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Santa Catarina investirá R$ 57 milhões em novos projetos de apoio à agricultura e pesca

Serão seis linhas de crédito e subvenção de juros focadas na melhoria da competitividade e renda da agricultura familiar e da pesca

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Os produtores rurais e pescadores de Santa Catarina contam com novos programas de apoio a investimentos. Serão seis linhas de crédito e subvenção de juros focadas na melhoria da competitividade e renda da agricultura familiar e da pesca. Além disso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, irá aplicar recursos em pesquisa, suporte aos municípios e regularização de imóveis rurais. Com as novas medidas, serão destinados mais R$ 57 milhões ao fortalecimento do meio rural e pesqueiro ao longo de 2021.

“Seguimos apoiando o trabalhador do campo, que é quem traz a comida para a mesa do catarinense e que faz parte de uma das grandes forças da economia do estado: o agronegócio. Iremos investir em inovação no meio rural e pesqueiro, para manter o crescimento neste setor tão importante para Santa Catarina”, destaca o governador Carlos Moisés.

A maior parte dos recursos será destinada aos novos programas da Secretaria da Agricultura. Serão R$ 27 milhões para atuar em cinco frentes de trabalho divididas em seis programas: financiamentos sem juros; subvenção de juros de financiamentos contraídos junto aos agentes bancários; políticas públicas para jovens e mulheres; apoio para cuidar do solo e conservar água e apoios emergenciais. Esta é uma evolução das várias linhas disponíveis ao longo dos últimos anos.

“Pretendemos modernizar permanentemente a agropecuária catarinense – um setor inovador, que tem crescido e se desenvolvido. Prova disso, é que em Santa Catarina, 70% de todas as exportações têm origem no agronegócio, vieram das mãos de quem trabalha e produz. E nós queremos melhorar cada vez mais a vida dos produtores rurais e pescadores em nosso estado”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Altair Silva.

Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina, José Walter Dresch, os novos projetos vêm ao encontro dos anseios do setor produtivo catarinense. “Foram aprovadas várias medidas a favor da agricultura catarinense, que certamente irão impactar de forma muito positiva no desenvolvimento do nosso setor produtivo. Uma das questões importantes que foi contemplada é a regularização fundiária, que é um tema que beneficia milhares de produtores rurais”.

O secretário adjunto da Agricultura, Ricardo Miotto, explica que a reformulação dos programas de apoio traz mais agilidade e clareza na tomada de decisões. “O setor produtivo e a sociedade em geral poderão enxergar de maneira mais clara e objetiva todas as políticas públicas disponíveis e de que maneira o Governo do Estado pode estar ao lado da agricultura familiar e da pesca catarinense”.

Os projetos foram aprovados nesta quarta-feira, 11, em reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural (Cederural).

Confira os programas:

Investe Agro SC

Os produtores rurais contratam financiamentos para investir na propriedade rural e o Governo do Estado paga parte dos juros, em um limite de 2,5% ao ano. Serão quatro linhas de apoio: fortalecimento de cadeias produtivas, água para o campo; proteção de pomares e fortalecimento de agroindústrias familiares.

Investe Agro SC Emergencial

Apoio da Secretaria da Agricultura para recuperação de sistemas produtivos danificados por eventos climáticos extremos. Os agricultores e pescadores poderão contratar financiamentos de até R$ 80 mil, com oito anos de prazo para pagar, com subvenção de juros num limite de 2,5% ao ano.

Fomento Agro SC

Financiamentos sem juros para agricultores e pescadores de Santa Catarina. O Governo do Estado apoia investimentos para fomento a cadeias produtivas; agregação de valor e empreendimentos coletivos; arranjos produtivos locais e inclusão digital e qualificação de acesso à energia elétrica.

Reconstrói SC

Financiamentos sem juros para agricultores familiares e pescadores para recuperação de sistemas produtivos danificados por eventos climáticos extremos. Os agricultores e pescadores poderão contratar financiamentos de até R$ 10 mil, com cinco anos de prazo para pagar.

Jovens e Mulheres em Ação

Políticas públicas voltadas para jovens e mulheres da agricultura e pesca. Além de cursos de formação, há duas linhas de apoio para investimentos em internet e projetos de melhoria de processo produtivo.

Prosolo e Água

A Secretaria da Agricultura traz financiamentos sem juros para projetos de captação e armazenagem de água, isolamento e recuperação de mata ciliar, proteção e recuperação de nascentes, terraceamento e cobertura de solo.

Outros projetos de investimento no agronegócio catarinense:

Apoio aos municípios

O Governo do Estado irá destinar R$ 15 milhões para firmar parcerias com municípios e fomentar os investimentos no meio rural e pesqueiro. Os convênios serão firmados com as prefeituras e limitados a R$ 300 mil.

R$ 4 milhões para fortalecer a pesquisa agropecuária

O Cederural autorizou a descentralização de R$ 4 milhões para a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com a Epagri, com a finalidade de desenvolver um programa de pesquisa e inovação focado em temas estratégicos para o agronegócio catarinense.

Do total de recursos, R$ 1 milhão será destinado para a pesquisa em cereais de inverno e alternativas que visem mitigar o deficit de milho no estado de Santa Catarina.

Aquisição de Equipamentos

A Secretaria da Agricultura terá ainda R$ 5,8 milhões para aquisição de equipamentos. As máquinas e implementos agrícolas adquiridos serão repassados aos municípios catarinenses.

Regularização Fundiária

Santa Catarina irá reforçar os investimentos na regularização de imóveis rurais. A Secretaria da Agricultura fará um aporte de R$ 5 milhões para a realização de georreferenciamento, documento necessário para a legalização de propriedades. A intenção é atender aproximadamente 16,8 mil famílias de agricultores familiares.

Unidade de Energia Alternativa

O Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri (Cepaf) receberá R$ 250 mil para a criação de uma unidade didática de geração de energia alternativa (fotovoltaica) em Chapecó. A intenção é que esta seja uma referência para difusão de tecnologia no meio rural catarinense.

Fonte: Assessoria.

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Plantio de milho em Santa Catarina entra na fase final com boas perspectivas

Controle fitossanitário segue ativo e produtores monitoram impacto das chuvas na germinação.

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Foto: Gilson Abreu

A semeadura do milho de verão em Santa Catarina entra na fase final, com 92% da área estimada já plantada, segundo os dados mais recentes do Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Até o momento, 93% das lavouras apresentam condição considerada boa, reforçando a expectativa de um início de ciclo favorável no estado.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O ritmo da safra é descrito como adequado, com bom estabelecimento das plantas e condições climáticas favoráveis, o que tem permitido avanço dentro do calendário previsto pelo zoneamento agroclimático.

O controle fitossanitário segue ativo, especialmente no monitoramento da cigarrinha-do-milho, praga que preocupa produtores nos últimos anos. Até agora, porém, a incidência registrada é baixa. No litoral catarinense, técnicos observaram falhas de germinação em algumas áreas, atribuídas ao excesso de chuvas no período de emergência das plantas.

O boletim também alerta para as chuvas intensas na região Sul, que podem exigir maior atenção no manejo de doenças e na aplicação de adubação de cobertura, etapas cruciais para o desenvolvimento das lavouras.

Apesar dos pontos de atenção, o cenário até o momento é favorável. A Epagri/Cepa mantém perspectiva positiva de produtividade, condicionada à continuidade de clima e sanidade adequados nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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Caminho Verde recebe R$ 30 bilhões e inicia recuperação de 1,3 milhão de hectares no país

Primeiro aporte do Mapa viabiliza crédito com juros reduzidos para converter áreas degradadas em produção sustentável, com meta de restaurar 40 milhões de hectares em dez anos.

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Foto: Freepik

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na segunda-feira (17), o primeiro aporte de recursos da ordem de R$ 30 bilhões para o Programa Caminho Verde, com foco nos investimentos voltados para a conversão de áreas degradas para a produção de alimentos. O programa será financiado por bancos, com juros abaixo do mercado, entre eles o Banco do Brasil, o BNDES, o BTG, o Itaú, Caixa Econômica, entre outros. Os recursos começarão a ser acessados a partir de 2026 e conta com a parceria do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Fazenda para o financiamento. A meta inicial é recuperar, com este montante, cerca de 1,3 milhão de hectares nesta primeira rodada.

A meta geral do programa é recuperar até 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos. Este foi o debate do painel “Programa Caminho Verde Brasil: avanços, desafios e oportunidades”, realizado nesta segunda-feira em um dos auditórios da AgriZone, espaço da Embrapa e parceiros, também conhecido como “Casa da Agricultura Sustentável” na COP30. O evento técnico foi organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), a Embrapa e o Banco do Brasil.

Para o assessor especial do ministro da Agricultura e Pecuária e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Carlos Augustin, o Caminho Verde reforça a posição estratégica do País na agenda global e destaca as práticas regenerativas como solução para garantir segurança alimentar e estabilidade climática.

“O programa cria condições para um expressivo aumento da produção de alimentos e de biocombustíveis, sem desmatamento de novas áreas, preservando matas nativas”, explica. “Dessa forma, promove simultaneamente a segurança alimentar, apoia a transição energética e conserva o meio ambiente”.

Dados do Mapa indicam que, atualmente, o Brasil possui cerca de 280 milhões de hectares destinados à agropecuária, dos quais 165 milhões são pastagens, sendo que aproximadamente 82 milhões de hectares estão em algum grau de degradação. A proposta do programa é a recuperação de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade ao longo dos próximos dez anos, convertendo essas áreas em terras agricultáveis de alto rendimento, sem a necessidade de desmatamento.

O recurso que será aportado no valor de R$ 30 bilhões representa o início do programa, mas o Mapa está em busca de novas parcerias. O programa Caminho Verde faz parte da carteira de financiamento do Ministério da Fazenda – O Eco Invest Brasil, parte do Novo Brasil,  criado para impulsionar investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo, oferecendo instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Com mecanismos financeiros inovadores, o programa viabiliza projetos estratégicos para a indústria verde, recuperação de biomas, infraestrutura para lidar com os efeitos das mudanças do clima e de inovação tecnológica para a Transformação Ecológica. Serão R$16,5 bilhões do Tesouro e os outros R$ 16 bilhões das instituições financeiras.

Judson Valentim, pesquisador da Embrapa Acre, destacou que as áreas degradadas oferecem um potencial forte de recuperação para a produção de grãos, fibras e biocombustíveis, aumentando a capacidade brasileira de fornecimento de alimentos em um cenário global, de forma sustentável.

Na perspectiva da sustentabilidade, o Programa Caminho Verde inclui o uso de boas práticas recomendadas pela Embrapa. No caso de produção de alimentos, plantio conforme recomendação do ZARC, plantio direto, uso de bioinsumos e inoculantes, uso de sementes certificadas ou salvas legalmente, plantio de cobertura, gestão de embalagens de agroquímicos. No caso de pecuária o uso de sementes de forrageiras, divisão das pastagens e manejo do pastejo, proteção aos corpos d´água, taxa de lotação de acordo com a capacidade de suporte das pastagens e rastreabilidade. Para florestas plantadas a Embrapa sugere as seguintes recomendações: uso de bioinsumos, manejo de solos, manejo integrado de pragas, plano de combate a incêndios e proteção dos corpos d´água.

A Embrapa também elaborou um conjunto de indicadores métricas para aplicação no programa. Entre elas: metodologia de Bioanálise dos Solos (BioAs), metodologia de determinação de estoques de carbono no solo, metodologia de balanço de emissão de gáses, dentre outras. Além de calculadoras como o RenovaCalc, ABC+Calc, Zarc, Plataforma de Saúde do Solo, Carne Baixo Carbono, entre outras.

Para o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, o tema da sustentabilidade é uma das suas prioridades. Ele explicou que o primeiro estímulo para que o produtor entre no programa é a expectativa efetiva de rentabilidade com a recuperação de suas áreas degradadas. “Este convencimento é o primeiro argumento para a tomada de decisão de recuperar a pastagem”, explicou. Ele acrescentou que o incentivo, via crédito e tecnologias, deve vir junto com o controle do estado brasileiro contra o desmatamento ilegal. Por fim, o acesso ao crédito será fundamental com pagamento a longo prazo. “As três ações serão determinantes para o acesso ao crédito para o Caminho Verde”.

Para ele, o Caminho Verde é uma das soluções que traz vários elementos positivos, mas para o agricultor familiar, o ideal ainda é o Pronaf. O Caminho Verde se aplicará melhor aos médios e grandes produtores rurais. Mas a grande vantagem deste financiamento é sua veiculação à uma área que usará boas práticas para a sua recuperação. “Um programa de governo com um compromisso mensurável do ponto de vista de área recuperada e o compromisso de não desmatar e um monitoramento que soma qualitativo e quantitativo”.

Saiba mais sobre o Programa Caminho Verde acessando aqui

Fonte: Assessoria Ascom
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Brasil lidera integração inédita entre clima, natureza e uso da terra na COP30

No principal painel das três Convenções da ONU, o Mapa apresentou políticas públicas que recuperam áreas degradadas, reduzem emissões e fortalecem a produção sustentável, alinhando agendas globais.

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Foto: Eufran Amaral

Pela primeira vez, as três Convenções da ONU reuniram suas agendas de clima, natureza e uso da terra em um mesmo debate, e o Brasil foi protagonista. No painel realizado nesta terça-feira (18), na COP30, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou como políticas públicas já implementadas pela pasta integram essas frentes e transformam áreas degradadas em solos produtivos, resilientes e de baixa emissão.

O encontro destacou a necessidade de alinhar agendas globais de clima, natureza e uso do solo, reforçando soluções que reduzam emissões, restaurem ecossistemas e ampliem a segurança alimentar. O representante do Mapa no painel, Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Rural, afirmou que há caminhos concretos capazes de entregar resultados simultaneamente para as três convenções — e o Brasil já demonstra isso com políticas públicas consolidadas.

“Eles estão falando das sinergias e das complementaridades entre os objetivos das três convenções e que existem investimentos custo-eficientes do ponto de vista do clima, da natureza, da segurança alimentar e do desenvolvimento socioeconômico. Um bom exemplo é a recuperação de áreas agrícolas degradadas com boas práticas, como vemos no Plano ABC, no ABC+ e no Caminho Verde Brasil”, afirmou.

Durante sua intervenção, Bruno reforçou que o país chega ao debate com programas robustos, ampla experiência técnica e capacidade de escalar iniciativas alinhadas ao desenvolvimento sustentável. “O Brasil já possui políticas públicas de destaque nesse sentido, como as que mencionei. E esperamos continuar trabalhando em parceria com os países anfitriões das COPs de biodiversidade, combate à desertificação e do clima no próximo ano, de forma a atrair novos investimentos”, destacou o diretor.

O painel também marcou a preparação para o lançamento da Belém Joint Statement on Action Agendas on Land, Climate and Nature, iniciativa que orientará esforços conjuntos das três convenções para restaurar terras degradadas, proteger ecossistemas, fortalecer meios de vida sustentáveis e integrar agendas globais de adaptação, biodiversidade e produção agrícola.

A sessão reuniu representantes de governos, organismos internacionais, comunidade científica, setor privado e lideranças indígenas, reforçando que o avanço na restauração de paisagens depende de cooperação, ciência, financiamento adequado e do protagonismo de produtores, comunidades rurais e povos tradicionais.

Fonte: Assessoria Mapa
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