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RS tem no milho grande ponto de atenção, mas setor de aves deve crescer, destaca Asgav

Um grande gargalo que será preciso estabilizar, de acordo com a ASGAV, é quanto a questão dos grãos

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Divulgação/Giuliano Miranda

Atualmente o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil. O título não vem à toa. O Estado vem trabalhando forte na produção agropecuária. Mesmo com todos os percalços que 2020 trouxe, o Estado contou com bons resultados. Além do mais, as perspectivas para 2021 são que os números avancem e os ganhos da cadeia produtiva gaúcha sejam ainda melhores.

Segundo o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV/SIPARGS), Eduardo Santos, o Rio Grande do Sul conseguiu chegar ao final do ano de 2020 com um pequeno índice de crescimento, tanto nas exportações quanto na produção. “Porém, nós tivemos que rever o nosso índice de produção de frango de corte em detrimento a todo o distúrbio que nós tivemos no mercado em relação aos grãos, principais insumos para ração das aves, que é o milho e o farelos de soja”, explica.

Distúrbio esse que foi sentido em todo o Brasil, com o preço da soja e do milho chegando a patamares nunca vistos. “Tivemos uma excepcionalidade no mercado de grãos e isso impactou drasticamente todo o setor, porque quase 70% dos custos de produção de frango e ovos é a ração. Então nós prevíamos um crescimento nos abates em torno de 2 a 3%, mas devemos fechar com no máximo 1% de crescimento, fechando o ano em torno de 825 milhões de aves abatidas no Rio Grande do Sul”, conta.

Santos comenta que o Estado manteve a posição de terceiro maior produtor e, com isso, pode reduzir um pouco a expectativa de crescimento em detrimento de todas as dificuldades que apareceram, além do aumento dos grãos, como os acontecimentos por conta da pandemia, que fechou importantes nichos consumidores, como restaurantes, hotéis, eventos, etc. “Tudo isso impactou no fluxo comercial e de consumo dos nossos produtos”, diz.

E a pandemia mexeu com o mercado. Santos lembra do início do ano o que ela fez com o consumo de ovos. “Houve uma situação confusa, turbulenta. Na segunda quinzena de março, início de abril, houve uma procura desenfreada por ovos no mercado. Chegou a faltar nas prateleiras, porque a população se assustou, não tinha ainda muita noção de quais seriam os desdobramentos e os impactos da pandemia. Então quando se cogitou algum tipo de problema de abastecimento a população foi em busca de alguns alimentos versáteis, que desse alimento a pessoa pudesse preparar muitos outros. Assim, o ovo foi um alvo ali, e isso afetou no início, porque ele tem uma logística diferente da carne e como a busca pela proteína foi muita em pouco espaço de tempo houve o desabastecimento”, recorda. Essa alta demanda fez com que o preço dos ovos aumentassem consideravelmente. “Depois que a situação regularizou deu uma queda súbita e o preço despencou”, conta.

Estes foram somente alguns dos acontecimentos de 2020. Santos comenta que além do desabastecimento de ovos, houve ainda problemas com falta de embalagem e caixas de papelão. “Tudo isso mudou a rotina do nosso setor avícola, tanto de postura, de produção de ovos, quanto de frango de corte”, afirma.

Mercado e a luz no fim do túnel

Quanto as exportações do Rio Grande do Sul vem de um crescente, explica Santos. “Para carne de frango devemos fechar o ano de 2020 em torno de 670 mil toneladas, com um crescimento na casa de 1 a 1,2%. Isso significa também a recuperação que nós vínhamos tendo nas exportações de aves em 2019”, menciona. Ele explica que o Estado teve problemas de embargos de algumas plantas frigoríficas em relação a União Europeia e ainda alguns problemas pontuais com a Arábia Saudita. “Dois mil e dezenove foi um ano que saímos com 400 mil toneladas. Então, em 2020 nós recuperamos boa parte disso, houve uma evolução na exportação e devemos fechar o ano em torno de 670 a 675 mil toneladas até voltarmos aos patamares normais que nós vínhamos tendo nos últimos anos – até 2018 – que é em torno de 730 mil toneladas por ano”, explica.

Dessa forma, o presidente da ASGAV diz que a expectativa é de evolução para o setor. “Mas nós precisamos cadenciar e agora acompanhar em 2021 os desdobramentos das ações que vão buscar soluções para a pandemia. Isso porque os efeitos da pandemia, tanto no que se refere a questões de mercado e fluxo de produção, quanto de todo o pânico da população e o fechamento de nicho. Há também o desdobramento econômicos, com o fim do auxílio emergencial, que deu um oxigênio na população e automaticamente nas empresas também”, avalia. Santos comenta que agora então a expectativa é que o ano apresente outro cenário, especialmente com o início da vacinação no Brasil contra a covid-19. “A tendência agora com a vacinação é desatar esses nós, esses distúrbios que geram especulação tanto para os grãos, quanto para insumos e outros serviços, e assim dar condições para o mercado se estabilizar”, afirma.

Para o diretor executivo da Asgav, com a efetivação da vacinação no Brasil é possível ver uma luz no fim do túnel. “Isso poderá garantir ao Brasil e ao Rio Grande do Sul que nós ampliemos a nossa participação inclusive no mercado externo, porque nós temos lá fora muitos países com incidência de influenza aviária e a população demanda de alimento em larga escala, que nós produzimos aqui”, diz.

É preciso estabilizar o mercado de grãos

Um grande gargalo que será preciso estabilizar, de acordo com Santos, é quanto a questão dos grãos. “O milho chegou a quase R$ 100 e a soja a R$ 2,5 mil a tonelada. É preciso manter a margem de estabilidade do produtor de grãos e trabalhar ao mesmo tempo nas alternativas que nós estamos colocando nas nossas agendas para não termos mais esses distúrbios, inclusive com efeito de estiagem que nós tivemos aqui no Rio Grande do Sul em 2019 e 2020”, conta.

Para tentar resolver essa situação, o dirigente explica que existe uma conversa com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e com a associação em Santa Catarina para começar a trabalhar culturas alternativas, para que os Estados não tenham essa oscilação tão drástica nos suprimentos de grãos para os setores consumidores, como o trigo e a triticale. “Essas culturas de inverno nós vamos começar a plantar e por cada vez mais na nossa agenda para ter esse suprimento”, conta. Ao longo prazo, Santos informa que o setor está apoiando totalmente um projeto que ajuda a desenvolver junto com a ABPA e a Esalq de logística de escoamento de grãos do Centro-Oeste através de vias ferroviária para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Mesmo com projetos à vista, o Rio Grande do Sul ainda é um Estado deficitário quando o assunto é abastecimento. Mesmo assim, Santos acredita que não haverá falta de grãos. “Ao longo dos anos nós temos sempre que importar 1,5 a 2 milhões de toneladas. Esse ano a quantia deve subir para 3 milhões de toneladas de acordo com as estimativas de safra. Mas nós sabemos que o Brasil, e isso é uma informação dada pela própria ministra da Agricultura (Tereza Cristina), tem um estoque de mais de 9 milhões de toneladas de grãos e esse ano, segundo a Conab, teremos uma safra recorde novamente. Então, a não ser que haja má vontade política de gestão ou falta de planejamento, pode haver sim desabastecimento. Mas eu acredito que não, porque há interesse dos governos de Estados e federal de garantir toda a produtividade dos setores de aves e suínos na região Sul e alguns mecanismos para apoiar a logística de abastecimento e até importação de grão se for necessário vão ser colocados à disposição do setor para garantir que possamos atravessar o momento crítico”, afirma.

Para o presidente da ASGAV, se o setor tiver o apoio governamental que auxilie os Estados na obtenção de grãos, seja levando de um Estado para outro ou importando, o setor garante a sua parte com a geração de empregos, alimento para a população, entre outros.

Para este ano, Santos afirma que as expectativas são boas. “Se nós continuarmos nessa linha de buscarmos soluções para esses problemas que geraram todos esses distúrbios para desmobilizar os mecanismos de especulação e voltar o fluxo comercial e as atividades voltarem ao normal, é este o resultado que nós esperamos”, diz.

Outras notícias você encontra na edição de Avicultura de janeiro/fevereiro de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Influenza aviária deixa de ser exótica no Brasil, alerta auditora fiscal do Mapa

Com o avanço dos casos em aves silvestres e de subsistência, o Brasil deixa de ser território livre da Influenza aviária, reforçando a urgência de vigilância constante e biosseguridade rigorosa em toda a cadeia avícola.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Influenza aviária de Alta Patogenicidade se tornou uma das maiores emergências sanitárias do mundo. O vírus, que já provocou a morte ou o sacrifício de mais de 630 milhões de aves ao redor do globo desde 2021, deixou um rastro de impactos sanitários, ambientais e econômicos em praticamente todos os continentes. A doença, que antes atingia principalmente aves silvestres, passou a circular com força na avicultura comercial, acelerando a disseminação e trazendo novos desafios para a saúde animal e para a segurança alimentar global. Casos crescentes em mamíferos ampliam a preocupação, reforçando a dimensão de emergência sanitária.

No Brasil, o primeiro registro ocorreu em maio de 2023, em aves silvestres no Espírito Santo. Desde então, foram identificados focos em aves de subsistência em diferentes estados, até que, em maio de 2025, surgiu o primeiro e único caso, até o momento, em um plantel comercial, rapidamente contido pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Denise de Magalhães Viégas, auditora fiscal federal agropecuária do Mapa: “Estamos diante de uma emergência global que ameaça a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas” – Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

Até 10 de setembro deste ano, o Brasil já havia realizado 1.256 coletas de amostras e conduzido mais de 4,7 mil investigações relacionadas à Influenza aviária. No momento, quatro investigações seguem em andamento: duas em criações domésticas, nos municípios de São Paulo de Olivença (AM) e Mirante da Serra (RO), e duas em aves silvestres, em Selvíria (MS) e Guarujá (SP). Desde a primeira detecção, foram confirmados 185 focos da doença no país, sendo um em aves comerciais e 12 em aves não comerciais, além dos registros em populações silvestres.

No Brasil, a Influenza aviária deixou de ser considerada uma doença exótica, após registros de surtos do vírus em aves residentes de diversas regiões do país. Quem chama a atenção para essa mudança é a médica-veterinária Denise de Magalhães Viégas, mestre em Medicina Veterinária e auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “O desafio, agora, é garantir vigilância contínua, medidas de biosseguridade cada vez mais robustas e resposta ágil a qualquer foco. Para isso, o Mapa reforça a necessidade de responsabilidade compartilhada entre o Serviço Veterinário Oficial e toda a cadeia avícola”, expôs a profissional durante sua participação no Avicultor Mais 2025 – Frangos, Ovos & Peixes, evento que reuniu especialistas e lideranças do setor em meados de junho, em Minas Gerais.

Para enfrentar e conter a disseminação da doença, o Brasil conta com diretrizes claras de vigilância ativa e passiva, que sustentam o Plano Nacional de Vigilância para Influenza aviária e Doença de Newcastle (DNC). O objetivo principal é fortalecer a capacidade de detecção precoce da infecção nessas duas doenças, tanto em aves domésticas quanto em aves silvestres. “Além disso, o sistema busca demonstrar a ausência de Influenza aviária e Newcastle nas populações comerciais, requisito essencial para a manutenção dos mercados internacionais, e monitorar o surgimento de novas cepas virais, com implicações diretas para a saúde animal e pública”, sustenta Denise.

O plano é estruturado em diferentes componentes de vigilância. Ele inclui a investigação de casos suspeitos de síndrome respiratória nervosa (SRN) em aves domésticas, a análise de eventos excepcionais de mortalidade em aves silvestres, a vigilância ativa na avicultura industrial e em aves de subsistência localizadas em áreas de maior risco, além do monitoramento em compartimentos oficialmente reconhecidos como livres de Influenza aviária e Newcastle.

A preparação para possíveis emergências sanitárias também é prioridade. Denise ressaltou que o trabalho do Mapa vai além da estruturação técnica e inclui ações de comunicação com o setor e com a sociedade. Campanhas de conscientização sobre biosseguridade e sobre a obrigatoriedade da notificação de casos suspeitos são ferramentas indispensáveis para ampliar a vigilância e garantir respostas rápidas. “A comunicação de riscos é parte essencial do processo. Precisamos que produtores, trabalhadores e a comunidade entendam que cada notificação é uma peça-chave na defesa sanitária do país”, afirmou.

Para a auditora fiscal, o enfrentamento da Influenza aviária só será possível com a união de esforços. “Estamos diante de uma emergência global que ameaça a agricultura, a segurança alimentar, o comércio e os ecossistemas. O vírus já está aqui e a defesa depende de vigilância ativa, biosseguridade rigorosa e, acima de tudo, da responsabilidade compartilhada entre produtores, técnicos e Serviço Veterinário Oficial”, enfatizou.

versão digital está disponível gratuitamente no site oficial de O Presente Rural. A edição impressa já circula com distribuição dirigida a leitores e parceiros em 13 estados brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Com 33 anos de atuação, Sindiavipar reforça protagonismo do Paraná na produção de frango

Trabalho conjunto com setor produtivo e instituições públicas sustenta avanços em biosseguridade, rastreabilidade e competitividade.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) celebra, nesta quarta-feira (19), 33 anos de atuação em defesa da avicultura paranaense. Desde sua fundação, em 1992, a entidade reúne e representa as principais indústrias do setor com objetivo de articular políticas, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.

Foto: Shutterstock

Ao longo dessas mais de três décadas, o Sindiavipar consolidou seu papel como uma das entidades mais relevantes do país quando o assunto é sanidade avícola, biosseguridade e competitividade internacional. Com atuação estratégica junto ao poder público, entidades setoriais, instituições de pesquisa e organismos internacionais, o Sindiavipar contribui para que o Paraná seja reconhecido pela excelência na produção de carne de frango de qualidade, de maneira sustentável, com rastreabilidade, bem-estar-animal e rigor sanitário.

O Estado é referência para que as exportações brasileiras se destaquem no mercado global, e garantir abastecimento seguro a diversos mercados e desta forma contribui significativamente na segurança alimentar global. Esse desempenho se sustenta pelo excelente trabalho que as indústrias avícolas do estado executam quer seja através investimentos constantes ou com ações contínuas de prevenção, fiscalização, capacitação técnica e por uma avicultura integrada, inovadora, tecnológica, eficiente e moderna.

Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, o Sindiavipar ampliou sua agenda estratégica para temas como inovação, sustentabilidade, educação sanitária e diálogo com a sociedade. A realização do Alimenta 2025, congresso multiproteína que reuniu autoridades, especialistas e os principais players da cadeia de proteína animal, reforçou a importância do debate sobre biosseguridade, bem-estar-animal, tecnologias, sustentabilidade, competitividade e mercados globais, posicionando o Paraná no centro das discussões sobre o futuro da produção de alimentos no país.

Os 33 anos do Sindiavipar representam a trajetória de um setor que cresceu com responsabilidade, pautado pela confiança e pelo compromisso de entregar alimentos de qualidade. Uma história construída pela união entre empresas, colaboradores, produtores, lideranças e parceiros que acreditam no potencial da avicultura paranaense.

O Sindiavipar segue atuando para garantir um setor forte, inovador e preparado para os desafios de um mundo que exige segurança, eficiência e sustentabilidade na produção de alimentos.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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Avicultura

União Europeia reabre pre-listing e libera avanço das exportações de aves e ovos do Brasil

Com o restabelecimento do sistema de habilitação por indicação, frigoríficos que atenderem às exigências sanitárias poderão exportar de forma mais ágil, retomando um mercado fechado desde 2018.

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A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por indicação da autoridade sanitária nacional, o chamado pre-listing, para estabelecimentos exportadores de carne de aves e ovos do Brasil. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Foto: Freepik

Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pre-listing, o Mapa atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou.

A confirmação oficial do mecanismo é resultado de uma agenda de trabalho contínua com a Comissão Europeia ao longo do ano. Em 2 de outubro, missão do Mapa a Bruxelas, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, levou à União Europeia um conjunto de pedidos prioritários, entre eles o restabelecimento do pre-listing para proteína animal, o avanço nas tratativas para o retorno dos pescados e o reconhecimento da regionalização de enfermidades.

Na sequência, em 23 de outubro, reunião de alto nível em São Paulo entre o secretário Luís Rua e o comissário europeu para Agricultura, Christophe Hansen, consolidou entendimentos na pauta sanitária bilateral e registrou o retorno do sistema de pre-listing para estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carne de aves, o que agora se concretiza com o recebimento da carta oficial e permite o início dos procedimentos de habilitação por parte do Mapa. O encontro também encaminhou o avanço para pre-listing para ovos e o agendamento da auditoria europeia do sistema de pescados.

Foto: Ari Dias

Na ocasião, as partes acordaram ainda a retomada de um mecanismo permanente de alto nível para tratar de temas sanitários e regulatórios, com nova reunião prevista para o primeiro trimestre de 2026. O objetivo é assegurar previsibilidade, transparência e continuidade ao diálogo, reduzindo entraves técnicos e favorecendo o fluxo de comércio de produtos agropecuários entre o Brasil e a União Europeia.

Com o pre-listing restabelecido para carne de aves e ovos, o Brasil reforça o papel de seus serviços oficiais de inspeção como referência na garantia da segurança dos alimentos e no atendimento às exigências do mercado europeu, ao mesmo tempo em que avança em uma agenda de facilitação de comércio baseada em critérios técnicos e cooperação regulatória.

Fonte: Assessoria Mapa
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