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Suínos

Santa Catarina bate recorde de abates de suínos em 2025

Apesar de outubro registrar queda na produção mensal, o estado alcançou 15,4 milhões de suínos abatidos no acumulado de janeiro a outubro, maior volume desde 2013, mantendo sua liderança nacional no setor.

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Santa Catarina atingiu 15,4 milhões de suínos abatidos entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc compilados pela Epagri/Cepa. O número representa um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024 e marca o maior volume de abates já registrado desde o início da série histórica, em 2013.

Apesar do resultado positivo no acumulado do ano, a produção mensal em outubro recuou. Foram produzidos 1,49 milhão de suínos, queda de 6,4% em relação ao mês anterior e 3,4% a menos que em outubro de 2024.

O comportamento da produção ao longo dos últimos 13 meses mostra variações, com picos em janeiro de 2025 (1,58 milhão) e julho de 2025 (1,68 milhão), indicando tendências sazonais de mercado e ajustes na oferta estadual.

A análise reforça a posição de Santa Catarina como principal estado produtor de suínos do país, mantendo a capacidade de expansão mesmo diante das flutuações mensais do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa

Suínos

Mineral bioativo melhora saúde das porcas e eleva desempenho dos leitões na suinocultura

Suplementação reduz mortalidade, aumenta nascidos vivos e fortalece a microbiota intestinal, impulsionando os índices produtivos das granjas.

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Foto: Divulgação/Elanco

Artigo escrito por Cleison Souza, consultor Técnico Elanco

A nutrição das porcas é um fator determinante para a saúde dos leitões e a eficiência produtiva na suinocultura. O mineral bioativo é um aditivo natural rico em minerais com propriedades antimicrobianas e, estudos têm mostrado que seu uso na dieta auxilia na melhoria da saúde intestinal das porcas, redução da mortalidade, aumento do número de leitões nascidos vivos e otimizção do desempenho da progênie.

Neste artigo, abordaremos os principais benefícios do mineral bioativo na suinocultura e como ele pode contribuir para a melhoria dos índices produtivos das granjas.

Mecanismo de Ação do Mineral Bioativo

O uso de minerais bioativos resulta em dois principais efeitos: um direto e outro indireto. O efeito direto ocorre no trato gastrintestinal das porcas. Quando dissolvido em um meio aquoso ácido (como o do trato gástrico) ocorre a liberação de íons Fe², Fe³ e Al³. A hidrólise e a liberação dos íons Fe³ e Al³ ajudam a manter o ambiente levemente mais ácido.

O aumento da concentração desses íons leva à precipitação de ferro e alumínio na superfície bacteriana, causando a alteração do dobramento e oxidação das proteínas de membrana, o que resulta na instabilidade da mesma.

Como consequência da instabilidade, o ferro precipitado começa a penetrar desordenadamente na bactéria junto com o peróxido de hidrogênio. Dentro da célula, o peróxido de hidrogênio reage com o excesso de ferro, causando a oxidação das proteínas e danos ao DNA bacteriano, levando à destruição da bactéria.

Já o efeito indireto ocorre pela melhora do status oxidativo da porca. A ovulação, gestação e lactação impõem um estresse oxidativo significativo, impactando a taxa de sobrevivência do embrião, espessamento do muco uterino e a taxa de nidação dos embriões. Além disso, o estresse oxidativo também é influenciado pela exposição a metabólitos secundários produzidos pela microbiota intestinal.

O mineral bioativo favorece a modulação da microbiota intestinal, reduzindo metabólitos secundários associados ao estresse oxidativo e promovendo a expressão de enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD) e a glutationa peroxidase (GPX). Esse mecanismo melhora a saúde uterina, favorecendo a fertilidade e o desenvolvimento embrionário.

Impacto na mortalidade de porcas

A mortalidade de porcas em sistemas de produção suína representa um desafio significativo para a sustentabilidade e a eficiência das granjas. A morte das matrizes pode ser causada por uma combinação de fatores.

A saúde e longevidade das porcas são comprometidas por problemas reprodutivos, como prolapso uterino, infecções uterinas, doenças infecciosas crônicas, doenças osteoarticulares, cardiovasculares e distúrbios metabólicos. Ainda, o estresse térmico, manejo inadequado, nutrição deficiente e práticas reprodutivas mal conduzidas aumentam os riscos de complicações fatais.

O estresse oxidativo também desempenha um papel significativo na saúde das matrizes. O acúmulo de radicais livres pode danificar as células e tecidos, comprometendo processos metabólicos essenciais. Esse estresse crônico pode resultar em inflamação sistêmica, prejudicando a capacidade de defesa do organismo e acelerando o envelhecimento celular, o que, por sua vez, afeta diretamente a longevidade e a produtividade das fêmeas.

O mineral bioativo colabora para a redução da mortalidade de porcas por meio de diferentes mecanismos (Figura 1). Sua capacidade da modulação da microbiota intestinal ajuda a combater bactérias patogênicas, prevenindo infecções que poderiam comprometer a saúde dos animais, auxiliando a integridade intestinal. O seu uso na dieta aumenta a α-diversidade e a proporção de bactérias benéficas, como Bifidobacterium, Lactobacillus, Prevotella e Ruminococcus, favorecendo um microbiota intestinal mais diversificada e saudável.

Ao modular a microbiota intestinal, o mineral bioativo contribui para a redução do estresse oxidativo, pois influencia os metabólitos produzidos pela microbiota, especialmente a concentração de ácidos biliares secundários. Além disso, impacta a virulência dos patógenos no sistema digestivo, reduzindo a capacidade de colonização e de perturbação do ambiente intestinal, diminuindo assim a inflamação intestinal. Dessa forma, há um melhor controle das principais causas da produção de radicais livres do trato gastrointestinal, minimizando os danos celulares e fortalecendo a resistência das porcas a desafios ambientais e metabólicos.

Figura 1. Mortalidade de porcas suplementadas ou não com Mineral Bioativo

Impacto no número de leitões nascidos vivos

A fertilidade das porcas é um dos principais fatores determinantes da rentabilidade na produção suinícola. As mudanças na microbiota causadas pelo mineral bioativo melhoram o status oxidativo da porca, pois o trato gastrointestinal é um dos principais locais de produção de espécies reativas. Com isso, há uma redução do estresse oxidativo na gestação, um período naturalmente caracterizado por alta atividade metabólica da placenta.

Isso leva à redução da concentração de citocinas embriotóxicas no trato reprodutivo, minimizando a morte embrionária pré e pós-implantação. Além disso, a menor presença de radicais livres impede o espessamento excessivo da camada de muco uterino, facilitando a nidação dos embriões e aumentando a taxa de nascimentos (Figura 2).

Figura 2. Número de leitões vivos/fêmea/ano de porcas suplementadas ou não com Mineral Bioativo

Impacto no desempenho dos leitões

Para o sucesso na criação de suínos é essencial garantir um bom desempenho dos leitões nas fases iniciais de crescimento. Matrizes suplementadas com mineral bioativo apresentam uma maior produção de colostro/leite, garantindo melhor nutrição para os leitões. Isso resulta em animais mais vigorosos, com maior taxa de sobrevivência, já que a imunidade passiva transferida pela porca é fortalecida, reduzindo as taxas de mortalidade.

Além disso, a suplementação favorece o equilíbrio da microbiota intestinal desde a gestação até a lactação, minimizando a ocorrência de doenças digestivas e contribuindo para um crescimento mais saudável. Dessa forma, o uso do mineral bioativo promove o ganho de peso dos leitões de maneira eficiente, reduzindo a necessidade de intervenções veterinárias e potencializando o desempenho na fase inicial da suinocultura (Figura 3).

Figura 3. Ganho diário de peso da leitegada (kg/leitegada/dia) em cinco estudos de campo com porcas suplementadas ou não com Mineral Bioativo

Conclusão

A inclusão de um mineral bioativo na alimentação de porcas é uma estratégia eficaz para melhorar a saúde intestinal, reduzir a mortalidade, aumentar o número de leitões nascidos vivos e otimizar o desempenho produtivo, promovendo maior bem-estar animal nas granjas.

O uso de produtos que atuam na eliminação das principais fontes de desafios entéricos e na redução do estresse oxidativo pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a saúde e a longevidade das matrizes do plantel.

A combinação da ação antimicrobiana e suporte antioxidante do mineral bioativo ajuda a fortalecer o organismo das porcas, melhorando a eficiência produtiva e promovendo maior bem-estar animal dentro das granjas.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: thais.kievitsbosch@elancoah.com

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Suinocultores alemães visitam C.Vale

Intercâmbio internacional reforça troca de conhecimento e interesse pela produção brasileira.

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Foto: Divulgação/C.Vale

Um grupo formado por oito suinocultores alemães visitou, na última semana, a sede da C.Vale, em Palotina (PR), em uma agenda voltada ao intercâmbio de experiências e ao aprofundamento sobre a suinocultura brasileira. A comitiva buscou conhecer de perto o modelo produtivo da cooperativa e identificar oportunidades de diversificação em áreas como suínos, peixes, leite, frango, tilápia e demais cadeias agrícolas integradas.

A visita foi acompanhada pelo coordenador técnico e comercial da Agroceres PIC, Nilo Chaves de Sá, e o consultor da Agroceres PIC, Werner Meincke. Pela C.Vale, participaram o gerente do Departamento de Suínos e Leite, Valdecir Luiz Mauerwerk, e o coordenador técnico Alencar Augusto Crespão, que apresentaram a estrutura, os resultados e as práticas de manejo adotadas pela cooperativa.

O encontro reforçou a relevância da C.Vale no cenário internacional e abriu espaço para novas trocas de conhecimento entre produtores brasileiros e europeus.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Brasil amplia rebanho e vê municípios despontarem como potências da suinocultura

IBGE confirma crescimento da atividade e mostra maior concentração produtiva em polos estratégicos do país.

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Foto: Jonathan Campos

O município de Toledo (PR) mantém a liderança nacional em número de suínos, segundo os dados mais recentes do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com quase 950 mil cabeças, a cidade segue como referência na produção brasileira, impulsionada por forte estrutura agroindustrial, cooperativas organizadas e elevada eficiência produtiva.

Foto: Divulgação

O levantamento também mostra que outros polos importantes reforçam a capilaridade da atividade no país. Uberlândia (MG) aparece em segundo lugar, com 623.933 suínos, seguida por Marechal Cândido Rondon (PR), com 576 mil, Concórdia (SC) com 517,7 mil, e Tapurah (MT) com 407 mil animais. Juntos, os cinco municípios formam o centro de maior concentração produtiva do Brasil.

Rebanho nacional
A suinocultura brasileira segue em expansão. Segundo o IBGE, o país encerrou 2024 com 43,9 milhões de suínos, alta de 1,8% em relação ao ano anterior. O número de matrizes também registrou aumento, chegando a 5 milhões, o maior patamar já registrado, reforçando a previsão de continuidade na expansão da produção.

Abate reforça peso econômico do setor
O setor também fechou 2024 com um marco histórico: 57,86 milhões de suínos abatidos, avanço de 1,2% sobre 2023. A ampliação da capacidade frigorífica, especialmente no Sul e Centro-Oeste, ajudou a sustentar o desempenho.

O Paraná desempenhou papel central nesse crescimento. O estado registrou 7,3 milhões de animais, cerca de 16,6% de todo o rebanho

Foto: Luiza Biesus

brasileiro, e alcançou a maior participação de sua história no abate nacional, com 21,5% das cabeças abatidas no país. Somente em 2024, foram 281 mil suínos a mais enviados aos frigoríficos paranaenses.

Concentração
Embora Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais sigam como pilares da suinocultura, municípios como Tapurah (MT) mostram que o Centro-Oeste tem ampliado participação, impulsionado por oferta de grãos e novas integrações produtivas.

Com o rebanho em alta, recorde de abate e municípios consolidados como grandes polos, a suinocultura brasileira segue sua trajetória de crescimento. A combinação de tecnologia, padronização sanitária, expansão industrial e diversificação geográfica mantém o setor como um dos mais dinâmicos do agronegócio nacional.

Fonte: O Presente Rural
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