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Seapi apresenta balanço de ações de vigilância contra Influenza aviária no Rio Grande do Sul
Secretário da Seapi, Giovani Feltes, ressaltou que com os casos detectados no Espírito Santo se faz ainda mais necessária a robustez dos mecanismos de biosseguridade que a iniciativa privada, as entidades e as empresas vêm adotando com relação à gripe aviária.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) apresentou nesta quarta-feira (17) um balanço de ações de vigilância em Influenza aviária no Estado. Esta semana, o Brasil registrou os primeiros casos da enfermidade em aves silvestres, no Espírito Santo. O Rio Grande do Sul continua sem casos confirmados da doença.
“Com os casos detectados no Espírito Santo, se faz ainda mais necessária a robustez dos mecanismos de biosseguridade que a iniciativa privada, as entidades e as empresas vêm adotando com relação à gripe aviária, e também o incremento no trabalho de vigilância que a Secretaria da Agricultura vem desenvolvendo já há uns bons meses”, enfatizou o secretário Giovani Feltes.
Ele destacou a ação da Seapi durante o caso de Aujezsky detectado em São Gabriel no final de 2022 como exemplo do que esperar da atuação da Seapi na vigilância da Influenza aviária. “É uma boa demonstração de como a secretaria atua de forma diligente e como seus quadros técnicos estão extremamente preparados e vigilantes”, ressaltou.
A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, apresentou dados gerais sobre a produção da avicultura comercial no Rio Grande do Sul e as ações de vigilância ativa e passiva conduzidas pela Seapi desde outubro de 2022, quando os primeiros casos de influenza aviária de alta patogenicidade foram detectados na América do Sul. Além da vigilância passiva e ativa, a Secretaria se articulou com diversas entidades, como setor produtivo, órgãos do meio ambiente, Marinha e Ibama, para disseminar ações de educação sanitária e comunicação de risco.
Na vigilância passiva, que investiga notificações de suspeitas, a Secretaria realizou 73 atendimentos em 2023, que resultaram em 15 suspeitas fundamentadas – quando há recolhimento de amostras para testagem no laboratório de referência para influenza aviária, em Campinas. Todos tiveram resultados negativos.
Em ações de vigilância ativa na avicultura industrial do Estado, a Seapi visitou 347 estabelecimentos avícolas, coletando 5.324 amostras. Também não houve detecção do vírus de influenza aviária, nem da doença de Newcastle. “É importante destacar que as atividades que estamos informando aqui já são rotineiras no Serviço Veterinário Oficial. Houve uma intensificação dessas atividades com a proximidade da influenza aviária do nosso Estado”, frisou.
Como o maior risco de ingresso da Influenza aviária no Estado gaúcho é por meio de aves migratórias, a vigilância ativa da Seapi destacou equipes volantes para observação em pontos de pouso dessas aves, como a Reserva do Taim e a Lagoa do Peixe, e na fronteira com Argentina e Uruguai.
Até o momento, a Seapi contabiliza 2.167 ações de vigilância ativa, com 1,72 milhão de aves observadas, cinco suspeitas fundamentadas e nenhum caso confirmado. Foram realizadas 1.548 ações de educação sanitária, com 793 mil pessoas alcançadas. “A ocorrência em aves silvestres não altera a condição sanitária do Brasil em relação à influenza. Só haverá alteração nesse status se a influenza ingressar na avicultura industrial. Não temos muito como evitar que o vírus entre, por conta da transmissão ser por aves migratórias, mas estamos vigilantes para a detecção precoce”, complementou a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski.
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de ovos, o terceiro maior produtor de frango de corte e o maior exportador de carne do peru do Brasil. A avicultura, tanto comercial como de subsistência, está presente em 239 mil estabelecimentos agropecuários do Estado, representando mais de 50% do total de 400 mil estabelecimentos registrados no Sistema de Defesa Agropecuária da Seapi. “A avicultura se ramifica em muitas outras atividades da nossa economia. O setor está fazendo sua lição de casa, a Asgav tem feito ações de comunicação, orientação e educação sanitária, mobilizando outras entidades do agro, como a Farsul, por exemplo. Temos mais segurança para continuar produzindo por causa da eficácia do nosso Serviço Veterinário Oficial, que está permanentemente atuando. Talvez seja esse o segredo do grande sucesso do Rio Grande do Sul hoje na avicultura”, finalizou o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos.

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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra
Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.
No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.
Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.
No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon
lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.
O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.
No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.
A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro
Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.
No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.
No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.
Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.
A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil
Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.
Planilha de Custos
Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS
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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira
Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel
Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.
Exemplo
O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.
Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.
A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.



