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Suínos

Saiba como preparar o leitão para os desafios sanitários da imunidade passiva à performance produtiva

Especialistas abordam no 17º SBSS estratégias para equilíbrio imunológico, indicadores de saúde e o papel da nutrição e do ambiente na resposta imunológica do suíno.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

Como consideramos o leitão preparado para os desafios sanitários? Quais são os indicadores de saúde utilizados atualmente? Qual a visão da imunologia clínica sobre a imunidade do leitão? Quando começa o treinamento do sistema imune do suíno? Como se mede a imunidade passiva? Esses foram alguns dos questionamentos que nortearam o Painel Imunidade, realizado na quarta-feira (13), durante o 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), em Chapecó (SC).

Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento consolidou-se como uma referência para profissionais de toda a cadeia produtiva. Participar do SBSS é uma chance de trocar experiências com especialistas, conhecer novas tecnologias e ampliar a visão sobre os desafios e soluções que impactam a suinocultura moderna. Em paralelo, até esta quinta-feira (14), acontece também a 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair, feira técnica voltada ao setor, que conta com empresas do Brasil e América Latina, além da Granja do Futuro, com os principais lançamentos e tecnologias para os produtores.

Equilíbrio sanitário

Médico-veterinário doutor em Biotecnologia Luiz Felipe Caron: “Desenvolver e avaliar ferramentas para a obtenção de uma imunidade robusta de plantel: custo imunológico e impacto ao longo da cadeia de produção” – Foto: Suellen Santin/MB Comunicação

“Desenvolver e avaliar ferramentas para a obtenção de uma imunidade robusta de plantel: custo imunológico e impacto ao longo da cadeia de produção” foi o tema apresentado pelo médico-veterinário doutor em Biotecnologia Luiz Felipe Caron. Ele discorreu sua temática a partir de uma narrativa sobre a cadeia produtiva ao reforçar a importância de cada procedimento envolvido, seja limpeza, desinfecção, procedimentos de vacinação, treinamento de pessoas e nutrição, e como essas etapas influenciam na preparação desse suíno.

Segundo Caron, os procedimentos iniciam antes mesmo do nascimento e cita que “a preparação da reprodutora influencia no leitão e, posteriormente, no desmame. O interessante é que essa temática faz conexão com muitos outros assuntos abordados anteriormente no SBSS, para culminar na construção de um ambiente adequado para que a mobilização de nutrientes seja em prol do ganho de peso e não apenas para a resposta imune”, destacou.

Para o médico-veterinário a palavra-chave é o equilíbrio. Para exemplificar citou o funcionamento de uma balança, na qual de um lado a resposta imune mantém o animal vivo e do outro lado a mobilização de nutrientes auxilia no ganho de peso. “Respeitar essas etapas se traduz em como fazer uma análise de risco, ou seja, dentro da realidade de cada granja qual o risco que estou correndo. Uma vez detectado, quais os pontos precisam melhorar, seja na unidade produtora de leitões (UPL), na creche ou na fábrica de ração”, explicou.

Com uma análise bem estruturada é possível elaborar um panorama, no qual a métrica é importante para parametrizar indicadores que favorecem a reação. “Dados viram informações que se transformam em conhecimento. Parametrizar é utilizar o indicador para construir uma medida certa que será adotada no momento exato”, explicou.

A partir desse controle, segundo o médico veterinário, é possível identificar as oportunidades e onde vale a pena ajustar as engrenagens de nutrição, ambiência, genética, programa sanitário e biosseguridade.

Desafios sanitários

“Preparando o leitão para os desafios sanitários: microbiota, biorremediação, treinamento do sistema imune, o que realmente faz sentido?” foi a temática abordada pelo médico-veterinário Álvaro Menin. O objetivo de sua apresentação esteve voltado para compreensão do processo de preparação do estado de saúde do leitão. Sua abordagem considerou aspectos mais amplos, pois essa condição inicia no útero da fêmea e acompanhará o leitão ao longo da vida.

Médico-veterinário Álvaro Menin: “Ao mesmo tempo utilizam-se estratégias após o nascimento do leitão para que ele tenha a melhor resposta imunológica ao longo da vida” – Foto: Andressa Kroth/UQ Eventos

Segundo Menin, esse olhar remete a uma preparação ampliada do sistema imune. Nessa perspectiva trabalha-se a imunomodulação da fêmea ao pensar, justamente, na saúde do leitão que ela produzirá. “Ao mesmo tempo utilizam-se estratégias após o nascimento do leitão para que ele tenha a melhor resposta imunológica ao longo da vida”, expôs.

Os bons índices de produtividade, como performance animal e do sistema imune têm relação próxima com a capacidade de responder às doenças e de desenvolvimento de produção.

Esses elementos foram citados pelo médico veterinário sobrem a influência do ambiente. “Dentro desse contexto, trabalhamos alguns aspectos ambientais de biorremediação, justamente para tentar minimizar o impacto do ambiente sobre o sistema imune do animal para que ele consiga expressar o máximo da performance produtiva”, destacou.

Durante sua palestra, Menin apresentou indicadores relacionados aos desafios sanitários que acompanharão o suíno ao longo da vida.

Fonte: Assessoria Nucleovet

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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