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Saúde intestinal torna aves mais resistentes às patogenias

A capacidade digestiva e absortiva das aves está relacionada diretamente ao sucesso da produção animal. Confira como a saúde intestinal pode influenciar na imunidade e tornar as aves mais resistentes aos desafios.

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Divulgação/BTA Aditivos

Uma das regras de ouro da avicultura é: “só com aves saudáveis se consegue obter uma alta eficiência produtiva e bons retornos econômicos”. Para que isso ocorra existem alguns procedimentos que devem ser seguidos para prevenir riscos sanitários e melhorar a imunidade das aves. A elaboração de um plano correto de biossegurança e nutrição adequada são alguns deles. Confira a seguir como a nutrição pode garantir melhor imunidade das aves, tornando-as mais resistentes às patogenias.

Atualmente, os frangos de corte são selecionados geneticamente para melhorar a taxa de conversão alimentar e de crescimento rápido. Esse crescimento é baseado na taxa de ingestão de ração e está inversamente correlacionada a resposta imune das aves. As interações entre essas populações de microrganismos benéficos incluem fungos, protozoários e até alguns vírus e o tecido linfático associado ao intestino (GALT) que é considerado o mecanismo básico do hospedeiro contra patógenos invasores.

Medidas de controle de doença e biosseguridade e o manejo ambiental são altamente relevantes para melhorar a produtividade através do controle da imunidade. Na criação de frango de cortes moderna o peso ideal para abate é atingido entre seis e sete semanas, deixando pouco tempo para desenvolver um sistema imunológico maduro.

A capacidade digestiva e absortiva dos animais está relacionada diretamente ao sucesso da produção animal. Portanto, é incontestável garantir a saúde do trato gastrointestinal dos animais, uma vez que um desbalanço ocasionará perdas produtivas e financeiras. Este desafio é intensificado devido a vários fatores que podem afetar o TGI na digestão e a absorção do alimento, como: a qualidade da água fornecida, presença de patógenos na dieta, biosseguridade da granja, dietas com excesso de nutrientes, condições climáticas e balanço da microbiota intestinal.

Alternativas aos antimicrobianos

Esta melhora da saúde intestinal se deu, por muitos anos, através da utilização de antibióticos melhoradores de desempenho, prática que vem sendo abolida nos últimos anos, sendo estudado aditivos que possam substituir estes fármacos. Com a pesquisa para substitutos foram avaliados diversos compostos com a função de proteger o trato gastrointestinal e, consequentemente, melhorar a absorção de nutrientes. Dentre os aditivos estudados que apresentam grande potencial para substituir os antibióticos, estão os ácidos orgânicos, prebióticos, probióticos, simbióticos, extratos vegetais, vitaminas, minerais, óleos essenciais e fitoterápicos.

Ácidos orgânicos

O uso de ácidos orgânicos possui grande espaço e oportunidades para utilização na avicultura. Seu uso se justifica pelos diversos benefícios associados, como a redução de microrganismos na dieta, acidificação do trato gastrointestinal (TGI), fornecimento de energia para as células da membrana intestinal e melhora na altura das vilosidades do jejuno.

A utilização dos ácidos orgânicos na área animal possui uma diversidade de funções, modos de aplicação e apresentação destes compostos, cada uma possibilitando uma série de estratégias no uso. Sozinhos ou misturados, estes compostos em frangos de corte apresentam muitos benefícios, entre eles: melhoram o desempenho e a microflora intestinal, reduzem as contagens microbianas patogênicas intestinais e fecais, baixam o pH no estômago, destroem a membrana celular dos patógenos ou inibe seu crescimento, melhoram a atividade de enzimas digestivas e secreção pancreática e modificam a morfologia intestinal em termos de altura de vilosidades e profundidade de cripta no intestino delgado.

Aditivos com tecnologias de microencapsulação

Novas metas para a manutenção da viabilidade desses aditivos estão sendo estudadas, como a utilização de tecnologias de microencapsulação, que tem se apresentado como uma forma promissora para proteção. A microencapsulação é um método capaz de promover a liberação controlada do material encapsulado, sendo que vários mecanismos podem ser usados para seu acionamento, como mudança de pH, estresse mecânico, temperatura, atividade enzimática, tempo, força osmótica, fermentação bacteriana, entre outras.

A aplicação de um determinado antimicrobiano à base de ácidos orgânicos microencapsulados é ingerido pelo animal via dieta e é ativado somente quando em contato com as lipases presentes no intestino. Este mecanismo garante que o ativo reaja apenas na parte necessária do sistema digestivo, auxiliando no desenvolvimento do animal e na sua saúde intestinal, através da melhoria na absorção de nutrientes.

Quando associado a aplicação de um determinado acidificante à base de óleos essenciais, estes dois compostos fornecem um efeito sinérgico na ação antimicrobiana, pois gera uma barreira física contra as condições adversas do ambiente do trato gástrico intestinal, proporcionando maior estabilidade durante a passagem quando comparados aos não encapsulados.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: Por Rafael Soares, médico-veterinário, mestrando em Produção Animal e coordenador técnico na BTA Aditivos

Avicultura

AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Avicultura

Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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Avicultura

Excesso de oferta amplia recuo dos ovos e limita reação das cotações

Segunda semana seguida de baixas registra até 8% de desvalorização, com expectativa de manutenção do viés negativo em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As cotações dos ovos seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea, esse movimento é verificado pela segunda semana consecutiva.

Em parte das praças, as desvalorizações em sete dias chegam a 8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o menor ritmo de vendas vem aumentando gradualmente os estoques nas granjas.

Assim, produtores têm tido dificuldades em manter os valores da proteína e acabam cedendo nas negociações.

Colaboradores do Cepea indicam que, diante da maior oferta, não há espaço para reação positiva nos valores da proteína, e a tendência é de que os preços sigam enfraquecidos até o encerramento deste mês.

Fonte: Assessoria Cepea
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