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Satélites e redes de estações meteorológicas monitoram água no Brasil

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Importantes bacias hidrográficas brasileiras vêm sendo monitoradas em tempo real por imagens de satélite, sensoriamento remoto e dados climáticos de superfície. O objetivo é a obtenção de dados climáticos que poderão indicar possíveis formas de economia e a otimização do uso da água nas culturas analisadas: grãos, fruteiras, cana-de-açúcar, café e seringueira. Áreas de vegetação natural também são alvo de estudos.
O trabalho busca determinar e analisar cinco fatores: cobertura vegetal, produção de biomassa, produtividade da água e evapotranspiração e demandas hídricas (transferência de água do solo por evaporação e da planta por transpiração para a atmosfera). As ações de pesquisa resultam da aprovação de dois projetos financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Embrapa em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
As informações obtidas com a pesquisa poderão direcionar a formulação de políticas públicas relacionadas ao contexto de mudanças climáticas e escassez de recursos hídricos. "As análises podem contribuir para uma melhor compreensão da dinâmica dos recursos naturais e para avaliar o impacto das mudanças do clima e do uso do solo", explica o pesquisador Antônio Heriberto Teixeira, da Embrapa Monitoramento por Satélite (SP). Ele coordena uma equipe de pesquisadores que vem conseguindo importantes avanços no desenvolvimento de ferramentas capazes de quantificar, em larga escala, a produtividade da água em regiões semiáridas brasileiras.
Um dos focos da pesquisa é a chamada "produtividade da água", termo utilizado para medir o valor de produtos e serviços produzidos por unidade de água consumida. Dois aspectos são fundamentais nessa equação: a evapotranspiração e a produção de biomassa. A evapotranspiração é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração. É um processo vital para contabilizar a produção na agricultura. Já a produção de biomassa, ou quantidade total de matéria viva, é um indicador da produtividade da água em qualquer ecossistema. "Em ambientes com escassez de água, o principal desafio é melhorar a produção de biomassa por meio de práticas gerenciais do uso da água", explica Teixeira.
No entanto, o pesquisador afirma que é muito difícil obter dados sobre evapotranspiração e produção de biomassa em larga escala. Daí a importância das ferramentas utilizadas pelo projeto: sensoriamento remoto e imagens de satélite.
Redes de estações meteorológicas automáticas vêm sendo instaladas nas bacias hidrográficas de Petrolina/Juazeiro e norte de Minas, do rio São Francisco; do baixo Tietê, São José dos Dourados e Turvo Grande, do noroeste de São Paulo; e do rio São Marcos, na parte central de Goiás. Com as informações será possível efetuar o gerenciamento hídrico em condições  em que haja necessidade de rápidas mudanças de uso da terra. Com isso, poderão ser implementadas ações que promovam uma maior economia de água em áreas de agricultura intensiva.
Informações estratégicas mostram onde e como economizar
De acordo com o pesquisador, com a produtividade da água quantificada em várias culturas para diferentes condições ambientais, critérios poderão ser estabelecidos para a expansão racional de determinada cultura, garantindo o fornecimento de alimento sem prejudicar outros benefícios dos ecossistemas naturais. "O uso dos dados e metodologias visa principalmente ao fornecimento de subsídios nas decisões políticas de uso racional dos recursos hídricos fornecidos, com vistas ao aumento ou manutenção dos níveis de produtividade com minimização dos consumos hídricos, tanto na agricultura com dependência de chuvas como irrigada", explica.
As informações obtidas a partir das estações meteorológicas estão sendo associadas com dados provenientes de sensoriamento remoto e com imagens captadas por satélites. As imagens coletadas permitem analisar, com nitidez, áreas preservadas e regiões degradadas. "Com os modelos elaborados pela associação de satélites de diferentes resoluções e de posse de dados climáticos de caráter permanente, os produtores poderão quantificar as exigências hídricas das culturas para o manejo racional da água, evitando excesso e deficiência hídrica. Com isso, mantém-se a produtividade com menor dano ao meio ambiente", considera Teixeira.
Alguns resultados em Minas Gerais
A Embrapa Milho e Sorgo (MG) coordena as ações de pesquisa na parte da Bacia do Médio São Francisco, no norte de Minas. Estão implantados nos municípios sistemas de produção com áreas de agricultura irrigada e também de sequeiro, envolvendo pastagens, outras culturas perenes e vegetação natural. De acordo com o pesquisador da Embrapa Reinaldo Lúcio Gomide, a intensificação da agricultura nas regiões das bacias hidrográficas tem causado a substituição dos ecossistemas naturais, elevando as taxas de evapotranspiração e causando perda da biodiversidade. Esses efeitos são influenciados também pelas mudanças climáticas.
Dados climáticos das áreas em estudo pela Embrapa Milho e Sorgo já podem ser encontrados no Sistema Integrado de Dados Ambientais (Sinda), serviço do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As estações meteorológicas de Minas Gerais estão identificadas com as iniciais CNPMS e oferecem dados climáticos de oito regiões. Os primeiros resultados obtidos relativos à região norte de Minas estão permitindo que os pesquisadores identifiquem e façam a separação em diferentes classes da cobertura vegetal do solo, que é um aspecto diretamente ligado à disponibilidade de água.
Os primeiros resultados de evapotranspiração relativos à região do perímetro irrigado de Gorutuba, no norte de Minas, foram obtidos com imagens do satélite Landsat 5 TM, um dos sistemas orbitais mais utilizados pela Embrapa. Algoritmos enriquecem os dados fornecidos pelo satélite, os quais estimam a evapotranspiração a partir do balanço de energia da superfície coberta pela vegetação, permitindo a identificação de microclimas e o levantamento de análises históricas. As informações poderão ser usadas de forma estratégica em processos de tomada de decisões que envolvam o gerenciamento do uso da água, indicando possibilidades concretas de economia. "Outra possibilidade será a quantificação, nos municípios estudados, de perdas de água dos rios", conclui Gomide

Fonte: EMBRAPA

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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