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Suínos / Peixes

Saiba o que interfere no desempenho de leitões na terminação

Principais causas do baixo desempenho na terminação ocorrem em fases anteriores como, por exemplo, o baixo peso baixo ao nascimento e ao desmame

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“Leitões de baixo desempenho na fase de terminação: problema ou oportunidade para agregar valor” foi o tema da palestra de Ricardo Lippke, no 10º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura. Médico veterinário, o palestrante é supervisor técnico Suínos na Boehringer Ingelheim do Brasil. A palestra ocorreu em 02 de agosto, em Chapecó, SC.

Na apresentação, Lippke abordou as principais causas que levam um leitão a apresentar um baixo desenvolvimento na fase de terminação. “Procurei mostrar, de uma forma prática, o que podemos fazer para minimizar o impacto desse tipo de leitão no resultado zootécnico e econômico do lote”.

Na fase de terminação, dos 63 aos 170 dias de vida, muitos suínos apresentam baixo desempenho com relação ao ganho de peso diário se comparado aos outros animais do mesmo lote. “Essa redução no crescimento leva a um aumento na variação do peso de abate, dificuldade no manejo, e resulta muitas vezes em penalizações ou não bonificações aplicadas pelos abatedouros”, esclarece Lippke.

Causas

As principais causas do baixo desempenho na terminação ocorrem em fases anteriores como, por exemplo, o baixo peso baixo ao nascimento e ao desmame. “Esse déficit inicial é agravado pelo acesso às tetas inferiores da matriz, estresse no desmame e uma maior competição na leitegada”, explica.

A mortalidade também costuma ser maior em suínos com este perfil. Além disso, é comum uma pior qualidade de carcaça ao abate. “O peso no momento do desmame é considerado por vários autores como o melhor determinante do desempenho futuro do animal quando comparado ao peso ao nascimento”.

Alta prolificidade

O aumento do número de leitões nascidos por leitegada é uma das principais causas de leitões com baixo peso ao nascer. “Isso é resultado da alta prolificidade das fêmeas suínas nos últimos anos. A maioria dos leitões com baixo peso ao nascer e no desmame estão condenados a um crescimento retardado ao longo de sua vida produtiva”.

O alojamento em um sistema paralelo que recebe apenas animais com baixo peso é uma das práticas observadas para “amenizar” o problema. “O desempenho desse sistema em paralelo deve ser incluído no resultado mensal da produção. O objetivo é evitar que o mesmo se torne uma maneira de esconder resultados de leitões com baixo peso”.

Idade ao desmame

Outro aspecto que vai refletir na fase de terminação é a idade ao desmame. Segundo Lippke, a variação no peso de abate aumenta com a redução da idade do desmame. Além disso, leitões desmamados mais novos crescem mais lentamente quando comparados a leitões mais velhos. “Desmamar leitões pesados com idade precoce também contribui para o aumento da variação de peso ao abate”, alertou.

“A questão é qual a melhor forma de reduzir a variação e aumentar a idade dos leitões no desmame. A resposta mais óbvia seria o aumento do número de celas parideiras com o aumento do número de dias de desmame na semana”, explica. A outra forma, seria a redução do número de dias que as matrizes ficam na maternidade antes do parto e o investimento em ferramentas e máquinas que acelerem a operação de limpeza e desinfecção da maternidade.

Patologias

Enfermidades na forma clínica e subclínica como a Enteropatia Proliferativa Suína e patologias respiratórias impactam diretamente no ganho de peso diário. Animais doentes apresentam redução do consumo de ração e água. “Problemas sanitários são responsáveis por grande parte dos leitos com baixo desenvolvimento na fase de terminação. A medicação metafilática pode ser uma ferramenta eficaz para amenizar isso”. Conforme Lippke, a separação do animal doente em baias enfermaria possibilita um melhor acompanhamento do animal, aumentando a taxa de recuperação.

Fatores de risco como grande amplitude térmica diária, excesso de gás e poeira, falta de higiene na limpeza das baias são também grandes vetores para o aumento dos leitões de baixo desenvolvimento nas fases de terminação.

Mesmo com todas as ações para reduzir a variação de resultados na fase da terminação, sempre haverá variação no peso dos animais. Uma das soluções é realizar o abate parcelado, segregando os animais por faixa de peso desejável. “Isso dá aos demais animais com menor desenvolvimento a chance de se recuperar. Estudos demonstram que, após a retirada parcelada, os animais remanescentes apresentam melhor ingestão de ração e maior ganho de peso diário”.

Por fim, Lippke esclareceu que todas as ações que visam a redução do impacto dos leitões com baixo desempenho devem apresentar um custo-benefício. “O que muitas vezes é rentável em um sistema deixa de ser em outro”, enfatizou.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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