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Santa Helena pode ser um dos municípios mais produtivos do PR

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Em tempos de chuva abundante não há que se falar em falta de água. Mas em Santa Helena, o bom período que o clima está oferecendo à agricultura está servindo para mostrar ao agricultor a como a água na hora certa muda todo o cenário de produtividade, mesmo que seja chuva artificial  através da irrigação. O assunto foi tema central do 1º Seminário de Irrigação promovido ontem (05) pela Associação Comercial e Empresarial (Acisa) através do Núcleo de Irrigação e a administração municipal, por meio do Sistema de Gestão Compartilhada. Durante todo o dia, técnicos, especialistas e produtores se revezaram em palestras para falar sobre irrigação e o diferencial que a tecnologia confere às lavouras. O evento faz parte do Programa de Incentivo à Irrigação desencadeado pela Acisa e cujo objetivo é fazer com que 30% das áreas cultivadas de Santa Helena sejam irrigadas.
A preocupação com irrigação tem motivo de ser. Um levantamento da Acisa aponta que, em dez anos (2002 a 2011), Santa Helena produziu em média 109,89 sacas de soja por alqueire, enquanto a média esperada era de, no mínimo 150 sacas por alqueire. A diferença fica ainda maior se for analisada a cultura do milho. A produção média no período foi de 157.62 sacas por alqueire ante a expectativa de 250. Segundo o presidente da Acisa, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira (Leo), as perdas diretas só nas duas culturas foram de mais de R$ 365 milhões em dez anos. A maior parte do prejuízo, informa Leo, é proveniente de estiagens. “Por isso é importante compararmos agora como a água é fundamental para garantir produtividade”, destaca.
Incentivo
O custo de implantação dos sistemas de irrigação sempre foi um dos empecilhos ao produtor. Mas hoje em dia, há programas federais e linhas de financiamento específicos para esse fim. De acordo com o presidente da Acisa, o custo também baixou muito. Porém, um gargalo permanece, que é a burocracia junto aos órgãos que emitem as licenças ambientais e de utilização de água. Por esse e outros motivos, explica Leo, que a Acisa formou o Núcleo de Irrigação e também promoveu o seminário ontem. O núcleo hoje trabalha para reduzir ou retirar todas as barreiras que impedem o agricultor de ter acesso à irrigação. O principal passo é ter todas as informações necessárias no que tange a burocracias e aspectos técnicos, para agilizar o trabalho do agricultor. Levar a informação ao agricultor também foi o principal objetivo do 1º Seminário de Irrigação. “Queremos mostrar que é possível e que os resultados são positivos”, menciona Leo.
A prefeitura também está engajada no projeto. O prefeito Jucerlei Sotoriva (Juce) lembra que Santa Helena tem um histórico de quebras de safra por causa de estiagem, que tem refletido em toda a cadeia econômica do município, haja vista a importância do agronegócio local. Assim, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, a administração está viabilizando o Programa Municipal de Incentivo à Irrigação. Ele lembra do objetivo de irrigar 30% das lavouras do município até 2023.
Na Secretaria, inclusive, informa o secretário da pasta, já existe demanda para escavação de reservatórios de água. “Temos projeções ousadas, mas também há potencial para alcançarmos as metas traçadas”, declara.
Meio Ambiente
As licenças ambientais e de outorga de uso de água são grandes entraves no processo de implantação de sistemas de irrigação. Segundo o engenheiro agrícola do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) de Toledo, Adir Parizotto, muitas vezes a demora se dá por conta de falhas nos projetos apresentados pelos agricultores, requerendo correções e protelando as liberações. Neste sentido, ressalta, a margem de erro será muito menor com mais informações em mãos, como as que estão sendo oferecidas pelo Programa de Incentivo à Irrigação de Santa Helena, e também com a elaboração de projetos por profissionais especializados. Por outro lado, Parizotto reconhece que atualmente há defasagem de profissionais no IAP para trabalharem na análise de projetos. De 1,5 mil servidores que o instituto possuía, hoje não chegam a 500 em atuação.
O servidor, que palestrou no seminário, também destacou que a liberação das licenças depende da condição ambiental da propriedade rural. Pontos cruciais a serem analisados são a disponibilidade de água, proteção das nascentes, mata ciliar, ocupação dos solos (condições do solo e manejo). Com base nas condições de cada área é feito um Plano de Controle Ambiental, imprescindível para a concessão de licenças.
Água do Lago
Quem não tem água na propriedade pode criar reservatórios. Mas na região há possibilidade de utilização de água do Lago de Itaipu. O engenheiro agrônomo João José Passini, que é assistente da Diretoria de Meio Ambiente da Itaipu, informa que na Costa Oeste apenas 24 produtores estão aproveitando esse recurso. Ele ressalta, ainda, que a Itaipu Binacional incentiva o aproveitamento amplo das águas do reservatório, desde que sejam respeitadas as condições ambientais. No entanto, o agrônomo lembra que a Itaipu não é o organismo que concede a licença para esse fim.
Passini garante que a utilização da água do Lago de Itaipu é totalmente viável, mas há uma série de regras que precisam ser respeitadas. “Assim, a informação é o primeiro passo para quem tem planos para utilizar a água do Lago (de Itaipu), que pode ter múltiplos usos”, conclui. 

Agricultores
apresentam experiências com irrigação

O agricultor Normélio Rosa, de Esquina Rosa, implantou sistema de irrigação com pivô central no final do ano passado. É o primeiro do município a extrair água do Lago de Itaipu. Neste ano, ele não precisou utilizar a tecnologia para escapar da seca, mas isso não é motivo de mau-humor para ele. “A irrigação não serve apenas para quando falta chuva. Com a irrigação eu posso plantar quando eu quero, não preciso esperar a chuva”, diz, comemorando que desde o final do ano passado plantou e colheu soja na safra de verão (2012/2013), plantou e colheu milho safrinha, plantou e está colhendo feijão, porque nos próximos dias vai plantar soja . “Nunca ia conseguir fazer isso sem irrigação”, afirma.

Normélio irrigou 68 hectares de área e no seminário incentivava todos que lhe pediam sugestão. “Perdi safra em cima de safra por causa da estiagem. Agora não tem mais isso (prejuízo)”, comemora.

A avaliação do agricultor Normélio Rosa, que acabou de implantar irrigação não é diferente de quem já utiliza o sistema . A família de Amilton Noro, de Santa Helena Velha, é pioneira do município em utilização de irrigação, implantada em suas lavouras a partir de 1991. Atualmente, os Noro têm 60 hectares próprios com a tecnologia e ainda outros 23 arrendados. O filho de Amilton, Tácito Noro, inclusive, formou-se em agronomia e hoje, além de ajudar o pai nas lavouras, tem uma empresa do setor de irrigação. Não é pra menos tanto otimismo. No ciclo 2011/2012, quando uma forte estiagem atingiu o município, a família Noro colheu cerca de 62 sacas de soja por hectare, enquanto a média no município foi de apenas 19 sacas. Colheram cerca de 170 sacas de milho por hectare, uma enorme disparidade para média dos agricultores santa-helenenses que não tinham irrigação – 80 sacas/hectare. 

Tácito comenta que nas áreas irrigadas é possível colher até três safras, sendo soja, milho e feijão, e algumas vezes plantam trigo como opção de cultura de inverno. Ou seja, bons exemplos não faltam, nem informação está faltando. Cabe agora ao produtor decidir o que fazer. Reportagem completa sobre irrigação você lê na próxima edição de O Presente Rural Bovinos & Grãos.

Fonte: Luciany Franco – O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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