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Santa Catarina alcança US$ 2 bilhões com exportações de carnes em 2020
De janeiro a setembro o Estado vendeu mais de 1,12 milhão de toneladas de carne suína e de frango para outros países
O agronegócio segue como o carro-chefe das exportações de Santa Catarina em 2020. De janeiro a setembro o estado faturou US$ 2 bilhões com os embarques de carne suína e de frango, o que representa mais de 1,12 milhão de toneladas vendidas para outros países neste ano. A suinocultura vem sendo o destaque e os catarinenses ampliaram em 26,2% a quantidade exportada em relação a 2019.
“O Estado não parou, mesmo diante da crise do novo coronavírus. Os números do agronegócio catarinense demonstram toda a sua potência. É um setor extremamente estratégico e relevante para Santa Catarina”, ressaltou o governador Carlos Moisés.
“O agronegócio de Santa Catarina segue dando boas notícias. A suinocultura vive um excelente momento, com ganhos tanto para o produtor quanto para as indústrias. Em um ano repleto de desafios, o setor produtivo catarinense mostra toda sua força e se reinventa para atender aos mercados mais exigentes do mundo”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
Grande produtor de carnes, Santa Catarina ainda tem um diferencial: estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Isso demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne.
Carne de Frango
Santa Catarina é o segundo maior produtor de carne de frango do país e, de janeiro a setembro de 2020, exportou mais de 734 mil toneladas do produto, gerando US$ 1,15 bilhão. Os principais mercados são Japão, China e Países Baixos (Holanda).
O analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl , explica que apesar das exportações de carne de frango apresentarem ritmo mais lento do que no ano passado, as cotações têm se mantido estáveis, tanto ao produtor quanto ao consumidor. “Isso se deve, principalmente, pela ampliação da demanda no mercado interno, já que o frango é uma das proteínas de origem animal mais acessíveis e, num cenário de crise econômica, parte dos consumidores substitui outros tipos de carne pela ave”.
Carne Suína
Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina passa de 389 mil toneladas exportadas em 2020 – um aumento de 26,2% em relação ao ano anterior. De janeiro a setembro deste ano, o faturamento com os embarques chegou a US$ 855,7 milhões.
O estado responde por 51,6% do faturamento brasileiro com as exportações de carne suína. Os maiores mercados de Santa Catarina são China, Hong Kong e Chile. Em 2020, a China ampliou em 81% a quantidade adquirida e o Japão – considerado um dos mercados mais exigentes do mundo – já é o quarto maior comprador do produto catarinense com um crescimento de 134% nas importações
Cenário internacional é favorável para Santa Catarina
A perspectiva é de que os embarques de carne suína mantenham um bom ritmo nos próximos meses. O analista Alexandre Giehl destaca que, além da grande demanda chinesa, outro fator que deve contribuir para esse cenário é a recente descoberta de casos de peste suína africana (PSA) em javalis na Alemanha.
“A Alemanha é um dos maiores produtores de suínos da Europa, com exportações anuais superiores a US$ 4 bilhões. Após o registro de casos de PSA em território alemão, diversos países já anunciaram a suspensão das importações de carne suína da Alemanha, como é o caso da China, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Brasil. É possível que parte dessa demanda mundial seja direcionada ao Brasil, o que deve resultar em ampliação dos embarques ao longo dos próximos meses”, afirma.
Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pela Epagri/Cepa.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.