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Rota do Queijo valoriza produção paranaense
Iniciativa serve como vitrine da boa qualidade e da variedade das queijarias do Paraná.

Colonial, muçarela, provolone, produtos envelhecidos no vinho e no vinagre, receitas temperadas, outras bastante sofisticadas. Os sabores de alguns dos melhores queijos do Paraná se encontram em um roteiro criado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), que permite aos consumidores encontrar uma produção de alta qualidade, mas que ainda estava dispersa no mapa do Estado.
De acordo com a coordenadora estadual de turismo rural do IDR-PR, Terezinha Busanello Freire, a Rota do Queijo Paranaense foi criada em 2021 como forma de unir diversas queijarias que se destacam pela qualidade da produção em um roteiro no qual o turista pode buscar informações sobre o processo de fabricação, degustar diferentes tipos de queijo e vivenciar momentos de lazer.
Até a publicação desta reportagem, havia 38 queijarias no roteiro. A própria Terezinha explica que esse número varia de forma dinâmica, com a entrada e saída de queijarias. Para participar do roteiro, o pré-requisito principal é a questão sanitária, os estabelecimentos devem ter obrigatoriamente serviço de inspeção sanitária municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF). Segundo ela, a ideia é unir uma queijaria à outra, não apenas de forma geográfica, mas conceitual. “São estabelecimentos que tem uma grande preocupação com a qualidade do produto, muitos já foram premiados em concursos, de modo que o queijo que eles oferecem é diferenciado”, observa.
O roteiro contempla praticamente todas as regiões do Estado, com representantes desde Santo Antônio do Sudoeste, na fronteira com a Argentina; até Ribeirão Claro quase na divisa com São Paulo. A distância entre alguns pontos do roteiro impede que
a rota seja feita toda de uma vez, mas isso faz parte da proposta. “O turista não vai visitar todas as queijarias em uma viagem, a ideia é que, em diferentes momentos, ele possa visitar locais em diferentes regiões”, explica Terezinha, que adianta a criação de um “passaporte do queijo”, que ainda está em fase de construção, no qual o turista poderia marcar as queijarias que já visitou.
A qualidade da produção se alia à riqueza de variedades encontrada na rota. Como passa por propriedades de perfis bastantes distintos, os tipos de queijo variam bastante. Outro
ponto é contemplar as pequenas agroindústrias e fortalecer o turismo rural, de modo que grandes queijarias industriais não participam desse projeto.
Profissionalização está na rota
No caso da Queijos Martinazzo, localizada em Itapejara do Oeste (Sudoeste), o carro-chefe é o queijo do tipo colonial, que já recebeu diversas medalhas em concursos, sendo a última de prata em um concurso mundial realizado em São Paulo nesse ano. Segundo a produtora Roseli Martinazzo, hoje a produção gira em torno de 27 quilos diários, variando entre o colonial, curado de vinho e outras receitas temperadas. Sua história com os queijos tem mais de 30 anos. “Comecei com a minha sogra, ela fazia, aí comecei a fazer e gostei, mas tudo de forma artesanal. Só depois, em 2001, que ganhei um pasteurizador e consegui estruturar minha agroindústria”, conta.
No meio desse processo ela conheceu os cursos do SENAR-PR, que a ajudaram a aprimorar sua produção. “Fiz o curso do SENAR-PR sobre queijos para aperfeiçoar a minha receita. Gostei muito, foi uma mão na roda para mim. Afinal, ninguém sabe tudo”, reflete Roseli, que no momento pensa em construir melhorias na propriedade para a recepção aos turistas.
Apesar de ainda ser novidade, a Rota do Queijo já tem reflexos na comercialização da sua produção. “Antes, comercializava na minha casa, em uma feira e entregava em um supermercado, mas faz alguns meses que parei de entregar no supermercado, estou conseguindo vender tudo diretamente”, afirma.
Purungo de Palmeira
Na região dos Campos Gerais, a queijaria Família Baptista é a única representante no roteiro até o momento. Localizada em Palmeira, ela possui quase 100 anos de tradição na produção queijeira. “Eu comecei a produzir queijo há seis anos, mas é uma tradição da família, meu avô tinha queijaria desde 1939”, conta a produtora Carolina de Paula Baptista. Segundo ela, a família tem tradição na região na fabricação do queijo do tipo purungo, que responde por 95% da produção da propriedade e que já recebeu duas medalhas em competições de queijos.
Na opinião da produtora, desde o lançamento da Rota do Queijo Paranaense, já é possível observar mudanças positivas na comercialização. “Para nós, foi muito importante participar da rota. Como só temos selo de inspeção municipal, a produção estava um pouco estagnada. Com a rota, bastante gente de fora do município passou a conhecer e a comprar”, afirma.
No momento, Caroline está adaptando a propriedade para melhorar a recepção aos turistas. Por enquanto, já recebe grupos, atende café colonial, almoço e oferece atrações como passeios em trilhas junto à natureza, além dos sabores da queijaria, é claro. “Pretendemos aumentar a produção e diversificar. O purungo é um queijo de massa filada, quero buscar outros tipos de queijo para produzir. Vou buscar outras receitas, para isso vou estar estudando e me aperfeiçoando”, planeja a produtora.
Premiação incentiva produção de qualidade
O Prêmio Queijos do Paraná tem o objetivo valorizar e divulgar os queijos de qualidade produzidos no Estado, artesanal e agroindustrial. A iniciativa lançada em 2022 é capitaneada pelo Sistema Faep/Senar-PR, Sebrae-PR, IDR-Paraná e Sindileite-PR. A premiação será realizada em 1º de junho de 2023. As inscrições estão abertas até 31 de março.
A premiação se divide em 19 categorias: 12 voltadas a variedades produzidas a partir de leite de vaca; duas de leite de cabra; duas de leite de ovelha; duas de leite de búfala; e uma categoria para criações, como queijos aromatizados ou condimentados (queijos com ervas, doces e café por exemplo).
Um dos pré-requisitos é que os queijos participantes tenham sido produzidos no Paraná. Para realizar sua inscrição no Prêmio Queijos do Paraná clique aqui.

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Código georreferenciado traz mudanças na forma de identificar propriedades rurais
Ferramenta aumenta precisão logística, facilita fiscalização e organiza dados territoriais em todo o país.

A Câmara dos Deputados deu mais um passo na modernização da gestão territorial do campo. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou, na terça-feira (18), o parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 2.898/2021, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).
A proposta altera a Lei 6.538/1978, que dispõe sobre os serviços postais, para assegurar a designação de um código de georreferenciamento às propriedades rurais e agroindustriais em todo o país.
O objetivo do texto é facilitar a identificação e localização dessas áreas, ampliar a precisão logística, garantir maior segurança jurídica e permitir avanços na integração de dados territoriais.
O projeto já havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Agricultura (CAPADR) e na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI). Na CCJC, cabia apenas o exame de admissibilidade, etapa necessária para atestar constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da matéria.
Ao apresentar seu voto, Delegado Paulo Bilynskyj, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que o texto é enxuto e juridicamente sólido. “Trata-se de um projeto simples, claro e bem articulado. Não há qualquer ofensa a direitos ou garantias constitucionais, tampouco afronta à legislação vigente. Do ponto de vista jurídico e técnico, o PL é absolutamente adequado”, afirmou o relator.
Ele reforçou ainda que a proposta segue os parâmetros da Lei Complementar 95/1998, que orienta a elaboração legislativa. “A alteração é objetiva e não cria redundâncias ou conflitos. Mantém-se fiel à estrutura normativa e contribui para o aperfeiçoamento da legislação”, completou.
Modernização do campo
O deputado Evair Vieira de Melo, coordenador de Direito de Propriedade da FPA, celebrou o avanço da proposta, destacando que a iniciativa atende a uma demanda crescente da agricultura brasileira por precisão, rastreabilidade e segurança territorial. “O georreferenciamento é hoje uma ferramenta indispensável. Ele fortalece a gestão das propriedades rurais, melhora o acesso a serviços e políticas públicas e coloca o Brasil na rota da agricultura de precisão”, elencou o autor do projeto.
Segundo Evair, a medida também contribui para o ordenamento territorial e para a eficiência dos serviços postais e logísticos no meio rural. “Cada propriedade poderá ter um código definido, o que facilita desde entregas até ações de fiscalização, crédito e assistência técnica. É um avanço simples, mas de enorme impacto para o produtor rural”, completou.
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Dia de Campo C.Vale terá receitas premiadas como destaque da programação
Pratos preparados por associados vencedores do concurso gastronômico serão apresentados entre 02 e 04 de dezembro no campo experimental de Palotina (PR).

Os visitantes do Dia de Campo C.Vale, que ocorre nos dias 02, 03 e 04 de dezembro no campo experimental da cooperativa em Palotina (PR), terão a oportunidade de conhecer receitas criadas pelos associados vencedores do concurso gastronômico da cooperativa. O destaque das preparações são as proteínas produzidas pela C.Vale Alimentos.
O concurso reuniu, nos dias 14, 15 e 16 de outubro, 16 associados que prepararam 18 receitas, todas tendo como ingrediente principal os produtos da cooperativa. Cada participante recebeu avental e toque blanche, o tradicional chapéu de chef, e contou com orientação do chef Alexandre Bressanelli e da nutricionista Isadora Wagner Souza, que também atuaram como jurados.
- 16 associados apresentaram receitas com produtos CVale Alimentos
- Os participantes foram orientados pelo Chef Alexandre Bressanelli
A premiação ocorreu no dia 04 de novembro, na Asfuca de Palotina (PR), durante um almoço especial. As 12 melhores receitas receberam bolsas térmicas com produtos C.Vale e terão destaque no Dia de Campo, sendo apresentadas aos visitantes durante os três dias do evento.
Além disso, todas as receitas farão parte de um livro que será distribuído no evento. “Ingredientes de qualidade e talento de quem produziu, não tem como dar errado”, exaltou Alfredo Lang, presidente do Conselho de Administração da C.Vale, durante a premiação.
Receitas e programação do Dia de Campo
Dia 2 de dezembro
- Luana Queiroz Stolaric Nogueira – Tilápias C.Vale ao forno
- Luana Queiroz Stolaric Nogueira – Sarapatel de frango
- Raquel Claus – Torta de filé de tilápias da Salete
- Sandra Pandini – Torta da família
Dia 3 de dezembro
- Juliana Afonso Branco dos Santos – Frango galego com batatas gratinadas e legumes salteados
- Rita Celina de Moraes – Galinhada
- Josenei Calvi – Macarrão da nona com molho de linguiça
- Lariane Aline Paludo Brandt – Agnoline
Dia 4 de dezembro
- Lenir Sartori Benetti – Aperitivo crocante com creme de alho
- Vilma Rufato Gonçalves – Caldo mineiro
- Giuliano Antônio Rossato – Omelete cremoso com filé de tilápia do João Pedro
- Iris Rafaella Carvalho Cordeiro – Tilápia guisada
O evento, que combina inovação gastronômica e valorização da produção local, reforça o papel da C.Vale em integrar associados, produtores e consumidores, promovendo tanto a qualidade dos produtos quanto o conhecimento e a tradição culinária da região.
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Capal realiza Semana Compliance+ e reforça cultura da integridade entre colaboradores
Programação envolveu palestras, momentos interativos e lançamento da nova edição do Código de Conduta da cooperativa.

A Capal Cooperativa Agroindustrial promoveu, entre 10 e 14 de novembro, a Semana Compliance+ 2025, reunindo colaboradores em uma programação voltada ao fortalecimento da cultura ética, da governança e das boas práticas internas. As atividades aconteceram na ASFUCA, em Arapoti (PR), com transmissão ao vivo para todas as Unidades da Cooperativa.
Ao longo da semana, os participantes acompanharam palestras e outras atividades que ampliaram o entendimento sobre responsabilidade, integridade e prevenção a riscos. A abertura contou com a apresentação dos resultados do Programa Embaixadores do Compliance, que reconhece colaboradores dedicados à disseminação das práticas de conformidade.
O agente de segurança patrimonial Marcel José de Souza, que atuou como Embaixador do Compliance ao longo do ano, avaliou positivamente a experiência. “Tivemos vários bate-papos, repassamos os temas recebidos, divulgamos materiais nos murais e nas redes internas, para que todos ficassem atentos aos encontros e aos conteúdos. Foi uma troca muito rica: eu compartilhei o que aprendi e recebi muito conhecimento dos colegas também. Foi uma experiência muito legal”, relata.
Novo Código de Conduta
O evento também marcou o lançamento da nova edição do Código de Conduta Capal, documento que orienta comportamentos, normas internas e princípios éticos que guiam o trabalho de todos os colaboradores.
Marcos Ferraretto, coordenador do setor de Auditoria Interna, destacou a abrangência dos temas tratados. “Durante a semana, tivemos várias atividades. Falamos sobre compliance, sobre a nova edição do Código de Conduta, sobre lavagem de dinheiro e sobre o tom da alta administração. Tudo isso reforça nossos pilares, para que todos estejam engajados em fazer o certo da melhor forma”, pontua.
Ele ressaltou ainda que o evento fortalece princípios fundamentais: “O objetivo da Semana Compliance+ foi reforçar a cultura do ‘fazer o certo’ na cooperativa. Essa cultura é extremamente importante porque atinge todos os níveis: colaboradores, clientes, fornecedores e cooperados. Isso enriquece a cooperativa, mantendo-a sempre alinhada ao correto. Reforça também a nossa cultura organizacional”, ressalta.
Integridade como valor histórico
Para o presidente executivo da Capal, Adilson Roberto Fuga, o tema desta edição, “Fazer o certo nos diferencia”, reafirma um princípio que acompanha a cooperativa desde sua fundação. “Esse tema é extremamente importante, porque a cooperativa sempre pregou que devemos fazer a coisa certa, sem desviar dos nossos propósitos. Se conseguirmos que todos os colaboradores mantenham isso em mente, tornaremos a cooperativa mais forte e mais segura para se trabalhar. É algo que devemos levar para o dia a dia”, afirma.
Fuga também destacou o posicionamento firme da Capal quanto ao combate à corrupção. “A cooperativa é totalmente contra qualquer tipo de corrupção. Há muito tempo reforçamos isso. A Capal trabalha com muita seriedade e não admite nenhum tipo de desvio. Em 65 anos, nunca esteve envolvida em escândalos ou casos de corrupção, o que mostra o compromisso com o tema. A posição é clara: zero corrupção”, menciona.
Programação diversa
Além das palestras, foram destaque na programação o Show do Compliance, um momento de interação e revisão de conteúdos, e o Workshop para Lideranças, em que líderes de diversos setores participaram de um momento direcionado, sobre governança, riscos e desenvolvimento sustentável.
A Semana Compliance+ evidenciou a importância da integridade na rotina da Capal, contribuindo para um ambiente de trabalho seguro, transparente e alinhado aos princípios cooperativistas.





