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Safra brasileira de soja atinge novo recorde e milho tem nova alta na segunda safra, aponta StoneX

Atualização de julho eleva produção de soja para 168,75 milhões de toneladas e revisa para cima estimativas do milho segunda safra; clima favorável e demanda por etanol impulsionam desempenho dos grãos.

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Foto: Gilson Abreu

A StoneX, empresa global de serviços financeiros, divulgou sua atualização de julho com ajustes pontuais nas projeções para a safra 2024/25 de grãos no Brasil. A produção nacional de soja foi elevada em pouco mais de 500 mil toneladas, atingindo 168,75 milhões de toneladas, um recorde histórico.

Ana Luiza Lodi, especialista em Inteligência de Mercado da StoneX – Fotos: Divulgação/StoneX

De acordo com a especialista em Inteligência de Mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi, o avanço decorre da revisão positiva da produtividade na Bahia, que subiu para 4,08 toneladas por hectare, enquanto o rendimento médio nacional ficou em 3,57 t/ha.

No caso do milho verão, foi registrado um recuo marginal nesta revisão de julho. Com isso, a estimativa da primeira safra passou a ser de 25,6 milhões de toneladas. Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Raphael Bulascoschi, a leve queda foi motivada por uma redução da produtividade no Piauí, que não foi compensada pelo aumento de rendimento no Tocantins. “A safra de verão deste ano ficou abaixo de 2024. Porém, essa diminuição ocorreu devido à área menor, enquanto a produtividade média nacional avançou”, diz Bulascoschi.

Ajustes positivos de produtividade na segunda safra

Em relação à segunda safra de milho, a estimativa foi novamente elevada, passando de 106,1 para 108,2 milhões de toneladas – um avanço de 2% em relação ao mês de junho.

O aumento foi impulsionado por ajustes positivos de produtividade em estados como Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins, elevando o rendimento médio nacional para 6,17 t/ha. Nesse ciclo, de forma geral, o clima foi bastante positivo para as lavouras, com ocorrências de chuvas em parte das áreas produtoras em junho. “Com esse incremento, a produção total de milho no ciclo 24/25 subiu para 136,1 milhões de toneladas, frente aos 134 milhões estimados no mês passado. O número inclui também pouco mais de 2 milhões de toneladas da terceira safra”, realça o analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Consumo interno de soja se mantém, enquanto o do milho registra leve crescimento

Raphael Bulascoschi, analista de Inteligencia de Mercado da StoneX: “A safra de verão deste ano ficou abaixo de 2024. Porém, essa diminuição ocorreu devido à área menor, enquanto a produtividade média nacional avançou”,

Não houve alterações nas estimativas de demanda interna de soja. O consumo no Brasil segue projetado em 60 milhões de toneladas, e as exportações em 107 milhões de toneladas. Dessa forma, os estoques finais da oleaginosa esperados para 24/25 foram ajustados para 4,95 milhões de toneladas, refletindo o aumento de 500 mil toneladas na estimativa de produção.

Para o milho, a principal mudança ocorreu no consumo doméstico, que passou de 89 para 89,5 milhões de toneladas, sustentada pela demanda aquecida para produção de etanol. As exportações foram mantidas em 42 milhões de toneladas.

Com isso, o relatório da StoneX destaca que o foco do mercado agora se volta para os desdobramentos dos próximos meses, que serão determinantes para o ritmo das exportações brasileiras de milho. “Eles estarão no radar para definir os volumes dos embarques, mas é importante ressaltar que o desempenho da safra norte-americana 2025/26 também será um fator decisivo nesse cenário”, conclui Bulascoschi.

Fonte: Assessoria StoneX

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Regeneração de pastagens e sistemas integrados ganham protagonismo na pecuária brasileira

Especialistas destacam que eficiência produtiva, solo saudável e adoção de ILPF são caminhos centrais para uma pecuária sustentável e de baixo carbono.

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Foto; Gabriel Faria

A regeneração de pastagens degradadas e a adoção de sistemas integrados de produção devem ocupar o centro da estratégia da pecuária brasileira para os próximos anos. Essa visão foi defendida por Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS, durante sua participação no VEJA Fórum de Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (24), em São Paulo.

Ao participar do painel “Agricultura Sustentável: como produzir sem desmatar”, o executivo ressaltou que a eficiência produtiva e a sustentabilidade caminham juntas para garantir a perenidade do negócio. Com atuação em 20 países e relacionamento diário com centenas de milhares de produtores, a JBS enxerga a saúde da cadeia de fornecimento como prioridade. “A produção pecuária e agrícola precisa prosperar por muitos anos, não apenas por alguns. Se os produtores não forem bem, toda a cadeia não irá bem”, explicou.

Dias também analisou a mudança de paradigma no setor: se antes o foco estava exclusivamente no volume de produção, hoje a degradação e a queda de produtividade, especialmente em áreas de abertura mais antigas, impulsionaram uma nova mentalidade voltada à longevidade e à qualidade do solo.

Segundo Dias, essa agenda regenerativa é um imperativo de gestão, focada na melhoria contínua do ativo ambiental. “É fundamental garantir que a fazenda seja mantida em condições de produtividade superior a cada ano, demonstrando que a exploração pecuária de longo prazo é totalmente sustentável”, afirmou.

O executivo reforçou a singularidade do modelo brasileiro, capaz de acomodar duas ou três safras na mesma área. Nesse contexto, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) surge como ferramenta vital. A presença animal no sistema não apenas diversifica a renda, mas eleva a biologia do solo e sua capacidade de estocagem de carbono. “Colocar animais numa área aumenta a vida do local, eleva a qualidade da terra e mantém o solo coberto durante todo o ano”, explicou Dias. De acordo com o executivo, a eficiência gerada pela ILPF, somada à redução da idade de abate dos animais, resulta em menor pressão por desmatamento e queda nas emissões entéricas, pavimentando o caminho para uma pecuária brasileira de baixo carbono.

Para acelerar a adoção dessas tecnologias e fortalecer a formalização da cadeia, a JBS estruturou um ecossistema robusto de difusão de conhecimento, assistência técnica e gerencial. O objetivo é empoderar o produtor para a tomada de decisões embasadas. “Construímos um ecossistema que difunde conhecimento e apoio aos produtores”, reforçou Dias.

Essa estratégia, operacionalizada por meio do programa Escritórios Verdes, criado em 2021, e que que oferecem assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita, tem gerado impacto mensurável: desde então, já foram mais de 20.000 produtores apoiados, reinseridos na cadeia produtiva legal e sustentável.

O líder de Pecuária Sustentável da JBS concluiu que o potencial do Brasil em ter uma pecuária baixa em carbono é evidente, dada a capacidade de armazenagem do solo tropical e a redução da idade de abate dos animais. “Ao aumentar a produção por área, a JBS enxerga um futuro brilhante para a pecuária brasileira, onde a sustentabilidade se torna o novo padrão de eficiência e inclusão produtiva”, pontuou.

Fonte: Assessoria JBS
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Mercado do leite volta a cair em novembro e mantém pressão sobre o produtor

Demanda mais fraca e custos elevados sustentam pressão negativa sobre o preço ao produtor.

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Foto: Shutterstock

O preço médio nacional do leite ao produtor fechou novembro de 2025 em R$ 2,44 por litro, conforme o boletim Indicadores Leite e Derivados, elaborado pelo Cileite/Embrapa. O valor representa queda de 3,8% na comparação mensal e recuo de 14,8% em 12 meses, consolidando um ano de forte retração para o setor.

A análise regional mostra que todos os estados acompanhados registraram variações negativas, como em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As barras do gráfico destacam uma tendência comum de queda, com redução próxima a 4%.

Derivados também caem

Foto: Sistema Faep

Os preços dos lácteos seguiram o mesmo movimento. O boletim indica retração de 1,0% no conjunto de “Leite e Derivados” e queda de 0,2% em outro agrupamento de produtos monitorados. Entre os itens acompanhados individualmente, o leite UHT apresentou variação negativa mais intensa, acompanhado por baixas em queijos, manteiga, creme de leite e leite condensado — todos com índices de redução destacados na coluna “Em 12 meses”.

Consumo interno não reage

O relatório também traz a evolução do ticket de compra de lácteos no varejo, mostrando oscilações ao longo de 2023, 2024 e 2025. A curva referente a 2025 revela leve recuperação no segundo semestre, mas ainda distante dos patamares observados em anos anteriores. Segundo o boletim, o consumo interno não tem acompanhado a oferta, o que contribui para a continuidade da pressão sobre os preços ao produtor.

Cenário segue desfavorável ao produtor

Com custos ainda elevados em várias regiões e baixa capacidade de repasse pela indústria, o momento permanece desafiador para a cadeia produtiva. A retração em praticamente todos os indicadores reforça o ambiente de margens apertadas e de incerteza para o início da temporada 2026.

Fonte: O Presente Rural com Cileite/Embrapa
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Mato Grosso institui Passaporte Verde e eleva padrão socioambiental da pecuária

Nova lei, que entra em vigor em 2026, estabelece critérios socioambientais e rastreabilidade completa do rebanho para atender às exigências dos mercados internacionais.

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Foto: Divulgação/Imac

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em duas votações, na última quarta-feira (19), o projeto de lei que institui o Programa Passaporte Verde, iniciativa que coloca o Estado na vanguarda da pecuária sustentável no Brasil. A nova legislação entra em vigor em janeiro de 2026 e estabelece critérios socioambientais para todo o monitoramento de rebanho bovino e bubalino mato-grossense, com o objetivo de atender às exigências dos mercados internacionais mais competitivos.

O Passaporte Verde, desenvolvido pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) em parceria com o Governo do Estado e o setor produtivo, propõe o monitoramento socioambiental completo da cadeia da carne, desde o nascimento do animal até o abate. O programa prevê etapas de implantação para incluir propriedades de todos os portes, oferecendo suporte técnico e orientação aos produtores.

Entre os objetivos dessa política de sustentabilidade estão o desenvolvimento sustentável, a inclusão e consciência produtiva, o acesso ao mercado global, qualidade e monitoramento, incentivo de parcerias do setor privado com entidades públicas, a valorização de serviços ambientais, além do estímulo do ambiente de concorrência equitativa na cadeia produtiva.

A iniciativa reforça o compromisso de Mato Grosso com a produção responsável, rastreabilidade, transparência e conservação ambiental, critérios cada vez mais valorizados pelos importadores e consumidores globais. Países da Europa e da Ásia, por exemplo, têm adotado políticas que priorizam produtos com comprovação de origem sustentável e desmatamento zero. “Mato Grosso se consolida como pioneiro em sustentabilidade com o Passaporte Verde. Estamos mostrando ao mundo que é possível produzir mais, com responsabilidade ambiental e inclusão social. Esse programa será uma vitrine da pecuária moderna, transparente e comprometida com o futuro do planeta”, comemorou o presidente do Imac, Caio Penido.

Fonte: Assessoria Imac
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