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Santa Catarina registra recorde na exportação de suínos em 2022

Estado catarinense exportou 602,14 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos, crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 1,43 bilhão, alta de 2,5% na comparação com 2021.

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Fotos: Shutterstock

Santa Catarina alcançou em 2022 o melhor índice de exportações de suínos desde o início da série histórica da Epagri/Cepa. Esse é um dos destaques do Boletim Agropecuário de janeiro, que traz também a proximidade do final da colheita de cebola, que mantém o Estado como maior produtor da hortaliça no país, respondendo por 30% do total. O documento revela ainda que a produção catarinense de trigo deve ser 38% maior nesta safra do que na anterior e aponta para uma recuperação do feijão primeira safra.

No ano passado, o Estado catarinense exportou 602,14 mil toneladas de carne suína in natura, industrializada e miúdos, crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 1,43 bilhão, alta de 2,5% na comparação com 2021.

Santa Catarina foi responsável por 54,8% da quantidade e 56,3% das receitas das exportações brasileiras de carne suína de 2022.

A China, principal destino, registrou quedas de 10,6% em quantidade e 13,1% em valor, em relação ao ano anterior.

Chile e Hong Kong também registraram quedas expressivas nas compras de carne suína catarinense, principalmente quando se consideram as receitas: -9,1% e -41,8%, respectivamente. Essas quedas foram compensadas pelo crescimento das exportações para outros destinos relevantes, caso das Filipinas (alta de 138,5% em quantidade e 164,1% em receitas) e do Japão (80,4% e 67,4%, respectivamente).

Frango

Santa Catarina exportou 1,02 milhão de toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em 2022, queda de 0,9% em relação ao ano anterior. As receitas foram de US$ 2,20 bilhões, alta de 19,5% na comparação com 2021. O estado foi responsável por 23,1% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango em 2022.

Os cinco principais destinos registraram aumento nas receitas das exportações de janeiro a dezembro de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para os Países Baixos (24,7%) e a Arábia Saudita (25,1%). Quanto às quantidades embarcadas, predominaram as quedas, com destaque para o Japão (-15,1%) e a China (-6,8%).

Bovinos

Em Santa Catarina, diferente da maioria dos demais estados, os preços do boi gordo apresentaram variação positiva nos primeiros meses de 2022. No segundo semestre, contudo, a tendência se inverteu, registando-se quedas expressivas. Na comparação entre o valor de dezembro de 2022 e o mesmo mês de 2021, observou-se queda de -2,7% no preço médio estadual.

Os preços de atacado da carne bovina seguiram tendência semelhante aos do boi gordo, embora com menor intensidade nas variações. Tanto as carnes de dianteiro quanto as de traseiro apresentaram predominância de altas ao longo do primeiro semestre, com quedas no segundo. Na comparação entre os preços de dezembro de 2022 com o mesmo mês de 2021, observam-se altas de 1,2% na carne de dianteiro e 4,2% na carne de traseiro. Na média dos dois tipos de corte, a variação foi de 2,7%.

Leite

Tomando por base o que ocorreu até setembro, estima-se que as indústrias brasileiras adquiriram uma produção de leite no mínimo 6% menor em 2022 do que em 2021, o que representa cerca de 23,615 bilhões de litros. Nos últimos dez anos, esse índice só foi inferior em 2013 (23,553 bilhões) e 2016 (23,170 bilhões).

Foto: Divulgação/OP Rural

Esse baixo desempenho de 2022 soma-se a outro em 2021 e, confirmada a estimativa, a quantidade de leite adquirida pelas indústrias terá caído 7,9% de 2020 para 2022. Isso ajudou no crescimento das importações brasileiras de lácteos, que aumentaram 23,6% de 2021 para 2022.

Foi também a principal razão do aumento dos preços internos. Corrigido pelo IGP-DI de dezembro de 2022, o preço médio recebido pelos produtores catarinenses de leite em 2022 supera com folga os preços médios de todos os anos da série histórica da Epagri/Cepa.

A rentabilidade da produção leiteira não cresceu na mesma proporção. Para parte dos produtores, aliás, apenas no período de maio a outubro o preço médio esteve acima dos custos de produção, com especial destaque para os preços de julho, agosto e setembro.

A expectativa é de que a produção leiteira catarinense de 2023 apresente desempenho melhor do que o de 2022.

Milho

Os técnicos da Epagri/Cepa atualizaram a estimativa de produção de milho em Santa Catarina, na safra 2022/23, de 2,7 para 2,6 milhões de toneladas atuais. Os fatores climáticos já influenciam na expectativa da produção inicial, em especial, o frio prolongado e a estiagem que atingiram o Extremo Oeste e a região do Vale do Rio Uruguai em dezembro.

Foto: Aires Mariga/Epagri

Os preços ao produtor apresentaram recuperação de agosto a dezembro, no estado. O mercado está atento a dois fatores prevalentes: condições climáticas na safra atual de verão no Sul do Brasil, e ritmo das exportações de grãos pelo Brasil. A íntegra do Boletim traz uma análise da evolução dos preços em 2022 e perspectivas de mercado futuro.

Milho silagem

As estimativas da Epagri/Cepa mantêm uma projeção de recuperação da produção de milho para fins de silagem em Santa Catarina na safra 2022/23. Este cenário se apresenta apesar da estiagem no Extremo Oeste na primeira quinzena de dezembro. O mercado de silagem cresce em Santa Catarina.

Soja

A estimativa da safra 2022/23 de soja em Santa Catarina foi elevada na atualização de janeiro, ultrapassando os 2,63 milhões de toneladas, superior ao prognóstico inicial, que era de 2,61 milhões de toneladas. O crescimento deve acontecer apesar da produtividade esperada das lavouras em função das condições climáticas desfavoráveis. A área de cultivo se mantém em 730 mil hectares, com a expectativa ainda de incorporação de áreas.

Os fatores que prevaleceram quanto ao mercado da oleaginosa em novembro e dezembro foram: o clima no Sul do Brasil e Argentina, que pode impactar no potencial produtivo, e o macro cenário mundial da economia. O Boletim Agropecuário de janeiro traz uma análise da evolução do mercado em 2022.

Trigo

A safra 2022/23 de trigo em Santa Catarina deve ser de 480,7 mil toneladas, volume 38% maior do que no ciclo anterior, quando o estado produziu 347,8 mil

toneladas. O aumento reflete o crescimento de 36% na área plantada, passando de 102,8 mil hectares, para atuais 139,7 mil hectares. A produtividade também cresce em média 2%, subindo de 3.384 kg/ha para 3.441 kg/ha. Nos últimos seis anos a produção catarinense de trigo cresceu 196%, enquanto que a nacional cresceu 76%.

No mês de dezembro, o preço médio mensal pago aos produtores catarinenses de trigo ficou em R$ 90,43 a saca de 60 kg, variação negativa de 5,33%. Na comparação anual, em termos nominais, os preços recebidos em dezembro deste ano foram 4,3% acima dos registrados no mesmo mês de 2021.

Arroz

A estimativa atual da Epagri/Cepa aponta para uma produção de 1.238.587 toneladas de arroz na safra 2022/23 em Santa Catarina, um pequeno recuo de -1,07% em relação ao ciclo anterior. A produtividade deve ser de 8.424Kg por hectare, uma redução de -0,71% em relação à safra passada, quando esteve acima da média. Destaque para o atraso no ciclo da cultura, provocado pelo prolongado período de frio. A baixa luminosidade preocupa os produtores com relação à produtividade e à uniformidade do grão. A colheita teve início em algumas áreas do estado, especialmente Litoral Norte, mas com o ciclo atrasado, o percentual ainda é muito baixo.

O mercado do arroz fechou o ano de 2022 com preços em ascensão, tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul. O cenário foi bem diferente do observado no início daquele ano, quando o excesso de oferta gerou preocupações quanto aos preços ao produtor. Apesar da recuperação dos preços em 2022, a margem bruta foi negativa. Isso porque os custos de produção aumentaram significativamente, especialmente os relativos aos insumos, como agrotóxicos e adubos.

Em 2022 Santa Catarina exportou US$4,08 milhões em arroz, o que representa 8,6 mil toneladas e cerca de 54% do valor exportado em 2021. As importações do grão no Estado ficaram em 28,06 mil toneladas, o equivalente a US$12,7 milhões.

Feijão

A Epagri/Cepa estima que Santa Catarina colha 59.565 toneladas de feijão na primeira safra 2022/23. Esse número é 11% maior do que no ciclo anterior. O crescimento se apresenta apesar da redução esperada de 14% na área plantada. Isso porque a safra passada foi fortemente afetada pela estiagem, o que comprometeu a produção daquele ano. Da mesma forma, espera-se um crescimento de 29% na produtividade. Esse aumento também reflete o resultado frustrante na produtividade da safra 2021/22.

O preço médio do feijão-carioca no mercado catarinense reagiu em dezembro, com crescimento de 33,59% em relação a novembro, fechando na média mensal de R$ 301,37 a saca de 60 kg. Os preços do feijão-preto também tiveram um crescimento de 23,13%, fechando a média mensal em R$ 224,10 a saca de 60 kg. Na comparação com um ano atrás, os preços da saca do feijão-carioca, em termos nominais, estão 39,13% acima do que foi pago em dezembro de 2021. Para o feijão-preto, há um recuo de 5,7%.

Com a evolução das operações de plantio em todas as regiões produtoras, esta fase está tecnicamente encerrada.

Alho

A safra catarinense de alho já foi toda colhida, com produção estimada de 16.201 toneladas, produtividade de 10.873 kg por hectare e área plantada de 1.490 hectares.

A comercialização foi aberta no final de dezembro e deve se estender até junho. Em relação ao preço pago ao produtor, a abertura da comercialização da safra no estado registrou, no mês de dezembro, preços de R$ 6,00/kg para o alho classes 2 e 3. Para o alho classes 4 e 5, R$ 11,70/kg; para o das classes 6 e 7, R$ 14,00/kg. São preços pagos ao produtor que ficam acima do custo médio de produção estimado para o estado.

Em dezembro foram importadas 18,38 mil toneladas de alho. O volume internalizado no ano de 2022 foi de 119,59 mil toneladas. Em relação ao ano de 2021, a redução foi de 4,8%, quando foram importadas 125,58 toneladas.

Cebola

A colheita da safra catarinense de cebola se aproxima do final. Conforme levantamento do Projeto Safras da Epagri/Cepa, devem ser produzidas em Santa Catarina pouco mais de 514 mil toneladas de cebola na safra 2022/23, volume superior ao ciclo 2021/22, quando foram produzidas quase 496 mil toneladas da hortaliça. O desempenho mantém o Estado como maior produtor de cebola do país, respondendo por cerca de 30% do total nacional.

A comercialização segue ritmo normal, com preços de mercado menores que em novembro e início de dezembro. Com a entrada da produção da safra do Sul, a oferta ficou mais equilibrada com a demanda, trazendo os preços para patamares mais reais, mas ainda acima do custo médio de produção estimado para o estado.

Em 2022, o volume importado foi de 150.524 toneladas, sendo a Argentina o principal fornecedor, seguida pelo Chile. O preço médio deste ano é de US$ 0,27/kg (FOB) – aumento de 17,39% em relação ao preço médio do ano de 2021.

O Boletim Agropecuário é divulgado mensalmente pela Epagri/Cepa, com a análise das principais cadeias produtivas do agronegócio catarinense.

Fonte: Ascom Epagri

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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