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Seca e temperaturas altas impactam zona da soja nas próximas semanas

Queda na umidade do solo nos estados do Centro-Oeste e Matopiba é motivo de preocupação.

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Foto: Claudia Gogoy

O Brasil continua com dois cenários distintos de clima. Nos últimos dez dias as regiões Norte, Nordeste, parte do Sudeste e a maior parte do Centro-Oeste registraram chuva acumulada entre 10% e 80% abaixo da média para o período. Já no Sul a precipitação continuou alta, com volumes de 200% a 300% acima da média em algumas regiões do Paraná, por exemplo, de acordo com o monitoramento das áreas de lavouras de soja realizado pela EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites.

Os modelos europeu (ECMWF) e americano (GFS) de previsão climática mostram que a seca está se expandindo para o Centro-Oeste e Sudeste do país. A umidade do solo deve diminuir em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, porém neste último estado a queda da umidade do solo será favorável para o progresso das operações de campo. No Mato Grosso, Goiás, norte do Mato Grosso do Sul e no Matopiba, a queda da umidade do solo será  motivo para preocupação. Já no Rio Grande do Sul a umidade excessiva também pode atrapalhar não só o progresso do plantio da safra de verão, como também impactar a produtividade do trigo.

Nos próximos dias uma onda de calor irá ganhar força e se expandir para quase todo o território brasileiro. O modelo ECMWF prevê temperaturas de 3°C a 5°C acima da média na maior parte do país, enquanto o modelo GFS aponta possibilidade de até 10°C acima da média para parte do Centro-Oeste e Sudeste.

No Mato Grosso, considerando os dados registrados desde o início de outubro, o volume de chuva é o menor dos últimos 30 anos, juntamente com temperaturas altas registradas de até 45 graus em alguns municípios, evidenciando condições desfavoráveis para o desenvolvimento das lavouras. O modelo europeu ECMWF mostra continuidade da seca e altas temperaturas no estado nos próximos 10 dias.

A umidade do solo das lavouras do Mato Grosso do Sul  apresentaram dinâmica distinta, com umidade do solo satisfatória no sul do estado e seca no norte. A previsão é de que a seca ganhe força e se expanda para todas as regiões do estado. Para o curto prazo não há grandes problemas, porém se a estiagem se estender até o fim do ano a produtividade será afetada.

Nos últimos 23 dias a chuva acumulada em Goiás  foi a menor registrada nas últimas três décadas, porém o índice está similar ao ano de 2022, quando não houve quebra de produção apesar da seca.  No entanto, ao contrário do ano anterior, as temperaturas ficaram acima da média nas últimas semanas, o que aumenta a evapotranspiração e resulta em queda ainda maior da umidade do solo, além de elevar o estresse térmico das plantas.

Em Minas Gerais, de acordo com o modelo GFS, a temperatura média deve ficar acima dos 35°C pelos próximos 12 dias.Já o modelo ECMWF prevê temperatura média um pouco mais baixa, mas, ainda assim, acima da média para as próximas duas semanas. Ambos modelos apontam seca nas próximas duas semanas. Apesar do cenário, isso ainda não preocupa tanto, tendo em vista que o estado semeou apenas um terço do esperado, tanto de milho quanto de soja.

No Paraná, após as fortes chuvas registradas no fim de outubro e início de novembro, não houve precipitação nos últimos dias. O ECMWF mostra  pouca chuva para as próximas duas semanas, mas o GFS aponta volta de volumes acima da média no início da segunda quinzena do mês.

No Rio Grande do Sul ainda há previsão de alta precipitação. Considerando desde o início de setembro, o acumulado está próximo do nível mais alto dos últimos 30 anos, muito similar ao ano de 1997, quando o El Niño teve forte atuação. A previsão dos modelos ECMWF e GFS aponta alto volume de chuvas para os próximos dias. A chuva acima da média pode impactar a reta final do ciclo do trigo, tanto na disseminação de doenças quanto na qualidade do grão e, também, pode dificultar o progresso do plantio da safra de verão no estado.

Fonte: Assessoria EarthDaily Agro

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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