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Rodada Internacional de Negócios impulsiona mercado de pescados no IFC Brasil 2024

Evento reuniu mais de quatro mil participantes e contou com a participação de mais de 150 empresas expositoras, além de abrigar 10 atividades simultâneas e lançamento de sete produtos inovadores para o setor.

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A sexta edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC Brasil), realizada entre os dias 24 e 26 de setembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná, foi marcada pela 2ª Rodada Internacional de Negócios do Projeto Brazilian Seafood, que alcançou resultados expressivos. A iniciativa, organizada em parceria com a Apex Brasil e a Abipesca, reuniu empresas brasileiras da aquicultura e compradores internacionais, gerando US$ 700 mil em negócios e abrindo perspectivas de US$ 10 milhões para os próximos 12 meses.

Fotos: Divulgação/IFC Brasil

O evento deste ano contou com a presença de importadores estratégicos dos Estados Unidos, Uruguai e México, consolidando o IFC Brasil como um importante polo de conexões e oportunidades para o setor aquícola brasileiro.

Além das negociações internacionais, o IFC Brasil 2024 também promoveu o “Dia do Produtor”, em 26 de setembro, que atraiu mais de 300 produtores das cooperativas paranaenses C.Vale, Coopacol, entre outras. O Sebrae, patrocinador do evento, mobilizou participantes de sete estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, Goiás, Rondônia, Paraná, Piauí e Ceará, além de representantes internacionais do Paraguai e da Argentina, reforçando a importância da integração e da troca de conhecimentos para o desenvolvimento do setor.

O IFC Brasil 2024 promoveu ainda eventos simultâneos, como o “Congresso Internacional de Aquicultura”, que abordou temas como Economia Azul, estratégias de exportação e inovações tecnológicas. Outro destaque foi o “Fórum Aquacultura 4.0”, organizado pela Embrapa, que debateu tendências em aquicultura digital e de precisão.

O evento também acolheu a 5ª edição do “Encontro Mulheres da Aquicultura”, com o tema “Cooperativismo e Negócios”, reunindo mulheres da cadeia produtiva do pescado para discutir liderança feminina e oportunidades no setor. A CEO do IFC Brasil, Eliana Panty, ressaltou a realização do 5º Encontro Mulheres das Águas durante o evento: “Esta edição do IFC Brasil marcou a maturidade do encontro Mulheres das Águas”.

Outras atrações incluíram o “Workshop sobre Sistema de Recirculação de Água”, organizado em parceria com a BluEco Net e a Unioeste, focando na produção sustentável em sistemas intensivos, além da apresentação de 175 trabalhos científicos, estabelecendo um recorde no evento. Ainda, a 4 Reunião Ordinária do Coesaqua | Agência de Defesa Aqropecuária do Paraná – tratou da Inclusão da Peixe BR na Agência. Ao todo, foram mais de dez eventos simultâneos, reforçando o IFC Brasil como o maior encontro do setor aquícola no país.

O presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, destaca que esta foi a melhor de todas as edições do evento, principalmente em função do alto nível das palestras e da qualidade dos debates. “Foram mais de 70 conferencistas, sendo 15 internacionais”.

Presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin: “O IFC Brasil se consolida como um evento internacional e um dos grandes eventos da aquicultura e pesca da América Latina. Essa é a marca da sexta edição”

Ele chama atenção ainda para outros números, como mais de 100 expositores e 150 marcas envolvidas, e o volume de negócios realizados, nacionais e internacionais, que superou R$ 120 milhões. “Tivemos ainda a participação de delegações de diversos países, como Argentina, Paraguai e Chile. Os números do IFC Brasil, segundo ele, refletem a grandeza do evento. “O IFC Brasil se consolida como um evento internacional e um dos grandes eventos da aquicultura e pesca da América Latina. Essa é a marca da sexta edição”, enfatiza.

Para Eliana Panty, o IFC Brasil 2024 atingiu um nível de maturidade, com avanços a cada ano, marcados também pelo envolvimento da gastronomia, o ritual do corte do atum, o festival do tambaqui e o interesse de outros estados, tanto para comprar quanto para vender. “O IFC Brasil se diferencia pelo cuidado especial com os expositores e visitantes, buscando proporcionar um ambiente confortável, oferecer conteúdo de qualidade com uma programação ampla e focada, e uma feira direcionada. Com tudo isso, é um evento que busca excelência”.

Oportunidades e potencial do mercado brasileiro de pescados

Com conferências apresentadas por mais de 70 especialistas de quatro continentes e mais de 20 horas de conteúdo, o IFC Brasil 2024 explorou temas como Economia Azul, estratégias para exportação, acesso a crédito e inovações tecnológicas, destacando o potencial de crescimento do mercado brasileiro de pescados e a importância da sustentabilidade na produção aquícola.

Entre os eventos simultâneos, destacaram-se o Congresso Internacional de Aquicultura, que abordou questões como o desenvolvimento sustentável e a Economia Azul, e a Feira de Tecnologias e Negócios (VI Fish Expo), que gerou R$ 120 milhões em negócios, consolidando-se como a maior plataforma de inovações do setor.

Sustentabilidade e inovações

O compromisso com a sustentabilidade foi outro ponto de destaque no IFC Brasil 2024, com a iniciativa “Net Zero”, que visou zerar as emissões de gases de efeito estufa geradas pelo evento. A medida, realizada em parceria com a consultoria Net Zero e certificada pela GPX, demonstra o compromisso do evento em promover uma produção de proteína com menor pegada de carbono.

A feira também foi palco para o lançamento de inovações tecnológicas e soluções para a aquicultura e produção de pescados. Entre os destaques, estavam as empresas Brazilian Pet Foods, AquaGenetics, Têxtil Sauter, BSF Aquicultura, Bernauer Aquacultura, Niju Implementos Rodoviários, Hipra e Safeeds Nutrição Animal, que apresentaram suas novidades ao mercado. A Cresol lançou o projeto Empreendedorismo Rural, voltado aos produtores de peixe, durante o IFC Brasil. O Empreendedorismo Rural com foco na produção de pescados beneficiará, inicialmente, 25 piscicultores com assistência técnica para melhorar a rentabilidade da produção e consultoria financeira da Cresol.

Expositores internacionais

Parceiro internacional do IFC Brasil 2024, o Club de Innovación Acuícola do Chile esteve presente na sexta edição com quatro empresas associadas: Patagonia ROV, Orbe XXI, Enerpry e Satelnet. “O IFC Brasil 2024 é uma oportunidade única para fazer contatos, apresentar os desafios e as ofertas das empresas do nosso Club de Innovación Acuícola”, pontua o Diretor Executivo do Club de Innovación, Adolfo Alvial.

Startups

Dez empresas com soluções inovadoras para a cadeia produtiva da pesca e aquicultura expuseram suas soluções no espaço Inova Aqua, do IFC Brasil 2024. A área da feira destinada a startups é uma iniciativa da organização do evento, em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

CEO do IFC Brasil 2024, Eliana Panty: “O IFC Brasil é um evento que busca excelência”

Entre as startups participantes, a Aquário de Ideias, incubadora da UNESP no Vale do Ribeira e Litoral Sul de São Paulo, é referência sul-americana em inovação na aquicultura, apoiando mais de 50 projetos e startups. Entre as empresas incubadas, estão a Sample, focada em biotecnologia para aquicultura, e a Growd, que desenvolve bioprodutos sustentáveis à base de algas. Outras iniciativas destacadas são o By Fish, grupo de oito startups alimentícias inovadoras, e a Unihub Toledo, da Unioeste, voltada ao desenvolvimento de tecnologias.

No Rio Grande do Sul, a NutriTech produz suplementos à base de farelo de arroz e a Usina do Peixe transforma resíduos em alimentos. A Aqualife Insumos fornece soluções sustentáveis para aquicultura, e a Bioconnex, em Toledo (PR), atua na assessoria ambiental. Já a Catfish Engenharia, localizada em Vale Verde (RS), desenvolve tecnologias de automação e monitoramento utilizando sistemas bioflocos.

IFC Brasil 2024 em Números

O IFC Brasil 2024 reuniu mais de quatro mil participantes e contou com a participação de mais de 150 empresas expositoras. A programação incluiu 175 trabalhos científicos inscritos, mais de 70 conferencistas renomados, e mais de 20 horas de conteúdo. O evento abrigou 10 atividades simultâneas e contou com o lançamento de sete produtos inovadores para o setor. Especialistas de quatro continentes estiveram presentes, trazendo uma visão global para o futuro da aquicultura.

Com esses resultados, o IFC Brasil 2024 reforça seu papel como evento de integração da cadeia de pescados entre Brasil e América Latina. “O IFC Brasil se consolida como o evento essencial para inovação, conhecimento e oportunidades no mercado global”, finaliza a CEO do evento, Eliana Panty.

Fonte: Assessoria IFC Brasil

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Com novas quedas, preços da tilápia voltam aos níveis de 2022

Esse cenário é reflexo da oferta elevada de peixes e da demanda enfraquecido.

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Foto: Jonathan Campos

Em outubro, os preços da tilápia continuaram em queda em quase todas as praças acompanhadas pelo Cepea, voltando aos patamares observados em 2022.

Pesquisadores do Cepea explicam que esse cenário é reflexo da oferta elevada de peixes e da demanda enfraquecida.

Diante da alta disponibilidade interna, as exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários) aumentaram de forma expressiva.

Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, foram 1,7 mil toneladas embarcadas em outubro, elevação de 8,1% frente ao mês anterior.

Em relação ao mesmo período de 2023, o volume quase dobrou.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Peixes

Governo federal paga auxílio para pescadores da Região Norte

Benefício no valor de R$ 2.824 é destinado para atender famílias que tiveram suas atividades gravemente afetadas pela seca e a estiagem nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O governo federal paga nesta segunda-feira (04) o Auxílio Extraordinário para aproximadamente 148 mil pescadores e pescadoras da Região Norte afetados pela seca histórica deste ano. O benefício, no valor de R$ 2.824, será depositado na Caixa Econômica Federal para atender famílias que tiveram suas atividades gravemente afetadas pela seca e a estiagem nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia

Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, a parcela única será paga diretamente na conta que o beneficiário tem na Caixa – ou em conta poupança social digital aberta automaticamente pelo banco. No total, serão pagos mais de R$ 418 milhões.

Tem direito ao auxílio, os pescadores e pescadoras que receberam o seguro-desemprego do pescador artesanal e que moram em municípios da Região Norte em situação de emergência, reconhecida pelo governo federal e cadastrados pelo município até o dia 08 de outubro.

O Amazonas é o estado com maior número de beneficiários, quase 79 mil pessoas, em 49 municípios. Já no Acre e em Rondônia, essa espécie de seguro da seca vai beneficiar pescadores de 22 municípios cada. No Pará, além da capital Belém e de Muaná, na Ilha de Marajó, trabalhadores de outras 19 cidades poderão sacar o montante.

O auxílio foi instituído pelo governo federal por meio da Medida Provisória (MP) 1.263/2024 para atender as famílias de pescadores artesanais afetadas pela seca extrema e prolongada que está afetando a Região Norte, desde o início em junho deste ano. A lista com os municípios atendidos e a quantidade de beneficiários pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Agência Brasil
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Peixes

UPA Copacol completa um ano de inovação tecnológica

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Com tecnologia inovadora na América Latina, a Unidade de Produção de Alevinos (UPA) da Copacol, em Quarto Centenário, completa o primeiro ano de funcionamento pleno, com significativos resultados, que geram oportunidades para milhares de famílias no campo e na cidade.

Fotos: Divulgação/Copacol

O sistema implantado possui uma característica exclusiva, unindo sustentabilidade e biossegurança, com um modelo inspirado no sistema israelense, com baixa utilização de água e controle de acesso rigoroso. “É um orgulho vermos que todo esse processo aqui se transforma em garantia de qualidade, sanidade e biossegurança dos alevinos que vão para as propriedades cooperadas. Nossa UPA toda a tecnologia que precisamos para continuar evoluindo com genética e acompanhamento próprios, o que reflete em avanços contínuos, tornando nossa região um verdadeiro exemplo nesta diversificação”, destaca o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, que esteve na estrutura para comemorar o primeiro ano de funcionamento da UPA.

A primeira UPA da Copacol fica em Nova Aurora e completa em dezembro uma década de existência, com resultados extremamente elevados: a produção supera 50 milhões de alevinos/ano. Além de ampliar as oportunidades a campo, a nova UPA consolida o pioneirismo da Copacol na atividade e faz com que ela tenha o domínio de toda a cadeia produtiva, garantindo a autossuficiência na produção de alevinos.

A água utilizada nos sistemas tem como origem poços artesianos e tem total reutilização. Além disso, o volume de água representa apenas 10% do que é utilizado no método convencional. “A sustentabilidade é um princípio essencial para a atividade, por isso, buscamos um modelo inovador, que conservasse nosso bem maior, a água. Tivemos muitos desafios neste primeiro ano, no entanto, cada etapa foi superada proporcionando uma experiência de toda a nossa equipe técnica”, afirma o gerente da Integração Peixes, Nestor Braun.

Estrutura
A UPA em Quarto Centenário possui 22 mil metros de área construída, com tanques exclusivos para o sistema reprodutivo, além de banco genético exclusivo. A primeira etapa do processo de produção ocorre no acasalamento das tilápias. Os ovos são coletados nas bocas das fêmeas e passam para a incubação artificial. Dentro de sete dias ocorre a eclosão: após o nascimento, as larvas se alimentam do saco vitelino até a formação completa do trato digestório.

Quando esse processo termina naturalmente, elas são levadas para a primeira fase de crescimento, em sistema simbiótico, quando as bactérias boas entram em simbiose com o meio, com alimentação de ração farelada.

Após 15 dias elas são transferidas para a segunda fase de crescimento, em sistema de recirculação de água, até atingirem o peso para despesca, e serem enviados para as propriedades dos cooperadores. “Essa unidade representa o futuro, não só para a produção de alevinos, mas também para juvenis e quem sabe para a engorda na terminação também. Os sistemas produtivos nos permitem trabalhar com altas densidades, proporcionando altas produtividades de espaços reduzidos combinando com uso racional de água, isso é perfeito”, destaca o supervisor da Unidade, Diego André Werlang.

Banco genético 
No setor de banco genético, os peixes são reproduzidos e classificados. Após os ciclos de acasalamento, incubação e larvitura, ocorre a alevinagem: as larvas alojadas em hapas – dentro das estufas – quando atingem 30 gramas, são microchipadas, pesadas/medidas e transferidas para as lagoas de ranking, onde são avaliadas em condições semelhantes das propriedades dos cooperados, com aeração, densidade e manejo. Quando chega o ponto de abate, é feita a biometria final.

Os peixes são identificados, medidos e sexados, garantindo uma nova seleção genética para futuros acasalamentos. O banco genético conta ainda com o avozeiro onde as tilápias com alto valor genético, sem grau de parentensco, passam a gerar ovos em tanques, que resulta em de futuras matrizes e reprodutores: ao atingirem 350 gramas os peixes machos são separados das fêmeas e transferidos para produção.

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