Suínos / Peixes
Santa Catarina amplia exportações de carne suína para China, Chile e Argentina
No último mês, Santa Catarina respondeu por 52,8% do faturamento brasileiro com as exportações de carne suína
Há seis meses sem vender carne suína para a Rússia, as agroindústrias de Santa Catarina focam em outros mercados e ampliam as exportações para China, Chile e Argentina. Em abril, os três países foram os principais destinos da carne suína produzida no estado – respondendo por 70,3% do faturamento com as exportações do produto. O incremento nas vendas para outros países têm minimizado os efeitos do embargo russo para as carnes brasileiras.
No último mês, Santa Catarina respondeu por 52,8% do faturamento brasileiro com as exportações de carne suína. O estado embarcou 20,4 mil toneladas do produto, gerando US$ 49,1 milhões em receita. A quantidade vendida foi 20,2% menor do que em março e o faturamento teve uma pequena queda de 3,7% – explicada pelas compras de produtos com maior valor agregado.
Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, a tendência é de reacomodação de mercados o que contribui para restabelecer os volumes exportados pelo Brasil e Santa Catarina. “Como o Brasil exporta carnes para mais de 150 países, enquanto algumas portas se fecham outras se abrem. Temos carnes de alta qualidade, com custos competitivos e empresas com sólido relacionamento e tradição no mercado internacional, as expectativas são de continuidade no crescimento das exportações a médio e longo prazo”, ressalta.
No acumulado do ano, o estado vendeu 91 mil toneladas de carne suína com receitas de US$ 193,2 milhões. Santa Catarina responde por 46,7% do total exportado pelo país em 2018.
Principais Mercados
O principal destino para carne suína catarinense é a China, que ampliou o valor das importações em 232,6% em abril – em relação ao mesmo período de 2017. O país adquiriu 8,5 mil toneladas do produto por US$ 22,4 milhões. Aliás, a China vem se consolidando como o maior comprador de carne suína de Santa Catarina, só este ano foram 81,6 mil toneladas vendidas para o país asiático.
O Chile e a Argentina também aumentaram as importações da carne suína catarinense. Em abril, as vendas para os dois países geraram faturamento de, respectivamente, US$ 6,5 milhões (aumento de 81,5%) e de US$ 5,6 milhões (aumento de 153,1%).
Carne de frango
Em abril, Santa Catarina exportou 59,8 mil toneladas de carne de frango, gerando US$ 133,3 milhões em receitas. Uma retração de 28,6% na quantidade e de 7,3% no faturamento em relação ao mês anterior. Os principais destinos foram Japão, China e Países Baixos.
O desempenho abaixo do esperado é resultado da queda nas vendas para a Europa. Em abril, os países europeus compraram 7,3 mil toneladas de carne de frango, rendendo US$ 21,2 milhões – uma diminuição de 53% na quantidade e de 37,8% no faturamento em relação a abril de 2017. Airton Spies explica que esses são os primeiros reflexos da suspensão de algumas plantas frigoríficas pela União Europeia.
No acumulado do ano, o estado já embarcou 279,2 mil toneladas de carne de frango, faturando mais de US$ 514 milhões. Santa Catarina responde por 22,4% das exportações brasileiras do produto.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) considerando os valores exportados de carne in natura, industrializada e miudezas.
Fonte: Assessoria
Suínos / Peixes
Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia
Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.
A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).
O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.
Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.
Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.
“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.
Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.
Suínos / Peixes
Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta
ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas
A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.
Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.
Posicionamento da ACCS
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.
Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.
Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.
A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.
Suínos / Peixes
Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul
Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.
Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.
As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.
Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.
O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.
O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.