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Safra de grãos deve ser recorde no Paraná no próximo ano

Produção de grãos no Estado pode chegar a 23 milhões de toneladas, de acordo com o Deral

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A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento divulgou nesta quinta-feira (01) a primeira estimativa para a safra paranaense de grãos de verão 2016-2017, que começa a ser plantada neste mês de setembro. A pesquisa realizada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) indica que a produção paranaense de grãos de verão poderá alcançar 23 milhões de toneladas, dependendo da normalidade do clima entre a primavera deste ano, com a semeadura das lavouras de arroz, soja, feijão e milho da primeira safra, e o verão de 2017, quando o ciclo se completa com os trabalhos de colheita. 

Caso esse volume de produção seja confirmado, ele será 14% superior ao obtido na safra de verão 2015-2016 quando foram colhidas 20,2 milhões de toneladas. O volume estimado de aproximadamente 2,8 milhões de toneladas a mais, está baseado na expectativa de aumento da produtividade, que pode ocorrer se não houver fenômenos climáticos severos, como ocorreu na safra 15/16, com excesso de chuvas na primavera e no verão devido o fenômeno El Niño que prejudicou fortemente as culturas de feijão, milho e soja. 

O Paraná planta três safras por ano – a primeira na primavera (grãos de verão), a segunda no final do verão e início do outono (feijão e milho segunda safra) e a terceira no inverno (trigo, cevada e demais cereais).

Para o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a expectativa é boa e a nova safra deverá ser plantada sob a influência do fenômeno La Niña. “Em função disso, esperamos que o clima seja mais regular durante o ciclo plantio, desenvolvimento e maturação das culturas”, analisa.

O secretário acrescenta que as mudanças políticas e econômicas, a expectativa de retomada do crescimento do País e a demanda em crescimento, embora num ritmo menos acentuado, são fatores que motivam e impulsionam a setor produtivo a continuar investindo em tecnologia e qualidade.

Para o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, os sucessivos eventos climáticos ocorridos entre a primavera de 2015 e o inverno de 2016, que está chegando ao fim – como excesso de chuvas, seca e frio intenso – foram os principais desafios dos produtores paranaenses na safra 2015-2016. “Por outro lado, há que se ressaltar, ainda, que com uma produtividade menor, as margens de rentabilidade se estreitaram com a queda de preços das commodities. Essa conjunção de fatores foi amenizada pela venda antecipada da safra desde o final de 2015 e o câmbio favorável entre dezembro/2015 até maio/2016”, avalia. 

De acordo com ele, agora as atenções se voltam para o clima aqui no Paraná e no Brasil e para o desempenho da safra norte-americana, que até aqui está indo bem. “Isso poderá influenciar no ritmo de comercialização e do processo de vendas antecipadas das principais commodities, como milho e soja, que estamos iniciando” acrescentou Simioni. 

Área

A área a total a ser cultivada no Estado é muito semelhante a da temporada passada, já que o Paraná está com sua fronteira agrícola esgotada. Assim, estima-se que serão semeados 5,9 milhões de hectares – cerca de 1% a mais do que na safra anterior.

Simione explica que verifica-se uma redução tímida da área de soja, que perde espaço para o milho em detrimento da vantagem comparativa de preços atraentes neste momento aos produtores. As demais culturas, como arroz irrigado e feijão primeira safra, também terão pequenos aumentos de área plantada.

O diretor do Deral avalia que com um sistema de produção desenvolvido com alta tecnologia, os produtores paranaenses buscam maior eficiência e mais qualidade, considerando a concorrência crescente entre os principais países produtores mundiais de grãos. “Ressalta-se ainda que a demanda mundial por grãos está aquecida, com tendência de preços em declínio, devido à concentração de compra concentrada pelos países asiáticos, com destaque a China”, disse. 

Assim, acrescenta Simioni, a profissionalização dos produtores paranaenses se reflete na produção de grãos, os nivelando aos europeus e norte-americanos. A eficiência é ponto determinante para amenizar os desafios do clima, com o uso correto de agrotóxicos, o plantio escalonado e rigorosamente dentro do zoneamento agrícola de risco climático.

Soja

Este é o primeiro ano em que há inversão do plantio de soja, que nos últimos 15 a 20 anos vinha ganhando área. Nos últimos cinco, seis anos, praticamente todas as culturas plantadas no Estado perderam área para a soja, o que fez com que a cultura incorporasse grandes áreas, que resultaram em sucessivos recordes de produção.

Apesar dessa inversão, em cenário de clima normal, a previsão do Deral ainda é de safra recorde, podendo atingir um volume de 18,2 milhões de toneladas, informou o economista Marcelo Garrido, chefe da Conjuntura Agropecuária do Deral. A área plantada deverá atingir 5,23 milhões de hectares, cerca de 50 mil hectares a menos que a área plantada no mesmo período do ano passado, que foi de 5,28 milhões de hectares.

Garrido explica que o principal fator de sustentação da cultura da soja ainda é o preço, que tem oferecido boa rentabilidade ao produtor. Este ano, o produtor recebeu cerca de 16% a mais na saca de soja vendida, que representou um ganho adicional de R$ 10,00 em cada saca de soja comercializada.

Segundo o Deral, o grão, que foi vendido em média por R$ 61,00 a saca com 60 quilos durante 2015, este ano foi comercializado por R$ 71,00 a saca.

O Paraná perdeu cerca de 1,8 milhão de tonelada de soja em relação à previsão inicial na safra 2015/16, devido ao clima, mas os preços se sustentaram em função da valorização do dólar frente ao real, que elevou os ganhos do produtor. Garrido chama a atenção do produtor que estão se formando muitas variáveis de preços – como cenário externo de produção e câmbio não tão elevado – que podem frustrar as expectativas de bons ganhos, como aconteceu na safra passada.

Milho 

O milho é o grão que mais ganha área plantada na safra 2016/17. A cultura avança 17%, passando de 413.775 hectares na safra passada para 484.940 hectares na safra 16/17, o que representa uma recuperação na área plantada de 71 mil hectares. Já a expectativa de produção avança ainda mais, em torno de 28% devido à rentabilidade do grão, que representa o dobro da rentabilidade da soja.

A produção esperada com o plantio de milho é de 4,24 milhões de toneladas, quase um milhão de toneladas a mais sobre a safra anterior, que rendeu 3,3 milhões de toneladas durante a primeira safra, informa Edmar Gervásio, técnico do Deral.

Segundo Gervásio, a expansão no plantio de milho está sendo impulsionada pela valorização do grão, que aumentou 68% no último ano. As cotações médias recebidas pelo produtor avançaram de R$ 21,00 a saca, em agosto de 2015, para R$ 35,00 a saca em agosto deste ano.

Este é o primeiro ano que o milho ganha em área plantada. A cultura vinha perdendo espaço para a soja nos últimos anos, movimento que se acentuou a partir de 2012. Só na última safra, o milho perdeu 24% de área, o que representou 129 mil hectares que deixaram de ser plantados ou quase um quinto da área, compara o técnico. O milho da primeira safra já chegou a ocupar área de 1,45 milhão de hectares plantados no início dos anos 2000.

Como ocorreu quebra na safra passada de milho, há escassez de produção e a expectativa é que os preços do grão se mantenham acima de R$ 30,00 a saca no mercado, o que está levando os produtores a plantarem o grão em detrimento da soja.

Feijão 

Pelos mesmos motivos do milho, o feijão da primeira safra no Paraná também ganha em área plantada. Este ano, o Deral prevê uma área plantada de 196.927 hectares na primeira safra, cerca de 7% a mais que em igual período do ano passado quando foram plantados 184.884 hectares.

Com isso, a previsão de produção também se eleva. Em condições normais de clima, o Paraná poderá colher 368.209 toneladas de feijão, cerca de 26% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram colhidas 291.914 toneladas de feijão.

Nesta primeira safra, concentra-se o plantio de feijão preto na região Centro-Sul do Estado, que representa 81% da produção total de feijão, de acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador.

A exemplo do milho, há escassez de feijão no mercado devido às perdas na safra passada, provocadas pela corrente climática El Niño, que provocou excesso de chuvas e prejudicou as lavouras. Segundo o Deral, o Paraná perdeu 20% da produção esperada, o que corresponde a 151 mil toneladas a menos na colheita.

A quebra na safra do feijão ocorreu no Paraná – Estado que mais produz feijão no País – e também nos demais estados produtores. Com isso, os preços do grão dispararam no comércio.

Atualmente, o preço do feijão de cor está 250% mais caro que no ano passado, mas o produtor não tem mais produto para vender. O feijão preto está 133% mais caro que em 2015 e também está escasso no mercado.

Ao longo do ano, a valorização rendeu bons ganhos para ao produtor, que vendeu o feijão de cor por uma média de R$ 246,00 a saca este ano, cerca de 94% a mais que no ano passado, quando o produto foi vendido por R$ 127,00 a saca.

Já o feijão preto foi comercializado este ano por cerca de R$ 159,00 a saca, 54% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foi vendido por R$ 103,00 a saca. Segundo Salvador, se a safra de verão do Paraná que começa a ser plantada agora for bem sucedida, a tendência é de acomodação nos preços.

Fonte: AEN/Pr

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2024 marca a celebração dos 100 anos da chegada da soja no Brasil

Comemoração culminará na Fenasoja, feira multissetorial, que será realizada entre os dias 29 e 8 de dezembro, em Santa Rosa (RS), considerada o “Berço Nacional da Soja”

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Em novembro de 2024, Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, será palco da comemoração histórica - Foto: Shutterstock

Em novembro de 2024, Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, será palco de uma comemoração histórica: os 100 anos da chegada da soja no Brasil. Mais do que um evento, a Fenasoja, que é a maior feira multissetorial do Brasil, será um marco para celebrar o legado da soja, desde sua chegada até seu papel transformador na economia, na agronomia e no aspecto social do País. A Fenasoja ocorre de 29 de novembro a 08 de dezembro na cidade que é considerada o “Berço Nacional da Soja”.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Embora haja registros históricos que apontam para cultivos experimentais de soja na Bahia já em 1882, foi em novembro de 1914, com o grão trazido pelo pastor Albert Lehenbauer, que a soja é oficialmente introduzida no Rio Grande do Sul, estado que apresenta condições climáticas similares às das regiões produtoras nos Estados Unidos.

Naquele momento era uma cultura quase desconhecida no Brasil e sua introdução poderia ser considerada um experimento simples, pois o pastor doou as sementes,  que foram trazidas dos Estados Unidos em uma garrafa, para seus vizinhos com o objetivo de melhorar a renda de todos. Essas famílias tinham o compromisso de produzir mais sementes a fim de serem compartilhadas com outras famílias.

No entanto, com o tempo, a soja encontrou no solo fértil e no clima temperado do Rio Grande do Sul o ambiente perfeito para se desenvolver. O sucesso inicial no Sul abriu caminho para que o grão se expandisse para outras regiões e sua história de crescimento ganharia destaque em todo o Brasil. “O centenário da soja no Brasil nos oferece um momento único de reflexão sobre a importância desse grão na economia e na sociedade brasileira. A soja não apenas mudou o cenário agrícola, mas também impulsionou o País para a liderança no mercado global de alimentos. A soja é muito mais que um produto agrícola: ela simboliza a inovação, a resiliência e a capacidade do Brasil de se reinventar e crescer de forma sustentável. O fato de Santa Rosa ser reconhecida como o ‘Berço Nacional da Soja’ nos dá muito orgulho”, comemora o presidente da Fenasoja 2024, Dário Jr. Germano.

Evolução ao longo dos 100 anos 

Algumas datas posteriormente foram marcantes para a sojicultura brasileira. De acordo com o estudo “Soja, Evolução”, dos pesquisadores Amélio Dalla’Gnol, Marcelo Hirochi Hirakuri, Joelsio José Lazzarotto e Arnold Barbosa de Oliveira, publicado em 2021, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a primeira referência de produção comercial de soja no Brasil data de 1941, com área cultivada de 640 hectares, produção de 450 toneladas e rendimento de 700 kg/ha.

Já o primeiro registro internacional do Brasil como produtor de soja é de 1949, com uma produção de 25 mil toneladas. Outro fator de comemoração foi quando a produção de soja chegou à marca de 100 mil toneladas em meados da década de 1950. Na década seguinte, ela se estabeleceu definitivamente como cultura economicamente importante para o Brasil, passando de 206 mil toneladas em 1960 para 1.056.000 toneladas em 1969.

Em 1966, na cidade de Ibirubá (norte do RS), se iniciou a Operação Tatu que tinha como objetivo recuperar, melhorar e incrementar a produtividade da agricultura no Estado, especialmente por meio da análise e da recuperação da fertilidade dos solos. Com poucos resultados em Ibirubá, o projeto passou a ser executado em Santa Rosa, e teve resultados mais rápidos e sucesso significativo. A iniciativa foi um esforço conjunto de várias instituições e agências ligadas ao setor primário do Rio Grande do Sul, com destaque para a participação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), por meio da Faculdade de Agronomia, da Ascar/Emater, e da Associação Rural de Santa Rosa.

Apesar do significativo crescimento da produção ao longo dos anos de 1960, foi nos anos 70 que a produção da soja teve importante impulso e se consolidou como a principal cultura do agronegócio nacional, passando de 1.500.000 toneladas para mais de 15 milhões de toneladas, em 1979. Esse crescimento ocorreu não apenas no aumento da área cultivada – de 1.3 milhões para 8.8 milhões de hectares -, mas também com um expressivo incremento da produtividade, passando de 1.140 kg/ha, para 1.730 kg/ha.

Foto: Geraldo Bubniak

No final dos anos 1970, mais de 80% da produção brasileira de soja ainda se concentrava nos três estados da Região Sul, embora o bioma Cerrado sinalizasse que participaria como importante ator no processo produtivo da oleaginosa, o que efetivamente ocorreu a partir da década de 1980. Em 1970, menos de 2% da produção nacional foi colhida naquela região, tendo uma maior concentração no estado de Mato Grosso do Sul. Em 1980, essa produção passou para 20%, em 1990 já era superior a 40%. Em 2007, superou os 60%, com tendência a ocupar maior espaço a cada nova safra.

O salto na produção no final dos anos 70 fez com que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) desse início ao acompanhamento da evolução do grão na safra 1976/1977. Naquele ciclo, a produção brasileira foi de 12,14 milhões de toneladas. Hoje, 100 anos depois, o Brasil se consolidou como o maior produtor e exportador mundial de soja, e a cidade de Santa Rosa se orgulha de ser o ponto de partida dessa transformação.

A soja: o grão de ouro que transformou o Brasil

A soja, desde sua chegada a Santa Rosa, desempenhou um papel essencial na transformação do Brasil em uma potência agrícola e celeiro do mundo. O grão, que inicialmente era cultivado no Sul, expandiu-se para o Cerrado brasileiro nas décadas de 1970 e 1980, revolucionando a agricultura e a economia de estados como Mato Grosso, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. O desenvolvimento de novas tecnologias, como o plantio direto e a biotecnologia, possibilitou o aumento exponencial da produtividade, tornando o Brasil o maior exportador global de soja, responsável por cerca de 40% do comércio mundial do grão.

O avanço da soja no Brasil não se deu apenas por causa das condições naturais favoráveis. A pesquisa agronômica, liderada por instituições como a Embrapa, foi essencial para o desenvolvimento de variedades adaptadas ao clima tropical e para a criação de técnicas que preservam a sustentabilidade do solo. Essas inovações permitiram que regiões antes improdutivas se tornassem fundamentais na produção de grãos.

Fenasoja 2024: atrações e homenagens

A Fenasoja 2024 terá uma programação especial para celebrar o centenário da soja, com diversas atrações voltadas tanto para o público agrícola quanto para os visitantes em geral. Entre os destaques estão:

– Memorial da Evolução Agrícola: uma área especial será dedicada à trajetória da agricultura no Brasil, mostrando os avanços tecnológicos e os impactos econômicos atuais.

– Simpósios e palestras: serão realizados painéis e debates com grandes personalidades do agronegócio brasileiro e mundial sobre inovação no setor agrícola, sustentabilidade, biotecnologia e o papel da soja no desenvolvimento global.

– Exporural: 60 mil m², área três vezes maior em relação à edição anterior, quando possuía 20 mil m². Além da dimensão de área, ampliam-se as oportunidades de negócio, com a presença de mais de 60 expositores divididos em 97 lotes.

– Shows e Cultura: a Fenasoja 2024 também trará 6 shows nacionais e diversas atrações culturais, incluindo apresentações musicais e artísticas, fortalecendo o vínculo entre a agricultura e a comunidade, com mais de mil artistas beneficiados. “Nossa feira é um dos maiores eventos sociais do mundo organizado por voluntários, e celebra, na edição de 2024, um dos marcos históricos do agronegócio brasileiro, que é a comemoração dos 100 anos da chegada da soja no Brasil. Nosso País e todo o povo brasileiro viveu, neste ciclo centenário da soja, o período de maior prosperidade e desenvolvimento econômico, social e humano da história da nação. Esta edição da feira é especial também pelo fato de o Brasil ser o maior produtor e exportador de soja, produzindo de forma sustentável alimentos e energia renovável para bilhões de pessoas ao redor do mundo todo”, destaca o presidente da Fenasoja.

Fonte: Assessoria Fenasoja
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Simpósio Matrizes encerra calendário anual de eventos da Facta com foco em sustentabilidade e novos mercados

Evento vai abordar a importância das matrizes para a produção de pintos de um dia e estratégias para atender às novas demandas de mercado.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O Simpósio Matrizes, promovido pela Facta, marca o encerramento das atividades da instituição em 2024 com um enfoque estratégico na importância das matrizes para a avicultura. O evento, que ocorrerá nos dias 15 e 16 de outubro, no Mogano Business Hotel, em Chapecó (SC), foi idealizado com o objetivo de discutir e aprimorar aspectos essenciais relacionados à sanidade, ambiência e qualidade intestinal das aves.

Presidente da Facta, Ariel Mendes: “O Simpósio Matrizes representa uma oportunidade significativa para os profissionais do setor se atualizarem e se prepararem para as novas demandas do mercado global”

De acordo com o presidente da Facta, Ariel Mendes: “Deixamos como último evento do ano o Simpósio Matrizes, pois as reprodutoras são a base para a produção sustentável de pintos de um dia e balizam as estratégias de alojamento em função das demandas dos novos mercados abertos para a carne de frango brasileira e para material genético”.

Com a crescente demanda por carne de frango e material genético, é imperativo que os produtores compreendam e atendam às exigências dos novos mercados. “As matrizes, sendo a fonte inicial da cadeia produtiva, desempenham um papel vital na garantia da qualidade dos pintos de um dia, refletindo diretamente na eficiência e sustentabilidade da produção avícola”, acrescenta o presidente.

Além de abordar os desafios atuais, o evento proporcionará uma plataforma para a troca de conhecimentos sobre inovações tecnológicas, melhores práticas de manejo e estratégias de ambiência que podem impactar positivamente o bem-estar das aves e a eficiência das operações avícolas. “O Simpósio Matrizes representa uma oportunidade significativa para os profissionais do setor se atualizarem e se prepararem para as novas demandas do mercado global”, reforça Mendes.

Vendas do segundo lote

As inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do segundo lote, variam de R$ 490,00 para profissionais à R$ 245,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 11 de outubro.

2025: Vem aí

Para 2025, a Facta já tem programação de eventos que trarão novas perspectivas e soluções para o setor avícola. Em fevereiro, será realizado o Seminário sobre Imunossupressão e Enfermidades de Notificação Obrigatória em Aves, focado nos desafios e avanços nessa área crítica. Além disso, em setembro, será realizada a Conferência Facta 2025, com o tema “Gestão, Inovação e Excelência na Produção de Alimentos Seguros”, que explorará práticas e tecnologias voltadas para assegurar a qualidade e segurança alimentar na avicultura.

Em 2025, também estão previstos o Simpósio de Atualização em Avicultura Industrial, nos dias 07 e 08 de maio, em Recife (PE), o Simpósio de Nutrição, nos dias 23 e 24 de setembro, em Balneário Camboriú (SC), e o Simpósio Sanidade: Aves e Suínos, nos dias 22 e 23 de outubro, em Santos (SP).

Fonte: Assessoria Facta
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Notícias Lei Amado de Oliveira Filho

Acrimat comemora lei que permite pecuária extensiva em áreas alagadas do Pantanal

Norma proíbe o cultivo de gramíneas não nativas no ecossistema das reservas legais, porém autoriza o plantio de pastagens cultivadas em até 40% da área total nas planícies alagáveis do Pantanal.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com a alteração dos dispositivos da legislação ambiental estadual de 2008, a Lei 12.653/2022 tornou permitida a pecuária extensiva (ou seja, a pasto), em áreas alagadas e em reserva legal com pastagem nativa na planície alagável do Pantanal.

A norma proíbe o cultivo de gramíneas não nativas no ecossistema das reservas legais, porém autoriza o plantio de pastagens cultivadas em até 40% da área total nas planícies alagáveis do Pantanal. Além disso, a legislação expande as opções para a renovação de pastagens, anteriormente limitadas a algumas espécies específicas de gramíneas.

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a sanção da lei é motivo de comemoração não apenas para produtores, mas para a sociedade em geral.

“Ao longo dos anos e mais fortemente na última década, o homem pantaneiro foi economicamente expulso de suas terras, quer pela falta de recursos quer pela falta de estrutura e logística provocados por essas restrições no uso, o que fez com que os rebanhos diminuíssem consideravelmente. A exploração pecuária no Pantanal remonta mais de três séculos e hoje é o ecossistema com a maior área privada, passando de 90%”, afirma o Diretor Técnico da Acrimat, Francisco Manzi.

Lei Amado de Oliveira Filho

Um dos grandes defensores do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e ambiental, o economista, especialista em direito ambiental e consultor da Acrimat, Amado de Oliveira Filho, falecido em 12 de fevereiro de 2024, lutou até os últimos dias de sua vida pelo sancionamento desta lei que beneficia o Pantanal.

Amado sempre dizia que a pecuária de Mato Grosso, hoje com 31 milhões de cabeças de gado, não precisaria mais do Pantanal, porém o Pantanal precisa da pecuária, pois sem ela não tem o homem no bioma e sem o homem pantaneiro raiz, que conhece a natureza e a peculiaridade local vem os incêndios e a diminuição do turismo local.

“Defendemos que esta nova lei carregue como homenagem o nome de Amado, que dedicou mais de 30 anos de sua carreira ao desenvolvimento econômico e do agronegócio.  Sendo também um dos colaboradores para a aprovação do Código Florestal e pelas lutas do pantaneiro”, frisa o Presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr.

Amado foi também o primeiro superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Fonte: Assessoria Acrimat
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