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Robô gera economia de 37 toneladas de ração por ano na suinocultura brasileira

Economia está relacionada, principalmente, à redução do desperdício e à melhoria na conversão alimentar dos suínos. Robô distribuidor de ração mostra que a interação entre homem e máquina aumenta a eficácia da produção animal.

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Um robô que distribui ração é um dos benefícios da automação na suinocultura brasileira, cujos impactos positivos já podem ser fortemente sentidos na realidade atual das propriedades rurais. Além de possibilitar uma economia superior a 37 toneladas de ração por ano, a novidade digital poupa tempo e esforço físico dos criadores, possibilitando que se dediquem à gestão das granjas. O robô é um dos resultados da parceria entre a Embrapa Suínos e Aves e a empresa Roboagro e comprova que a digitalização no campo não tira o lugar de pessoas, mas, pelo contrário, agrega conhecimento intelectual às suas rotinas, permitindo que dediquem mais tempo ao desenvolvimento da produção animal.

O robô é responsável pela distribuição de ração em instalações de suínos em terminação, tarefa que se repete de três a cinco vezes ao dia. Ele não substitui as pessoas que trabalham na criação, uma vez que o olhar humano é fundamental no acompanhamento do funcionamento da máquina. “A diferença é que agora temos tempo para observar, analisar e agir, quando é necessário. Sem o trabalho de colocar a ração nos comedouros, sobra tempo para ver o que está acontecendo em cada baia”, conta Bruna Brandão, que trabalha em uma granja de suínos em Missal, região oeste do Paraná.

Fotos: Osmar Dalla Costa/Embrapa

Ela e o esposo, Carlos, começaram a operar o robô em 2023. O casal é responsável por manejar mais de 3 mil suínos em terminação, distribuídos por três diferentes galpões, em uma granja integrada da Frivatti (frigorífico de suínos). A novidade provocou mudanças na rotina de Bruna e Carlos e exigiu uma série de adaptações. “Tivemos que aprender a programar o robô, o que não foi difícil. O que mais mudou, eu acredito, é a atenção que temos que ter na observação dos suínos e no funcionamento da máquina. Tudo tem que estar bem ajustado para que o robô faça aquilo que está planejado e nós possamos alcançar os resultados esperados”, afirma Bruna Brandão.

Integração entre homem e máquina aumenta a precisão
Essa observação pode ser sintetizada na palavra “precisão”. O robô distribuidor de ração aumenta a eficácia de um dos pontos mais críticos da criação de suínos, permitindo que possa ser controlada e medida diariamente. “Nós sabemos que perder ou ganhar dinheiro com suínos está muito vinculado à forma como o produtor maneja a ração. O robô garante que essa tarefa seja feita da forma mais eficiente possível dia após dia, sem oscilações de manejo, desde que o produtor perceba que precisa trabalhar de forma complementar à máquina”, enfatiza o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Osmar Dalla Costa.

Trabalhar complementarmente à máquina significa, justamente, observar o que está acontecendo nas instalações, analisar se algo não está dentro do esperado e agir para corrigir o que está fora do padrão aplicado. É assim que produtor e máquina podem alcançar a precisão. “Nós temos em torno de mil robôs já atuando no campo. A partir dessa experiência, posso afirmar que estamos ajudando o produtor a alcançar um nível de precisão na gestão da granja que antes não era possível”, conta Giovani Molin, da Roboagro. Segundo ele, o robô faz com que o produtor deixe de ser um “tratador de animais” e se transforme em um real gestor de granjas de suínos.

Estudos de inovação recentes da Embrapa Suínos e Aves sobre a introdução de robôs na produção de suínos apontam uma janela interessante para vislumbrar como a automação ajuda a construir um novo mundo rural. “A lógica que sustenta essa mudança é o que já estamos vendo os robôs fazerem. Eles reduzem a carga de esforço físico dos produtores e permitem que as pessoas envolvidas com a produção animal observem e pensem mais sobre o que está acontecendo nas instalações”, acrescenta Dalla Costa.

Economia de ração pode chegar a 37 toneladas
Os estudos mostram também que os robôs ajustados para servirem a ração em comedouros lineares com trato na parte inferior das baias podem economizar até 37,6 toneladas de ração por ano em três lotes de mil suínos em terminação. “Apuramos que cada animal consome 12,5 kg a menos de ração para atingir o mesmo peso de abate quando o robô é configurado para servir a ração de forma controlada em comedouros lineares com trato na parte inferior, quando comparado com o sistema de alimentação à vontade nos comedouros tulha”, revela o pesquisador.

A economia, de acordo com Dalla Costa, está relacionada, principalmente, à redução do desperdício e à melhoria na conversão alimentar dos suínos. “Comparamos o sistema de fornecimento de ração com robô e comedouros lineares com trato na parte inferior e ração controlada com outros quatro sistemas de distribuição”, explica. Os outros quatros tipos de fornecimento de ração foram: sistema linear automatizado com comedouro tipo drop e ração controlada; tratamento com sistema linear tipo manual e ração controlada; comedouros lineares com trato na parte superior alimentados com robô e ração controlada; e sistema automatizado com comedouro tipo tulha e ração à vontade. “O robô distribui a ração por peso, diferentemente de outros sistemas automatizados, que fazem a distribuição por quantidade. Além disso, em comparação com a manual, o robô alcança maior homogeneidade na distribuição. Com isso, os suínos recebem somente a ração necessária em cada baia, o que reduz o desperdício e melhora a conversão alimentar”, pontua o pesquisador.

Os robôs também otimizam o uso da ração por mais dois motivos. Primeiro, eles facilitam a distribuição controlada da ração durante o dia. Tratar os animais na hora certa e nos intervalos recomendados aumenta a conversão alimentar (calculada a partir da quantidade de ração consumida para cada quilo de carne adquirido pelo animal), fator decisivo para alcançar bons resultados na suinocultura. “Em média, a distribuição controlada pelo robô reduz em 5% o consumo de ração na comparação com a distribuição à vontade”, observa Molin. Além disso, a distribuição controlada pelo robô permite diferenciar, sem dificuldades, o peso de ração levada para cada baia. Ou ainda oferecer porções distintas para os animais dependendo do horário (em períodos mais quentes, os animais, geralmente, comem menos).

Segundo, os robôs registram e disponibilizam todas as informações necessárias para gerir a ração servida aos animais. A emissão de relatórios diários do consumo de ração ajuda ainda a adotar uma postura preventiva no gerenciamento dos lotes de suínos. “O consumo de ração revela se o lote está evoluindo como o esperado. Qualquer anomalia apontada nos relatórios diários pode ser resolvida antecipadamente”, complementa Dalla Costa. Para Bruna Brandão, os relatórios diários fornecidos pelo robô também servem para confirmar que o trabalho está sendo bem feito dentro da granja. “Depois que entendemos como interagir com o robô, ficou melhor pra todo mundo”, comemora.

Um robô sobre trilhos
O robô distribuidor de ração, continuamente aprimorado pela Embrapa e a Roboagro, funciona, na prática, como um “vagão com baterias sobre trilhos”. Os trilhos são colocados nos corredores dos galpões onde estão os suínos e permitem que o robô entre e saia das instalações sem dificuldades. Um único equipamento pode tratar até quatro galpões, com um ou mais pontos de abastecimento de ração. “Mesmo instalações já existentes podem receber o robô. Claro que serão necessárias adaptações, de acordo com a realidade de cada uma, mas o equipamento não serve somente para galpões novos”, complementa Molin.

“No caso da Embrapa, onde temos um robô em nossas granjas experimentais, foram feitas obras de adaptação. Mas o importante é que o uso de um equipamento inteligente para distribuição de ração está ao alcance de praticamente todo mundo do ponto de vista estrutural”, defende Dalla Costa. Para quem vai construir um novo galpão, há um manual de construção indicado pela Roboagro, que permite que o robô trabalhe melhor e alcance maior durabilidade. Em média, um único equipamento pode alimentar até 3 mil animais diariamente. Mesmo que haja certa flexibilidade de adaptação do robô às necessidades de cada granja, a indicação é que plantéis maiores recebam mais de um equipamento.

Apesar da flexibilidade de instalação que o robô apresenta, há um aspecto ainda mais importante para determinar se vale a pena adotar essa solução. A própria Roboagro recomenda que somente propriedades com, no mínimo, 400 animais recebam o robô distribuidor de ração. “Segundo nossos estudos, essa é a quantidade ideal de animais para que o produtor alcance, em médio prazo, retorno financeiro satisfatório em relação ao investimento”, destaca o representante da empresa.

A Roboagro oferece duas opções para quem quer adquirir os robôs. Uma das possibilidades é a compra, na qual o preço inicial parte de aproximadamente R$ 70 mil por robô e aumenta de acordo com a quantidade de animais e acessórios. A outra é a locação, na qual o produtor não precisa fazer investimentos e paga um valor por animal alojado na granja mensalmente. Do ponto vista do seu uso no dia a dia, a experiência da Embrapa Suínos e Aves com o robô distribuidor de ração é positiva. Como o robô possui baterias, ele não é suscetível à falta de energia elétrica no momento em que os animais precisam receber a ração. Além disso, há um modelo já implantado de treinamento para uso do robô e para assistência técnica no caso de falhas de operação.

Nova rotina de trabalho
O uso de robôs institui uma nova rotina de trabalho dentro das granjas especializadas na criação de suínos. Por um lado, tarefas que antes duravam várias horas deixam de ocupar tão significativamente o dia do produtor. Por outro, novos afazeres passam a compor a lista de ações do dia a dia. Um exemplo de rotina trazida pelos robôs é o cumprimento do planejamento detalhado da distribuição de ração. Para que o robô traga os resultados esperados, é preciso reprogramá-lo constantemente, adequando a distribuição de ração à curva de crescimento dos animais. Essa nova rotina requer que os produtores associem conhecimentos de informática (para calibrar o robô) com padrões de manejo (para entender as necessidades dos animais de acordo com pesos e idades).

Na prática, as horas de trabalho economizadas pelo robô precisam ser direcionadas para outros esforços, como o da aprendizagem constante. Em média, os robôs distribuidores de ração poupam duas horas de trabalho braçal por dia dos produtores. Tempo que passa a ser dedicado ao seu aprimoramento. “Temos acompanhado, nos campos experimentais da Embrapa, as novas rotinas que o robô traz para a suinocultura. A maior parte das mudanças é positiva. Além disso, o uso de robôs na produção de suínos abre uma perspectiva de atração de um novo tipo de mão de obra para atividade, o que é fundamental pensando no futuro”, completa Dalla Costa.

Robô em números

  • Cada robô distribuidor de ração pode alimentar até 3 mil suínos em terminação.
  • Cada robô pode servir até três galpões com suínos numa mesma propriedade.
  • Na comparação com a distribuição manual de ração, o robô pode alcançar até 5% de ganhos.

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves

Notícias Em Pontes e Lacerda

Novilhas do projeto de transferência de embriões do Governo de MT produzem até 200% litros de leite a mais do que média do Estado

Ação é realizada por meio da Seaf e começou em 2022 no município, com apoio da Empaer e da Prefeitura.

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Fotos: Rafaela Sanchez de Lima

O projeto Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro do Estado – Transferência de Embriões, do Governo de Mato Grosso, começa a apresentar resultados positivos em Pontes e Lacerda. Novilhas girolando meio-sangue, que nasceram pelo projeto, estão produzindo leite até 200% acima da média do Estado na primeira gestação, confirmando a importância do melhoramento genético para o desenvolvimento da cadeia leiteira no Estado.

Realizado com investimentos da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o projeto tem a parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da Prefeitura de Pontes e Lacerda.

Jonas de Carvalho, empreendedor do campo em Pontes e Lacerda, conta que, na sua propriedade, cinco bezerras nasceram dos embriões transferidos em 2022, quando o projeto começou no município. Elas pariram recentemente com aproximadamente 22 meses de vida, o que ele classifica como “surpreendente”.

Por dia, revela o produtor, cada novilha do projeto chega a produzir 15 litros, o que supera a produção das suas outras vacas. “Neste ano, participei com quatro prenhezes confirmadas e estou ansioso para que elas nasçam e comecem a produzir. Eu não sabia que esse projeto existia, mas não tinha noção de que poderia ter esses resultados”, destaca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que a média da produção de leite por animal por dia em Mato Grosso é de 4,66 litros.

A precocidade reprodutiva das novilhas foi uma surpresa para o produtor Ildo Vicente de Souza, que teve sete bezerras nascidas depois da transferência dos embriões, sendo que uma delas pariu com 21 meses de vida. Atualmente, as novilhas produzem cerca de 10 litros por dia.

“É importante destacar que, além do aumento da produção de leite, o projeto traz também um ganho genético muito importante para o produtor. Os resultados são muito bons”, avalia Ildo.

Também beneficiado pelo projeto de transferência de embriões da Seaf, o produtor Jânio Alencar Leme relata que as novilhas, que nasceram da etapa de 2022, estão produzindo cerca de 12 litros por dia.

“Os resultados da transferência dos embriões são muito bons. Acho muito importante o pequeno produtor ter ações como essas feitas pelo Governo para que possa se desenvolver. Para fazer a transferência de embrião de forma particular é muito caro. Agora, com o apoio financeiro da Seaf, da prefeitura e as orientações da Empaer, podemos ter esse melhoramento genético com raças que são caras”, conta Jânio.

As novilhas são frutos de transferência de embrião do projeto que iniciou, em Pontes e Lacerda, em 2022. Nesta primeira etapa, 31 produtores participaram com nascimento de 94 bezerras girolando meio-sangue. Os embriões são produzidos em laboratório por fertilização in vitro (FIV). São utilizadas vacas doadoras Gir e touros Holandeses de alta produção, e transferidos para vacas comuns do rebanho de cada produtor, as receptoras.

“Temos tido relatos importantes sobre os resultados do projeto de melhoramento genético da Seaf e isso nos mostra que estamos no caminho certo. Temos que investir no pequeno empreendedor rural, segurar na mão dele, para que ele possa começar e depois desenvolver a produção com sustentabilidade. Neste projeto, eles também puderam constatar os avanços que a tecnologia e o manejo correto trazem”, destaca a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.

A extensionista e veterinária da Empaer, Rafaela Sanchez de Lima, destaca que é importante considerar que a região passava pelo período de seca e que a alimentação é feita a pasto na maior parte dos casos, o que mostra a boa genética das novilhas e a boa produção se comparadas a média de produção da região.

“O projeto vem surpreendendo todos os que estão envolvidos. Dos animais já nascidos, várias novilhas entraram em puberdade com 11 meses, demonstrando a precocidade delas. E com os ajustes nutricionais necessários elas poderão produzir muito mais leite”, diz Rafaela, que atua na região com a também extensionista, Loana Longo.

Neste ano, o projeto entrou na terceira etapa. Na primeira e na terceira, a Seaf pagou 80% do valor por prenhez e os produtores deram a contrapartida. Na segunda, quem fez o aporte foi a Prefeitura de Pontes e Lacerda, com metade do valor da prenhez e os produtores dando a outra metade como contrapartida. A Empaer deu o suporte técnico em todas as etapas.

Do começo do projeto até este ano, 46 produtores já foram beneficiados no município. Neste período, nasceram 192 fêmeas girolando meio sangue.

Fonte: Assessoria Secretaria do Estado de Agricultura Familiar do Mato Grosso
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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal

Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.

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Fotos: SEAB

A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.

“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.

“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.

Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.

“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.

Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.

A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.

Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.

Indicação geográfica

Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)

Fonte: AEN-PR
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