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Safra de grãos paranaense será 23% maior que a anterior

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Agricultores paranaenses esperam colher 38 milhões de toneladas de grãos, somadas as três safras: de verão, outono/inverno e de inverno. Esta última representa acréscimo de 23% sobre a anterior. A informação é da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou nesta segunda-feira (03) a pesquisa da produção agrícola realizada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) referente a maio. 
A Secretaria explica que o resultado poderia ser maior, pois a produção agrícola paranaense sofreu com variações do clima, falta de chuvas em regiões localizadas e excesso em outras, que afetaram as produções de milho e feijão da segunda safra. 
Lidera o ranking da produção paranaense, o cultivo de soja que, na safra 2012/13, está rendendo volume recorde de 15,7 milhões de toneladas, aumento de 45% sobre a produção da safra passada, quando foram colhidas 10,82 milhões de toneladas do grão no Estado. Desse total, estima-se que dois terços da produção já estão vendidos e o restante é comercializado em ritmo lento. “É uma forma de reserva de capitalização pelo produtor”, observou o chefe de conjuntura do Deral, Marcelo Garrido. 
O desempenho, considerado excelente, com a produção de soja, foi alavancado pela combinação de área recorde de plantio, clima favorável e preços atraentes no mercado internacional que induziram o produtor a ampliar a área ocupada com a cultura. Segundo levantamento do Deral, dos 5,8 milhões de hectares ocupados com o plantio de grãos de verão, as lavouras de soja ocuparam 4,7 milhões de hectares, correspondendo a 81% da área total de plantio do Estado durante a safra de verão. 
Depois da soja, 15% da área plantada no Estado, durante o verão, foi ocupada pelas lavouras de milho, restando em torno de 4% da área total para outros produtos como algodão, arroz sequeiro e irrigado e feijão. 
CULTURAS
O milho da segunda safra, que está em campo, tem expectativa de produção de 10,84 milhões de toneladas, também recorde para esse período do ano, o que representa acréscimo de 9% em relação à safra passada. A previsão anterior apontava colheita de 11,38 milhões de toneladas de milho safrinha, mas foi reduzida em 702 mil toneladas, em decorrência da estiagem em abril e maio, principalmente na região Norte Pioneiro, que ficou cerca de 40 dias sem chuvas. “Os preços do milho estão em torno de R$ 19,12 (preço médio recebido pelos produtores no Paraná em maio/13) a saca/60kg, refletindo a boa produção do grão nesse período do ano, que já está maior do que no período de plantio convencional durante o verão”, explicou a engenheira agronôma do Deral, Juliana Tieme Yagush. 
O feijão da segunda safra também sofreu com a falta de chuvas, mas na região Sudoeste. Por ser uma cultura bastante sensível, o desempenho da lavoura também foi prejudicado pelo excesso de chuvas da semana passada. Em decorrência dessa situação, há quebra de 10% da produção. “Mesmo assim, estão sendo colhidas 421.515 toneladas do grão, volume 22% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram colhidas 344.979 toneladas de feijão na segunda safra”, informou o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador. 
O trigo está com metade da área estimada já plantada e a maioria com bom desenvolvimento. Este ano, a área ocupada cresceu 15%, passando de 782.308 hectares plantados no ano passado para 896.867 hectares, cujo plantio deve ser concluído em todo o Estado até o mês que vem. Os produtores estão animados com a possibilidade de manutenção dos preços firmes para o trigo, também no momento da comercialização. 
CONCENTRAÇÃO 
O diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, alerta que trabalhar com a produção de apenas uma cultura, eleva o grau de dependência de fatores, como clima, comercialização (nos mercados interno e externo) e de estrutura de logística, desde dentro da porteira até o porto (armazéns, rodovias, ferrovias e porto). 
Simioni explica que se o produtor paranaense continuar a arriscar todas suas possibilidades apenas numa mesma cultura, como vem acontecendo com a soja nas últimas três safras, quando as cotações do grão foram as melhores dos últimos anos, poderá ficar muito vulnerável. “Isso deverá interferir no nível de renda do produtor e até na economia agrícola do Estado, considerando a importância do agronegócio no PIB estadual, em especial no que se refere à produção de grãos”, destacou. 
Para a safra de soja 2012/2013 o risco é baixo, porque a maior parte da produção está praticamente vendida. “Para as próximas safras, o produtor deve observar bem o mercado e avaliar o desempenho da produção de soja dos Estados Unidos e da América do Sul, antes de tomar sua decisão”, alertou. Ele orienta o produtor para o plantio da safra 2013/14 não arriscar todas suas possibilidades numa mesma cultura, mas optar pela diversificação de culturas para escapar de possíveis riscos de clima ou de mercado. 
O diretor do Deral avaliou que o produtor está otimista com o plantio de soja, mas alerta que os preços do grão podem não se sustentar se a safra das outras regiões produtoras no mundo forem boas. “Antes de se decidir pelo plantio da nova safra, é necessário pensar em reduzir o risco de perdas abruptas, com as ferramentas que possui a sua disposição, sejam contra as variações do clima, fazendo um bom seguro da produção (seguro rural, Proagro etc.), e de mercado, comercializando parte da produção antecipadamente, ou fazendo operações de bolsa (hedge), diversificar a produção de acordo com as recomendações da pesquisa e ter um bom acompanhamento técnico”, recomendou.

Fonte: AEN

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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Chuva eleva pressão de parasitas e exige reforço sanitário na pecuária

Alta umidade favorece verminoses e doenças como clostridioses e tristeza parasitária, aumentando riscos produtivos e a necessidade de vacinação e controle estratégico.

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Fotos: Shutterstock

O período das chuvas, que normalmente se estende do fim da primavera ao início do outono, representa uma fase de alta umidade e temperaturas elevadas nas principais regiões pecuárias do Brasil. Essas condições, embora benéficas para o crescimento das pastagens, favorecem a multiplicação de parasitas gastrointestinais e vetores de doenças, tornando indispensável a intensificação dos cuidados com vacinação e vermifugação do gado.

De acordo com Rodrigo Costa, que atua na área nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, essa combinação de fatores pode gerar prejuízos significativos. “A umidade favorece a sobrevivência de ovos e larvas de vermes no pasto, além de criar condições ideais para a disseminação de agentes infecciosos, como bactérias e vírus. Estes fatores elevam o risco de contaminações e comprometem o desempenho produtivo dos animais. Se não houver um bom controle sanitário, o produtor pode enfrentar queda na produção de leite e carne e aumento dos custos com tratamentos corretivos”, alerta.

Entre as doenças com maior incidência nessa época do ano estão as clostridioses, como o carbúnculo sintomático (manqueira) e as enterotoxemias, que tendem a se agravar com a ingestão de pastagens muito ricas, favoráveis ao desenvolvimento das bactérias clostridiais e à produção de toxinas.

Também merecem atenção a leptospirose, que se espalha em áreas úmidas através da urina de roedores e afeta a reprodução do rebanho, e as hemoparasitoses, como a anaplasmose (tristeza parasitária bovina) e a babesiose, transmitidas por carrapatos. Além delas, há o risco de verminoses gastrointestinais (principalmente Haemonchus contortus e Trichostrongylus spp.), que causam anemia, diarreia e perda de peso, e o aumento de moscas como a mosca-dos-chifres.

Segundo Costa, o calendário de vacinação é uma das principais ferramentas para preservar a saúde do rebanho e evitar prejuízos econômicos. “Manter o protocolo vacinal em dia é essencial para prevenir surtos de doenças que podem comprometer a rentabilidade da fazenda. Em regiões onde a vacinação é obrigatória, como no caso da febre aftosa, o não cumprimento pode gerar penalidades legais e restrições comerciais”, menciona.

O profissional reforça ainda que o controle parasitário deve ser feito conforme o perfil do rebanho e o histórico da propriedade. Bezerros e animais jovens, por exemplo, são mais vulneráveis e devem ser vermifugados a cada 60 a 90 dias. Já os adultos podem ter intervalos maiores, desde que o nível de infestação esteja sob controle. “O ideal é realizar exames de fezes (OPG – ovos por grama) para identificar o grau de contaminação e definir o vermífugo mais indicado. Também é importante alternar os princípios ativos, evitando o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos medicamentos”, orienta.

Entre os sinais de alerta para possíveis infestações estão diarreia crônica, emagrecimento, mucosas pálidas e pelos arrepiados. Em casos de falhas na imunização, podem surgir doenças em animais já vacinados, situação que pode indicar uso de vacinas malconservadas, vencidas ou aplicadas de forma incorreta. “Ao identificar qualquer anormalidade, o produtor deve buscar o suporte de um veterinário ou técnico para confirmar o diagnóstico por exame clínico e laboratorial, além de revisar os protocolos de vacinação e vermifugação”, ressalta Costa.

A escolha e aplicação corretas dos produtos também são determinantes para a eficácia dos tratamentos. É fundamental optar por vacinas e vermífugos registrados no Ministério da Agricultura, observar o armazenamento adequado (geralmente entre 2 e 8°C) e garantir que a aplicação seja feita com equipamentos limpos e calibrados. “Esses cuidados simples fazem toda a diferença. Aplicações malfeitas ou produtos malconservados podem comprometer a imunidade do rebanho e gerar desperdícios”, salienta.

Costa ainda destaca o papel da assistência técnica no planejamento sanitário das propriedades. “O apoio de profissionais capacitados ajuda o produtor a montar um cronograma eficiente de vacinação e controle parasitário, de acordo com a realidade de cada fazenda. Além disso, o acompanhamento especializado permite avaliar continuamente os resultados, ajustar as estratégias e auxiliar na seleção de produtos de melhor custo-efetividade para garantir a saúde e a produtividade do rebanho”, evidencia.

Fonte: Assessoria Axia Agro
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