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Safra de verão poderá ter mais um recorde, se clima não prejudicar as lavouras

A expectativa dos produtores paranaenses com as condições climáticas é grande nesta fase da safra de verão 2016/2017 que já está quase totalmente plantada

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A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná estima mais uma safra recorde de 23 milhões de toneladas de grãos no Estado, 14% maior do que a safra passada. A expectativa dos produtores paranaenses com as condições climáticas é grande nesta fase da safra de verão 2016/2017 que já está quase totalmente plantada. As três principais culturas, soja, milho e feijão apresentam bom desenvolvimento no campo, mas pontos localizados em algumas regiões já sentem a falta da chuva. Segundo o secretário Norberto Ortigara, o desempenho da safra está diretamente relacionado ao clima daqui para frente. A configuração do fenômeno La Niña com mais intensidade já é sentida em algumas regiões do Estado, em especial no Norte e Centro, onde o volume de chuvas tem sido menor. “Ainda é cedo para prognósticos menos otimistas. Contudo, os produtores precisam estar atentos às condições do clima dessa fase em diante até a colheita da safra de verão que já está iniciando com o feijão da primeira safra”, destaca.

Ele ressalta ainda que um bom planejamento de plantio escalonado, dentro das recomendações da pesquisa com zoneamento agrícola, com assistência técnica e uma boa conservação de solo nesta hora fazem a diferença, pois só assim os riscos climáticos ficam amenizados. 

O diretor do Deral (Departamento de Economia Rural), Francisco Carlos Simioni, também destaca a importância da conservação de solos, o plantio direto bem feito como formas para o produtor enfrentar os impactos dos eventos climáticos, que estão mais acentuados nos últimos anos. “ A Secretaria já vem alertando e trabalhando com programas de conservação e manejo integrado de solo e água para orientar e incentivar os agricultores paranaenses a adotar boas práticas agrícolas e minimizar perdas”. 

Soja

No último levantamento realizado neste mês de novembro junto aos 22 núcleos regionais da Secretaria, 95% da área de soja já está semeada, tendo se antecipado um pouco em relação ao ano passado. Segundo o economista Marcelo Garrido, 98% da área plantada está em boas condições de desenvolvimento. São 5,2 milhões de hectares e uma previsão de colheita de 18,3 milhões de toneladas, 11% superior aos 16,5 milhões de toneladas colhidas na safra passada. 

Garrido avalia que deverá haver uma produção mundial de soja maior este ano, mas que os preços do grão devem se manter estáveis, devido ao câmbio com tendência de valorização do dólar. “A soja está sendo comercializada a R$ 68,00/sc, o que é considerado um preço bom, mas muitos produtores ainda esperam uma reação positiva para aumentar a comercialização”. Até agora 13% dos grãos foram comercializados, enquanto que no ano passado, neste mesmo período, este índice já tinha atingido os 33%. 

Milho

A primeira safra de milho 16/17 apresentou uma recuperação de área, com um aumento de quase 18% em relação à safra anterior. Com o fechamento do levantamento de novembro, se consolida o número de 490 mil hectares, e uma produção estimada em 4,3 milhões de toneladas. Segundo o analista do Deral, Edmar Gervásio, desde 2012 não ocorria um aumento de área de milho no Paraná. 

“O desenvolvimento das lavouras é bom, porém o estresse hídrico em algumas regiões já começa a preocupar os produtores”, diz Gervásio. A previsão de uma produção mundial do grão maior do que a do ano passado também preocupa. “Na safra passada a produção chegou a 950 milhões/toneladas e este ano deve ultrapassar 1 bilhão/toneladas”, informa. A safra americana, que responde por um terço da produção mundial, vai colher quase 40 milhões de toneladas a mais. Mesmo com oferta maior, a avaliação é que os preços devem ser manter em torno de a R$ 30,00/sc. 

Em relação à segunda safra de milho para 2017 há também uma grande expectativa de crescimento de área, especialmente pela ausência da segunda safra de soja e também devido aos preços bem mais remuneradores do que em outros períodos. 

Feijão

O feijão das águas, primeira safra, está com uma área plantada de 191 mil hectares, 4% maior do que ano passado, e a produção esperada é de 352 mil toneladas, 20% maior que a safra de 2015. Da área plantada, 84% estão com boas condições de desenvolvimento, porém, o agrônomo Carlos Alberto Salvador alerta que é grande a preocupação com a falta de chuvas. “Se a falta de chuvas e prolongar, poderá prejudicar mais da metade da área que está na fase de floração e frutificação”. 

Os preços do feijão neste mês de novembro estão em torno de 193,00/sc do grão de cor, o que representa uma redução de 20% em relação ao mês passado. Segundo Salvador, o consumo de feijão é menor no verão, e os preços devem se reduzir no curto prazo. O preço do feijão preto se manteve estável em relação a outubro.

Trigo

A colheita do trigo foi praticamente encerrada, e os resultados surpreenderam positivamente com uma colheita de 3,4 milhões de toneladas de grãos de excelente qualidade. Nem mesmo as chuvas ocorridas no último período de colheita atrapalharam a produtividade ou a qualidade do grão, avalia Hugo Godinho, responsável pela cultura no Deral. 

“Em algumas regiões a produtividade chegou a 4 mil kg/ha, muito bom para uma média geral que varia de 3 a 3,1 mil kg/ha”, destaca Godinho. A diferença ainda é maior se comparada com o ano passado, quando a média produtiva foi de 2,4 mil kg/ha. “O clima cooperou durante todo o período, do plantio à colheita, e embora a área plantada fosse 19% menor do que ano passado, a produção cresceu 3%”. 

Mesmo com estes bons resultados, os produtores estão preocupados com a oferta mundial do grão que está maior e tem reflexo no preço de comercialização. Neste mês a saca está avaliada em R$ 35,00, bem abaixo dos custos de produção, o que desestimula o produtor a se manter na cultura. 

Francisco Carlos Simioni informou que os produtores aguardam com expectativa o anúncio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da política de comercialização. “O secretário Norberto Ortigara encaminhou há um mês a reivindicação dos produtores que esperam que as portarias saiam o mais rápido possível”, afirmou.

Fonte: AEN/Pr

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Proteja sua propriedade dos javalis

Icasa orienta produtores sobre os riscos deste animal

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Foto: Divulgação/MB Comunicação

Javalis são animais selvagens, capazes de percorrer grandes trajetos atrás de comida ou fêmeas para procriação. Além dos prejuízos causados pela destruição de lavouras, danos à flora e a fauna, podem transmitir doenças aos suínos e aos seres humanos. O Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), orienta os produtores de todo o estado, sobre as doenças transmissíveis aos animais, como a Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA) e Doença de Aujeszky.

A médica-veterinária e conselheira técnica do Icasa, Luciane Surdi, destaca a atuação da entidade no combate aos javalis. “Os médicos-veterinários do Icasa atuam realizando vistorias em propriedades rurais, orientando produtores, garantindo o bem estar dos animais, saúde pública e a preservação do meio ambiente e a produção animal. É orientado o produtor rural da proibição da criação desta espécie e mapeia os municípios onde há comunicação de avistamento do animal. O produtor rural também recebe apoio dos auxiliadores administrativos, em nosso escritório”, explica.

Lei

Considerando a importância da  para o Estado de Santa Catarina, sendo o maior produtor e exportador nacional de carne suína, e tendo no ano de 2022 batido o recorde nas exportações, chegando a um faturamento de US$ 1,4 bilhão com o embarque de 602,1 mil toneladas, entrou em vigor em Santa Catarina, a Lei nº 18.817, de 26 de dezembro de 2023, que autoriza o controle populacional e o manejo sustentável do javali-europeu (Sus scrofa) em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento.

O governador Jorginho Mello sancionou a Lei, proposta pelo deputado Estadual Lucas Neves. Essa legislação prevê que o controle populacional do javali-europeu poderá ser realizado por meio de caça, armadilha ou outros métodos aprovados pelo órgão ambiental competente. É imprescindível que o proprietário, arrendatário ou possuidor do imóvel conceda autorização. A Secretaria de Agricultura (SAR), junto com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Economia Verde (Semae) está elaborando a regulamentação dessa lei.

Riscos

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) lista como principais as seguintes doenças transmissíveis: brucelose, doença de Aujeszky, doença exantemática dos suínos, estomatite vesicular (EV), febre aftosa (FA), gastroenterites transmissíveis, perdas neonatais epidêmicas transientes (PNET) causadas pelo senecavírus A, leptospirose causada por Leptospira spp, raiva, encefalite pelo vírus de Nipah, Peste Suína Clássica, Peste Suína Africana, síndrome respiratória e reprodutiva dos suínos e tuberculose. Algumas dessas doenças são zoonoses, isto é, ocorrem também em seres humanos e, por este motivo, é necessário alertar a população em geral – principalmente os controladores de javalis e os produtores rurais – sobre os riscos associados ao consumo de carne dos animais abatidos e da exposição das pessoas a agentes de doenças, na manipulação das carcaças.

Se avistar javalis, comunique o fato às autoridades competentes

Secretaria Municipal de Agricultura ou Meio Ambiente;

Unidade de Conservação mais próxima;

Polícia Ambiental ou Defesa Agropecuária Estadual (Cidasc);

Órgão de extensão rural (Epagri).

É importante notificar as autoridades, principalmente, se houver prejuízos agropecuários ou mortalidade natural de javalis.

Fonte: Assessoria MB Comunicação
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Notícias No Paraná

Cooperados da Frísia devem produzir 112 mil hectares de soja na safra 2024/2025 no Paraná

Expectativa é que produtividade média no estado seja maior que na safra 2023/2024, alcançando de 68 a 70 sacas por hectare.

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Foto: Divulgação

Após uma safra afetada pela oscilação climática, como foi a de 2023/2024, os cooperados da Frísia devem ter um ano com o cenário dentro da normalidade. A expectativa é que os sojicultores produzam 112 mil hectares de soja no Paraná, com uma produtividade média por hectare que varia entre 68 e 70 sacas. O plantio foi iniciado no dia 20 de setembro nas regiões mais quentes, no entanto, a maior proporção deve ocorrer no mês de outubro nas regiões mais frias onde a cooperativa atua.

Segundo André Pavlak, coordenador de Assistência Técnica Agrícola (Astec) da Cooperativa Frísia, as perspectivas para a safra de soja deste ano são mais otimistas em comparação à anterior, com condições de plantio mais favoráveis. “Em anos com previsões climáticas como as atuais, costumamos alcançar produtividades dentro da média histórica, embora seja apenas uma estimativa. Mesmo com a instabilidade climática no ano passado, os resultados surpreenderam”, destaca Pavlak.

Na safra 23/24 foram plantados 116 mil hectares de soja, 4 mil hectares acima da atual. O motivo da queda foi que parte da área de soja migrou para feijão. Entretanto, a produtividade média da atual safra deve ser melhor, acima do ano passado, que fechou com 65 sacas.

“Estamos vivendo um conjunto de fatores que acaba definindo o desafio. Temos custos altos, sim, mas o que está mais complicado não são basicamente os altos valores dos insumos. Depois da pandemia de Covid-19, tivemos mudanças nos custos fixos do produtor, que ficaram mais altos. Tivemos um recuo de custo dos insumos, principalmente a parte de químicos e fertilizantes, mas, no contexto geral, os valores ainda não voltaram aos níveis pré-pandemia. Considerando o clima para a nossa região de atuação, esperamos que seja uma safra que permita se produzir dentro da média. Em termos agronômicos, nas regiões mais favoráveis, o produtor terá, entre outros desafios, o controle do mofo branco e ferrugem asiática”, conta Pavlak.

A tendência é que a chuva neste ano seja abaixo da média durante a semeadura, em outubro, mesmo assim espera-se que as condições sejam melhores, não tão agressivas ao ponto de gerar um replantio alto. Já para o mês de novembro, a tendência é que a chuva seja dentro da média, o que deve proporcionar uma boa população de plantas.

A colheita de soja deve começar a partir da segunda quinzena do mês de janeiro, sendo o ponto forte da colheita em março e abril. As principais regiões produtoras de cooperados da Frísia em soja são Tibagi, com 40 mil hectares, Carambeí, com 13 mil hectares, e Ponta Grossa, com 12 mil hectares.

Fonte: Assessoria Frísia
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Conexão e inovação: ABCS lidera Missão de Negócios aos EUA em busca de mais conhecimento para fortalecer a suinocultura brasileira

A comitiva visitou granjas modelo, associação de produtores e varejos de referência nos Estados Unidos.

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Foto: Divulgação/ABCS

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) organizou uma missão de negócios aos Estados Unidos para conhecer inovações e práticas de referência na cadeia produtiva da suinocultura do terceiro maior produtor de carne suína do mundo. A viagem começou em 13 de setembro, passando por diversos pólos estratégicos da produção suinícola norte-americana, oferecendo aos participantes uma visão aprofundada do setor.

Liderada por representantes da ABCS e com a participação da Agroceres Pic, uma empresa de genética parceira da ABCS e Empresa Amiga da Suinocultura, a missão incluiu a participação da presidência e diretoria da associação, além de conselheiros da ABCS. A missão de negócios representou uma oportunidade única para os produtores brasileiros conhecerem as melhores práticas e inovações do setor em um dos maiores mercados globais de carne suína. O objetivo foi conhecer o processo produtivo dos suinocultores americanos, a comunicação com o consumidor, o trabalho do varejo e também da Associação local para buscar tendências que possam ser utilizadas para inovar ainda mais a cadeia de suínos no Brasil, e continuar a missão de tornar o país um dos top 3 protagonistas mundiais do setor.

Ao longo da viagem, os participantes puderam analisar como a proteína é produzida e ofertada em um mercado altamente competitivo, além de estabelecer contatos estratégicos com organizações que lideram a cadeia produtiva.

Agenda da Missão

A missão teve início no estado de Indiana, onde os participantes conheceram a  Fair Oaks Farm, uma das maiores operações agrícolas do país, dedicada à produção sustentável e à educação sobre produção de alimentos. A fazenda funciona como um “museu vivo” da agricultura, oferecendo aos visitantes uma experiência imersiva nas práticas sustentáveis da produção de leite e carne suína. Também foi realizada uma apresentação da Belstra Milling, empresa referência na produção de rações de alta qualidade para animais, incluindo suínos.

Após a passagem por Indiana, o grupo seguiu para Chicago, Illinois, um dos principais centros financeiros dos Estados Unidos. Na cidade, os participantes conheceram redes de varejo como Whole Foods, Trader Joe’s, Walgreens, Walmart e Best Buy, para entender como a carne suína é disponibilizada e comunicada ao consumidor americano. Outro destino conhecido foi Macomb, Illinois, onde os participantes visitaram a Carthage System, uma operação que controla cerca de 180 mil matrizes, sendo uma das maiores concentrações de suínos dos Estados Unidos, visitando instalações produtivas e tecnológicas que contribuem para a economia local.

A missão também passou por Coralville e Des Moines, no estado de Iowa, para encontros com representantes do National Pork Producers Council (NPPC), uma associação de produtores americanos, que trabalha com a promoção, pesquisa e educação no setor suinícola. Lá eles entenderam como funciona o modelo de gestão utilizado para atender os produtores americanos e a arrecadação do Pork Checkoff, o “Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) americano”. Na ocasião a ABCS apresentou o trabalho feito pela associação, especialmente no incentivo ao consumo, que foi bastante elogiado.

Marcelo Lopes, presidente da ABCS, explica que durante a viagem conseguiram compreender mais sobre a produção americana, que é um grande exemplo mundial. “Observamos aspectos muito positivos, como a infraestrutura, as instalações, o escoamento da produção e a produção de grãos, mas também identificamos alguns desafios, como as dificuldades sanitárias e a estagnação do consumo. Esse intercâmbio é de extrema importância, pois queremos compartilhar esse conhecimento com as demais lideranças da suinocultura, permitindo que todos conheçam a realidade de outros países. Também tivemos a oportunidade de conhecer a Associação Americana, que reforçou que estamos no caminho certo, mas que precisamos intensificar nossa arrecadação. Vimos uma suinocultura de nível mundial e levaremos conosco informações valiosas para todo o Sistema ABCS. Estamos voltando com dados cruciais para dar continuidade ao excelente trabalho que tem sido realizado,” conta.

E para Alexandre Rosa, Diretor Presidente da Agroceres PIC, a viagem foi extremamente produtiva. “Iniciamos nossa jornada visitando a Fair Oaks, um projeto incrível que traz transparência e visibilidade para a produção de suínos perante a sociedade. Achei sensacional, pois desmistifica a produção e nos mostra que a suinocultura, em escala mundial, é conduzida com grande cuidado e responsabilidade no trato com os animais. Observamos também alguns desafios sanitários que, felizmente, não enfrentamos no Brasil. Ainda assim, eles mantêm índices de produtividade muito interessantes, o que é admirável. Finalizamos a visita na NPPC, e foi extremamente positivo. Percebemos que os desafios enfrentados por eles são muito semelhantes aos nossos, assim como as oportunidades. O modelo de arrecadação deles, composto por uma parte compulsória e outra voluntária, resulta em uma receita significativamente maior. Isso nos faz refletir sobre como, no Brasil, conseguimos fazer muito com menos recursos. Contudo, fica a mensagem de que seria muito interessante se mais empresas se juntassem ao FNDS, pois todo o investimento realizado retorna com muito sucesso”, conclui.

Fonte: Assessoria ABCS
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IFC

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