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São Paulo, Minas Gerais e Espiríto Santo concentram dois de cada três hectares em restauração ecológica no país

Atividade é impulsionada por iniciativas locais, políticas públicas e ações de compensação ambiental.

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Foto: Divulgação

Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo são os que mais promovem restauração ecológica, segundo o Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR), administrado pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Somados, eles dedicam 95 mil hectares a esta atividade, o equivalente a dois terços da área ocupada por ela em todo o país.

São Paulo e Espírito Santo — que contam, respectivamente, com 37,1 mil e 27,7 mil hectares em áreas de restauração — têm plataformas próprias para monitoramento de ações relacionadas a esta atividade, o que proporciona um levantamento eficaz das informações. Em terras capixabas, o setor foi impulsionado nos últimos anos pelo Programa Reflorestar, uma iniciativa do governo estadual que visa recuperar a cobertura da vegetação nativa e o ciclo hidrológico por meio de ações de restauração e conservação ambiental.

O ORR identificou 30,4 mil hectares em restauração em Minas Gerais. No estado, a atividade foi impulsionada por ações de compensação ambiental decorrentes do rompimento de barragens de mineração.

Vale destacar ainda que o Espírito Santo e amplas áreas de São Paulo e Minas Gerais estão inseridos no bioma Mata Atlântica, onde atua há 15 anos o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, um movimento multissetorial que busca regenerar a cobertura vegetal local. Coletivos atuantes em outros biomas são mais recentes e, em sua maioria, estão em fase de estruturação.

Rio Grande do Norte, Roraima e Ceará são as unidades federativas com a menor área envolvida em projetos de restauração, segundo o levantamento do ORR. Juntos, eles somam 2 mil hectares empregados nesta atividade.

Além de abrigar mais hectares em recuperação, a Região Sudeste tem o maior número de iniciativas de restauração mapeadas pelo ORR: 50 no total. Em seguida vêm Norte (27), Nordeste (22), Sul (13) e Centro-Oeste (três).

“A restauração de ecossistemas no Brasil ainda exige um longo caminho a ser percorrido. A meta do país é ambiciosa: restaurar ou colocar em processo de restauração 12 milhões de hectares até 2030”, destaca Tainah Godoy, secretária-executiva do ORR. “Os números refletem a magnitude do esforço necessário.

Para alcançá-los, o poder público deve estabelecer mecanismos que viabilizem a restauração em larga escala. Esse avanço só será possível por meio de uma integração multissetorial e multiescalar, envolvendo governos, sociedade civil, academia e setor privado.”

Ranking dos municípios

Quando a lupa é voltada aos municípios, os bons resultados não ficam circunscritos apenas ao Sudeste. As cidades de Aimorés, em Minas Gerais, com 4.839 hectares; Regeneração, no Piauí, com 3.639 hectares; e Mutum, também no estado mineiro, com 2.910 hectares; são as líderes no ranking de restauração (veja lista no final do texto).

“Em Aimorés, ações de plantio, restauração e educação ambiental do Instituto Terra, organização sem fins lucrativos fundada por Sebastião Salgado, são responsáveis pela posição de destaque da localidade entre todas as cidades brasileiras. Perto de lá, em Mutum, as articulações para mudanças ambientais são feitas pela Fundação Renova e também têm grande relevância. Já em Regeneração, a rede Araticum (Articulação pela Restauração do Cerrado) promove iniciativas significativas de restauração na região”, explica Godoy.

Dos 10 municípios que mais tiveram restauração, quatro são de Minas Gerais (Aimorés, Mutum, Guanhães e Pocrane) e dois do Espírito Santo (Montanha e Aracruz). Os demais são de São Paulo (Teodoro Sampaio), Piauí (Regeneração), Bahia (Eunápolis) e Pará (São Félix do Xingu).

As 10 cidades que mais fizeram restauração ambiental desde 2021:

1 – Aimorés (MG) – 4.839 hectares

2 – Regeneração (PI) – 3.639 hectares

3 – Mutum (MG) – 2.910 hectares

4 – Guanhães (MG) – 2.739 hectares

5 – Eunápolis (BA) – 2.695 hectares

6 – Pocrane (MG) 2.468 hectares

7 – Teodoro Sampaio (SP) 2.213 hectares

8 – São Félix do Xingu (PA) 2.212 hectares

9 – Montanha (ES) 2.200 hectares

10 – Aracruz (ES) 2.101 hectares

Restauração e reflorestamento

Lançado em 2021, o ORR é uma plataforma independente e multissetorial dedicada ao mapeamento de áreas em restauração, reflorestamento e em regeneração de vegetação secundária. Seu comitê gestor é formado por Coalizão Brasil, WWF, WRI, Imazon e The Nature Conservancy.

A restauração é a recomposição de paisagens e habitats para espécies de fauna e flora nativas. Esta atividade tem sido motivada por diversos fatores, como benefícios socioambientais, geração de emprego e renda e mitigação das mudanças climáticas.

O reflorestamento é o plantio e cultivo de árvores para uso econômico. A vegetação secundária, por sua vez, corresponde a áreas que voltam a se regenerar após terem passado por um processo total ou parcial de destruição.

Nos últimos três anos, o grupo gestor do ORR dedicou-se à qualificação dos dados compilados na primeira versão da ferramenta, à coleta de novas informações e ao estabelecimento de parcerias com grupos atuantes no setor de restauração nos seis biomas brasileiros, conhecidos como coletivos biomáticos. São eles: Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Rede pela Restauração da Caatinga, Pacto pela Restauração do Pantanal, Articulação pela Restauração do Cerrado (Araticum), Aliança pela Restauração da Amazônia e Rede Sul — esta última, com atuação no Pampa.

A parceria com os coletivos biomáticos permitiu que o ORR ganhasse capilaridade e, assim, reproduzisse com maior fidelidade o avanço da restauração no Brasil.

“As organizações dos biomas são fortes parceiras na coleta de dados devido ao seu extenso alcance territorial e acesso aos atores que estão, de fato, implementando os esforços de restauração no campo”, explica Godoy.

Diversos atores estão envolvidos na restauração ecológica. Governos e bancos nacionais e internacionais financiam a atividade no país. Organizações da sociedade civil e associações atentam para os benefícios ambientais da prática. As empresas têm aderido ao setor por diversas razões, como a comercialização de créditos de carbono e medidas de compensação ambiental.

A maior parte dos projetos de restauração compilados pelo ORR ocorre em áreas de até cinco hectares – o equivalente a cinco campos de futebol -, mas há uma grande variação no tamanho, chegando a 3 mil hectares.

Os dados do ORR estão disponíveis, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura

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GTFoods prevê crescimento de 10% nas exportações de frango e Conab tem projeções otimistas para 2025 

Passando de 25% do total de exportações em 2024 para 35% para o próximo ano, a empresa investe em mercados estratégicos e segue fortalecendo a presença internacional. 

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Foto: Divulgação/GTFoods

A GTFoods, uma das principais indústrias brasileiras no setor avícola, projeta um crescimento expressivo nas exportações de carne de frango para 2025, embasada em previsões otimistas divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal prevê que a produção nacional de carne de frango aumente 1,7% em 2024, atingindo 15,2 milhões de toneladas, e cresça mais 2,1% em 2025, alcançando 15,5 milhões de toneladas. Além disso, as exportações brasileiras de carne de frango devem avançar 1,9% em ambos os anos, totalizando 5,1 milhões de toneladas em 2024 e 5,2 milhões de toneladas em 2025.

Com uma meta de crescimento de exportação de 10%, passando de 25% do total de exportações em 2024 para 35% para o próximo ano, a GTFoods se prepara para reforçar sua presença em mercados estratégicos, como China, Europa, México, Oriente Médio e África do Sul. “Essas projeções refletem o potencial de crescimento e a vantagem competitiva do Brasil no mercado global. Com estoques bem ajustados e um câmbio favorável, estamos prontos para expandir nossas operações e aproveitar essas oportunidades”, afirma Rafael Tortola, CEO da GTFoods.

Para sustentar seu crescimento e fortalecer a competitividade, a GTFoods investe continuamente em certificações e melhorias na qualidade dos processos, com um portfólio de cerca de 30 produtos voltados para exportação.

“Nosso compromisso com a inovação e a segurança alimentar garante o atendimento aos mais altos padrões de qualidade, o que nos torna um parceiro confiável para o mercado global”, destaca Kendi Okumura, gerente de exportação.

Fonte: Assessoria GTFoods
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BRF adquire planta de processados na China para expandir atuação na Ásia

Investimento de cerca de R$ 460 milhões marca o início de operações industriais da empresa no mercado chinês, onde já está presente comercialmente.

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Foto: Divulgação/BRF

A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo e detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, anuncia a aquisição de uma moderna fábrica de processados na província de Henan, China. A transação marca um passo significativo para a Companhia que passa a contar com uma operação industrial no mercado chinês, onde já comercializa proteína animal. Construída em 2013, a planta possui duas linhas de processamento de alimentos, com capacidade atual de cerca de 30 mil toneladas por ano e potencial para expansão. Serão investidos cerca de R$ 460 milhões ou 580 RMB, sendo R$ 250 milhões ou 310 RMB na aquisição e o restante em capex para adequações e para expansão de duas linhas de hamburguer. Os investimentos devem gerar cerca de 850 novos empregos e capacidade adicional de cerca de 30 mil toneladas por ano, dobrando a capacidade da fábrica para cerca de 60 mil toneladas por ano. A previsão é que a nova unidade produtiva esteja operando sob a gestão da BRF ainda no primeiro trimestre de 2025.

A aquisição do ativo está alinhada à estratégia de ampliar a presença global da companhia por meio da diversificação do seu footprint e fortalece a competitividade da BRF, com o avanço na oferta de produtos de valor agregado. A unidade produtiva possui uma linha de alimentos processados que permitirá à empresa responder de maneira mais eficaz às demandas regionais. Além disso, o acesso direto ao mercado chinês, um dos maiores mercados consumidores de proteínas do mundo.

O investimento representa uma oportunidade significativa para expandir a base de clientes e impulsionar as vendas da Companhia. A decisão também potencializa o uso da matéria-prima brasileira, valorizando recursos locais e fortalecendo cadeias de valor sustentáveis e de alta qualidade.

A criação de um hub de exportação na nova localização abre oportunidades para atender mercados internacionais de forma mais eficiente, otimizando a logística e facilitando a distribuição para outros países. A plataforma comercial da BRF, incluindo clientes e escritórios comerciais estrategicamente localizados, será um diferencial importante nesse processo. As marcas da BRF, com destaque para a marca global Sadia, e os produtos da empresa estarão presentes em diversos canais, incluindo varejo e food service, incluindo grandes redes de contas globais. A possibilidade de explorar ainda mais o segmento de food service é uma oportunidade significativa, especialmente em um mercado em crescimento como o chinês, que é um dos mais relevantes, junto com o Oriente Médio e o Norte da África.

A fábrica está localizada em Henan, província no Vale do Rio Amarelo, na região central da China, conhecida como o lugar de origem da civilização chinesa. Trata-se da terceira área mais populosas da China, com cerca de 100 milhões de habitantes. A região é um ponto estratégico de acesso a um mercado de grande potencial.  A matéria-prima utilizada na fábrica poderá ter origem tanto na própria China, quanto nas operações da BRF e Marfrig, valorizando recursos locais e fortalecendo cadeias de valor sustentáveis. As fábricas da BRF e Marfrig no Brasil, Argentina e Uruguai estão habilitadas para o envio de matéria-prima, garantindo um fornecimento contínuo e de alta qualidade.

Potencial

Henan, uma das províncias mais populosas e a quinta maior economia da China, destaca-se como um eixo estratégico de logística. Com 99,4 milhões de habitantes, a província é essencial para o transporte de mercadorias, conectando as regiões norte e sul do país por meio de uma infraestrutura robusta e bem distribuída. Localizada no centro da China, Henan abriga 266 mil km de rodovias, dos quais 7 mil km são rodovias expressas, além de 6.500 km de ferrovias e 1.400 km de ferrovias de alta velocidade. Seus dois aeroportos internacionais reforçam o papel da província como um importante centro logístico.

Fonte: Assessoria BRF
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Abiove projeta números recordes para complexo da soja em 2025

Expectativa é de que a produção de soja alcance 167,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve chegar a 57 milhões de toneladas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projetou o balanço de oferta e demanda para 2025 com números recordes para o complexo da soja. A expectativa é de que a produção de soja alcance 167,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve chegar a 57 milhões de toneladas.

Para o farelo de soja, a estimativa de produção é de 44 milhões de toneladas, e para óleo de soja, 11,4 milhões de toneladas. As exportações também devem atingir novos patamares, chegando a 104,1 milhões de toneladas de grãos. Para o farelo, as estimativas indicam aumento para 22,9 milhões de toneladas, enquanto a comercialização de óleo de soja deve se manter em torno de 1 milhão de toneladas. Ao todo, as exportações devem gerar receitas totais da ordem de US$ 50,8 bilhões. Além disso, espera-se um aumento na importação de óleo de soja, alcançando 150 mil toneladas, e de 500 mil toneladas de soja para suplementar o mercado.

Atualizações de 2024

As estatísticas mensais do complexo da soja até setembro de 2024 também foram atualizadas. A produção de soja se manteve estável, encerrando o ciclo em 153,3 milhões de toneladas e um esmagamento de 54,5 milhões de toneladas. A produção de farelo e óleo de soja permanece inalterada.

Processamento Mensal

Em setembro de 2024, o processamento foi de 4,1 milhões de toneladas, representando uma queda de 5,5% em relação a agosto, mas um aumento de 2,4% em comparação com setembro de 2023 quando ajustado pelo percentual amostral de 90,6%. No acumulado do ano, houve uma redução de 0,3% em relação a 2023, considerando a correção amostral.

Exportação e Importação

O volume de exportação de soja projetado para 2024 cresceu 0,5%, totalizando 98,3 milhões de toneladas; as de farelo e de óleo estão mantidas em 22,1 milhões de toneladas e 1,3 milhão de toneladas, respectivamente.

Fonte: Assessoria Abiove
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