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Safra brasileira de trigo enfrenta desafios de produtividade enquanto importações registram queda em junho

De acordo com os dados divulgados em junho pela Conab, a produção da nova safra está estimada em 9,7 milhões de toneladas, 7,4% inferior à da temporada passada, que foi recorde.

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Fotos: José Henrique Chagas

Em junho, enquanto a semeadura da safra nacional de trigo seguiu avançando, simultaneamente, a colheita foi iniciada em algumas áreas no País. Na Argentina, principal origem do trigo importado pelo Brasil, a área com o cereal na atual temporada foi novamente reajustada para baixo e, agora, deve ser inferior à da safra passada.  Após atingir recorde em 2022, a produção nacional de trigo deve ser um pouco menor em 2023. Isso porque, apesar de a área a ser semeada no Brasil  superar a de 2022, a perspectiva é de queda na produtividade.

De acordo com os dados divulgados em junho pela Conab, a produção da nova safra está estimada em 9,7 milhões de toneladas, 7,4% inferior à da temporada passada, que foi recorde.
A área com trigo no Brasil está prevista para ser 9,7% maior que a da temporada anterior, para 3,38 milhões de hectares. Todavia, as estimativas de produtividade se reduziram, ficando 15,6% inferior a 2022, com média nacional de 2,88 toneladas/hectare.

A Conab manteve a estimativa de importação em 5,6 milhões de toneladas e a de exportação em 2,6 milhões de toneladas, considerando-se o período de agosto de 2023 a julho de 2024. Para o mesmo período, o consumo está projetado em 12,43 milhões de toneladas, apenas 0,3% maior que a estimativa da safra anterior (referente ao período de agosto/22 a julho/23).
A disponibilidade interna está prevista em 16,45 milhões de toneladas entre agosto/23 e julho/24, avanço de 1,1% frente à anterior. Assim, os estoques finais, em julho/24, seriam de 1,42 milhão de toneladas.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reduziu a estimativa de área com trigo nesta temporada, fato justificado pelo clima seco, passando para 6 milhões de hectares.

Preços

Os preços internos continuaram em baixa, sobretudo devido ao baixo ritmo de negócios. As médias mensais de junho são as menores desde 2020. No Rio Grande do Sul, a média de junho foi de R$ 1.260,57/tonelada, quedas de 2,6% frente à de maio/23 e de expressivos 41,3% em relação à de junho/22, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI).
Trata-se, também, da menor média mensal desde fevereiro de 2020, em termos reais.

No Paraná, a média de junho foi de R$ 1.384,89/t, baixas mensal de 4,4% e anual de 36,5%, e a menor desde janeiro de 2020. Em São Paulo, a média, de R$ 1.455,31, foi a mais baixa desde janeiro de 2020, com retrações de 7% na comparação com maio/23 e de 30,5% com junho/22. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 1.456,26/t, retrações de 0,4% no mês e de 30,5% em um ano, sendo também a mais baixa desde março de 2020.

Em relação aos farelos de trigo, as quedas estão relacionadas à forte desvalorização do milho, que também é utilizado na alimentação animal.

 Balança comercial

De acordo com dados preliminares da Secex, nos 21 dias úteis de junho, as importações somaram 317,64 mil toneladas, contra 627,49 mil toneladas em junho/22. Em relação ao preço de importação, a média de junho/23 esteve em US$ 316,4/t FOB origem, 18,6% abaixo da registrada no mesmo mês de 2022 (de US$ 388,9/t). O Brasil embarcou apenas 4,2 toneladas, contra 36,31 mil toneladas em todo o mesmo mês do ano passado, também segundo a Secex.

Mercado externo

A produção mundial de trigo 2023/24 deve ser de 800,18 milhões de toneladas, 1,5% maior que na temporada anterior (2022/23), segundo o USDA. Quanto ao consumo mundial, a estimativa doDepartamento é de 796,13 milhões de toneladas em 2023/24, sendo 0,4% superior ao de 2022/23. Com isso, os estoques finais podem somar 270,7
milhões de toneladas, alta de 1,5% no mesmo comparativo.

Em relação às exportações da safra 2023/24, o USDA prevê volume de 212,4 milhões de toneladas transacionadas, 0,9% superior ao da safra 2022/23, ainda com Rússia, União Europeia e Canadá como principais exportadores. No mês, a alta do primeiro vencimento do Soft Red Winter na Bolsa de Chicago foi de 6,5% em comparação a maio/23, com média de US$ 6,6006/bushel (US$ 242,53/t). O movimento de alta está atrelado às condições das lavouras dos Estados Unidos e do clima. Além disso, há preocupações quanto à não renovação do acordo de exportação de grãos entre Rússia e Ucrânia pelo Mar Negro. Já na Bolsa de Kansas, o contrato Julho/23 do trigo Hard Winter cedeu 3,3% de maio para junho, com média de
US$ 8,1985/bushel (US$ 301,24/t) para o Hard Winter em Kansas. A baixa foi relacionada à desvalorização do milho, à menor demanda pelo cereal dos Estados Unidos e ao avanço da colheita norte-americana.

Fonte: Assessoria Cepea

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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