Conectado com

Bovinos / Grãos / Máquinas

Safrinha já tem previsão de 11 milhões de toneladas

Publicado em

em

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento divulgou ontem (20) a primeira intenção de plantio da segunda safra 2013/14. As lavouras de milho, feijão e soja, que começam a ser plantadas a partir de janeiro, devem produzir quase 11 milhões de toneladas, volume bastante expressivo para um Estado que cultiva três safras por ano, de acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral). A primeira safra de grãos 2013/14 vem se consolidando como uma das maiores da história do Paraná, com estimativa superior a 21 milhões de toneladas.
A pesquisa de campo revela tendência de redução de área para o milho segunda safra, os dados preliminares apontam um recuo de 9% na área a ser semeada. No mesmo ano período do ano passado, foram plantados 2,15 milhões de hectares, para este ano a previsão é plantar 1,95 milhão hectares. Mesmo assim, a segunda safra de milho já se consolidou como a principal do Estado, sendo que a área a ser cultivada nesse período é quase duas vezes maior que a área da primeira safra, que será colhida nos próximo ano. 
Preços
A intenção de reduzir área plantada com milho segunda safra no Estado vem sendo atribuída à queda no preço do produto nos últimos meses. Atualmente a saca de milho está sendo comercializada pelo produtor por volta de R$ 19 a saca de 60 quilos, cotação 28% menor que a praticada em dezembro de 2012 que estava em média R$ 26,92 a saca.
Para a engenheira agrônoma do Deral, Juliana Tieme Yagushi, mesmo com a redução no plantio, o Paraná continua cultivando uma grande área com milho da segunda safra. “São quase 2 milhões de hectares plantados o que é muito representativo para a produção nacional de milho nesse período do ano”, observou a técnica. 
Expectativa
Apesar da possibilidade de recuo na área plantada, a expectativa de produção se mantém em 10,2 milhões de toneladas, volume igual ao colhido na safra passada que teve seu potencial produtivo reduzido por fatores climáticos. Apesar disso, o Paraná continua um dos maiores produtores do grão. “A safra 2012/13 foi responsável por 22% do milho na segunda safra brasileira”, complementou a técnica. 
Juliana Yagushi observa que pode haver mudanças no cenário do milho já que se trata da primeira estimativa. Os números ainda não são definitivos devido ao cenário de incerteza por parte dos produtores, pois muitos ainda sequer adquiriram os insumos agrícolas para efetuar o plantio. Os preços praticados nos próximos meses serão determinantes na tomada de decisão do produtor. 
Soja
Conforme o levantamento do Deral, o plantio da soja da segunda safra sobe 18% em função do entusiasmo dos produtores com as cotações do produto, que se mantém em alta no mercado internacional. A área plantada no Paraná que atingiu 80.887 hectares na segunda safra deste ano deve alcançar 95.710 hectares em 2014, 15 mil hectares a mais. As áreas mais expressivas no plantio da segunda safra de soja estão nas regiões de Francisco Beltrão, Pato Branco e Campo Mourão.
A expectativa de produção avança de 130.135 toneladas colhidas este ano para 192.228 toneladas em 2014, crescimento de 48% no período. Os produtores estão recebendo em média R$ 65,23 por saca de 60 quilos, no Paraná.
De acordo com o chefe da conjuntura do Deral, economista Marcelo Garrido, há um quadro de escassez do produto no mercado internacional. Segundo Garrido 23% da soja da primeira safra que ainda está no campo já está vendida. Na safra 2012/13, 83% da soja que o Paraná vendeu até novembro foi para o mercado chinês.
Feijão
A área plantada com feijão na segunda safra deve subir em torno de 3%, mas a expectativa é que ocorra aumento na produção de 53%. A área plantada avança de 264.160 hectares, em 2013, para 271.170 hectares que devem ser plantados em 2014.
Para o economista do Deral, Methódio Groxko, o aumento de área plantada com feijão ainda é reflexo dos bons preços obtidos durante 2013 com a venda do produto. Nos últimos dias, o preço está recuando com o avanço da colheita da primeira safra. Em dezembro, o produtor está recebendo em média R$ 92,05 pela saca de 60 quilos de feijão de cor e R$ 134,42 pela saca de feijão preto. O preço mínimo garantido pelo governo federal é de R$ 95,00 por saca de feijão de cor e R$105,00 pela saca de feijão preto. 
Com essa expectativa de área plantada, a produção de feijão da segunda safra está sendo projetada em 519,74 toneladas, aumento superior a 50% do total colhido na safra 2012/13 que foi afetada por eventos climáticos. 
Primeira
A primeira safra de grãos 2013/14 vem se consolidando como uma das maiores da história do Paraná, com estimativa superior a 21 milhões de toneladas. As condições climáticas até o momento vem sendo favoráveis, fazendo com que as culturas se desenvolvam de forma satisfatória.
A cultura da soja amplia ainda mais a sua participação na agricultura paranaense. Com uma estimativa de área recorde de 4,89 milhões de hectares, deve produzir cerca 16,46 milhões de toneladas. Se confirmada, será a maior produção da história do Estado. 
Com relação ao cultivo do feijão também houve aumento na área semeada. Segundo os técnicos do Deral a área plantada foi de 238,9 mil hectares que devem produzir 434,17 mil toneladas da leguminosa. Esses valores indicam aumento de 12% na área plantada e 32% na produção paranaense. 
A estimativa para a produção do milho na primeira safra é de 5,62 milhões de toneladas, cerca de 21% inferior à safra 2012/13 quando foram colhidos 7,14 milhões de toneladas. Em relação à área a redução foi de 24% em relação ao mesmo período.

Fonte: AEN-PR

Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

Publicado em

em

Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

Publicado em

em

Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.