Empresas
Sanidade do rebanho brasileiro é excelente
Produtores fazem a sua parte e não deixam de vacinar os animais
Começa em abril a campanha da Venco Saúde Animal, empresa que produz vacinas e medicamentos veterinários, com sede em Londrina (PR), para a vacinação contra as clostridioses. O período coincide com a vacinação contra a febre aftosa e o manejo do gado para a imunização dessa doença é uma oportunidade para que os pecuaristas apliquem também a vacina contra as clostridioses, que protege os animais contra um grupo de doenças infectocontagiosas bastante comuns e que podem aniquilar um rebanho em questão de dias.
Este ano, a previsão da Venco é comercializar 15 milhões de doses da vacina até o final de maio, quando encerra a campanha. O volume, segundo Sérgio Takano, presidente da empresa, é 15% acima do registrado em 2016 no mesmo período. “Isso é reflexo da ampliação de mercado da Venco e também de que o produtor continua investindo em sanidade”, destaca ele. No Paraguai, onde a empresa também atua, o crescimento deve ser de 25% em relação ao ano passado, com a comercialização de 500 mil doses.
Takano observa que a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março, apontou irregularidades e indícios de corrupção na fiscalização de alguns frigoríficos, e acabou colocando o produto brasileiro em situação delicada no mercado internacional, que está questionando a sua qualidade. Mas ele reforça que no que diz respeito ao início da cadeia produtiva, o produtor sempre faz a parte dele, vacinando o rebanho e cuidando do manejo. “A sanidade do gado brasileiro é uma das melhores do mundo.” O presidente da Venco ainda pontua que o Brasil é globalmente reconhecido pela qualidade e competitividade na produção de carne e que a ação isolada de alguns indivíduos não pode ser generalizada para toda cadeia produtora.
Takano lembra que o custo com a vacinação em uma propriedade é menor que 1% de todo o manejo. “O mercado já passou por várias crises, mas o produtor nunca deixou de vacinar seu rebanho porque sabe da importância de manter a sanidade em dia”, pontua.
Clostridioses
Botulismo, “manqueira”, tétano e gangrena gasosa são algumas das doenças mais comuns causadas por essas bactérias de nome complicado, os clostrídios. “É um grupo de bactérias anaeróbias, que se multiplicam na ausência do ar e que são gram-positivas, esporuladas e produtoras de toxinas. Estes microrganismos são praticamente impossíveis de serem erradicados do ambiente, levando a um grande número de óbitos de animais e prejuízos significativos ao produtor”, explica a veterinária Larissa Salles Teixeira, da Venco Saúde Animal.
Presentes no solo e no tubo digestivo dos animais, elas tornam-se ameaças quando encontram condições adequadas para germinar, o que pode ser provocado por estresse, manejo alimentar, lesões ou traumatismos desencadeados por manejo de rotina (cirurgias, parto, aplicação de injeções), parasitismo, alimento contaminado ou água de má qualidade. As doenças causadas por clostrídios costumam levar o animal à morte em questão de dias, podendo até mesmo ocorrer morte súbita dos animais em 12 a 96 horas, em algumas clostridioses.
“Os bovinos acometidos podem até ser tratados com antibióticos, terapia suporte e soro hiperimune contra toxina, quando disponível. Porém, o custo do tratamento é elevado e pode tornar-se inviável em situações de surto", pondera Larissa. A vacina contra as clostridioses é aplicada em duas doses, com intervalo de 30 dias, em animais que nunca foram imunizados, com reforço anual de uma dose. A vacina Excell 10, da Venco, protege contra as dez principais clostridioses que acometem os animais, incluindo o tétano e o botulismo em um único produto, facilitando o manejo e reduzindo o estresse dos animais.
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
Empresas
Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
Empresas
Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

