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São Paulo atinge 99,81% de cobertura vacinal contra febre aftosa após segunda etapa de 2022

Dos 10.949.623 milhões de animais existentes no Estado, já foram imunizados contra a doença 10.928.273 milhões.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

Dados do sistema informatizado de Gestão Animal e Vegetal (Gedave) da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) emitidos na quinta-feira (19) informam que o índice de vacinação da campanha de novembro de 2022 contra Febre Aftosa atingiu o índice de 99,81%. “Os índices estão dentro do esperado e se mantém acima de 99% desde 2014. Esse resultado é importante para garantir a manutenção do status sanitário do Estado de São Paulo como zona livre de febre aftosa com vacinação”, comenta o médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA), Breno Welter.

Durante a campanha, deveriam ser vacinados todos os bovídeos (bovinos e bubalinos). Dos 10.949.623 milhões de animais existentes no Estado, já foram imunizados contra a doença 10.928.273 milhões.

Na relação abaixo estão o número de bovídeos cadastrados no sistema Gedave, envolvidos na etapa, o número de animais vacinados e o percentual vacinado em cada uma das 40 regionais de Defesa Agropecuária:

CDA Regional de Andradina – 467.977 – 467.977 – 100,00%

CDA Regional de Araçatuba – 370.904 – 370.904 – 100,00%

CDA Regional de Araraquara – 135.599 – 135.549 – 99,96%

CDA Regional de Assis – 204.851 – 204.851 – 100%

CDA Regional de Avaré – 229.702 – 229.607 – 99,96%

CDA Regional de Barretos – 164.596 – 164.424 – 99,90%

CDA Regional de Bauru – 348.295 – 347.548 – 99,79%

CDA Regional de Botucatu – 306.632 – 302.999 – 98,82%

CDA Regional de Bragança Paulista – 238.470 – 235.463 – 98,74%

CDA Regional de Campinas – 123.830 – 117.701 – 95,05%

CDA Regional de Catanduva – 115.848 – 115.848 – 100,00%

CDA Regional de Dracena – 358.384 – 358.384 – 100%

CDA Regional de Fernandópolis – 257.048 – 257.048 – 100,00%

CDA Regional de Franca – 178.545 – 178.545 – 100,00%

CDA Regional de General Salgado – 495.370 – 495.245 – 99,97%

CDA Regional de Guaratinguetá – 396.081 – 395.930 – 99,96%

CDA Regional de Itapetininga – 311.980- 311.980 – 100,00%

CDA Regional de Itapeva – 186.103 – 186.036 – 99,96%

CDA Regional de Jaboticabal – 88.118 – 87.965 – 99,83%

CDA Regional de Jales – 399.053 – 399.053 – 100,00%

CDA Regional de Jaú – 129.181 – 129.085 – 99,93%

CDA Regional de Limeira – 126.377 – 126.001 – 99,70%

CDA Regional de Lins – 347.816 – 346.775 – 99,70%

CDA Regional de Marília – 398.642 – 398.642 – 100,00%

CDA Regional de Mogi das Cruzes – 28.733 – 28.700 – 99,89%

CDA Regional de Mogi-Mirim – 95.189 – 94.218 – 98,98%

CDA Regional de Orlândia – 78.585 – 78.123 – 99,41%

CDA Regional de Ourinhos – 259.863 – 259.863 – 100,00%

CDA Regional de Piracicaba – 187.593 – 186.593 – 99,69%

CDA Regional de Presidente Prudente – 782.225 – 781.770 – 99,94%

CDA Regional de Presidente Venceslau – 863.587 – 863.587 – 100,00%

CDA Regional de Registro – 126.696 – 126.474 – 99,82%

CDA Regional de Ribeirão Preto – 137.255 – 136.853 – 99,71%

CDA Regional de Santos – 5.322 – 5.322 – 100,00%

CDA Regional de São João da Boa Vista – 345.545 – 345.520 – 99,99%

CDA Regional de São José do Rio Preto – 453.368 – 452.804 – 99,88%

CDA Regional de Sorocaba – 160.698 – 159.815 – 99,45%

CDA Regional de Taubaté – 410.379 – 409.514 – 99,79%

CDA Regional de Tupã – 339.246 – 339.191 – 99,98%

CDA Regional de Votuporanga – 296.366 – 296.366 – 100,00%

Total do Estado – 10.949.623 – 10.928.273 – 99,81%

Retirada da vacinação

Em novembro de 2022, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA-SP) recebeu notificação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informando que após avaliação do serviço veterinário oficial que envolvem ações de Defesa Agropecuária, o Estado de São Paulo evolui no Plano Estratégico (2017-2026) do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PNEFA), condição que permite a retirada da vacinação contra a doença. “Importante ressaltar que, mesmo com a possibilidade da retirada, São Paulo respeitará as próximas janelas de vacinação que inclui as campanhas de 2023. O trabalho continua com o intuito de manter o status de Estado livre da doença, independente ou não da vacina”, diz o gerente do PEEFA.

A evolução no Plano foi possível graças aos investimentos do Governo de São Paulo que concluiu o plano de fortalecimento da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), bem como, a reativação do Fundo Indenizatório para Ações Emergenciais (Fundepec) que é gerido pelo setor privado.

Fonte: Ascom SAA-SP

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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável

Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

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Foto: SAA SP

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.

 

Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.

Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.

A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.

Solos mais saudáveis e produtivos

Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.

Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.

A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.

Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.

Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.

A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.

A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).

O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.

Fonte: O Presente Rural com Embrapa Cerrados
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Pressões ambientais externas reacendem disputa sobre limites da autorregulação no agronegócio

Advogada alerta que auditorias privadas e acordos setoriais, como a Moratória da Soja, podem impor obrigações além da lei, gerar assimetria concorrencial e tensionar princípios constitucionais.

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Foto: Freepik

A intensificação de exigências internacionais para que produtores brasileiros comprovem de forma contínua a inexistência de dano ambiental como condição para exportar commodities, especialmente a soja, reacendeu um debate jurídico sensível no país. Para a advogada especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Márcia de Alcântara, parte dessas exigências ultrapassa a pauta da sustentabilidade e pode entrar em choque com princípios constitucionais e da ordem econômica, sobretudo quando assumem caráter padronizado e coordenado por grandes agentes privados.

Segundo ela, quando tradings internacionais reunidas em associações que concentram parcela expressiva do mercado firmam pactos com auditorias e monitoramentos próprios, acabam impondo obrigações ambientais adicionais às previstas em lei. “Esses acordos privados transferem ao produtor o ônus de provar continuamente que não causa dano ambiental, invertendo a presunção de legalidade e de boa-fé de quem cumpre o Código Florestal e demais normas”, explica.

Márcia observa que esse tipo de exigência, quando se torna condição para o acesso ao mercado, tensiona princípios como a segurança jurídica e o devido processo. “Quando a obrigação é padronizada e coordenada por agentes dominantes, deixa de ser mera cláusula contratual e passa a se aproximar de uma restrição coletiva, com efeito de boicote”, afirma.

Moratória da Soja e coordenação setorial

Advogada Márcia de Alcântara: “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”

Entre os casos emblemáticos está a chamada Moratória da Soja, que proíbe a compra do grão oriundo de áreas desmatadas após 2008 na Amazônia. Para a advogada, o modelo de funcionamento da moratória se assemelha a uma forma de regulação privada, com possíveis implicações concorrenciais. “Há três pontos críticos nesse arranjo: a coordenação por associações que concentram parcela relevante do mercado; a troca de informações sensíveis e listas de exclusão que não são públicas; e a imposição de padrões mais severos do que a legislação brasileira. Esse conjunto pode configurar conduta anticoncorrencial, conforme o artigo 36 da Lei 12.529/2011”, avalia.

Ela acrescenta que cobranças financeiras ou bloqueios comerciais aplicados a produtores que não apresentem documentação adicional de regularidade ambiental podem representar penalidades privadas sem respaldo legal. O tema, segundo Márcia, já vem sendo acompanhado tanto pela autoridade antitruste quanto pelo Judiciário.

Marco jurídico recente

Nos últimos meses, a controvérsia ganhou contornos institucionais. Uma decisão liminar do ministro Flávio Dino, no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de processos judiciais e administrativos ligados à Moratória da Soja até o julgamento de mérito, para evitar decisões contraditórias e permitir uma análise concentrada do conflito. Paralelamente, o Cade decidiu aguardar o posicionamento do STF antes de seguir com as investigações, embora mantenha atenção sobre a troca de informações sensíveis entre empresas durante o período.

Entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Aprosoja-MT defendem que a atuação concorrencial do Estado não seja paralisada. Elas argumentam que há indícios de coordenação de compra e que a suspensão integral das apurações pode esvaziar a tutela concorrencial.

Entre os principais questionamentos estão a extrapolação normativa de acordos privados, a falta de transparência nos critérios de exclusão e a substituição da regulação pública por padrões privados de alcance global. “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”, pontua Márcia.

Possíveis desfechos

Foto: Gilson Abreu

A especialista mapeia dois possíveis desfechos para o impasse. Caso o STF decida a favor dos produtores, será reforçada a soberania regulatória do Estado brasileiro, com o reconhecimento de que critérios ambientais devem ser definidos por normas públicas claras e transparentes. A decisão poderia irradiar efeitos para outras cadeias produtivas, como carne, milho e café, estabelecendo parâmetros de ESG proporcionais e auditáveis. Em sentido contrário, validar a autorregulação privada abriria espaço para padrões globais com camadas adicionais de exigência, elevando custos de conformidade e reduzindo a concorrência.

Para Márcia, o Brasil já conta com um dos arcabouços ambientais mais robustos do mundo. O Código Florestal impõe a manutenção de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, exige o Cadastro Ambiental Rural georreferenciado e conta com sistemas de monitoramento por satélite e mecanismos de compensação ambiental.

Além disso, o país dispõe de políticas estruturantes como a Política Nacional do Meio Ambiente, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Esse conjunto garante previsibilidade ao produtor regular e comprova que o país possui um marco ambiental sólido. Por isso, exigências externas precisam respeitar a proporcionalidade, a transparência e o devido processo. Caso contrário, correm o risco de ferir a legislação brasileira e distorcer a concorrência”, ressalta.

Fonte: Assessoria Celso Cândido de Souza Advogados
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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30

Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

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Foto; Beatriz Batalha/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.

Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.

Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.

A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.

Fonte: Assessoria Mapa
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