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Santa Catarina registra recordes nas exportações de carnes no 1º quadrimestre de 2025

De janeiro a abril, o estado embarcou 677,6 mil toneladas de carnes – frango, suínos, perus, patos, marrecos, bovinos e outras, gerando uma receita de US$ 1,47 bilhão.

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Foto: Divulgação/Portonave

Santa Catarina alcançou, no primeiro quadrimestre deste ano, o melhor desempenho dos últimos 28 anos nas exportações de carnes para o acumulado do período. De janeiro a abril, o estado embarcou 677,6 mil toneladas de carnes – frango, suínos, perus, patos, marrecos, bovinos e outras, gerando uma receita de US$ 1,47 bilhão. Os números representam aumentos de 7,3% em volume e 16,2% em receita na comparação com o mesmo período de 2024, consolidando o estado como um dos principais polos exportadores do setor no país.

Foto: Claudio Neves

Somente em abril, Santa Catarina exportou 179,1 mil toneladas, com receita de US$ 398,4 milhões – o segundo melhor resultado mensal da série histórica em valor, atrás apenas de outubro de 2024.

Os números são divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e sistematizados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). “O nosso estado produz muito e com altíssima qualidade. Os números só mostram que temos produtores comprometidos em fornecer a melhor carne, um setor privado competitivo e o Estado que fiscaliza, garante a sanidade animal e incentiva a produção”, frisa o governador Jorginho Mello.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, os resultados confirmam as projeções positivas para o setor e reforçam o potencial de Santa Catarina como principal exportador nacional de carne suína e segundo maior de carne de frango. “Santa Catarina possui um modelo de produção agropecuária altamente qualificado, com padrões sanitários e tecnológicos que atendem às exigências dos mercados mais competitivos do mundo. Os números reafirmam nosso protagonismo internacional e a relevância estratégica do agronegócio para a economia do estado. Seguiremos empenhados, sob a liderança do governador Jorginho Mello, em ampliar mercados, agregar valor à produção e fortalecer ainda mais a competitividade do setor produtivo catarinense”, afirma Chiodini.

Frango

A carne de frango se destacou com a exportação de 108,3 mil toneladas em abril, gerando receita de US$ 229,7

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

milhões. Os números representam crescimentos de 2,1% em volume e 4,6% em valor na comparação com março. Em relação a abril de 2024, os aumentos foram de 4,3% e 14,5%, respectivamente.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o estado exportou 415,3 mil toneladas de carne de frango, com receita de US$ 846,7 milhões, altas de 8,9% e 17,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o melhor desempenho já registrado para o primeiro quadrimestre desde o início da série histórica.

Os principais destinos da carne de frango catarinense no período foram Países Baixos, Arábia Saudita, China e Japão, que juntos responderam por 44,7% dos embarques. A China foi o grande destaque, com crescimento de 30,5% no volume importado e de 43,3% na receita, em comparação ao mesmo período de 2024. Países Baixos e Arábia Saudita também apresentaram avanços significativos nas receitas: 23,2% e 36,4%, respectivamente.

Foto: José Fernando Ogura

Santa Catarina foi responsável por 22,9% do volume e 24,8% das receitas totais das exportações brasileiras de carne de frango no ano.

Suínos

A carne suína também apresentou desempenho recorde. Em abril, o estado exportou 64,7 mil toneladas, com receita de US$ 155,8 milhões – aumentos de 10,9% em volume e 8,5% em valor em relação a março. Na comparação com abril de 2024, os crescimentos foram de 7,1% e 12,4%, respectivamente. O resultado representa o melhor mês de abril da série histórica iniciada em 1997, tanto em volume quanto em receita.

No acumulado do quadrimestre, Santa Catarina embarcou 240,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 579,1 milhões – aumentos de 8,7% e 17,7%, respectivamente, frente ao mesmo período do ano passado.

Os principais mercados foram Japão (20,5% das receitas), China (19,5%) e Filipinas (19,3%). O Japão se destacou com crescimento de 64,9% nas compras de carne suína catarinense, em comparação com o 1º quadrimestre do ano passado. Santa Catarina segue como líder nacional no segmento, respondendo por 53,6% do volume e 54% das receitas das exportações brasileiras no período.

Fonte: Assessoria Cidasc

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Brasil explora inovação agrícola na Coreia do Sul

Delegação visita LG e CJ Bio para conhecer tecnologias de bioinsumos e soluções sustentáveis que podem transformar o futuro do agro brasileiro.

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Foto; Divulgação/Mapa

Em missão oficial à Coreia do Sul, a delegação brasileira liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, realizou, na segunda-feira (24), visitas técnicas a fábricas e centros de pesquisa das empresas LG e CJ Bio.

A agenda teve como objetivo aprofundar a cooperação entre os dois países nas áreas de inovação em agrotóxicos, bioinsumos e tecnologias voltadas à agricultura sustentável, com foco no desenvolvimento de produtos mais modernos, seguros e eficientes.

Para o secretário Goulart, as visitas reforçam o interesse mútuo do Brasil e da República da Coreia em ampliar a parceria técnica e comercial no setor agropecuário. “A agricultura brasileira é baseada em inovação. Somos a potência que somos por conta da inovação. Por isso, estreitar relações entre os países é essencial para manter a competitividade do agro”, afirmou.

Compõem a delegação pelo Mapa o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres, e a coordenadora de Registro, Tatiane Nascimento. Pela Anvisa, participam a gerente-geral de Toxicologia, Cassia Fernandes, a gerente de Avaliação de Segurança Toxicológica, Marina Aguiar, o gerente de Produtos Equivalentes, Juliano Malty e a assessora da Terceira Diretoria, Letícia Filier.

Visita ao parque de inovações da LG

Na LG, a delegação conheceu a estrutura global do grupo, que atua em setores como eletrônicos, telecomunicações, química e soluções para agricultura. A empresa apresentou sua visão de gestão baseada em inovação, sustentabilidade e governança, além dos investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento.

A LG também destacou o papel da LG Chem e da FarmHannong, divisão agrícola líder na Coreia em proteção de cultivos, sementes e fertilizantes. A companhia reforçou o interesse em ampliar sua atuação no Brasil e dar continuidade às parcerias com o Mapa e a Anvisa.

CJ Bio apresenta avanços em biotecnologia e soluções sustentáveis

A delegação visitou ainda a CJ Bio, referência mundial em biotecnologia aplicada à agricultura, nutrição e biomateriais. A empresa apresentou seus laboratórios e plataformas de desenvolvimento de microrganismos, fermentação, purificação e produção de bioinsumos.

Foram demonstradas tecnologias voltadas à produção de inoculantes, pesticidas e bioestimulantes, com foco em soluções de baixo impacto ambiental, redução de emissões e recuperação de solos. A CJ Bio também reforçou o interesse em desenvolver produtos biológicos para soja, milho e outras culturas estratégicas para o Brasil.

Fonte: Assessoria Mapa
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Colunistas

Saiba por que fungos e nematoides seguem tirando bilhões do agro

Organismos invisíveis avançam silenciosamente sobre as raízes, derrubam a produtividade e já geram prejuízos acima de R$ 35 bilhões por ano, enquanto a biotecnologia ganha espaço no manejo.

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Foto: Shutterstock

No agronegócio brasileiro, algumas das maiores ameaças à produtividade estão escondidas sob os nossos pés. Fungos e nematoides do solo são organismos microscópicos que, muitas vezes, sem darem sinais aparentes, comprometem as raízes, reduzem a absorção de água e nutrientes e minam o vigor das plantas. Quando os sintomas se tornam visíveis, os prejuízos já estão instalados.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), doenças fúngicas radiculares, como as causadas por RhizoctoniaFusarium e Sclerotium, podem permanecer no solo por longos períodos graças às suas estruturas de resistência, dificultando o controle e impactando culturas como soja, milho, feijão e hortaliças.

Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.

Entre os inimigos invisíveis do solo, os nematoides ocupam lugar de destaque. Esses vermes microscópicos parasitam as raízes, formando galhas ou causando lesões que reduzem a eficiência do sistema radicular. Os reflexos são diretos: menor absorção de nutrientes, estresse hídrico precoce e queda na produtividade.

Pesquisas da Embrapa apontam que áreas infestadas por Pratylenchus brachyurus (nematoide das lesões radiculares) podem ter perdas médias de 21% na soja, o equivalente a 12 sacas por hectare. Além das evidências experimentais, estimativas da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que os prejuízos anuais no agro superam R$ 35 bilhões, sendo cerca de R$ 16,2 bilhões apenas na soja.

O desafio do manejo

O controle de nematoides e doenças fúngicas é particularmente complexo porque não existe uma solução única. A própria Embrapa recomenda o manejo integrado, combinando práticas, como rotação de culturas com espécies não hospedeiras, para reduzir a população de patógenos no solo; o uso de cultivares resistentes, quando disponíveis; adubação equilibrada e correção do solo, que fortalecem as defesas naturais da planta; e o controle biológico, por meio de microrganismos benéficos (bactérias e fungos), que competem com fungos patogênicos e estimulam o crescimento vegetal. Essas práticas, quando aplicadas em conjunto, aumentam a resiliência do sistema produtivo e reduzem a dependência exclusiva de defensivos químicos.

Biotecnologia como aliada

Foto: SAA SP

A biotecnologia vem se consolidando como parceira estratégica do produtor. O uso de bioinsumos, seja via aplicação direta ou tecnologia On Farm, permite ampliar populações de microrganismos benéficos e fortalecer a saúde do solo.

Já desde 2023, dados da Spark Inteligência Estratégica citados pela Embrapa, indicam que o uso de bionematicidas no Brasil ultrapassou o de nematicidas químicos em importantes culturas. Na soja, os produtos biológicos já representavam cerca de 94% do mercado de nematicidas, enquanto no milho esse índice chegava a 100%, consolidando a liderança dos biológicos no controle de nematoides.

Esse movimento continua se ampliando em outras cadeias produtivas. Levantamento da Kynetec mostra que, em 2024, mesmo com a retração de 18% no mercado de defensivos para cana-de-açúcar, os produtos de matriz biológica já respondiam por 7% do total financeiro do setor, com bionematicidas e bioinseticidas representando 75% desse segmento. Esses números confirmam que a biotecnologia deixou de ser apenas uma alternativa e passou a ocupar papel central nas estratégias de manejo do solo e de controle de nematoides no agronegócio brasileiro.

Quando adotamos práticas integradas e combinamos biotecnologia com as recomendações científicas, damos passos importantes para preservar a produtividade e a sustentabilidade do agro. Em um cenário de custos crescentes de insumos, pressão por sustentabilidade e exigência de maior eficiência, deixar de lado esses inimigos invisíveis também significa renunciar margens que fazem diferença no resultado da safra.

A boa notícia é que hoje temos conhecimento científico e tecnologias biológicas robustas para transformar esse desafio em oportunidade. O futuro do agronegócio passa pela capacidade de unir ciência, inovação e sustentabilidade. Não se trata apenas de controlar patógenos, mas de preservar o potencial produtivo de cada hectare, garantindo alimento de qualidade e competitividade para o Brasil no cenário global.

Fonte: Artigo escrito por Bruno Arroyo, engenheiro agrônomo, com pós-graduação em Agronegócio.
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Notícias 02, 03 e 04 de dezembro

Dia de Campo da C.Vale estreia formato antecipado em dezembro

Mudança busca evitar conflito com a colheita de soja e reforça a participação dos produtores.

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Fotos: Divulgação/C.Vale

Para evitar a coincidência com o início da colheita de soja no Oeste do Paraná, a C.Vale decidiu antecipar seu principal evento técnico. A primeira edição do Dia de Campo no novo formato será realizada nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, no Campo Experimental da cooperativa, em Palotina (PR).

A programação inclui lançamentos de máquinas e implementos com condições diferenciadas de compra, além da apresentação de novilhas leiteiras, gado de corte, caprinos e ovinos. O evento também mostrará resultados de trabalhos técnicos conduzidos no local. Entre as novidades estão concurso de receitas, maior interação com o público, ações ampliadas das empresas parceiras e mais áreas de sombra para quem aguarda o deslocamento nos ônibus internos.

A edição realizada em janeiro de 2025 reuniu 12 mil visitantes nas proximidades do complexo agroindustrial da C.Vale.

Antecipação estratégica

A decisão de mudar o calendário para dezembro ocorreu porque o plantio mais cedo das lavouras vinha aproximando o início da colheita da soja do período tradicional do evento, em meados de janeiro. A sobreposição afetava a participação dos produtores, levando a cooperativa a estabelecer, a partir de 2025, a realização do Dia de Campo sempre no último mês do ano.

Raio X – Dia de Campo 2025/26

147 empresas participantes

45 cultivares de soja

58 híbridos de milho

16 cultivares de mandioca

65 parcelas de agroquímicos

17 parcelas de produtos biológicos

63 parcelas de programas nutricionais

17 parcelas com tratamento de sementes

14 parcelas de tecnologia de aplicação

16 espécies forrageiras

9 parcelas de plantas de cobertura de solo

4 instituições de pesquisa

1 instituição de ensino

4 instituições financeiras

Fonte: Assessoria C.Vale
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