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Sanidade que dá lucro: por que controlar o Mycoplasma hyopneumoniae e a circovirose suína é essencial para a eficiência na suinocultura?

Controle efetivo desses patógenos representa um diferencial competitivo para os produtores.

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Foto: Divulgação/Ceva Saúde Animal

Na suinocultura moderna, a eficiência produtiva está diretamente relacionada à manutenção do status sanitário no plantel. Dois agentes infecciosos de alta relevância técnica e econômica que comprometem esse equilíbrio são o Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo), principal agente da pneumonia enzoótica suína, e o Circovírus Suíno tipo 2 (PCV2), responsável pela circovirose suína. O controle efetivo dessas doenças é um fator estratégico para sistemas produtivos que buscam otimizar a conversão alimentar, uniformidade de lotes e desempenho zootécnico.

As lesões pulmonares associadas à infecção por Mhyo comprometem significativamente a função respiratória dos suínos, reduzindo a eficiência na troca gasosa e provocando um estado inflamatório crônico no trato respiratório inferior. Estudos demonstram que infecções por Mhyo podem causar reduções de até 16% no ganho de peso diário (GPD) e aumentos relevantes na conversão alimentar (CA), especialmente quando associadas a quadros subclínicos persistentes (MAES et al., 2008).

Além disso, a coinfecção com agentes bacterianos oportunistas, como Pasteurella multocida e Actinobacillus pleuropneumoniae, agrava as lesões pulmonares e intensifica os sinais clínicos, elevando a perda produtiva e a variabilidade de desempenho. Embora a taxa de mortalidade varie conforme o status sanitário do plantel, evidências indicam que essas coinfecções aumentam significativamente a severidade clínica e a instabilidade dos lotes, com impacto direto na produtividade e uniformidade (KIM et al., 2003; OPRIESSNIG et al., 2004).

Felipe Betiolo, médico-veterinário e gerente de marketing e produtos da Unidade de Suínos da Ceva Saúde Animal, observa: “A pneumonia enzoótica, apesar de ser considerada uma doença controlável, permanece como um dos principais fatores de redução de desempenho em sistemas semi-intensivos e intensivos. Sua cronicidade e a resposta inflamatória prolongada têm efeito direto na eficiência respiratória e energética dos animais”.

Além do prejuízo produtivo direto, o Mhyo está associado ao aumento de condenações parciais por lesões pulmonares nos frigoríficos, implicando em perdas econômicas pós-abate. A vacinação de leitões nas primeiras semanas de vida é a principal ferramenta de controle, devendo ser associada a medidas de biosseguridade e manutenção da estabilidade sanitária para reduzir a pressão de infecção.

O PCV2, por sua vez, é um vírus amplamente disseminado nos plantéis suínos e o agente etiológico da circovirose suína, enfermidade que afeta principalmente leitões na fase  pós-desmame. A doença caracteriza-se por perda de peso progressiva, apatia, dispnéia, linfadenomegalia e, em muitos casos, mortalidade elevada. Seu impacto econômico está relacionado não apenas às mortes diretas, mas também à queda no GPD, aumento da CA e descarte precoce de animais (SEGALÉS, 2012; FRAILE et al., 2012). O mecanismo patogênico central da circovirose envolve intensa replicação viral nos tecidos linfóides, resultando em imunossupressão severa e predisposição a infecções secundárias (ROSSELL et al., 2011).

“A circovirose é um desafio sanitário que afeta silenciosamente a produtividade. Mesmo em casos subclínicos, há queda de desempenho, aumento de descarte e redução da previsibilidade na terminação”, reforça o profissional.

A vacinação contra PCV2 é a medida mais eficaz para prevenir a circovirose e reduzir suas consequências produtivas, com eficácia comprovada na redução da carga viral, melhora do desempenho zootécnico e diminuição das perdas econômicas (HOLTKAMP et al., 2013; SEGALÉS, 2015).

Coinfecções entre Mhyo e PCV2 são altamente prevalentes e potencializam as lesões histopatológicas e a severidade clínica. “A atuação sinérgica entre esses dois patógenos agrava a resposta inflamatória pulmonar, aumenta a variabilidade de desempenho e compromete a homogeneidade dos lotes. Nos sistemas de produção, essas infecções subclínicas geram um efeito cumulativo nas métricas zootécnicas, impactando especialmente o índice de abate por faixa de peso e a densidade de alojamento em terminação”, explica Felipe.

Nesse contexto, a suinocultura moderna exige uma abordagem integrada baseada em três pilares: vacinação estratégica, gestão rigorosa da biosseguridade e monitoramento contínuo. Adicionalmente, a incorporação de ferramentas como avaliação padronizada de lesões pulmonares, exames laboratoriais periódicos e análise de indicadores zootécnicos permite ajustes finos nas estratégias de controle.

“A sanidade é uma decisão estratégica que impacta diretamente a eficiência produtiva na suinocultura. Desta forma, os produtores que dominam seus indicadores sanitários têm mais previsibilidade, mais controle sobre custos e maior margem operacional”, enfatiza Felipe.

Com exigências produtivas cada vez maiores, controlar efetivamente o Mycoplasma hyopneumoniae e a circovirose suína não é apenas uma recomendação técnica: é uma necessidade econômica. A estabilidade sanitária do plantel, alcançada por meio de protocolos consistentes e monitoramento constante, traduz-se diretamente em eficiência produtiva, previsibilidade de resultados e sustentabilidade da atividade suinícola no longo prazo.

Fonte: Assessoria Ceva Saúde Animal

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Aurora Coop inaugura indústria de frango griller em Tapejara

Unidade recebeu investimentos totais de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação.

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Investimentos totais de R$ 210 milhões foram assim alocados: os investimentos em máquinas e equipamentos da planta industrial totalizaram R$ 52 milhões - Foto: Divulgação/Aurora Coop

Foi oficialmente inaugurada na terça-feira (18) a ampliação e modernização do Frigorífico Aurora Coop Tapejara I (FATA I), localizado na Linha São Silvestre, município de Tapejara (RS). A unidade recebeu investimentos totais de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação.

A modernização do FATA I representa um marco para a economia regional. A reforma ampliou a área construída para 18,5 mil metros quadrados e revitalizou 74% da estrutura, o frigorífico retorna praticamente como uma nova indústria. A capacidade de abate aumenta em 80%, chegando a 10 mil aves/hora, abastecidas por produtores rurais integrados da região, fortalecendo a cadeia produtiva local. A diversificação do mix, que prioriza frango Griller e cortes temperados, amplia oportunidades de mercado e valor agregado. Com certificação SIF e Halal, a unidade passa a exportar para o Oriente Médio e outros mercados, projetando faturamento anual de R$ 238 milhões.

A indústria recebeu investimentos totais da ordem de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação – Fotos: Sara Bellaver/MB Comunicação

O impacto social é expressivo: a unidade inicia com 520 empregos diretos, podendo chegar a 980 com o segundo turno. Considerando os indiretos, serão mais de 1.500 novos postos de trabalho, todos com recrutamento regional. Os municípios do entorno também serão beneficiados com R$ 2,95 milhões anuais em ICMS, impulsionando serviços, comércio e renda.

Aurora Coop em crescimento

Em seu pronunciamento, o presidente Neivor Canton realçou que a Aurora Coop está presente no Rio Grande do Sul desde 2001, mantendo uma base produtiva, no campo, formada por 9.585 produtores rurais. Em relação a Tapejara declarou que “a Aurora Coop, cumprindo com o seu dever, após ter feito a aquisição das unidades industriais da empresa Agro Danielli, de imediato cuidou de fazer uma ampliação, recuperando em muito a capacidade produtiva da unidade de São Silvestre. Esta unidade passa a produzir o frango griller voltado mais especificamente para o mercado árabe de consumo, aos países do Oriente Médio, para o qual estamos completando o nosso portfólio de produto de preferência daquele consumidor”.

O diretor industrial Christian Klauck apresentou todas as informações sobre os investimentos realizados na unidade, destacou a aplicação

Em seu pronunciamento, o presidente Neivor Canton realçou que a Cooperativa Central está presente no Rio Grande do Sul desde 2001, mantendo uma base produtiva, no campo, formada por 9.585 produtores rurais 

de R$ 60 milhões em sistemas ambientais que garante operação sustentável, com tecnologia avançada, eficiência energética e tratamento moderno de efluentes. A gerente do Frigorífico Aurora Tapejara I (FATA I) Keli Delazeri discorreu sobre o início da operação, a geração de empregos e as características do funcionamento da unidade.

Participaram da cerimônia a diretoria da Aurora Coop e os dirigentes das cooperativas filiadas. Também prestigiaram o ato o representante do governador Eduardo Leite, secretário do de trabalho e desenvolvimento profissional do Rio Grande do Sul, Gilmar Sossella; o senador Luis Carlos Heinze, o prefeito de Tapejara, Evanir Wolff e o vice-prefeito Rodinei Bruel, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Eduardo de Oliveira, a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura Juliana Satie, o secretário de Turismo Ronaldo Santini e o Secretário de Agricultura Eduardo Bortolotto, entre outras autoridades.

O novo FATA I consolida Tapejara e o noroeste gaúcho como polos estratégicos da produção avícola, combinando desenvolvimento econômico, inovação industrial e responsabilidade ambiental.

Fonte: Assessoria Aurora Coop
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Aniversário de 36 anos da Credicoamo é marcado por lançamentos

Dia de celebrar uma história de cooperação, solidez e compromisso com o desenvolvimento financeiro dos associados.

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Fotos: Comunicação da Credicoamo

Na manhã desta segunda-feira (17), as comemorações pelos 36 anos da Credicoamo movimentaram a Administração Central e as agências no Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Dia de celebrar uma história de cooperação, solidez e compromisso com o desenvolvimento financeiro dos associados. A Credicoamo nasceu do propósito de oferecer mais do que crédito, nasceu para formar uma cultura de prosperidade e gestão eficiente de recursos.

Gestão eficiente de recursos, inclusive, foi o tema abordado na palestra deste ano, que contou com o professor Reinaldo Domingos, referência nacional em educação financeira. “Esse ecossistema entre empresa do agronegócio e empresa-família precisa ter conexões suficientes para poder gerir recursos com sustentabilidade, resultados positivos e sonhos realizados”.

Antes da palestra, o presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, deixou sua mensagem, evidenciando o dia de gratidão e emoção. Convidou os presentes a acompanharem um vídeo, que fez o público voltar ao ano de 1989, em que, o Diretor Administrativo-Financeiro da Coamo, Antonio Sérgio Gabriel, fazia a leitura da criação da Credicoamo. Goldoni aproveitou o momento festivo para reconhecer e homenagear o diretor pelo empenho e seriedade na constituição da cooperativa.

O idealizador e presidente do Conselho de Administração da Coamo e da Credicoamo, José Aroldo Gallassini, relembrou momentos da fundação da cooperativa de crédito, contando que ela surgiu para propiciar uma vida financeira segura e próspera aos associados.

Estiveram presentes no aniversário, em Campo Mourão (PR), associados, conselheiros, diretores e convidados.

Atos que constituíram o aniversário

Educação Financeira: Após a palestra, o diretor Financeiro e Riscos, Elton Alexandre Scramocin, lançou o Programa de Educação Financeira da Credicoamo, reforçando o propósito de formar uma cultura financeira sólida, consciente e sustentável entre os associados e suas famílias. O assunto já faz parte do dia a dia da cooperativa de crédito e agora ganha o reforço de uma plataforma (acesse aqui). “Contamos com o apoio e utilização da plataforma para desenvolvermos uma vida financeira sustentável”, destacou o diretor.

Divulgação da 3ª edição do Aniversário Automotivo: Feita pelo diretor de Negócios Dilmar Antônio Peri, o qual reforçou as condições especiais de financiamento de veículos, prazos ampliados e taxas diferenciadas, sendo uma oportunidade exclusiva aos associados.

Lançamento do consórcio: Dilmar falou do novo produto, que representa uma forma inteligente de conquistar patrimônio, sem custo financeiro adicional, fortalecendo o planejamento e o uso eficiente dos recursos. “Nós queremos realizar os sonhos dos associados, com condições muito especiais”, afirmou Dilmar.

Lançamento do programa de relacionamento Bônus de Seguro: Na renovação do seguro contratado em 2025, será conferido um bônus que será concedido no mês seguinte ao pagamento, como forma de valorização da parceria e confiança depositada na Credicoamo Seguros, explicou o presidente Executivo Alcir José Goldoni. “As boas notícias apresentadas nesta manhã cooperam por um mundo próspero, sendo gratificante poder divulgar produtos e serviços benéficos ao associado”, finalizou o presidente.

No canal do Youtube da Coamo, confira a palestra e mais detalhes do aniversário:
https://www.youtube.com/watch?v=HZo4slCC39M

Fonte: Assessoria de Comunicação da Credicoamo
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Vetanco Brasil anuncia a contratação de Ana Luiza Lora como Coordenadora Técnica de Biológicos

Com trajetória iniciada no setor de avicultura, ela assumiu a função em agosto e traz experiência adquirida em uma empresa do Paraná, reconhecida pela forte atuação na exportação de proteína de frango e por sua cadeia de produção integrada e controlada, do campo ao varejo.

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Médica-veterinária Ana Luiza Lora - Foto: Vetanco

A médica-veterinária Ana Luiza Lora é a nova Coordenadora Técnica de Biológicos da Vetanco do Brasil. Com trajetória iniciada no setor de avicultura, ela assumiu a função em agosto e traz experiência adquirida em uma empresa do Paraná, reconhecida pela forte atuação na exportação de proteína de frango e por sua cadeia de produção integrada e controlada, do campo ao varejo.

Ao longo de sua carreira, acumulou sólidos conhecimentos atuando como extensionista e sanitarista de frango de corte. Na Vetanco, seu foco será a plataforma Biotech Vac, uma das grandes inovações da companhia. Entre seus avanços mais recentes, destaca-se a Biotech Vac Salmonella, considerada a vacina mais inovadora do mercado no controle das salmonelas paratíficas.

Ana Lora é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e possui pós-graduação em Sanidade Avícola pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), formação que complementa sua experiência prática e reforça sua qualificação para atuar na linha de biológicos da empresa.

Com sua chegada, a Vetanco reafirma o compromisso de seguir inovando no desenvolvimento de soluções para a saúde animal, fortalecendo sua equipe técnica e ampliando sua atuação junto ao setor avícola brasileiro.

Fonte: Assessoria Vetanco
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