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Suínos / Peixes

Saindo do sonho para a realidade

Profissional traz reflexão para cadeia suinícola sobre importância de sair do utopismo e traçar objetivos para alcançar sonhos e metas.

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Foto: Bing

Constantemente as pessoas se questionam se estão no caminho certo, se fizeram as escolhas certas, se compraram o carro ou a casa certa. O mundo mudou muito rápido e hoje parece que o tempo também está passando mais depressa. Aparenta que 24 horas não são mais suficientes para fazer tudo o que é preciso em um dia. E toda essa agitação, dúvidas e mudanças faz viver em um limbo que nem sempre é o local onde se quer estar. Por isso, muito mais do que viver para trabalhar, é preciso tornar sonhos em realidade e, para isso, traçar metas reais.

É sobre como viver neste mundo caótico e agitado que o médico-veterinário, mestre em Ciência Animal e gerente Comercial na América do Sul da Zinpro Animal Nutrition, Ton Kramer, concedeu entrevista, exclusiva, ao O Presente Rural, sobre a importância de estabelecer metas e trabalhar para alcançar os objetivos. “A diferença entre sonho e objetivo são os prazos que colocamos. Estabelecer prazos e segui-los é difícil, já que procrastinar é algo tão comum no nosso dia a dia, além de que fatores como dor, esforço e insatisfação relacionados aos insucessos são desmotivadores. Por isso, é importante ter claro quais são os nossos objetivos na vida. Uma frase que ouvi recentemente e tenho adotado é: ‘a vontade só é realmente vontade quando passa a ser maior que a nossa melhor desculpa’. Ou seja, eu só vou agir para mudar quando estiver motivado e as desculpas não sejam o suficiente para me impedir de realizar meus sonhos e atingir meus objetivos”.

Médico-veterinário Ton Kramer – Foto: Arquivo Pessoal

E sonhos e objetivos são diferentes para cada pessoa. Por isso, cada um deve se atentar àquilo que deseja realmente, se esforçando por si e não pelos outros. “É legal pensar que sonhar não tem limites e acreditar que somos capazes de fazer tudo. Mas, uma grande dificuldade e desafio hoje é entender que as coisas não são simples, elas nunca foram, e quando temos um sonho ele precisa ser transformado em plano, que traz objetivos e que devem fazer parte do cronograma de cada um. E isso demanda esforço e tempo”, avalia Kramer. Para ele, atualmente, o grande desafio é manter-se persistente dentro desse plano para que ele se realize e deixe de ser um sonho e passe a ser algo efetivamente realizado. “Na atual sociedade em que vivemos o imediatismo, ansiedade e desejo de querer tudo de forma fácil nos demanda muito mais esforço para sair desse utopismo e vai demandar mais empenho e consciência para adotar reais mudanças de comportamento”.

Nada é separado

De acordo com Kramer, uma realidade que as pessoas precisam entender é que vida pessoal, familiar, social e profissional passam pelos mesmos caminhos. “Encontrar um equilíbrio entre esses quatro elementos e entender que a ação associada aos objetivos traçados em determinado prazo vai trazer o desenvolvimento para todas essas áreas da nossa vida”, cita. Outro ponto destacado pelo profissional é quanto à necessidade do equilíbrio entre todas essas “partes” da vida. “É um grande desafio, mas precisamos ter consciência e adotar medidas para contornar os desafios e pressões e assim conseguimos encontrar o real equilíbrio. E é importante sabermos que a nossa vontade em estar mais ativo e presente em determinada área é que vai fazer acontecer e melhorar a situação”.

Kramer comenta que pode ser difícil atingir ou mesmo traçar os objetivos e metas que são colocados na vida, porém é preciso se atentar a pontos que são essenciais. “Se os nossos sonhos ficaram para depois, isso quer dizer que não são importantes e que as desculpas que colocamos, sejam válidas ou não, foram prioritárias. Isso é válido para qualquer aspecto da vida: se não estamos colocando o esforço e importância necessária, é porque não era importante. Se nós realmente queremos avançar e alcançar algo vamos por prazo, esforço e dedicação para isso acontecer”.

A mensagem principal do profissional é: as mudanças somente acontecem quando as pessoas querem. “Não é o outro que vai promover a nossa mudança, ninguém vai pegar a gente pela mão para que os nossos objetivos aconteçam. A mudança acontece por dentro, entender quem somos de fato, nossos objetivos, medos, preocupações e adotar medidas para contornar esse comportamento para fortalecer nossas atitudes em relação ao que queremos. Ninguém além de nós mesmo vai ser o grande motivador de mudanças, realizações e conquistas dos nossos objetivos pessoais”.

 

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

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Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

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Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
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Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

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Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
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