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Avicultura

Risco de Influenza Aviária faz Brasil suspender visitas às granjas

Objetivo é garantir um dos maiores patrimônios da avicultura brasileira: o status sanitário, livre de doenças que afetam os grandes produtores de frango do planeta

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Segundo em produção e maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil cria medidas severas para proteger a sua avicultura. A Influenza Aviária espalhada pelo planeta, agora também no vizinho Chile, colocou o setor em alerta. As visitas a granjas e locais com aves vivas estão proibidas. O objetivo é garantir um dos maiores patrimônios da avicultura brasileira: o status sanitário, livre de doenças que afetam os grandes produtores de frango do planeta, como Estados Unidos e China.

Desde 10 de janeiro, as agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango e as empresas produtoras do setor de ovos suspenderam a realização de visitas de todos os clientes e fornecedores, inclusive do Brasil, às suas estruturas e áreas com aves vivas.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a medida, válida por 30 dias, mas com possibilidade de prorrogação, foi tomada após a detecção de focos de Influenza Aviária em 33 países nos últimos três meses, entre eles o Chile, que informou a ocorrência na primeira semana do ano. A suspensão das visitas se estende a todos os elos da produção.

De acordo com o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, a decisão é complementar a uma série de medidas de biosseguridade estabelecidas pelo Grupo Estratégico de Prevenção de Influenza Aviária (Gepia), vinculado ao Conselho Diretivo da entidade. “As agroindústrias e as entidades estaduais estão engajadas nesta ação.  Estamos fortalecendo nosso protocolo de biosseguridade, tornando ainda mais restritiva a circulação de pessoal e produtos dentro do processo produtivo, com total controle, inclusive, das equipes das empresas.  Somos o único grande produtor e exportador mundial que nunca registrou foco da enfermidade, e é isto que buscamos preservar com esta medida", explica Turra.

A proibição de visitas já era aplicada a estrangeiros provenientes de países com focos ativos de Influenza Aviária.   Para países sem focos da enfermidade, a visita era permitida apenas após uma quarentena de 72 horas, realizada no Brasil.

Estados

Nove dias depois da suspenção das visitas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou aos órgãos de defesa sanitária animal estaduais de todo o país que aumentem a vigilância para prevenir casos de Influenza Aviária no país, segundo nota técnica.

O Mapa também solicitou a realização de vigilância epidemiológica para Influenza Aviária em todos os sítios de aves migratórias reconhecidos pelo Departamento de Saúde Animal do país.

A entrada de aves oriundas de países com casos da doença está proibida no Brasil. O Mapa disse ainda que deve haver “maior rigor dos requisitos para a importação de material genético de aves”, porém sem detalhar os critérios.

O isolamento de aves de produção daquelas de vida livre, por meio do uso de telas em todos os aviários, é uma das medidas preventivas recomendadas.

Segundo o Mapa, um inquérito epidemiológico dos plantéis avícolas nacionais que analisou cerca de 2,9 mil granjas concluiu que há ausência do vírus no país. O Mapa não detalhou quando o inquérito foi realizado.

O Brasil nunca registrou um caso de Influenza Aviária, o que confere aos exportadores brasileiros maior competitividade nos mercados globais de carne de frango, enquanto concorrentes enfrentam a doença.

De acordo com o Mapa, pelo menos 197 espécies de aves podem migrar. Mais da metade (53%) se reproduz no Brasil. Existem 20 sítios (locais) de monitoramento da entrada das aves migratórias no território brasileiro.  Eles estão localizados na Bahia, no Maranhão, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Pará, em Pernambuco, no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo.

Conforme o Mapa, a fiscalização também está intensificada em todos os portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas.

Sintomas

Os produtores brasileiros precisam ficar atentos aos sintomas da IA. Aumento repentino de mortalidade das aves em um período de 72 horas, secreção ou corrimento ocular e nasal, tosse, espirros, diarreia e desidratação são alguns deles.

A doença causa ainda depressão severa, apatia, diminuição ou parada no consumo de ração, falta de coordenação motora, andar cambaleante e cabeça pendendo para o lado. Também é observada a queda drástica na produção de ovos, ovos desuniformes, de casca deformada, hemorragias nas pernas, inchaço na região dos olhos, da cabeça e pescoço, inchaço e coloração roxo-azulada ou vermelho-escura na crista e na barbela.

Casos suspeitos devem ser informados pelo telefone 0800 704 1996.

Da porteira pra fora

Em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, a suspenção das visitas se soma a outras medidas que o trabalhador rural Medardo Machaiewski pratica no dia a dia. “O técnico da cooperativa nos avisou sobre a chegada da Influenza Aviária no Chile, aqui pertinho da gente. A gente sempre trabalha com o máximo de cuidado possível, mas agora suspendemos todas as visitas porque a gente sabe o quanto essa doença é prejudicial. Só eu, minha esposa e os técnicos que estamos entrando nos aviários”, dispara Medardo, responsável pela propriedade de um associado da Copagril, cooperativa que abate cerca de 170 mil aves por dia.

De acordo com ele, o acesso restrito ficou ainda mais indisponível para as visitas após o conclame da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABCS) na primeira quinzena de janeiro. “A gente já tinha o controle de acesso de visitantes, mas agora os cuidados aumentaram. Quanto menos circular, melhor”, revela.

Conforme o trabalhador, além das visitas, os critérios com a matéria prima que entra nas granjas também ficaram mais rígidos. Medardo conta que até a maravalha usada na cama de aviário, importada da Argentina por muitos produtores do Oeste paranaense, deve ser substituída por um produto nacional. “Muita gente compra a maravalha da Argentina, em fardos, mas já estão pensando em comprar aqui no Brasil por causa da Gripe Aviária lá no Chile”, conta. “A gente usa um desinfetante na maravalha, mas nessas horas não dá para descuidar”, amplia.

Foi a própria cooperativa que alertou os associados sobre as novas diretrizes para a manutenção da sanidade avícola brasileira. “O técnico da cooperativa falou sobre a Gripe Aviária que está ocorrendo no Chile, o que nos preocupa, porque está aqui perto de nós”, cita Medardo. “A gente sabe o quanto é importante manter a saúde dos frangos, por isso cada dia mais a gente faz mudanças por conta da exigência em biosseguridade”, aponta o trabalhador rural.

Medardo cita algumas ações que usa para manter a propriedade livre de patógenos, como “a desinfecção das granjas, o controle no acesso, a entrada de caminhões somente quando necessária para trazer insumos e levar a produção, o cercamento da propriedade e a limpeza para evitar restos de frangos (mortos)”.

“Temos também um controle muito importante com a cal, que ajuda para muitas coisas, como a Salmonella. A cada 60 dias, por exemplo, despejamos cal nas áreas ao redor dos aviários em que mais pisamos. O produtor está tendo cada vez mais consciência de que é preciso fazer esse tipo de controle. A gente sabe que é difícil de controlar (a entrada de patógenos), mas a gente tem que fazer o que pode”, avalia.

Avez migratórias também preocupam

A propriedade é tecnificada, com um sistema de biosseguridade bastante eficiente. Ela é toda murada, com portões de acesso que ficam fechados a maior parte do tempo. Os dois aviários, que juntos têm capacidade para alojar 46 mil animais, são envoltos por uma vegetação robusta no verão, que ajuda a “blindar” os galpões contra os patógenos.

Apesar da recomendação, as árvores são uma preocupação a mais nessa hora de alerta contra a Infleunza Aviária, já que atraem pássaros para a propriedade. Os galpões são fechados e climatizados, evitando o contato com as aves livres, mas ainda assim o trabalhador tem receio. “As árvores são importantes, até para proteger no vento forte, mas o problema é que elas acabam atraindo pássaros. Pelo que a gente sabe, essas aves migratórias também podem transmitir a Gripe Aviária, então a gente fica preocupado e toma todas as medidas de precaução (para evitar o contato)”, diz.

Risco cada vez mais presente

Em Santa Catarina, que detém o melhor status sanitário do país, o problema também incomoda lideranças do agro. O presidente da Associação Catarinense de Avicultores (Acav), José Antônio Ribas Júnior destaca que a preocupação da indústria tem aumentado desde 2002, quando o mundo passou a viver sob ameaça da IA. “Certamente hoje a ameaça é maior. Mesmo que as agroindústrias e seus sistemas de produção tenham evoluído nas ações preventivas, e isso é fato no Brasil, a ameaça é crescente. A movimentação de pessoas no mundo é cada vez maior e temos mais países com casos positivos. Esses fatos por si só geram maior probabilidade de contato”, comenta.

Para ele, o Brasil se mantém livre dessa doença por conta da biosseguridade construída ao longo de uma década. “Nosso país vem construindo um modelo de produção competente e sério. Todas as empresas implementaram ações de capacitação de produtores e dos processos de produção. A conscientização das práticas de biosseguridade está presente em todas fases de produção. Blindamos o ciclo da água, fechamos com telas os aviários para evitar acesso de animais silvestres, colocamos barreiras de entrada de pessoas e veículos. Enfim, é um trabalho que fazemos há mais de dez anos e isso nos diferencia (de outros países). Sabemos que, mesmo assim, não existe risco zero. Desta forma, a persistência e constância de propósito é que podem nos ajudar a manter nossa condição de livre desta e de todas as demais doenças importantes presentes nos outros países”.

De acordo com Ribas, somente a soma de esforços de todos os agentes é que pode resultar em sucesso. “Desde as ações preventivas até as ações de erradicação demandam a cooperação de todos. Precisamos atuar protegendo as propriedades, cumprindo os procedimentos de segurança, vigilantes nas movimentações de animais, pesquisando riscos e estratégias de atuação, estruturando monitorias e alinhando os planos de contingência. A sociedade deve cobrar, pois um episódio como este seria desastroso para a economia catarinense e brasileira por longo período. Importante saber que temos legislação sobre este tema e todos devem se adequar as Instruções Normativas (INs) que o Mapa tem implementado.

Para Ribas, caso o país consiga manter o atual status, deve ampliar seu mercado internacional. “O cenário deve favorecer aos países que estão livres. Isso nos coloca em uma condição diferenciada. Somos o segundo maior produtor de frango do mundo e o maior exportador. Somando isso a nossa qualidade, o resultado é o surgimento de novas oportunidades. Mas, para que se tornem efetivas, precisamos de uma atuação forte de governo em abrir acordos comerciais e fortalecer acordos existentes. Precisamos colocar o Brasil em evidência neste cenário e ocupar mais espaços no mercado internacional”, cita o presidente da Acav.

Efeito Devastados

Para Ribas, um surto de Influenza Aviária causaria muitos problemas para Santa Catarina. “(O efeito seria) devastador para o campo e para cidade. Estamos falando de um setor que é o maior gerador de PIB (Produto Interno Bruto) do Estado. Teremos impactos econômicos imediatos, cessando as exportações por um período longo, e também a redução do consumo interno pela perda de confiança. A drástica e obrigatória redução nos volumes de produção faria com que empresas não suportassem este impacto, gerando uma queda em toda atividade econômica dependente deste setor. A rápida resposta no diagnóstico e na eliminação de focos e monitoria dos processos é que vai definir o quanto mais rápido retornaremos (caso a doença atinja o país)”, define.

Resposta

“Temos relatos de países que levaram dez anos para recuperar o nível de atividade anterior ao problema. Não podemos ficar expostos a isso. Todo investimento em prevenção e resposta deve ser feito. Cada um tem um papel relevante neste processo. Produtores e indústrias precisam adequar suas criações para que estejam protegidas e manter procedimentos que garantam esta condição. Governos federal e estadual devem atuar em vigilância, suprir necessidades de diagnóstico e monitoria dos plantéis e (ter) planos de contingência para uma resposta rápida, competente e reconhecida por todos caso um foco ocorra”, amplia a liderança.

Mais informações você encontra na edição de Aves de fevereiro/março de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Especialista aponta desafios e estratégias na nutrição para aumentar imunocompetência em frangos de corte

Estratégias de manejo alimentar, como a formulação de dietas balanceadas e enriquecidas de nutrientes específicos, uso de aditivos alimentares para promover a saúde intestinal, implementação de programas de vacinação e o monitoramento da qualidade da água de bebida são essenciais para fortalecer a imunocompetência em frangos de corte desde a fase inicial.

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Em tempos em que a produção avícola enfrenta desafios complexos, compreender como a nutrição afeta diretamente a capacidade imunológica das aves desde os estágios iniciais pode representar um diferencial significativo para os produtores. As implicações dessas descobertas não apenas podem otimizar os resultados de produção, mas também contribuir para o bem-estar e a saúde das aves, garantindo um setor avícola mais resiliente e sustentável. A imunocompetência nas fases iniciais e sua relação com a nutrição foi tratada pelo médico-veterinário e professor de Vacinologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná, Breno Castello Branco Beirão, no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento realizado em meados de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC).

Médico-veterinário e professor de Vacinologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná, Breno Castello Branco Beirão: “A qualidade da dieta da matriz afeta a transferência imune pelo ovo, ou seja, há efeitos indiretos da qualidade da dieta da matriz sobre a progênie” – Foto: Divulgação

Durante sua palestra, o profissional tratou sobre os desafios nutricionais, estratégias de manejo alimentar e os impactos na saúde e desempenho das aves, destacando a importância vital dessa abordagem para uma produção avícola resiliente e sustentável. “Uma nutrição adequada desempenha um papel fundamental na saúde e no desempenho das aves de corte, especialmente durante as fases iniciais de crescimento. Além disso, a prevenção de doenças através do fortalecimento do sistema imunológico é essencial para garantir a produtividade e a rentabilidade da produção avícola”, afirmou o docente.

A imunocompetência nos estágios iniciais da vida é um fator determinante que afeta diretamente a saúde e a produtividade das aves de corte. Beirão explica que as aves não nascem com o sistema imunológico totalmente desenvolvido, sendo que ele amadurece gradualmente nos primeiros dias de vida em contato com o ambiente. “Esse período inicial é crítico, pois as aves são mais suscetíveis a invasões por patógenos, exigindo atenção especial dos produtores para garantir sua saúde e bem-estar”, aponta.

Além disso, Beirão diz que é fundamental compreender que se o sistema imunológico for comprometido durante essa fase, seu amadurecimento pode ser prejudicado, resultando em um estado imunológico imaturo, que persistirá ao longo da vida da ave.

Em relação aos nutrientes essenciais para promover a imunocompetência em pintinhos de corte e sua influência na resistência a doenças, Beirão destaca que todos são fundamentais, no entanto, alguns se destacam por sua importância, uma vez que apresentam um impacto significativo na resposta imunológica. “A constituição proteica da dieta é considerada o principal fator, sendo indispensável para o desenvolvimento da imunidade. Sem uma quantidade adequada de proteínas na dieta, a imunidade fica comprometida. Além disso, outros nutrientes desempenham papéis essenciais, como os micronutrientes, incluindo o zinco, e as vitaminas, entre as quais a vitamina A, fundamental para a saúde das mucosas, uma barreira importante contra patógenos”, esclarece.

Importância da dieta materna

O papel da dieta materna na imunocompetência dos pintinhos de corte durante a fase de incubação e eclosão é de extrema importância. A qualidade e composição da dieta da matriz afetam diretamente o desenvolvimento do sistema imunológico dos pintinhos antes mesmo de eles eclodirem. “Vitaminas, minerais e antioxidantes presentes na dieta da matriz são transferidos para os embriões através dos ovos e desempenham um papel fundamental na formação e maturação do sistema imunológico dos pintinhos. Além disso, a qualidade da dieta da matriz afeta a transferência imune pelo ovo, ou seja, há efeitos indiretos da qualidade da dieta da matriz sobre a progênie”, ressalta.

Efeitos de dietas desequilibradas

Dietas desequilibradas ou deficientes em nutrientes essenciais podem ter impactos significativos na saúde das aves, especialmente em termos de imunidade e saúde intestinal. Embora seja verdade que na avicultura comercial os programas de alimentação sejam geralmente bem formulados para atender às necessidades nutricionais das aves, ainda existem situações em que desequilíbrios momentâneos podem ocorrer, especialmente durante períodos de estresse ou desafios imunológicos. “Um sistema imunológico enfraquecido devido à deficiência nutricional pode resultar em uma resposta imune inadequada às infecções, tornando as aves mais propensas a ficarem doentes e a experimentarem taxas mais altas de mortalidade”, expõe o médico-veterinário.

Além disso, dietas deficientes também podem afetar negativamente a saúde intestinal das aves. O intestino é um órgão crucial para a absorção de nutrientes, e qualquer perturbação em sua função pode levar a distúrbios digestivos e redução na absorção de nutrientes. Beirão diz ainda que é essencial garantir que as aves recebam uma dieta equilibrada e adequada em todos os estágios de seu ciclo de vida. “Isso não apenas vai promover a saúde e o bem-estar das aves, mas também vai contribuir para a produtividade e a rentabilidade da produção avícola”, pontua.

Estratégias de manejo alimentar

Estratégias de manejo alimentar, como a formulação de dietas balanceadas e enriquecidas de nutrientes específicos, uso de aditivos alimentares para promover a saúde intestinal, implementação de programas de vacinação e o monitoramento da qualidade da água de bebida são essenciais para fortalecer a imunocompetência em frangos de corte desde a fase inicial.

Os probióticos, por exemplo, são microrganismos benéficos que podem ajudar a restaurar e manter o equilíbrio da microbiota intestinal, contribuindo para uma melhor saúde digestiva e imunológica. Os prebióticos, por sua vez, são substâncias que estimulam o crescimento e a atividade desses probióticos no trato gastrointestinal, promovendo um ambiente intestinal saudável. Ácidos orgânicos e antioxidantes também podem desempenhar papéis importantes na redução da carga bacteriana patogênica e na proteção das células contra danos oxidativos, respectivamente, contribuindo para uma melhor saúde geral das aves.

Além disso, é essencial monitorar e garantir a qualidade da água de bebida fornecida às aves. “A água desempenha funções essenciais na fisiologia das aves e pode afetar diretamente a digestão e a absorção de nutrientes. Água contaminada ou de má qualidade pode comprometer a saúde das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e prejudicando a eficácia da nutrição fornecida através da dieta”, reforça Beirão.

Desafios nutricionais

Os desafios nutricionais enfrentados durante a fase inicial de crescimento das aves de corte são diversos e podem ter impactos significativos na imunocompetência e no desempenho geral das aves. “Um dos principais desafios é garantir que as aves recebam uma dieta balanceada e de alta qualidade desde o início. Isso envolve fornecer os nutrientes essenciais necessários para um crescimento saudável, bem como evitar deficiências ou excessos que possam comprometer a saúde das aves”, salienta o especialista.

Além disso, garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais é fundamental para promover a imunocompetência das aves. “Deficiências de nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e aminoácidos, podem enfraquecer o sistema imunológico das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e infecções”, menciona o profissional.

Segundo Beirão, outro desafio nutricional importante é lidar com fatores ambientais que podem afetar a ingestão de alimentos e a absorção de nutrientes pelas aves. “Mudanças na temperatura ambiente, estresse térmico, qualidade do ar e outros fatores ambientais podem influenciar o comportamento alimentar das aves e sua capacidade de absorver nutrientes adequadamente”, afirma o médico-veterinário.

Esses desafios nutricionais não apenas representam obstáculos para o crescimento e o desenvolvimento saudável das aves, mas também têm um impacto direto na imunocompetência das aves, tornando-as mais suscetíveis a doenças e comprometendo seu desempenho geral. “É essencial adotar estratégias de manejo alimentar eficazes para enfrentar esses desafios e garantir a saúde e o bem-estar das aves desde as fases iniciais de crescimento. Isso inclui a formulação cuidadosa de dietas balanceadas, o uso estratégico de suplementos nutricionais, o monitoramento regular da saúde das aves e a implementação de medidas para mitigar os efeitos adversos de fatores ambientais sobre a ingestão de alimentos e a absorção de nutrientes”, evidencia.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Resultados uniformes e consistentes para uma maior eficiência econômica em granjas avícolas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

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A grande pressão nos preços tem forçado todas as organizações a melhorarem sua eficiência econômica de uma maneira profunda. O mundo da produção animal não está imune a essa limitação, muito pelo contrário. Tanto para a produção de carne de frango, ovos ou carne suína, os custos com a alimentação representam mais de 50% dos custos de produção no campo. Este é o motivo pelo qual é essencial focar na eficiência alimentar.

Porém, na cadeia alimentar, o campo não é a única parte envolvida. Empresas de produção e abatedouros têm suas próprias dificuldades. Ainda que, atualmente, o foco principal seja em custos com energia e mão de obra, estas empresas também têm que gerenciar as oscilações na produção. Na verdade, o número e o peso dos animais no frigorífico nunca alcançam o que foi planejado na logística. Por outro lado, a mortalidade e as variações de manejo na performance de crescimento são fontes de divergências que penalizam os frigoríficos e toda a cadeia de produção.

Hoje, é possível melhorar a situação através de ações em ambas:

A resiliência da economia das propriedades através da eficiência alimentar.
A eficiência econômica através da uniformidade na produção.
A eficiência alimentar para a sustentabilidade econômica das granjas

A eficiência alimentar é o principal indicador de performance técnica na produção de aves e suínos. Com os preços da carne e ovos em alta, mas nem sempre compensando os aumentos dos custos com a alimentação, a taxa de conversão alimentar se torna o primeiro indicador a ser melhorado.

Algumas soluções técnicas com o objetivo de baixar o custo de alimentação rapidamente se mostram limitadas. A performance, ou pelo menos a taxa de consumo de ração, devem ser mantidas para continuar tirando o máximo de proveito dos altos preços da venda dos produtos. Portanto, cada vez que um novo ingrediente é adicionado ou as margens de segurança para exigências nutricionais são reduzidas, uma medida para proteger os resultados deve ser implementada. Aditivos nutricionais à base de óleos essenciais e formulados para performance têm seu papel nessa estratégia, e com baixo investimento.

Uma outra abordagem é a melhoria na produtividade da carne e ovos. Nessa situação, o alvo é reduzir a taxa de conversão alimentar para baixar os custos com a alimentação e/ou produzir mais pelo mesmo preço. Novamente, aditivos formulados com óleos essenciais são relevantes pelo seu investimento acessível e retorno elevado (Figura 1). Este exemplo de resultado consistente foi demonstrado por uma pesquisa através de uma meta-análise baseada em 25 experimentos conduzidos em granjas comerciais de sete países diferentes.

Figura 1 – Aumento na taxa de crescimento e eficiência alimentar de frangos de corte consumindo um blend de extrato de plantas. Blend de extrato de plantas = Dieta Controle + 100 ppm de extrato de plantas.

 

Por fim, o sucesso da operação atualmente reside na uniformidade dos resultados obtidos apesar da diferença entre as granjas. A combinação certa de ativos na dosagem correta se torna uma solução que proporciona resultados uniformes e consistentes em uma variedade de ambientes. Quanto mais completa e sinérgica é a composição, mais efetivo é o produto (Figura 2). Isto foi muito bem descrito em uma meta-análise baseada em artigos publicados sobre a resposta do carvacrol na performance de frangos de corte.

Figura 2 – Associação sinérgica de carvacrol e especiarias potencializam os benefícios e o uso em frangos de corte.

Uniformidade para simplificar o planejamento da produção e melhorar a eficiência econômica

Na dinâmica de organização da produção, a chave para alcançar eficiência econômica reside em um planejamento estruturado: é essencial alinhar o envio de animais para abate que correspondam em número e qualidade às demandas diárias dos frigoríficos. No entanto, a criação de frangos representa um desafio considerável para a exatidão de um planejamento matemático.

O produto capaz de fazer animais de diferentes propriedades atingirem o mesmo peso no mesmo dia ainda não está disponível. Entretanto, aves alimentadas com um blend de extratos sinérgico apresentam um ganho de peso maior e mais uniforme. As divergências de performance observadas entre um lote e outro são de fato menores, assim como as diferenças de planejamento. Simplesmente, reduzindo os atrasos em diferentes propriedades fica fácil ganhar um dia efetivo de produção que, dependendo da situação, pode ser aproveitado para um vazio sanitário mais seguro ou um aumento na produção geral: ganhar um dia de produção por ciclo equivale a um acréscimo de 2% na produção anual.

Esta é a razão pela qual uma linha de agentes naturais à base de extratos de plantas e especiarias é utilizada para aprimorar a eficiência alimentar e reforçar a uniformidade na produção, contribuindo assim para melhorias contínuas na produtividade geral:

  • Lotes mais lucrativos para os produtores: redução de conversão alimentar.
  • Lotes mais homogêneos no frigorífico: diminuição de penalizações aos produtores, melhor performance ao abate.
  • Resultados mais consistentes entre um lote e outro: otimizando o planejamento de produção.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: Por Jean-François Gabarrou, gerente Científico Animal Care da Phodé
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Avicultura

Nutrição responde por 60% das emissões de CO₂eq da avicultura

É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais.

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A busca por uma produção animal mais sustentável é uma prioridade global, impulsionada pela necessidade incessante de aumentar a eficiência produtiva ao mesmo tempo em que se reduz o impacto ambiental. Nesse cenário desafiador, o Brasil, reconhecido mundialmente pela sua potência agropecuária, enfrenta uma competição acirrada por inovações e soluções que possam elevar seus padrões de produção animal.

Para discutir esses desafios e as oportunidades que se avizinham, o presidente da Associação Latino-Americana de Nutrição Animal (Feedlatina), Roberto Ignacio Betancourt, autoridade reconhecida internacionalmente no campo da nutrição animal e da agricultura sustentável, participou do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), trazendo à tona questões como a pressão para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, a necessidade de minimizar o desperdício de recursos naturais e o fomento à promoção de práticas agrícolas mais éticas e socialmente responsáveis. “É muito importante estarmos cientes que para crescermos temos que olhar o mercado global de proteína animal, pois o nosso consumo local já é elevado e a população brasileira cresce pouco. É preciso entender que o mercado global está mudando e agora não adianta apenas ter preço e qualidade. Estamos entrando numa nova era, na qual a sustentabilidade e as emissões de carbono podem fechar ou abrir mercados, ou mesmo até impor penalidades”, expõe Betancourt, que também atua como diretor do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e representa o Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais.

Presidente da Feedlatina, diretor da Fiesp e representante do Brasil na Federação Internacional da Indústria de Alimentos para Animais, Roberto Ignacio Betancourt: “Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica” – Divulgação/Feedlatina

Conforme o especialista, a recuperação de pastagens aliada às tecnologias e ganhos de eficiência trazidas pela nutrição animal deverão dar importantes contribuições para uma transformação na produção pecuária no Brasil nos próximos anos, com ganhos em termos de precocidade, lotação e qualidade da carne produzida no país. “O setor já experimenta uma mudança acelerada, impulsionado pelos avanços na geração de energia limpa, melhoramento genético, nutrição de precisão, conhecimento e manipulação da microbiota gastrointestinal, mas é preciso que a tecnologia chegue a todos, inclusive nos pequenos produtores, para que tenhamos um cenário que possa ser considerado de mudança estrutural nos indicadores de produção e produtividade. Os benefícios ambientais serão imensos e teremos o desafio de quantificá-los, incorporando o carbono sequestrado pelas boas práticas de produção na análise de ciclo de vida da carne”, anseia.

De acordo com o palestrante, entre os principais desafios que o Brasil enfrenta na busca por uma produção animal mais sustentável, em comparação com outros países, está a urgência de desvincular o desmatamento ilegal na Amazônia da produção animal. “Somos muito fiscalizados por termos a maior e mais preservada floresta tropical do planeta, o que nos torna alvos de muitas organizações ambientalistas, principalmente das ONGs que atuam na Amazônia, o que acaba influenciando a opinião pública global”, menciona.

À medida que o mundo avalia a sustentabilidade em métricas ligadas à análise do ciclo de vida, Betancourt observa que os números brasileiros são excelentes. No entanto, quando acrescidos das emissões resultantes da mudança no uso da terra ou desmatamento, o país acaba se tornando menos sustentável pela métrica de emissões de CO2 equivalente (CO₂eq). “Combater o desmatamento ilegal é de total interesse do setor produtivo, bem como dissociá-lo da produção formal de carne”, ressalta.

Pressão ambiental x bem-estar animal

Em relação a como a pressão ambiental e as preocupações com o bem-estar animal estão influenciando as práticas de produção da avicultura de corte no Brasil, o presidente da Feedlatina ressalta que o país faz um excelente trabalho na área de bem-estar animal, com o apoio de diversas entidades, institutos de pesquisa, empresas, cooperativas, produtores, governo e academia. “Esse esforço coletivo se reflete em um excelente desempenho na produtividade e sanidade dos animais, o que tem conquistado a confiança da opinião pública e dos consumidores, além de diminuir atritos”, salienta. Contudo, o profissional ressalta que é um trabalho contínuo, que demanda constante atenção e aprimoramento. “É preciso ter clareza de que essa é uma ação permanente, que envolve diálogo com o governo, parlamentares, mas também a necessidade de esclarecimentos junto à opinião pública em geral e aos consumidores em especial. Isso tudo à luz dos melhores indicadores que a academia e os institutos vêm produzindo nesta área. O desafio é grande, mas estamos provavelmente mais preparados para essa agenda do que os nossos concorrentes internacionais”, salienta.

Atualmente, a mesma pressão nacional e global que influencia o bem-estar animal está alcançando as questões ambientais. Enquanto o bem-estar animal está mais restrito a ações dentro das granjas, transporte e frigoríficos, a questão ambiental abrange toda a cadeia de produção, desde o produtor de grãos e matérias-primas para a produção de ração, passando pelo transporte, armazenagem, fontes de energia, impactos climáticos, condições das granjas, tratamento de dejetos, transporte, embalagens, entre outros aspectos. Ou seja, do campo à mesa, toda a cadeia produtiva está envolvida. “Talvez seja por isso que o desafio ambiental é ainda mais complexo, exigindo uma abordagem integrada e holística para lidar com as questões de sustentabilidade em toda a cadeia de produção”, argumenta, enfatizando: “A busca por práticas mais sustentáveis na avicultura de corte no Brasil demanda um esforço conjunto de todos os elos da cadeia, desde os produtores rurais até os consumidores finais, visando promover um sistema de produção mais equilibrado e responsável com o meio ambiente”.

60% das emissões

Betancourt evidencia que o setor mais crítico na avicultura de corte para as emissões de CO₂eq é a nutrição animal, que contribui com aproximadamente 60% das emissões. “Por isso dependemos da sustentabilidade de nossa agricultura para mitigar esses impactos. O frango recebe as emissões das rações no conceito de ciclo de vida.  É essencial adotar estratégias que visem reduzir as emissões na produção de ração, como o uso de ingredientes alternativos de baixo impacto ambiental, a otimização da eficiência nutricional e a implementação de tecnologias mais sustentáveis no processo de produção de alimentos para os animais”, pontua.

Legislação

Apesar do Brasil possuir uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, com instrumentos como o CAR, Código Florestal e regulamento de resíduos, além de uma matriz energética extremamente limpa, Betancourt aponta que o impacto na avicultura brasileira ainda não é totalmente positivo devido à dificuldade em transformar essas regulamentações em métricas ambientais favoráveis ao setor. “Isso se deve, principalmente, à ineficiência e a baixa participação do Brasil nas esferas globais responsáveis por estabelecer as regras desse jogo. O mundo não vai valorizar as nossas reservas florestais espontaneamente, vamos ter que brigar para colocar todo o nosso trabalho ambiental nos números globalmente aceitos”, afirma o diretor da Fiesp.

Obstáculos

O especialista reforça que a sustentabilidade caminha lado a lado com a eficiência e se traduz em ganhos de produtividade e rentabilidade, gerando benefícios para a sociedade em geral. No entanto, o principal

desafio reside na falta de conhecimento e, portanto, de valorização deste trabalho por parte do consumidor. “A regulação internacional é feita de forma a atender aos interesses locais dos grandes reguladores. O caso mais clássico é o da União Europeia, que se propõe ao papel de ‘reguladores do mundo’, mas com o discurso de elevar o patamar da sustentabilidade, impõem regras que, em grande parte dos casos, somente as tecnologias de dentro do bloco podem atender, traduzindo-se em barreiras ao comércio internacional”, frisa.

Enfático, Betancourt afirma que o principal desafio socioeconômico enfrentado pela indústria avícola do Brasil, em relação à sustentabilidade, é financeiro. “Enquanto países mais ricos, como os Estados Unidos e a Europa, podem contar com financiamento público para promover a transição ambiental, com subsídios e linhas de crédito acessíveis, o Brasil não tem situação fiscal favorável para fomentar, via financiamento público, todas as ações necessárias de transição ambiental para reduzir as emissões, uma vez que também há competição por recursos com áreas estratégicas, como saúde e educação”, analisa o especialista, acrescentando.
“O nosso desafio é estruturar mecanismos mais sofisticados de financiamento, mas, em grande parte, devem ser utilizados recursos próprios de empresas e produtores, o que pode limitar a amplitude das ações. É por isso que em conferências climáticas, países em desenvolvimento demandam a efetivação dos compromissos dos países mais ricos para fomentar a transição. O financiamento prometido pelas nações mais ricas para auxiliar nessa transição. Apesar das dificuldades, a indústria avícola brasileira vem avançando, conseguindo aliar melhorias ambientais à eficiência econômica”, garante.

Gestão de resíduos

Quanto às práticas de gestão de resíduos na produção avícola brasileira, Betancourt destaca que o setor vem evoluindo de forma significativa, com o apoio da Embrapa e outras instituições. De acordo com ele, há um histórico de sucesso na utilização de subprodutos, biodigestores, produção de biogás, biofertilizantes e na redução de resíduos. “As empresas integradoras e cooperativas agropecuárias têm desempenhado um papel fundamental na replicação dessas soluções em larga escala. Há muitos exemplos de utilização de cama de frango como substrato para a produção de biogás”, exalta, emendando: “Esses modelos de sucesso demonstram que é possível implementar práticas de gestão de resíduos mais sustentáveis na produção avícola brasileira, contribuindo não apenas para a redução do impacto ambiental, mas também para a eficiência operacional e econômica do setor”.

Sistemas de produção “mais sustentáveis”

Betancourt afirma que o principal obstáculo para a adoção de sistemas de produção mais sustentáveis, como a produção orgânica ou de aves criadas ao ar livre, na avicultura de corte brasileira é o mercado. “À medida que os custos de produção aumentam, é necessário encontrar quem esteja disposto a pagar mais para que a produção seja viável”, sintetiza.

O especialista reforça que é importante não confundir essas alternativas de criação com sustentabilidade, já que muitas vezes podem resultar em um aumento das emissões de CO2 por kg de carne produzida. “O Brasil tem a capacidade de atender a todos os anseios dos consumidores”, afirma.

Outro fator a ser considerado, observado na Europa, foi o aumento do risco de transmissão de doenças, como a Influenza aviária, para aves criadas ao ar livre. “A sanidade do plantel é um aspecto de extrema importância para a sustentabilidade do setor como um todo. Enfrentar esse desafio exige uma abordagem equilibrada, considerando não apenas os aspectos ambientais, mas também os econômicos e de saúde pública”, elenca.

União do setor

Nesta nova era de sustentabilidade, o especialista ressalta a importância da união de todos os elos da cadeia. “Ninguém será capaz de resolver todos os desafios sozinho. Para continuar crescendo no exterior, a avicultura brasileira precisa estar alinhada com a agricultura, nutrição e saúde animal, governo, logística, fontes de energia, indústria de equipamentos, educação das pessoas, centros de pesquisa, organizações trabalhistas e entidades locais e internacionais”, ressalta. “O setor que tem entidades fortes, competentes e atuantes como a ABPA, Sindirações, Sindan, leva muita vantagem. A recente presidência do Ricardo Santin no Conselho Internacional de Aves é motivo de orgulho para todos nós e mostra que estamos no caminho certo”, complementa.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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