Notícias Na Expointer 2022
RS Innovation Agro incentiva agronegócio de baixo carbono
Evento se projeta como um grande palco para a discussão de temas decisivos ao setor agropecuário do Rio Grande do Sul.
Em sua estreia na Expointer, o RS Innovation Agro se projeta como um grande palco para a discussão de temas que são decisivos para o agronegócio no Rio Grande do Sul. Na quarta-feira (31), quatro secretários de Estado participaram de um painel sobre a agricultura de baixa emissão de carbono, demonstrando a importância do tópico para o meio ambiente e a economia gaúchos. O painel abordou práticas que visam reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa no agronegócio. No centro da discussão, o incentivo à produção sustentável e ao balanço de carbono.
A agricultura de baixo carbono é uma alternativa sustentável para conter os impactos do setor ao meio ambiente. Os gases que agravam o efeito estufa podem ter a sua emissão reduzida com a adoção de algumas práticas no processo de produção agrícola. O Rio Grande do Sul realiza diversas ações para diminuir as emissões, como o plantio direto, a rotação de culturas, a carga adequada de gado no campo, a integração lavoura-pecuária-floresta, a recuperação de pastagens degradadas e o bom uso de resíduos.
Durante o debate, o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, destacou que o modelo praticado no Rio Grande do Sul serve de exemplo para o mundo. “Esse modelo ABC (Agricultura de Baixo Carbono) nasceu no Rio Grande do Sul. Nasceu aqui a integração lavoura-pecuária, o plantio na palha, o reuso de produtos. A atividade produtiva que realizamos sequestra mais carbono do que emite e é modelo para o mundo”, afirmou.
Levantamento de dados sobre descarbonificação
A fim de mitigar os danos causados ao meio ambiente, que também vêm gerando mudanças climáticas, conferências internacionais têm incentivado os setores produtivos a buscar o balanço neutro ou negativo de carbono. A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) está trabalhando no levantamento de dados oficiais, com metodologia reconhecida, sobre a descarbonificação no Estado. De posse desses números, o método de sequestro de carbono — que já é realizado, na prática, em diversas cadeias produtivas do RS — poderá ser certificado.
“Precisamos, agora, fazer a mensuração científica e certificada. E, na Universidade Federal de Santa Maria, já temos dispositivos que medem essas emissões e fazem o balanço em diferentes ambientes naturais. Devemos expor isso para todo o mundo”, disse a secretária Marjorie Kauffmann.
O painel, no RS Innovation Agro, foi mediado pelo secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), Alsones Balestrin, e contou ainda com a presença do secretário da Casa Civil, Artur Lemos, e do presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e diretor de Mercado Internacional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gedeão Silveira Pereira.
A programação do RS Innovation Agro segue até o encerramento da 45ª Expointer, no próximo domingo (04). A iniciativa é uma realização da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), com apoio estratégico da SICT.
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.