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Saldo das exportações de carne de frango segue positivo em 2016

No mês de novembro foram embarcadas 328,3 mil toneladas, volume 15,5% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 388,7 mil toneladas

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Mesmo com a queda registrada nos quantitativos em toneladas de novembro, as exportações de carne de frango do Brasil (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) seguem em níveis positivos neste ano.  Conforme números levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques chegaram a 4,022 milhões de toneladas entre janeiro e novembro, volume 3% acima do alcançado nos onze primeiros meses de 2015, com 3,904 milhões de toneladas.

No mês de novembro foram embarcadas 328,3 mil toneladas, volume 15,5% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 388,7 mil toneladas.

“A retração dos volumes embarcados nos últimos dois meses tem, entre outras causas, a desaceleração da produção brasileira, decorrentes da crise de insumos vivida em 2016.  Com a menor escala, as agroindústrias brasileiras estão equilibrando a oferta para o mercado interno e externo”, explica Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

A receita cambial dos embarques de novembro alcançou US$ 528,8 milhões, resultado 12,8% inferior ao registrado no décimo primeiro mês do ano passado (US$ 606,4 milhões).  No acumulado do ano a retração é de 4,4%, com saldo total de US$ 6,275 bilhões – frente a US$ 6,567 bilhões obtidos em 2015.

No saldo em reais, houve decréscimo de 22,8% no resultado de novembro, com R$ 1,767 bilhão (contra R$ 2,289 bilhões do mesmo período do ano passado).  Já nos onze primeiros meses do ano, com R$ 21,849 bilhões, foi registrada alta de 1,1% (frente a R$ 21,610 bilhões registrados entre janeiro e novembro de 2015).

“Em novembro também vimos ocorrer um movimento semelhante ao de outubro, especialmente na Ásia, em virtude de adequações de mercado e da suspensão da habilitação de cinco plantas que exportavam para a China”, explica Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.

 

Carne suína in natura Mantendo a boa performance registrada ao longo de 2016, as exportações de carne suína in natura alcançaram em novembro 58,3 mil toneladas, volume 5,6% acima do obtido no décimo primeiro mês de 2015 (55,2 mil toneladas).  Foi o segundo melhor desempenho registrado neste ano, atrás apenas das exportações realizadas em agosto (63 mil toneladas).

No ano (janeiro a novembro), os embarques de produtos in natura totalizaram 585,6 mil toneladas, número 34,6% maior que as 435 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2015.

Com o bom desempenho dos embarques, a receita das vendas internacionais chegou a US$ 152,8 milhões em novembro (25,3% maior que as US$ 121,9 milhões registradas no ano anterior) e a US$ 1,251 bilhão entre janeiro e novembro (superando em 14,2% o saldo do ano anterior, de US 1,096 bilhão).

Em reais, as elevações chegaram a 10,9% em novembro (com R$ 510,8 milhões, frente a R$ 460,5 milhões do ano anterior) e a 17,6% no acumulado do ano (com R$4,314 bilhões, contra R$ 3,668 bilhões de 2015).

“Um dos grandes destaques deste mês foi a Rússia, a principal importadora de carne suína brasileira.  Este é o período em que o Leste Europeu intensifica suas compras, adiantando importações para evitar os problemas logísticos causados pelo duro inverno na região”, explica Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente técnico da ABPA.

Fonte: ABPA

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Asgav propõe instituir o dia Nacional da Biosseguridade na Produção Animal

A iniciativa visa inserir a data no calendário nacional como uma medida institucional representativa da segurança sanitária da produção de proteína animal brasileira.

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Foto: Shutterstock

Com objetivo de reforçar com máxima amplitude a importância da prevenção sanitária, a Organização Avícola do RS (O.A/RS) e suas entidades membros, Asgav e Sipargs, propõem oficializar o “Dia Nacional da Biosseguridade na Produção Animal”. A iniciativa visa inserir a data no calendário nacional como uma medida institucional representativa da segurança sanitária da produção de proteína animal brasileira, a fim de também reforçar medidas preventivas que contribuam com a estabilidade comercial, com os mercados internacionais e criar políticas públicas voltadas para o setor. A proposta foi encaminhada para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e obteve apoio total do conselho diretivo da entidade em reunião realizada ontem, 25 de setembro.

“A biosseguridade é estratégica para o Brasil, tanto do ponto de vista econômico, como social. A preservação de nosso status sanitário impacta positivamente em empregos e prosperidade setorial, além de ajudar a garantir a segurança alimentar do Brasil e nações importadoras. Por isto, felicitamos a iniciativa da Asgav, que celebra e reforça a importância de nossa biosseguridade, que é uma conquista setorial”, disse, Ricardo Santin – Presidente da ABPA.

Somente em agosto, o setor avícola do RS teve queda de 42,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, deixando de exportar 28 mil toneladas.

O presidente executivo da O.A/RS, José Eduardo dos Santos, ressaltou que a entidade já trabalhava essa ideia como um mecanismo de valorização e proteção dos criatórios brasileiros, especialmente de aves e suínos. No entanto, os embargos sofridos pela produção gaúcha em decorrência do caso isolado da doença de Newcastle no RS, desencadearam impactos severos nos embarques gaúchos causados por essa exceção.

“Inicialmente, avaliamos a institucionalização da data como uma ação emblemática para o setor pela força que tem na área socioeconômica do Estado e do Brasil. Mas diante do cenário atual, dessa queda e entraves de alguns mercados externos, temos a responsabilidade de recuperar a imagem que sempre tivemos, de oferecer produtos reconhecidos pela excelência sanitária, para que as relações comerciais possam ser retomadas”, disse.

Santos reitera, ainda, que os embargos não se limitaram ao RS, mas atingiram outros estados, o que colocou o setor em uma posição de fragilidade. “Nós gaúchos ainda não conseguimos reverter totalmente esse quadro, que gerou consequências preocupantes registradas em números negativos de queda no nosso desempenho”, relata.

O dirigente destacou que no acumulado do ano, o Estado registrou recuo de 10% nas exportações comparado aos oito primeiros meses de 2023, queda de 50,1 mil toneladas de frango. “Em receitas, os valores assustam, agosto deste ano registrou perda de US$ 55 milhões na receita cambial comparado a agosto de 2023”, salienta.

O pleito ainda contempla proposições como o desenvolvimento do Sistema Nacional de Vigilância Baseada em Risco na Produção Animal, de programas de financiamento para produtores de pequeno, médio e grande porte com base na adoção dos dispositivos de biosseguridade, incluindo indústrias e cooperativas. A ABPA dará o devido encaminhamento ao tema.

Fonte: Assessoria Asgav
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Como a interação entre os equipamentos e o manejo garantem a máxima eficiência no desempenho do frango de corte?

O objetivo do manejador de frangos de corte é alcançar o desempenho necessário do plantel em termos de bem-estar das aves, peso vivo, conversão alimentar, uniformidade e rendimento da carne dentro das condições econômicas do momento.

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Fotos: Aviagen

O sucesso do potencial genético inerente às aves depende da garantia de que uma série de fatores recebam a correta atenção. São eles: saúde, qualidade dos pintos, bem-estar das aves, nutrição, fornecimento de ração, iluminação, temperatura, ventilação, fornecimento de água, densidade populacional e status da vacinação. Todos estes fatores são interdependentes, ou seja, se algum destes deles estiver abaixo do ideal, o desempenho dos frangos de corte será afetado. Dessa forma, os equipamentos para verificar a configuração de alojamento junto com a habilidade do manejador será fator preponderante e fundamental na expressão deste potencial genético.

Figura 1: Fatores que afetam o crescimento e a qualidade dos frangos de corte

Dois aviários para a criação de frangos de corte nunca são os mesmos, e cada plantel será diferente em relação ao manejo necessário para atender as suas necessidades. O manejador da granja de frangos de corte deve compreender quais são as necessidades das aves e, por meio da utilização de uma gestão ágil, atenta aos detalhes e utilizando corretamente os recursos, informações e dados obtidos pelos equipamentos, suprir as necessidades específicas para garantir o melhor desempenho de cada plantel.

As condições corretas de alojamento são importantes para o bom desenvolvimento inicial dos pintinhos. Você poderá avaliar com precisão as condições em que os pintinhos são alojados, se tiver o equipamento correto à disposição. Segue a figura 2 contendo a lista de equipamentos que podem e devem ser utilizados para monitorar as condições de criação.

Figura 2: equipamentos para monitorar as condições de criação

O objetivo do manejador de frangos de corte é alcançar o desempenho necessário do plantel em termos de bem-estar das aves, peso vivo, conversão alimentar, uniformidade e rendimento da carne dentro das condições econômicas do momento.

O frango de corte moderno atinge o peso de abate desejado mais cedo. Portanto, fornecer o alojamento, o ambiente e o manejo corretos, a partir da chegada das aves e durante todo o período de crescimento é de grande importância. Dependendo do objetivo de peso de abate, a primeira semana de vida da ave pode representar até 25% de toda vida da ave e é um período crucial para o desenvolvimento do animal.

Os equipamentos são peças chave na monitoria das condições de criação e fundamentais para tornar as informações mais palpáveis e visíveis aos manejadores. Toda e qualquer alteração e/ou ajuste nas condições de criação devem ser feitas baseando-se nas informações dos equipamentos e na habilidade do manejador em saber identificar e responder rapidamente aos problemas.

A habilidade do manejador é o resultado da interação humana positiva com os frangos de corte, seu ambiente (observação do lote) e monitoria das informações fornecidas pelos equipamentos. O criador de animais deve estar constantemente atento ao comportamento das aves e ter conhecimento sobre os lotes e seu ambiente. Para fazer isso, as características comportamentais e as condições das aves dentro do galpão devem ser levadas em consideração. Este acompanhamento é comumente conhecido como “observação do lote” e é um processo contínuo que utiliza todos os sentidos do manejador. Um bom manejador também deve ser empático e dedicado, ter conhecimento, prestar atenção aos detalhes e ser paciente.

Se apenas os registros da granja (crescimento, consumo de alimentos, etc.) forem monitorados, sinais importantes relacionados às aves e seu ambiente não serão observados. O manejador deve estar ciente das condições do ambiente, da experiência com as aves e compreender quais são as características comportamentais normais do lote.

Tratando-se de primeira semana de vida das aves devemos fazer a “observação do lote” e buscar que as aves estejam distribuídas uniformemente em toda área de alojamento, comendo ração, bebendo água e expressando seu comportamento de bem-estar, caso não estejam, é fundamental utilizar os equipamentos para identificar as oportunidades de melhoria. Estas informações devem ser analisadas constantemente (em conjunto com os registros da granja) para permitir que quaisquer deficiências na saúde das aves e/ou no ambiente possam ser identificadas e corrigidas rapidamente.

O ambiente e o comportamento do lote devem ser observados em vários momentos do dia pela mesma pessoa. Esta observação deve ser feita a qualquer hora do dia durante a execução das atividades de manejo das aves.

Antes de entrar no aviário, saiba como estão o tempo e as condições climáticas do ambiente. Isto ajudará a verificar se os exaustores, aquecedores, painéis evaporativos e entradas de ar estão funcionando, quando comparados aos sistemas de controle.

Entre vagarosamente no aviário e fique parado até que as aves se acostumem com a sua presença. Durante este período, sempre use todos os seus sentidos para avaliar as condições do plantel: audição, visão, olfato, paladar e tato.

A figura 3 ilustra o uso dos 5 sentidos para monitorar um lote de aves.

Figura 3: Habilidade do manejador – uso de todos os sentidos para acompanhar um plantel

Depois de entrar no aviário pela primeira vez e observar o lote e o ambiente, você deverá caminhar vagarosamente por todo ele e analisar os pontos levantados na figura 3. Caminhar por todo o aviário é importante para assegurar que haja pouca variação no ambiente e no comportamento das aves.

Ao andar pelo aviário, é importante chegar até o nível das aves. Pegue as que não saem correndo. Observe: elas estão doentes? Quantas

aves foram acometidas? Observe como as aves se movem na frente e atrás de você. As aves recuam para preencher o espaço que criaram ao atravessar o plantel? As aves estão alertas e ativas?

Compare estas informações da “percepção do lote” com os registros reais da granja e com as informações fornecidas pelos equipamentos durante esta avaliação.

As aves estão dentro das expectativas? Se houver irregularidades, elas devem ser investigadas e um plano de ação deve ser elaborado para solucionar os problemas que podem vir a ocorrer.

A figura 4 apresenta uma lista de itens de verificação para monitoramento das condições de alojamento.

Figura 4: Lista de verificação para monitoramento do alojamento

Garantia das condições

Se monitorarmos cada item da lista com atenção, cuidado e dedicação conseguiremos garantir o desenvolvimento correto do apetite. O

Supervisor Regional de Serviços Técnicos na Aviagen, Rodrigo Tedesco: “O objetivo principal de tudo que foi exposto é garantir as condições corretas de alojamento, de criação e com isso o desenvolvimento correto das aves”

objetivo principal de tudo que foi exposto é garantir as condições corretas de alojamento, de criação e com isso o desenvolvimento correto das aves, garantindo assim um excelente peso de sete dias.

Segundo William Edwards Deming, “não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”.

Portanto, o trabalho conjunto entre as informações geradas pelos equipamentos, a gestão correta dos dados gerados, a observação frequente e cuidadosa das condições de criação, a habilidade do manejador e suas percepções do ambiente e sua proatividade em corrigir os rumos da criação continuarão sendo fundamentais e imprescindíveis para a obtenção dos objetivos produtivos.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de avicultura acesse a versão digital de avicultura de corte e postura, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Rodrigo Tedesco, Supervisor Regional de Serviços Técnicos na Aviagen
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Avicultura

Combinação de ácido orgânico e óleo essencial garante o desempenho de frangos de corte em dietas com níveis nutricionais reduzidos

Além do custo-benefício positivo para o produtor, a combinação composta por aditivos naturais apresenta uma solução benéfica em vários outros aspectos relacionados à sustentabilidade da produção.

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Foto: Shutterstock

Na produção avícola, a ração representa a maior parte do custo de produção. A procura por aditivos que melhoram o desempenho de

Gerente de Monogástricos na miXscience, Dr. Clarisse Techer, “A resistência aos antibióticos pode ser transmitida facilmente de uma bactéria para outra, especialmente entre as populações de microrganismos do trato digestivo” – Foto: Divulgação/miXscience

frangos de corte e garantem retorno de investimento para os produtores continua sendo uma questão importante, especialmente com a busca pela redução do uso de promotores de crescimento antibióticos. Este artigo tem o objetivo de divulgar resultados recentes, que representam um avanço nessa área.

Os antimicrobianos são utilizados em animais de produção para melhorar o desempenho animal e tratar e prevenir doenças clínicas, como, por exemplo, a coccidiose, uma doença parasitária que causa perdas econômicas significativas, que é principalmente controlada por moléculas ionóforas.

As moléculas de antibióticos utilizadas para estas aplicações em animais podem ser iguais ou pertencer à mesma família de produtos utilizados para tratar doenças humanas. É bem conhecido que algumas bactérias patogênicas, como algumas cepas de Salmonella ou Staphylococcus, são multirresistentes a antibióticos e é essencial, como poucas moléculas ativas novas são descobertas, preservar a possibilidade de tratar estas patologias. A resistência aos antibióticos pode ser transmitida facilmente de uma bactéria para outra, especialmente entre as populações de microrganismos do trato digestivo. Com isso, a busca por outros aditivos que possam otimizar o desempenho dos animais de forma mais sustentável tornou-se um dos principais focos de atenção na indústria da proteína animal. Dentre as alternativas, ácidos orgânicos e aditivos fitogênicos apresentaram melhora na absorção e digestão de nutrientes.

Na formulação de produtos comerciais, organizações têm empregado estratégias como:

1- Uso de técnicas de vetorização para:

Permitir a estabilidade dos óleos essenciais durante etapas como preparo da dieta (condicionamento a vapor, peletização, resfriamento), transporte e armazenagem.

Liberar os princípios ativos somente no local de atuação e de forma diferenciada, uma vez que óleos essenciais devem estar disponíveis para atuar no intestino proximal e os ácidos orgânicos têm uma atuação melhor quando são disponibilizados em seções mais distais, incluindo o ceco.

Maximizar o resultado. Com o uso de pequenas doses se obtém resultados muito significativos, sem interferir na atuação de outros aditivos, como os probióticos.

2- Uso de óleos essenciais isolados e não mais os extratos de plantas que originalmente são a fonte desses princípios ativos. Isso permite eliminar as variações inerentes do uso de ingredientes vegetais.

3- Uso de combinações extensivamente testadas em universidades e a campo, que exploram o sinergismo entre moléculas como timol e carvacrol. O uso da proporção ideal entre essas duas moléculas é um dos “segredos” para garantir maior eficácia na modulação da microbiota intestinal das aves.

ESTUDO

O estudo aqui apresentado buscou avaliar o efeito de uma mistura de óleos essenciais e de ácido orgânico vetorizados na engorda de frangos de corte, usando ração com densidade nutricional reduzida.

A pesquisa foi realizada entre os meses de junho e julho de 2023, na BNN Research Center em Fairmont, nos Estados Unidos. As dietas utilizadas foram formuladas à base de milho e farelo de soja e tendo como controle uma formulação com níveis nutricionais recomendados para a linhagem Cobb 500. A partir da dieta padrão (controle positivo – CP), os pesquisadores formularam outra dieta (controle negativo- CN) com a redução de 100 kcal/kg de Energia Metabolizável e redução de 3 pontos de lisina digestiva. E, por último, fizeram uma terceira dieta, também com os níveis nutricionais reduzidos e adicionaram o aditivo à base de óleos essenciais timol e carvacrol e ácido benzoico vetorizados, na dose de 400 g/t de 0 a 21 dias e 250 g/t de 22 a 32 dias de idade dos frangos.

Aos 32 dias de idade, conforme é possível observar na tabela 1, os frangos do Controle Positivo estavam 4% mais pesados (+99 g; P<0.05), registraram maior ganho médio diário (+3.1 g/d; P <0.05) e melhor conversão alimentar do que as aves alimentadas com a ração com níveis nutricionais reduzidos (Controle Negativo). Dados importantes para demonstrar como a redução dos níveis nutricionais realmente prejudicou o desempenho e que a atuação dos óleos essenciais timol e carvacrol somada ao ácido benzoico teria espaço para melhorar o desempenho. E, de fato, a inclusão do aditivo na dieta do Controle Negativo permitiu que as aves chegassem aos 32 dias de idade expressivamente mais pesadas (+31g), com uma conversão alimentar muito melhor.

Comparado ao controle positivo, o grupo que recebeu os óleos essenciais e o ácido orgânico registrou menor peso (2468 vs 2536g; P<0,05), mas consumiu menor quantidade de ração (87,38 vs 91,55 g/d). Consequentemente, as aves que receberam o aditivo tiveram melhor taxa de conversão alimentar que as aves do controle positivo.

Desempenho zootécnico de frangos de corte no período entre 0 e 32 dias, recebendo dietas com redução de energia metabolizável e lisina, com e sem a adição de óleos essenciais e ácido orgânico.

O estudo identificou queda do desempenho de frangos de corte com a dieta de densidade reduzida (-100kcal e -0.03% lisina digestível), registrando menos 4 % de peso corporal e mais 2 pontos de taxa de conversão alimentar. Também destacou que o uso da mistura de óleos essenciais protegidos e ácido orgânico, com a mesma dieta de densidade nutricional reduzida, melhorou significativamente o desempenho zootécnico. Uma vez que o custo da ração é diretamente influenciado pelos componentes de nutrientes e energia, a aplicação de uma solução como essa pode ser uma alternativa para a alcançar o melhor custo-benefício na produção de frangos de corte.

Além do custo-benefício positivo para o produtor, a combinação composta por aditivos naturais apresenta uma solução benéfica em vários outros aspectos relacionados à sustentabilidade da produção, uma vez que permite a redução da pressão de uso de antibióticos e, consequentemente, favorece a qualidade do produto final, atendendo aos pré-requisitos de mercado e público final mais exigentes.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de avicultura acesse a versão digital de avicultura de corte e postura, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Dr. Clarisse Techer, Gerente de Monogástricos na miXscience, Avril Group
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