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Robotização na suinocultura de precisão propicia melhora na qualidade e aumento da produção

A robotização no trato dos animais com uso de robôs é a prática que entrega o maior retorno imediato ao produtor

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Giovani Molin, diretor da Roboagro com MBA em Gestão Empresarial pela FGV

A suinocultura nacional vislumbra um cenário favorável no horizonte. As primeiras projeções do mercado para 2020 mostram um crescimento de pelo menos 4% na produção de suínos. Além disso, a crise global no setor de proteína animal provocada pela Peste Suína Africana (PSA), na China e na Europa, deve seguir puxando as exportações neste ano. Neste cenário, a cadeia produtiva se volta para a necessidade de aumentar a sua produção, a fim de aproveitar as oportunidades. Porém, mesmo com um mercado em aquecimento, os custos de produção com alimentação ainda se mantêm altos e afetam todo o processo produtivo, em especial na fase de crescimento e terminação dos lotes de suínos.

Um dos grandes desafios deste processo está na dificuldade de acompanhamento do programa estipulado pelas equipes técnicas, já que os resultados da produção, na maioria dos casos, são conferidos apenas ao final do lote, quando este está fechado e oferece pouca possibilidade de otimização, tampouco de correção de falhas que prejudicaram o pleno desenvolvimento. Além disso, esta forma de organização oferece poucas informações sobre o processo produtivo, apurando apenas os principais índices de produção (mortalidade, consumo de ração, GPD, Conversão Alimentar, entre outros) no fechamento do lote.

Este não é um panorama novo, várias áreas da cadeia produtiva já enfrentaram este desafio. Na agricultura, por exemplo, produtores vêm adotando desde a década de 1990 ferramentas e tecnologias que possibilitam conhecer de maneira completa toda a área disponível para cultivo, a partir de mapas de produtividade. Adotando técnicas para correções de desuniformidades nas lavouras, aumento de quantidade e qualidade da produção, se evita perdas e gargalos de produção, a chamada agricultura de precisão. Práticas semelhantes passaram a ser utilizadas também no campo da zootecnia na última década. Assim como nas lavouras, chegou a vez das granjas adotarem o aprimoramento das atividades cotidianas de nutrição e cuidados com a sanidade e o bem-estar animal, a partir do monitoramento em tempo real do manejo.

Dentro da suinocultura de precisão, o abastecimento de água e a distribuição de ração são pontos cruciais para o produtor e áreas onde a robotização tem mostrado grandes resultados no aumento da produtividade. Entre os principais benefícios estão a eliminação de desperdícios e o controle de qualidade dos lotes, tendo como vantagens adicionais a qualidade da carne e maiores retornos financeiros. Sem falar de pontos cruciais na suinocultura, como bem-estar animal e sanidade.

Dentre o conjunto de técnicas que podem ser utilizadas na suinocultura de precisão, a robotização no trato dos animais com uso de robôs é a prática que entrega o maior retorno imediato ao produtor. Ao utilizar esses sistemas para este fim, é possível ter o controle total e em tempo real da alimentação dos suínos, com a garantia da quantidade correta em cada baia/trato ao longo do dia, da precisão no volume de ração distribuída em cada baia. Tudo isso organizado em informações gerenciais para a tomada de decisão do produtor e/ou da equipe técnica.

Além disso, esse tipo de sistema oferece ganhos pontuais que se refletem não só no aumento de produtividade da granja, mas na qualidade do produto final. Como:

  • Uniformidade de carcaças através da distribuição uniforme de ração ao longo do comedouro;
  • Entrega silenciosa e pontual da ração na hora programada, evitando o estresse animal;
  • Bem-estar animal através da distribuição linear de ração, evitando a competição entre os suínos e a ação dos predominantes;
  • Tratamento menos ruidoso e com música clássica, proporcionando um comportamento estável aos suínos e um melhor desempenho;
  • Redução do índice de mortalidade por torção e outros fatores sanitários.
  • Controle e rastreabilidade da ração distribuída em cada trato, facilitando a análise individual de cada distribuição.

Mais ganhos

Ganhos que se refletem em uniformidade de carcaças, carne de melhor qualidade e, principalmente, uma melhor conversão animal e melhor GPD, aumentando os resultados para o produtor, além de melhorar a competividade e ganhos para o criador.

Por fim, na outra ponta do sistema, está a possibilidade de pensar o processo de manejo como um todo. Ao integrar de forma rápida os relatórios fornecidos pelo sistema robotizado com softwares de gerenciamento de produção específicos para a suinocultura, tais como a plataforma S4 da Agriness, é possível agir de forma preventiva em gargalos de produção e no controle do bem-estar animal, prevendo e tratando comportamentos indesejados dos suínos e possíveis quedas de rendimento do lote antes que estas cheguem ao destino final.

Assim como ocorreu na agricultura de precisão, na suinocultura atual é impossível falar de ganhos e aumento de produtividade dos lotes sem adesão a esses sistemas e a essa nova forma de gestão. A próxima década será uma era de mudanças, em que o resultado final estará atrelado ao nível de inovação empregado na produção, tornando obsoletas práticas e tecnologias que estão sendo empregadas há pelo menos 20 anos. O mercado precisa estar atento às inovações que estão surgindo a favor da suinocultura brasileira. A suinocultura de precisão não é mais o futuro, é o presente.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de janeiro/fevereiro de 2020.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Uso de minerais para potencializar o desempenho de leitoas

Minerais quelatados demonstram ser mais biodisponíveis, evitando antagonismos e oferecendo vantagens em relação a outras fontes de minerais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Artigo escrito por Débora Reolon, DVM Ph.D. e gerente Sênior de Serviços Técnicos na Novus

As leitoas, ou marrãs, representam o potencial de futuro da suinocultura e, em geral, constituem a maior porcentagem da população do rebanho reprodutor em relação a outras paridades. As leitegadas de leitoas têm o maior custo de leitões desmamados, tornando imperativa a retenção além do primeiro parto. O desenvolvimento, o manejo e a seleção de leitoas de reposição são de grande relevância para a longevidade das matrizes, a produtividade ao longo da vida e o retorno por matriz inventariada.

A taxa média de reposição de matrizes a nível mundial é superior a 50%. Isso se deve principalmente à falha de retorno ao estro pelas matrizes no pós-parto, ao mau desempenho reprodutivo, às más condições de saúde do sistema locomotor, à mortalidade/eutanásia e ao anseio de acelerar o progresso genético através da introdução de leitoas.

Com maior sensibilidade ao manejo nutricional, as leitoas com genótipo de fêmeas hiperprolíficas tendem a ter um maior potencial de crescimento magro, mas com menor taxa de consumo alimentar. Nesse caso, uma das alternativas seria reduzir a velocidade de crescimento e a deposição de proteínas e armazenar mais minerais e gordura, para sua posterior utilização na lactação, período em que o equilíbrio entre a ingestão e as necessidades não seria adequado.

A substituição dos minerais inorgânicos tradicionais por uma forma altamente biodisponível de minerais biquelatados pode ajudar matrizes hiperprolíficas a manter um peso corporal consistente (constante). Juntamente com o suporte às matrizes, estudos demonstram que a alimentação com minerais orgânicos biquelatados também pode aumentar a longevidade até a terceira paridade e resultar em uma redução de 7% na mortalidade das matrizes.

Vários estudos resumindo um conjunto de dados de mais de 200.000 partos, em que as matrizes foram alimentadas com minerais orgânicos biquelatados altamente biodisponíveis, revelaram alguns dados importantes (Tabela 1):

  • Maior número de matrizes retiras até o terceiro parto;
  • Taxa de mortalidade 7% menor nas matrizes;
  • Redução na taxa de mortalidade de leitões em mais de 1%
  • Aumento significativo no número de leitões desmamados por matriz ao longo da vida
  • Nascimento de 3 leitões desmamados a mais por matriz ao longo da vida

Os minerais quelatados demonstram ser mais biodisponíveis, evitando antagonismos e oferecendo vantagens em relação a outras fontes de minerais. Comparativamente, os minerais biquelatados teriam mais efetividade na absorção visto que são protegidos por duas moléculas de HMTBa (metionina hidroxianálogo) através de ligações químicas mais fortes. Essa estrutura resulta em uma carga neutra, reduzindo as reações de minerais com outros componentes da dieta – o que, por sua vez, otimiza a absorção mineral, melhorando os resultados relacionados com a longevidade, a produtividade e integridade estrutural em leitoas.

Suporte à integridade estrutural

Uma das principais razões para a baixa produtividade em leitoas e matrizes é a claudicação. A claudicação clínica é responsável por reduzir a taxa de nascimentos da fêmea em até 1,5 partos e também por diminuir significativamente o número de leitões nascidos.

Elementos como Zn, Cu e Mn são essenciais para o desenvolvimento estrutural. Uma pesquisa conduzida em 2023 indica que a fonte de minerais afeta o desenvolvimento do tecido ósseo, a síntese de cartilagem e a relação síntese: degradação de cartilagem de uma maneira diferente. A forma quelatada de metionina hidroxianálogo de Zn, Cu e Mn promoveu uma melhora nessas medidas de desenvolvimento estrutural em um grau maior do que os minerais fornecidos na forma inorgânica ou como glicinato ou complexo de aminoácidos. A melhoria no desenvolvimento estrutural deve resultar em uma leitoa mais resiliente aos desafios estruturais. Isso resulta em uma menor taxa de remoção por fatores estruturais e também em uma maior produtividade e utilização da leitoa no rebanho. A pesquisa é capaz de demonstrar a eficiência do uso de minerais orgânicos na redução da taxa de remoção relativa por problemas locomotores. Estudiosos observaram que fêmeas alimentadas com minerais biquelatos versus grupo-controle tiveram uma taxa de remoção 34% menor. Além disso, as leitoas apresentaram escores (pontuações) mais altos de marcha e concentrações plasmáticas mais elevadas de osteocalcina (um importante biomarcador da síntese óssea), bem como menores taxas de mortalidade e remoção global (Gráfico 1).

Desenvolvimento de Leitoas e Produtividade de Matrizes

Estudos podem demonstrar o impacto positivo exercido pela suplementação mineral adequada sobre a produtividade de leitoas. Pesquisadores demonstraram que leitoas alimentadas com minerais biquelatados podem alcançar maior longevidade. Elas também apresentam uma melhoria na taxa de nascimentos de 1,4 pontos percentuais, uma redução no intervalo entre o desmame e o cio em 0,8 dias e uma taxa de repetição menor 2,2%.

Outros estudos demonstraram um efeito positivo da alimentação com minerais Zn, Cu e Mn durante o desenvolvimento em leitoas que chegam ao primeiro parto. Nesse caso, um total de 10.725 leitoas tratadas com estes minerais em substituição a 50% dos minerais inorgânicos apresentaram uma redução significativa na taxa de remoção desde a primeira cobertura ao nascimento. Além disso, a taxa de remoção por problemas locomotores foi menor, e esses resultados também foram observados nos partos subsequentes (Tabela 2).

Impacto dos Minerais na Epigenética

Além disso, a adição de minerais orgânicos biquelatados às dietas na fase de creche em ensaios de pesquisas promoveu significativamente o crescimento dos leitões, melhorando o ganho de peso corporal e a relação consumo de ração: ganho de peso. Isso pode ser o resultado de vias epigenéticas que modificam o potencial de crescimento dos leitões.

A epigenética é o estudo de mudanças fenotípicas hereditárias que não envolvem alterações no DNA. A epigenética prepara de maneira eficaz a progênie (descendência) para o seu ambiente, alterando a frequência de expressão do DNA e a frequência com que determinadas sequências de DNA são expostas à cópia.

Um estudo realizado na Universidade do Estado da Carolina do Norte descobriu que a substituição de minerais inorgânicos por minerais orgânicos biquelatados nas dietas de matrizes resultou em uma redução de marcadores inflamatórios em seus leitões. O marcador inflamatório Nf-KB (fator nuclear kappa-B) foi reduzido, resultando em menos cascatas inflamatórias que poderiam prejudicar a saúde geral dos leitões e sua resposta ao estresse, especialmente no trato gastrintestinal ao desmame.

Os leitões de matrizes que foram alimentadas com minerais mais biodisponíveis também apresentaram maior acetilação de histonas, o que permitiu a proliferação de células musculares. Adicionalmente, os leitões exibiram menos fatores responsáveis pela diminuição na formação do tecido muscular esquelético; portanto, as fibras musculares crescem a uma taxa mais próxima do máximo potencial genético do animal.

A adição de minerais orgânicos biquelatados altamente biodisponíveis às dietas de leitoas pode melhorar o desenvolvimento e a consistência desses animais quando se tornam matrizes, resultando em maior produtividade, maior retenção de matrizes para mais gestações, maior número de leitões desmamados por tempo de vida, maior desempenho dos leitões após o desmame, e maior rentabilidade.

Conclusão

A alimentação de leitoas com minerais orgânicos biquelatados biodisponíveis pode melhorar significativamente seu desempenho ao longo da vida, reduzir a taxa de remoção e melhorar a retenção das fêmeas no plantel reduzindo significativamente o custo de produção.

As referências bibliográficas estão com a autora. Contato: manara.grigoletti@novusInt.com.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente com Débora Reolon
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Suínos

Filipinas assume primeiro lugar nas exportações de carne suína do Brasil em 2024

Setor registra recorde mensal em receita dos embarques; embarques mensais crescem 40,7% e registram segundo melhor desempenho histórico.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

As exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 130,9 mil toneladas em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é o segundo melhor saldo mensal da história do setor, e supera em 40,7% as exportações registradas no mesmo período do ano passado, com 93 mil toneladas.

Em receita, o saldo é recorde: total de US$ 313,3 milhões em outubro, superando em 56,4% o total realizado no décimo mês do ano passado, com US$ 200,3 milhões.

No ano (janeiro a outubro), as exportações de carne suína acumulam alta de 10,7% em volumes, alcançando 1,121 milhão de toneladas exportadas nos dez primeiros meses de 2024, contra 1,013 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior.

A receita de exportações em 2024 também é positiva, com alta de 5,2%, com total de US$ 2,482 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, contra US$ 2,361 bilhões no mesmo período do ano passado.

No levantamento por destino, as Filipinas assumiram, pela primeira vez, o primeiro lugar nas exportações de carne suína do Brasil no acumulado do ano, com total de 206 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro de 2024, saldo 103,3% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida estão China, com 199,9 mil toneladas (-40,6%), Chile, com 92,5 mil toneladas (+33,9%), Hong Kong, com 89,4 mil toneladas (-11,8%) e Japão, com 75,8 mil toneladas (+137,2%).

“Após anos como principal destino das exportações de carne suína do Brasil, a China cedeu lugar para as Filipinas, em um momento em que vemos o setor ampliar significativamente a capilaridade de suas exportações. No mês de outubro, dos 10 primeiros importadores, apenas dois não registraram crescimentos expressivos, o que coloca a suinocultura exportadora do Brasil em um novo quadro, com maior sustentabilidade comercial”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína do Brasil, com 68,6 mil toneladas exportadas em outubro, saldo 45,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão Rio Grande do Sul, com 27,6 mil toneladas (+25,6%), Paraná, com 20,6 mil toneladas (+44,5%), Mato Grosso, com 3 mil toneladas (-19,2%) e Mato Grosso do Sul, com 2,9 mil toneladas (+54,6%).

Fonte: Assessoria ABPA
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Suínos

Indústrias de suínos do Paraná geraram mais de quatro mil novos empregos no ano passado

Estado registrou em 2023 o maior aumento absoluto no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos. Foram registrados 4.060 vínculos empregatícios, 17% a mais que em 2022, representando 67% do total de vagas geradas no Brasil segmento industrial.

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Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto do Brasil no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos, quando comparado ao ano anterior. Os dados estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 1º a 7 de novembro.

Fotos: José Fernando Ogura/AEN

Em 31 de dezembro de 2023, o Estado contabilizou um acréscimo de 4.060 vínculos empregatícios nas indústrias da suinocultura, um crescimento de 17% em comparação com a mesma data de 2022. Na comparação anual o numero de empregos passou de 23.683 registros 2022 parta 27.743 em 2023. Isso representou 67% do total de vagas geradas no País nesse segmento no período. Em seguida, destacaram-se o Rio Grande do Sul, com aumento de 671 empregos (11% do total nacional), e Santa Catarina, com 570 novos postos (9% do total).

A nível nacional, o crescimento em 2023 foi de 5,4%, o que equivale a 6.072 novos postos de trabalho, somando 119.555 empregos formais na categoria.

Em termos de volume de produção, Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína, liderou o total de postos de trabalho, com 33.657 vínculos ativos, representando 28% do total nacional. O Paraná ficou em segundo lugar, com 27.743 vínculos ativos (23% do total), seguido pelo Rio Grande do Sul com 18.092 (15%), Minas Gerais com 12.415 (10%) e Mato Grosso do Sul com 7.768 (6%).

Por outro lado, o setor nacional de criação de suínos, que abrange a criação para produção de carne, banha e sêmen, apresentou uma redução de 3,6% no número de vínculos formais em 2023 (1.285 empregos). O Paraná ocupou a segunda posição no número total de empregos formais nas granjas de produção, com 5.278 postos de trabalho (15% do total), ultrapassado apenas por Minas Gerais, com 9.020 postos preenchidos, representando 26% do total nacional. “Esses dados refletem a dinâmica do mercado de trabalho no setor de suínos em 2023. Enquanto o crescimento da industrialização da carne gerou um aumento nas vagas de emprego nos frigoríficos, a elevação dos custos de produção pode ter dificultado a manutenção de empregos formais nas granjas de suínos”, analisou a veterinária do Deral Priscila Cavalheiro Marcenovicz.

Soja

A produção nacional de soja para a safra 2024/25, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é de 166 milhões de toneladas, 12,7% maior que a

Foto: Jaelson Lucas/AEN

safra anterior. No Paraná, o plantio já superou os 84% dos 5,8 milhões de hectares esperados para a safra. A previsão é que sejam colhidas 22,4 milhões de toneladas, se as condições continuarem favoráveis.

Feijão

O boletim indica que o preço da saca de feijão para os produtores paranaenses caiu 13%, passando de R$ 306,88 em setembro para R$ 267,79. No mercado atacadista, a redução foi de 2%, com o fardo de 30kg diminuindo de R$ 182,33 para R$ 179,12. Já no varejo, houve aumento de 4%, com o pacote de 1kg subindo de R$ 7,38 para R$ 7,68.

Foto: Jaelson Lucas/AEN

Leite

Dados da pesquisa trimestral do leite do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que dos mais de 12 bilhões de litros adquiridos pela indústria brasileira no primeiro semestre do ano, 14,7% foram produzidos no Paraná. O Estado segue como segundo maior produtor do país, sendo superado por Minas Gerais, com 25% da produção.

Ovos

O boletim também mostra que a produção total de ovos para consumo (“in natura”, industrializadas ou para exportação) no Brasil atingiu 1,8 bilhão de dúzias no primeiro semestre de 2024, representando um crescimento de 10% sobre o período do ano anterior, cujo volume produzido foi de 1,6 bilhão de dúzias. O Paraná produziu 99 milhões de dúzias (correspondendo a 5,4% do total nacional), um volume 6,5% maior que a produção do ano anterior (93,8 milhões de dúzias), ocupando o oitavo lugar no ranking nacional.

Fonte: AEN-PR
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