%. Com o uso de marcadores moleculares, pode-se mensurar o real compartilhamento de informação genética entre irmãos completos, meio irmãos, enfim, entre quaisquer animais da população. Desta forma, é possível estimar mais acuradamente o valor genético dos animais de uma população, mesmo que as informações fenotípicas destes animais ou de sua progênie ainda não sejam conhecidas. Portanto, com a aplicação da seleção genômica, a diferenciação do valor genético dos animais de uma mesma leitegada é possível logo após o nascimento, assim que os animais são genotipados.
Além de serem utilizados para a estimação mais acurada de parentesco, marcadores moleculares também são utilizados em estudos de associação, onde o objetivo é encontrar marcadores moleculares que explicam grande parte da variação genética das características de interesse. Os pesquisadores da Topigs Norsvin têm identificado marcadores moleculares para várias características utilizadas no programa de melhoramento. Um dos exemplos muito bem-sucedidos são os marcadores moleculares relacionados à uma maior quantidade de gordura intramuscular (marmoreio) e ácidos graxos insaturados, conhecidos como o colesterol “bom”. Neste caso, animais com genótipo “AA” para um determinado marcador molecular apresentam, por exemplo, maior quantidade de ácidos graxos insaturados do que animais com o genótipo “aa”.
Utilizando estes marcadores moleculares no programa de melhoramento, é possível obter animais que produzirão carne mais saborosa (com mais gordura intramuscular) e saudável (com maior conteúdo de ácidos graxos insaturados). Isso significa que logo após o nascimento e genotipagem, pode-se selecionar os animais que apresentam a melhor combinação de DNA que atende aos objetivos de seleção.
Hoje, os candidatos à seleção (machos e fêmeas) nos núcleos centrais de todas as linhas da Topigs Norsvin são genotipados com um chip que contém 50.000 marcadores moleculares. Além disso, todos os reprodutores que fornecem sêmen para os núcleos centrais são genotipados também com um chip que contém 660.000 marcadores moleculares e os reprodutores top (machos com grande número de descentes em diferentes países) têm todo o seu genoma sequenciado, obtendo-se genótipos para milhões de marcadores moleculares. Com todas essas informações, os pesquisadores da Topigs Norsvin podem realizar estudos muito mais precisos para identificação de marcadores moleculares que possam auxiliar na seleção dos animais que darão origem às próximas gerações, aumentando ainda mais o progresso genético das populações da Topigs Norsvin.
Embora a seleção genômica seja uma ferramenta fantástica, todos os seus benefícios só serão obtidos quando o programa de melhoramento também contar com um banco de dados com fenótipos acurados. Pensando nisso, a Topigs Norsvin tem investido pesado na coleta de informações fenotípicas de animais puros nas granjas núcleo e também de animais cruzados em ambientes comerciais. Para a obtenção de informações acuradas de conversão alimentar, por exemplo, a Topigs Norsvin utiliza comedouros automáticos que permitem medir de forma acurada o ganho de peso e o consumo diário de ração de cada candidato à seleção. A Topigs Norsvin também possui na Noruega uma estação de teste de machos que, além dos comedouros automáticos, conta com tomógrafo que possibilita a coleta de informações de qualidade de carne e carcaça dos candidatos à seleção. Para aumentar ainda mais a disponibilidade de fenótipos acurados, a Topigs Norsvin está implantando uma segunda estação de teste de machos no Canadá, onde também estão sendo instalados comedouros automáticos e um tomógrafo.
Enfim, o presente e o futuro do melhoramento genético de suínos são high-teche a Topigs Norsvin – A mais inovadora empresa de genética suína do mundo, está preparada para traduzir todos esses avanços tecnológicos em uma maior produtividade nas granjas dos nossos clientes e parceiros.
O conteúdo foi elaborado por:
Marcos Lopes – Global Geneticist da Topigs Norsvin
Fonte: Ass. de Imprensa Topigs Norsvin

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
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Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
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Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

