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Saiba quais medidas já foram tomadas pelo governo brasileiro em reação ao impacto econômico do coronavírus
Veja algumas das medidas que já foram adotadas pelo Governo Federal

Depois de defender que a principal resposta econômica à crise do coronavírus deveria ser o avanço das reformas, o governo passou a adotar conjunto amplo de medidas fiscais, regulatórias e tributárias para fazer frente ao impacto do surto, de dimensões crescentes e ainda incertas, sobre a atividade.
O Banco Central também entrou na batalha ao adotar regras para liberar liquidez na economia e também aprofundou o corte da taxa básica de juros, paralelamente à sua atuação no câmbio, enquanto o Tesouro Nacional tem feito operações extraordinárias no mercado de títulos públicos, diante de perdas na renda fixa que podem fazer de março o pior mês em 18 anos para o setor.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que novas iniciativas podem ser tomadas “a cada 48 horas”, a depender do desenvolvimento do cenário.
Veja as principais medidas já adotadas:
Meta fiscal
-Governo pediu ao Congresso o reconhecimento do estado de calamidade pública, o que o dispensa de cumprir a meta fiscal do ano fixada em lei, abrindo espaço para aumento de gastos. Os parlamentares aprovaram a iniciativa na última semana.
Suspensão de contratos de trabalho
-O governo anunciou, na semana passada, que encaminhará ao Congresso projeto permitindo que salários e jornadas de trabalho sejam reduzidos em até 50%. A ideia é que essas regras possam vigorar até o final deste ano, prazo solicitado para o estado de calamidade pública.
-Medida provisória editada no domingo prevê a possibilidade de antecipação de férias individuais, decretação de férias coletivas de maneira mais rápida e regras para facilitar o teletrabalho, além do diferimento do recolhimento do FGTS. A MP também permitia, em seu artigo 18, que empregadores suspendessem contratos de trabalho por até quatro meses sem pagamento de salário, mas o presidente Jair Bolsonaro anunciou na segunda-feira que determinou a revogação desse artigo específico. O Ministério da Economia informou que nova MP prevendo a possibilidade de suspensão do contrato do trabalho trará, no mesmo texto, ajuda do Estado aos trabalhadores
* Para a população mais vulnerável
-Antecipação das duas parcelas do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para abril e maio (46 bilhões de reais)
-Antecipação do pagamento do abono salarial para junho (12,8 bilhões de reais)
-Transferência de valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS para permitir novos saques (21,5 bilhões de reais)
-Reforço de 3,1 bilhões de reais ao programa Bolsa Família
-Antecipação de 25% do que teriam direito os trabalhadores mensalmente caso requeressem o benefício do seguro-desemprego. Programa válido para pessoas que recebem até 2 salários mínimos e tiverem redução de salário e jornada (10 bilhões de reais)
-Programa de concessão direta de recursos aos autônomos, de valor médio de 200 reais, ao custo de 5 bilhões de reais por mês, pelo prazo de três meses (15 bilhões de reais)
*Para manutenção de empregos
-Diferimento do prazo de pagamento do FGTS pelas empresas por 3 meses, já incluída na MP do domingo (30 bilhões de reais)
-Diferimento da parte da União no Simples Nacional por 3 meses (22,2 bilhões de reais)
-Crédito adicional de 5 bilhões de reais do Proger/FAT para micro e pequenas empresas
-Redução de 50% nas contribuições do Sistema S por três meses (2,2 bilhões de reais)
*Para combate direto à pandemia
-Destinação do fundo do Dpvat para o Sistema Único de Saúde (4,5 bilhões de reais)
-Adiamento do Censo do IBGE para 2021 com destinação de 2,3 bilhões de reais para a saúde
-5 bilhões de reais de crédito para programações orçamentárias do Ministério da Saúde
Apoio a Estados
O governo apresentou um plano de 88,2 bilhões de reais para Estados e municípios conseguirem arcar com demandas de saúde e impactos econômicos do coronavírus.
-20 bilhões de reais em securitização de dívidas garantidas, com prazo máximo de 20 anos
-10 bilhões de reais do Plano Mansueto, em tramitação no Congresso, para permitir empréstimos de organismos multilaterais para Estados e municípios sem capacidade de pagamento. Demais Estados terão 10 bilhões de reais no Regime de Recuperação Fiscal e no plano Mansueto
-Duas medidas provisórias vão viabilizar a transferência de 8 bilhões de reais em quatro meses do Fundo Nacional de Saúde para fundos estaduais e municipais
-Governo vai propor lei complementar suspendendo as dívidas dos Estados por seis meses (12,6 bilhões de reais em seis meses) e reestrurando as dívidas e suspendendo os recebimentos em 2020 (9,6 bilhões de reais em seis meses)
-Transferência de 8 bilhões de reais do Fundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e dos municípios e de 2 bilhões de reais para o Orçamento da Assistência Social
-Recomposição em 16 bilhões de reais para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
Aéreas
-Medida Provisória ampliou o prazo de pagamentos de reembolsos de passagens e postergou pagamentos das outorgas dos aeroportos concedidos que vencem este ano
Ações do BC no câmbio
-No ano até segunda-feira, o Banco Central vendeu 9,654 bilhões de dólares das reservas no mercado à vista, 14 bilhões de dólares em leilões de linha —venda com compromisso de recompra— e 10,5 bilhões de dólares em contratos de swap em meio à escalada da moeda norte-americana BRBY.
-Em outra frente, a autoridade monetária anunciou que passará a fazer leilões de compra com compromisso de revenda de títulos soberanos do Brasil denominados em dólar das instituições financeiras nacionais, mecanismo que já havia sido acionado na crise financeira de 2008 em um esforço para melhorar o funcionamento dos mercados. O estoque atual de bônus globais é de 31 bilhões de dólares e o BC afirmou que poderá realizar a compra total desse volume. Na última sexta, o BC recomprou o equivalente a 2,954 bilhões de dólares
-O Federal Reserve, banco central dos EUA, estabeleceu uma linha de swap com o Brasil, no valor de 60 bilhões de dólares, e com outros oito países para ampliar a oferta de dólar nessas economias. O acordo fica em vigor por pelo menos seis meses. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que por ora não há a intenção de usar o instrumento, mas que trata-se de um seguro importante
Selic
-O BC intensificou o ritmo de corte dos juros na semana passada, quando reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para nova mínima histórica de 3,75% ao ano
Liberação de liquidez
-BC anunciou medidas, algumas das quais ainda em elaboração, para liberar 1,2 trilhão de reais em liquidez na economia. A principal iniciativa, ainda em gestação, é a concessão de empréstimos do BC aos bancos tomando como garantias letras financeiras de carteiras de crédito securitizadas. O impacto da medida é de 670 bilhões de reais, segundo o BC
– Em outra iniciativa, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou os bancos a captarem por meio de depósitos a prazo com garantia especial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O novo DPGE (Depósito a Prazo com Garantias Especiais) deve ter valor mínimo de emissão de 1 milhão de reais e limites de prazos de 12 meses (mínimo) a 24 meses (máximo), e é vedado o resgate antecipado. Impacto estimado de 200 bilhões de reais
-O CMN autorizou o BC a conceder empréstimos a instituições financeiras garantidos em debêntures adquiridas entre 23 de março e 30 de abril de 2020, buscando prover liquidez ao mercado secundário de dívida corporativa. O potencial de liberação é de 91 bilhões de reais, segundo BC
-Depois de reduzir, em 20 de fevereiro, o compulsório sobre depósitos a prazo de 31% para 25% e ajustar uma regra de exigência de liquidez dos bancos, em medidas anunciadas ainda antes do agravamento da crise do coronavírus e que liberaram 135 bilhões de reais para empréstimos, o BC anunciou na segunda-feira nova redução, para 17%, com liberação adicional de 68 bilhões de reais. Também anunciou que elabora liberações adicionais dos compulsórios
-Os grandes bancos foram autorizados a ampliar o volume de recompra de Letras Financeiras de emissão própria de 5% para 20% de sua emissão, de forma a poderem atender a demandas por liquidez de seus papéis no mercado. Potencial para recompra adicional é de 30 bilhões de reais
-BC autorizou os bancos a aumentarem sua captação com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) equivalente a seu patrimônio líquido, limitado a 2 bilhões de reais. Com isso, estimou expansão da concessão de crédito em cerca de 200 bilhões de reais
-O BC flexibilizou as regras das Letras de Crédito do Agronegócio, dando mais liberdade às insituições para definirem destinação dos recursos captados com esse papel. Impacto para liquidez adicional aos bancos será de 2,2 bilhões de reais
-BC anunciou a não dedução no capital dos efeitos tributários decorrentes de overhedge de investimentos em participações no exterior, o que ampliará a folga de capital das instituições em 46 bilhões de reais, permitindo a expansão de cerca de 520 bilhões de reais na concessão de crédito
-Governo reduziu o Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPConservação) dos bancos de 2,5% para 1,25% pelo prazo de um ano, ampliando a folga de capital do sistema financeiro em 56 bilhões de reais, permitindo que a capacidade de crédito seja elevada em cerca de 637 bilhões de reais, de forma a dar espaço às renegociações
-As instituições financeiras foram dispensadas pelo BC da obrigação de aumentar o provisionamento no caso de repactuação de operações de crédito realizadas nos próximos seis meses
Crédito para aposentados
-O Conselho Nacional da Previdência Social aprovou a redução, de 2,08% para 1,8% ao mês, da taxa máxima que bancos podem cobrar nos empréstimos consignados a aposentados
Títulos públicos
-O Tesouro deu início, em 12 de março, a programa de compra e venda de títulos públicos com o objetivo de garantir o bom funcionamento do mercado diante da forte volatilidade. Até segunda-feira, as operações de compra e venda já movimentaram 35,558 bilhões de reais, volume que inclui leilões dos papéis prefixados LTN e NTN-F e de NTN-B —esta com rentabilidade atrelada à inflação
Bancos públicos
-A Caixa Econômica Federal informou ter 75 bilhões de reais que pode disponibilizar no curto prazo em reação ao coronavírus, sendo 30 bilhões de reais para eventual compra de carteira de bancos médios focada em consignado e automóveis. Outros 40 bilhões de reais estão separados para o segmento de capital de giro, em especial para parte imobiliária e de pequenas e médias empresas, além de mais 5 bilhões de reais para crédito agrícola
– A Caixa também anunciou a possibilidade de pausa de até 60 dias nos pagamentos de prestações de contratos de empréstimo acertados por pessoas físicas e jurídicas, incluindo os habitacionais
Isenção de tarifas e despacho facilitado para produtos de saúde
-Governo zerou alíquota do imposto de importação de 50 produtos médicos e hospitalares necessários ao combate à pandemia. A Receita Federal também determinou que itens como álcool em gel, antissépticos, máscaras e outros produtos de proteção ou para uso hospitalar, como luvas e vestuários, terão despacho aduaneiro simplificado e agilizado.

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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional
Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.
Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves
A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.
A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.
Fatores que influenciam mercado
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.
1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves
Fatores de alta:
- Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
- Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.
Fatores de baixa:
- Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
- Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
- Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
- Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.
2. Oferta e mercado interno
Fatores de alta:
- Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
- Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.
Fatores de baixa:
- Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.
3. Safra e clima
Fatores de baixa:
- Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

Foto: Claudio Neves
ciclo 2025/26;
- Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.
Acordo China-EUA
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.
Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.
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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra
Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.
No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.
Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.
No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon
lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.
O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.
No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.
A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro
Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.
No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.
No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.
Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.
A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil
Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.
Planilha de Custos
Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS



