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Safra recorde de soja deve favorecer produção de farelo e óleo no Brasil
Com o avanço da indústria esmagadora, a tendência é de que a oferta permaneça alta no mercado doméstico. Mesmo que o aumento da capacidade processadora não seja totalmente convertido em mais produção de farelo, o balanço nacional tende a permanecer folgado até em casos de maior incidência de ociosidade na indústria.
A Agência Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou, em setembro, que a capacidade de processamento em 2023 atingiu 69,2 milhões de toneladas, volume 5,6% superior ao registrado em 2022, de 65,5 milhões de toneladas. Para o ano que vem, a entidade projeta que a indústria de óleos vegetais deverá investir na expansão e construção de novas unidades processadoras.
Paralelo ao aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em março, a demanda por óleo de soja deve aumentar. Nesse contexto, a indústria esmagadora possui oportunidades de expansão.
A produção brasileira de farelo de soja segue crescendo em linha com o avanço das safras da oleaginosa. Em 2023, a Abiove estima que a produção anual será de 41 milhões de toneladas, o maior valor já registrado e 4,6% acima do ano anterior.
Em relação aos maiores estados produtores de farelo, a indústria se concentra na região Centro-Oeste (44,3% da capacidade de processamento), sendo que o Mato Grosso é o estado que lidera em capacidade instalada (23,8%), seguido pelo Paraná (17,4%) e Goiás (13,6%), de acordo com a última pesquisa realizada pela Abiove.
Quanto ao número de unidades processadoras, o estado com a maior quantidade não é o Mato Grosso. De acordo com a última pesquisa realizada pela Abiove, os estados com mais esmagadoras são Paraná e Rio Grande do Sul. Em relação ao porte dessas indústrias, a maioria da capacidade instalada das esmagadoras nacionais (47%) corresponde a unidades que possuem uma faixa de processamento entre 1.501 e 3.000 ton/dia.
Quando comparada à pesquisa realizada pela Abiove em 2022, a região com o maior crescimento de capacidade total foi o Centro-Oeste, com destaque para o estado de Goiás, que em 2023 registrou 28.574 ton/dia de capacidade, 3.818 ton/dia acima do registrado no levantamento de 2022.
Consumo
O consumo interno de farelo de soja na safra 2022/23 deve ficar em torno de 18 milhões de toneladas, de acordo com a Conab. O farelo é utilizado na nutrição animal e desse total, cerca de 56% são destinados para a alimentação de frangos de corte, 19% para suínos e o restante para as demais atividades pecuárias, como ovos (8%), pecuária de corte (7%), leite (7%) entre outras (3%).
Quando descemos para o nível de estado, podemos observar que o maior consumo de farelo acontece no Paraná, com cerca de 3,9 milhões de toneladas. O curioso é que 77% desse consumo é para alimentação de aves (corte e poedeiras), devido ao grande rebanho comercial presente no estado.
O Paraná é seguido pelo Rio Grande do Sul, com um consumo de 1,9 milhão de toneladas de farelo, São Paulo, também com 1,9 milhão de toneladas e Santa Catarina, com 1,8 milhão de toneladas. Em todos esses estados, a produção de carne de frango é a responsável pela maior parte do consumo de farelo, seguida pela produção de carne suína para os estados do Sul e de ovos para os estados do Sudeste.
O Mato Grosso, apesar de ser o estado com a maior capacidade instalada de produção de farelo de soja, aparece apenas como o 7º maior consumidor nacional, com 900 mil toneladas, com a liderança do consumo no estado sendo dividida entre avicultura de corte e confinamento.
A região do Matopiba responde, atualmente, por 1,2 milhão de toneladas de consumo de farelo, sendo a Bahia responsável por 47% do total demandado pela região (600 miltoneladas). Exportação Entre janeiro e julho de 2023, segundo a Abiove, o esmagamento esteve 6% abaixo do mesmo período do ano passado, porém até o final de 2023 a projeção indica uma elevação de 5% no processamento de soja (Abiove).
O aumento do esmagamento no Brasil eleva a oferta do derivado, acarretando adição da capacidade de exportação e favorecendo, sob a ótica dos custos, a produção de carnes. Os problemas enfrentados pela Argentina neste ano, com o clima seco e quente resultando em uma das piores safras de soja da história do país, abriu uma janela de oportunidade de embarques do derivado do Brasil, uma vez que os argentinos são os principais exportadores mundiais de farelo e óleo de soja. Até setembro, de acordo com a Secex, o Brasil embarcou 16,9 milhões de toneladas de farelo, o que representa uma elevação de 6,3% sobre o mesmo período do ano passado.
Os principais destinos do farelo de soja do Brasil estão na Ásia e na Europa, com a Tailândia liderando entre os países, com 2,5 milhões de toneladas, seguida pela Indonésia, com 2,4 milhões de toneladas e Alemanha, com 1,3 milhão de toneladas.
O Mato Grosso é o principal exportador de farelo do Brasil, com participação de 34% do total embarcado até o momento, seguido pelo Paraná (17%), Rio Grande do Sul (16%) e Goiás, com 11%. Destaca-se também o escoamento do produto pelo porto de Santos, que possui participação de 42% nos embarques.
Atrás do porto do Sudeste, estão os portos de Paranaguá, (29%), Rio Grande (15%), Salvador (5%) e Imbituba, com participação de 3%. A expectativa é que a exportação brasileira de farelo de soja alcance 22 milhões de toneladas até o final de 2023.
Investimentos
A demanda aquecida por farelo e óleo de soja, seguindo a política nacional do biodiesel, está estimulando os investimentos em esmagadoras no Brasil. De acordo com a Abiove, em 2024, as empresas do setor investirão R$ 6 bilhões na expansão e construção de novas unidades, montante bastante superior ao previsto para esse ano, de R$ 1 bilhão.
Ainda segundo a Abiove, com os investimentos projetados para o ano que vem, a capacidade de processamento deve aumentar em cerca de 19 mil toneladas por dia, passando a 228,6 mil toneladas, o que representará um crescimento de 9% sobre a capacidade atual, de 209,6 miltoneladas.
Além da demanda por óleo de soja, a procura pelo farelo também deve crescer no ano que vem, guiada pela provável maior disponibilidade do grão e diante da perspectiva de aumento da produção e do consumo doméstico de proteína animal.
Atualmente, entre os projetos em construção e em fase inicial, são 5 plantas, localizadas nas regiões Centro-Oeste e Sul, sendo 3 no Paraná,1 em Goiás e 1 no Mato Grosso do Sul.
A partir da entrada em funcionamento das plantas previstas para o ano que vem e supondo que elas trabalhem a plena capacidade, o potencial nacional de processamento de soja passaria dos atuais 69,2 para 75,4 milhões de toneladas.
Dinâmica de oferta e demanda
Com a maior disponibilidade de soja em grãos decorrente da safra recorde em 2022/23 e o aumento da capacidade esmagadora, confirmado recentemente pela Abiove, o balanço atual de oferta e demanda indica maior produção de farelo de soja em relação a 2021/222, o que, mesmo com o aumento das exportações do derivado, contribui para uma elevação da relação estoque/uso.
Para 2023/24, o mercado projeta a continuação do crescimento da oferta no mercado doméstico, o que deixaria o balanço ainda mais folgado. Alternativamente, projetamos o balanço do farelo de soja em um cenário mais expressivo quanto ao aumento da oferta do produto, levando em conta todo o potencial de produção diante do aumento da capacidade instalada.
Assumindo um cenário otimista, onde 100% do aumento de capacidade já anunciada seja destinado ao processamento somente dos grãos de soja e mantendo os níveis atuais de ociosidade, a produção de farelo poderia crescer em 1,5 milhão de toneladas adicionalmente ao projetado para 2023/24. Isso, considerando também a manutenção dos níveis de consumo e exportação, traria a relação estoque/uso para 12,2%.
Ventos favoráveis às proteínas animais
Com o avanço da indústria esmagadora, a tendência é de que a oferta de farelo de soja permaneça alta no mercado doméstico. Mesmo que o aumento da capacidade processadora não seja totalmente convertido em mais produção de farelo, o balanço nacional tende a permanecer folgado até em casos de maior incidência de ociosidade na indústria.
Assim, certamente outras cadeias podem se beneficiar da maior oferta do derivado, como a de proteínas animais, responsável pelo consumo do produto. Como fator de atenção para esse mercado, o possível retorno da Argentina ao mercado internacional em 2023/24 trará concorrência para as exportações do produto brasileiro.
Entretanto, o potencial de absorção do mercado externo, mesmo que a Argentina retome a liderança nas exportações globais, as vendas externas brasileiras tendem a seguir firmes. Além disso, mesmo em cenário de fundamentos mais baixistas ao farelo, a expansão da indústria esmagadora pode se perpetuar em linha com o crescimento da demanda nacional para atendimento do programa de aumento de mistura do biodiesel.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.