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SAFRA 2014/15: Colheita da soja chega a 93% na microrregião de Toledo-PR

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Vinte são os municípios que compõem a jurisdição do Departamento de Economia Rural (Deral) em Toledo. Juntos, eles devem produzir 1,5 milhão de toneladas de soja, o que representa cerca de 9% da produção total do Paraná, que espera produzir aproximadamente 16,7 milhões de toneladas da oleaginosa. A produtividade é considerada boa, muito parecida com a do ano passado, de acordo com o Deral. Até ontem (19), a região já havia colhido 93% de toda soja cultivada na safra 2014/15. Ao tempo que a soja deixa as lavouras, o milho ganha espaço. Os dados revelam que 82% da área reservada para o cereal já foram plantados.

De acordo com a engenheira agrônoma do Deral, ligada à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, Jean Marie Ferrarini, tanto o plantio quanto a colheita seguem em um ritmo muito bom, e a chuva que tem sido presente na região nos últimos dias não está afetando a colheita ou a qualidade da soja. “A chuva atrasou um pouco a colheita da soja em relação à previsão inicial, mas, mesmo assim, estamos 20% adiantados (leia box) em relação à safra do verão passado. A chuva não atrapalha, é bem-vinda”, explica.

Ao todo, conforme o Deral, os agricultores da microrregião de abrangência do órgão cultivaram 464.574 mil hectares de soja e devem ter uma boa produtividade. “A previsão arredondada é de colher 1,5 milhão de toneladas”, expõe.

Já a previsão para a colheita do milho de verão, que ocupa área bem mais acanhada, conforme Jean Marie, é de 121,8 mil toneladas. “O milho no verão ocupa sempre uma área pequena. Nessa safra foram 12.690 hectares”, acrescenta.

Os municípios que compõem a microrregião são Toledo, Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Santa Helena, Maripá, Nova Santa Rosa, Entre Rios do Oeste, Mercedes, Quatro Pontes, Formosa do Oeste, Iracema do Oeste, Jesuítas, Tupãssi, Guaíra, Terra Roxa, Palotina, São José das Palmeiras, Ouro Verde do Oeste, São Pedro do Iguaçu e Assis Chateaubriand.
 
Quebra de 5%

Apesar dos bons números, há uma quebra inicial prevista para a microrregião em relação à previsão de quando a soja foi cultivada. “Devemos ter uma pequena quebra, de 5%, mas, mesmo assim, é uma boa produtividade”, menciona. Ela alerta, entretanto, que os números ainda não são definitivos. “Ainda vamos fechar esse percentual (com o fim da colheita) para saber a real quebra dessa safra”, amplia. 
 
Milho é plantado mais cedo para evitar a geada
 
Boa parte do milho que será colhido na safra de inverno deste ano pode não sofrer com as intempéries que historicamente causam dor de cabeça ao agricultor. É o que explica a engenheira agrônoma do Deral, Jean Marie Ferrarini. “Neste ano uma parte do milho foi cultivada mais cedo e já está em bom estágio de desenvolvimento. Com isso, o agricultor vai poder colher antes, evitando ou reduzindo o risco de geadas do inverno, evitando quebras”, explica.

Como a safra de soja na microrregião que está sendo colhida está 20% adiantada em relação a 2013/14, a tendência é que o milho também ganhe o solo e fique pronto para a colheita 20% mais cedo em relação à segunda safra do ano passado.
 
Chuva colabora com 82% do milho já plantado
 
Com a colheita da soja avançando rapidamente na microrregião do Deral em Toledo (93% da soja já foi colhida), as sementes de milho começam a ser cultivadas nos campos. “A colheita da soja está adiantada. Por isso, a nossa região já plantou 82% do total de milho previsto para a safrinha, ou segunda safra. Estamos terminando o plantio nos próximos dias”, revela a engenheira ligada ao Departamento de Economia do Deral, Jean Marie Ferrarini.
Segundo ela, a expectativa do Deral que abrange 20 municípios é plantar cerca de 403 mil hectares milho para a segunda safra. Grande parte (cerca de 350 mil hectares) já foi cultivada. Outros pouco mais de 60 mil hectares serão cobertos com pequena quantidade se soja, além de trigo e aveia, especialmente.

Jean Marie explica que as constantes chuvas que caem sobre a região nos últimos dias só beneficiam o desenvolvimento da planta e, consequentemente o produtor, que pode ter mais produção e mais lucros. “Essa chuva é muito boa para o milho recém plantado, para seu desenvolvimento”, pontua a especialista.
 
Quebra

O milho de verão, que ocupa pequena parcela das propriedades rurais, amplamente destinado à alimentação animal, sofreu neste ano com pragas, o que encareceu um pouco a produção. “O milho que está sendo colhido agora sofre com ataques de percevejos, o que fez com que o agricultor fizesse mais aplicações de inseticidas, mas, mesmo assim, em princípio a produtividade está indo muito bem”, avalia Ferrarini.

Fonte: O Presente

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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