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Safra de verão deve alcançar 24,7 milhões de toneladas no Paraná
Com as novas estimativas, a soja deve ganhar 1,3% de área plantada na atual safra, comparativamente com a anterior.

O relatório de safra do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), fechou janeiro com estimativa de redução de cerca de 3% no verão 2022/23, relativamente ao mês anterior. A queda deve-se, sobretudo, às condições climáticas não favoráveis no período de plantio ou desenvolvimento. Em dezembro, era prevista safra de 25,5 milhões de toneladas. Agora, 24,7 milhões. Mesmo assim, continua superior aos dois últimos ciclos e, dependendo do próprio comportamento do clima, pode ser uma das maiores da história.
A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), apresentada nesta semana, pelos técnicos do órgão, aponta, no entanto, um leve aumento na área plantada, saindo de 6.233 mil hectares para 6.268 mil hectares, refletido basicamente pelos dois principais produtos. Enquanto o milho foi de 383,9 mil hectares para 386,7 mil, a soja subiu de 5 milhões e 717 mil hectares hectares para 5.743.000.
“O desenvolvimento da safra de verão no Paraná está dentro do previsto. Apesar dessa queda em relação à projeção de dezembro, o que é explicado pelas condições de clima que oscilaram bastante desde o início do plantio, a expectativa é de uma grande safra paranaense”, afirmou o chefe do Deral, Marcelo Garrido. “A aposta que os técnicos do Deral e os produtores fazem agora é pela continuidade das condições propícias para que o desenvolvimento das plantas não sofra nenhuma intercorrência”.
Soja
Com as novas estimativas, a soja deve ganhar 1,3% de área plantada na atual safra, comparativamente com a anterior. Em relação à previsão inicial de produção, que era de 21,5 milhões de toneladas, a redução verificada agora é de 3,7%, ficando em 20,7 milhões de toneladas, o que equivale à perda de 800 mil toneladas.
“Mesmo com a redução da produção, especificamente nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado, a safra, pela leitura do momento, é ótima”, disse o analista do segmento no Deral, Edmar Gervásio. “Se o clima for favorável, poderemos ter produção entre as maiores da história”.
Em algumas regiões, a colheita já iniciou, mas de forma lenta, com perspectivas de aumento a partir da primeira semana de fevereiro.
Milho
Para a primeira safra de milho, a expectativa é de produção de 3,7 milhões de toneladas. O volume é 2,3% menor que a previsão inicial, de 3,8 milhões de toneladas. “A redução é em decorrência dos impactos climáticos no decorrer do ciclo da cultura, particularmente nas regiões Oeste, Sudoeste e Noroeste”, salientou Gervásio. “Mas, no geral, será uma boa primeira safra”. A colheita avança lentamente.
Para a segunda safra, o plantio segue a mesma lentidão, aguardando melhor ritmo na colheita da soja, pois ocupará parte desse espaço. A estimativa atual é que sejam plantados 2,6 milhões de hectares e que os produtores possam retirar 15,4 milhões de toneladas de milho. Dessa forma, a soma das duas safras deve ultrapassar 18 milhões de toneladas. “Será excelente”, opinou Gervásio.
Trigo
Em relação ao trigo da safra 2021/22, não há alteração no prognóstico de 3,37 milhões de toneladas. “Deve atender relativamente bem a nossa indústria”, prevê o agrônomo Carlos Hugo Godinho. Mas o Paraná e o Brasil ainda deverão importar. No caso do Paraná, parte virá do Rio Grande do Sul, que tem previsão de safra grande. O parceiro usual do Estado e do Brasil era a Argentina, que sofre com estiagem. No ano passado, a produção foi de 22 milhões de toneladas. Para o atual ciclo, a estimativa é de ficar entre 12 e 14 milhões. A perda é equivalente à produção brasileira.
“Com isso, os preços talvez se elevem no primeiro trimestre do ano e podem até estimular aumento no plantio da próxima safra”, estimou Godinho. Associado a isso, o atraso no plantio e colheita da soja, sobretudo no Sudoeste, pode levar à redução da área do milho segunda safra e o espaço ser ocupado por trigo. Ainda em relação ao preço, estima-se um aumento em razão de o Brasil precisar trazer de parceiros mais distantes que a Argentina, como os Estados Unidos. “Dificilmente haverá período de baixa nos preços da farinha e, consequentemente, do pão”, disse o agrônomo.
Olericultura
A batata, cultura que o Paraná tem expressão nacional com 20% da produção, tem a primeira safra toda plantada e 80% já colhida, restando 99,5 mil toneladas ainda a colher no campo. A produção estimada é de 467,9 toneladas, ou 5% acima do ano passado. “Com o movimento do clima em 2022, quando tudo atrasou, a batata também teve seu ciclo alterado de 15 a 20 dias”, disse o agrônomo Paulo Andrade. O cultivo da segunda safra deve se equiparar ao período anterior, rendendo 310,8 mil toneladas.
A cebola foi o produto que mais aumentou de preço no ano passado, enquanto em 2021, no mercado nacional, ela tinha caído 49% nas roças. Com uma forte redução das áreas de cultivo, em 2022, o valor explodiu e, de janeiro a dezembro, chegou a subir 103%, nas Ceasas/PR. O tomate aumentou 44% e a batata, 35%. Segundo levantamento de Andrade, no preço fechado de dezembro para o preço de agora, a cebola já baixou 37% e o tomate 6%, enquanto a batata apresentou ligeiro aumento de 14%.
“Pesquisadores nacionais apontam que a tendência para este ano é que a área de hortaliças tende a crescer e espera-se arrefecimento nos preços de fertilizantes, que vai diminuir teoricamente o custo de produção, o que possibilita ofertar ao consumidor final um produto com preço mais adequado”, destacou o agrônomo. A área de cebola teve redução de 17% nesta safra, e a produção caiu 9%, resultando em 107,1 mil toneladas. O Paraná responde por aproximadamente 7% da produção nacional.
A intenção de semeadura do tomate segunda safra, que acontece entre janeiro e julho, é de 1,6 mil hectares, o que representa 7% a mais que no ano passado, com a produção se elevando em 9% e resultando em 99,9 mil toneladas. Da segunda safra, plantada normalmente entre agosto e novembro, a colheita já atingiu 58%. No entanto, o plantio atrasou e ainda faltam 2% da área a serem semeadas, consequência das condições climáticas desfavoráveis.
Feijão
Diferentemente de outros anos, as condições climáticas estão favorecendo a cultura do feijão. A fase predominante é a colheita, que já atingiu cerca de 52% dos 116 mil hectares cultivados na primeira safra de 2022/23. “Esse trabalho de colheita está atrasado, se comparado com safras anteriores, quando somava cerca de 80% nessa época, porém a principal causa reside no período de plantio que foi realizado mais tarde, em função de excesso de chuvas no início”, disse o economista Methodio Groxko, analista da cultura no Deral.
A primeira safra tem previsão de 115,9 mil hectares, redução de 17% em relação ao ano passado. “Sistematicamente, o feijão vem reduzindo a área no primeiro plantio desde 2013, jogando toda essa área para a soja”, disse o economista. A produção deve atingir 195,8 mil toneladas, o que representa queda de 18% em relação às 238 mil toneladas projetadas inicialmente. “Este ano choveu demais no plantio, as lavouras não tiveram desenvolvimento normal, principalmente em razão também de temperaturas baixas”, explicou Groxko.
Em razão disso, muitos produtores passaram as máquinas sobre essas áreas, que estavam precárias, e optaram pela substituição por soja. Segundo o economista, no momento do plantio, os preços também não estavam atrativos para o feijão. “E contribui também o fato de o risco em relação ao feijão ser sempre maior que em relação à soja”, afirmou. “Essas três causas justificam a redução em área, mas a produção deve ficar igual à do ano passado e é feijão de excelente qualidade”, acentuou. A primeira safra deve somar 195,8 mil toneladas.
Café
A safra de café de 2022 rendeu ao Estado em torno de 500 mil sacas, ou aproximadamente 29 mil toneladas. “A comercialização ainda está lenta, porque o produtor espera que o preço reaja um pouco, pois caiu na virada do ano, embora seja normal para a época”, pondera o economista Paulo Sérgio Franzini. Para a safra 2023, a previsão está em torno de 700 mil sacas,
“É um aumento de cerca de 40%, que já era esperado, com recuperação das lavouras afetadas por conta das geadas e da seca. Não recupera 100% do potencial, mas já dá uma boa elevada na produção”, afirma Franzini. Segundo ele, a área cultivada mostra estabilidade, com lavouras mais antigas sendo substituídas pelas que estão sendo implantadas ou renovadas no Estado.
O clima está bom para o desenvolvimento, apesar das floradas desiguais, que se estenderam de agosto a janeiro, quando o normal seria entre setembro e novembro. “Na hora da colheita terá na mesma planta café maduro, café granado, café começando a desenvolver, e isso não é bom para a colheita”, completa. A colheita deve começar em março para os que floresceram antes, mas a maior parte será tirada em junho, estendendo-se até setembro.

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Milho catarinense tenta romper ciclo de preços baixos
Mercado segue travado e produtor aguarda definição do cenário global para retomar confiança.

O milho ainda busca um caminho de recuperação em Santa Catarina após meses de preços deprimidos. Segundo o Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa, o valor pago ao produtor atingiu o maior patamar do ano em março, mas recuou de forma intensa até julho, pressionado pelo excedente global. Desde setembro, há um movimento tímido de melhora – insuficiente, porém, para mudar o quadro de instabilidade.

De acordo com o engenheiro agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, o cenário internacional segue como principal fator de influência. “A safra recorde no Brasil e nos Estados Unidos, somada às boas produções da Argentina e da China, pressionou as cotações no mercado internacional, que impactam diretamente os preços no Brasil”, ressalta.

Foto: Gilson Abreu
Ele destaca que, no início de novembro, houve um indicativo de alta, mas com pouca sustentação. “O preço ainda se mantém com pouca variação até o dia 10”, explica o técnico.
Mercado à espera do USDA
A ausência dos relatórios do USDA desde setembro, consequência do government shutdown nos Estados Unidos, intensifica a incerteza no mercado. Segundo Haroldo, essa lacuna impede que compradores e vendedores ajustem expectativas. “O mercado aguarda o quadro de oferta e demanda global”, diz.
A estimativa é de que o próximo relatório traga revisão negativa na produtividade norte-americana. “Essa correção pode impulsionar as cotações em Chicago até o fim do ano, com reflexo no mercado interno”, afirma o agrônomo.
Variação de preços negativa
Entre setembro e outubro, a variação foi de -0,18%. No acumulado dos últimos 12 meses (outubro de 2024 a setembro de 2025), a queda chega a -2,0%. No mesmo período do ano passado, os preços haviam subido. Em 2025, estão estabilizados, mas em patamar baixo.

Foto: Gilson Abreu
Mercado interno opera travado
O boletim aponta retração de oferta por parte dos produtores, que priorizam a safra de verão, enquanto compradores operam com estoques elevados. A lentidão nos negócios reduz liquidez e segura qualquer reação.
Segundo Haroldo, alguns fatores domésticos ajudam a equilibrar o quadro. “O aumento das exportações e a demanda interna, especialmente para etanol e frango, podem levar à recuperação dos preços”, pontua.
Dólar e CBOT limitam ganhos
O Brasil acumula 24,9 milhões de toneladas exportadas na temporada. A forte queda da oferta da Ucrânia (-58%) abre espaço adicional ao milho brasileiro. Mas o dólar em queda de 1,5% na semana e a pressão da Bolsa de Chicago reduzem o potencial de alta.
Nos Estados Unidos, a demanda de exportação está menor, com impacto das isenções regulatórias do EPA para o biodiesel.
Oferta global pesa no mercado
A semeadura da safra de verão no Brasil avança 42,8%, enquanto a safrinha está 61,3% comercializada. O país deve colher 143 milhões de

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR
toneladas. Argentina segue com 36% da área plantada, e os Estados Unidos têm clima favorável, com secas apenas localizadas.
Eventos climáticos pontuais, como perdas no Paraná, não alteram o balanço global.
Apesar de aberturas positivas pontuais na B3 e na Bolsa de Chicago, indicadores técnicos apontam continuidade da pressão: estocástico baixo, momentum negativo e rompimento de suportes.
Perspectivas
Para Haroldo, o comportamento dos preços nos próximos meses dependerá principalmente do cenário externo. “O mercado só deve sentir uma mudança mais clara quando houver nova leitura da oferta global”, salienta.
Até lá, a combinação de estoques elevados, liquidez reduzida e excesso de milho no mundo mantém o produtor catarinense em compasso de espera.

Foto: Gilson Abreu
Safra de milho 2025/26
Os primeiros levantamentos da Epagri/Cepa apontam que a safra 2025/26 começa com um cenário de recuperação da área plantada de milho no estado. O bom desempenho registrado em 2024/25, especialmente em termos de produtividade, animou os produtores a ampliar novamente o cultivo após vários anos de retração.
O plantio teve início ainda em agosto, seguindo o zoneamento agroclimático. Para o milho-grão, a estimativa preliminar indica elevação de 1,55% na área cultivada, chegando a 259,7 mil hectares, ante 255,7 mil hectares da temporada anterior. Já o milho destinado à silagem também apresenta crescimento, estimado em 1,3%.
Embora haja expansão, parte da área de milho no Sul do estado deu lugar ao avanço do tabaco, movimento que pode influenciar ajustes nos próximos boletins mensais.
Desempenho comparativo da safra 2024/25 (já consolidada)
Segundo dados oficiais da Epagri/Cepa, o balanço da última safra revela movimentos contrastantes no cultivo de milho em Santa Catarina. A área plantada registrou leve expansão, passando de 255,7 mil hectares em 2024/25 para 259,7 mil hectares em 2025/26, um aumento de 1,55%.
Em sentido oposto, a produtividade sofreu redução importante: caiu de 9.852 kg/ha para 8.742 kg/ha, queda de 11,26%. Com menor

Foto: Divulgação/Freepik
rendimento por hectare, a produção total também recuou, saindo de 2,52 milhões de toneladas para 2,27 milhões de toneladas, o que representa 9,89% a menos.
Mesmo com o desempenho mais fraco no campo, o comportamento do mercado e os resultados positivos observados em anos anteriores motivaram os produtores a recuperar parte da área de cultivo perdida ao longo das últimas safras, sinalizando confiança na retomada do setor.
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Preço do trigo cai ao menor nível do ano em Santa Catarina e safra encolhe quase 15%
Oferta elevada, dólar firme e safra mundial recorde derrubam cotações e levam produtor a cortar área plantada em 2025/26.

O trigo voltou a perder força em Santa Catarina em outubro. O preço pago ao produtor caiu 12,1% no mês e fechou em R$ 63,71 por saca de 60 quilos, segundo o Boletim Agropecuário de Santa Catarina. Na comparação com outubro de 2024, a queda também é de 12%. A desvalorização acompanha o movimento nacional e reflete um mercado pressionado pela oferta elevada, chegada de trigo importado, estoques de passagem altos, câmbio na casa dos R$ 5,33 e expectativa de safra mundial recorde.

A conjuntura tem levado produtores a contabilizar perdas. O boletim aponta que, mesmo corrigidos pelo IGP-DI, os preços seguem em trajetória de baixa nos primeiros dias de novembro, sem sinais de recuperação no curto prazo.

A estimativa é que apenas no segundo semestre de 2026, com a redução dos estoques globais e nacionais, as cotações possam reagir.
Área encolhe
De acordo com o engenheiro agrônomo da Epagri/Cepa, João Rogério Alves, a pressão sobre o mercado já se reflete nas decisões de plantio. Para a safra 2025/26, Santa Catarina deve reduzir em 14,8% a área cultivada, para 104,9 mil hectares. “A produção prevista é de 374,7 mil toneladas, queda de 13,3% em relação à safra anterior, apesar de um leve aumento de 1,7% na produtividade média, estimada em 3.573 kg/ha”, aponta.

Mesmo diante da retração no plantio, Alves destaca que o desempenho das lavouras é considerado positivo: 87% estão em boas condições e 12% em situação média. Metade da área está em maturação, 25% em floração e 25% em fase vegetativa. “Com o início da colheita em outubro, novas avaliações de campo indicaram melhora nos indicadores de rendimento e qualidade”, afirma.

Foto: Airton Pasinatto
De acordo com o engenheiro agrônomo, as condições climáticas, porém, variam entre as microrregiões. No Sul do estado, a combinação de chuvas intensas e posterior chegada de uma frente fria alterou o ritmo das lavouras, mas sem danos relevantes. No Planalto Sul, o desenvolvimento é considerado bom. Já em Curitibanos, a alternância entre calor, umidade e noites frias ampliou a incidência de doenças como giberela, elevando os custos com defensivos.
No Planalto Norte, a preocupação também é com doenças fúngicas, favorecidas pela umidade constante. No Oeste, especialmente nas regiões de Chapecó, Xanxerê e São Miguel do Oeste, o excesso de chuvas atrasa a colheita e compromete a qualidade dos grãos. Produtividades relatadas variam de 57 a 82 sacas por hectare, com PH entre 75 e 80.
Queda é nacional e deve continuar
Contudo, Alves explica que o movimento de baixa não é exclusivo de Santa Catarina. “Em outubro, o Rio Grande do Sul registrou queda de 9,8% e o Paraná, de 9,5% no mercado balcão. No país, as estimativas da Conab apontam redução de 19,9% na área plantada em 2025/26, somando 2,45 milhões de hectares. A produtividade, entretanto, deve subir 21,8% com apoio do clima, alcançando 3.142 kg/ha. Apesar disso, a produção nacional deve recuar 2,4%, para 7,7 milhões de toneladas”, ressalta.
A colheita avança com ritmos distintos: no Paraná, as chuvas de fim de outubro atrasaram a finalização dos trabalhos, que estão perto de

Foto: Gilson Abreu
85%. No Rio Grande do Sul, o atraso é consequência do plantio mais tardio e de temperaturas baixas ao longo do ciclo.
Com disponibilidade elevada de trigo no mercado justamente no pico da colheita nacional, a pressão sobre os preços tende a continuar. E, mesmo com lavouras em bom estado em Santa Catarina, o cenário de rentabilidade fraca desafia o produtor, que colhe uma safra tecnicamente bem estruturada, mas economicamente desfavorável.
Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.



