Avicultura
Risco da gripe aviária chegar ao Brasil é mínimo
Até
quarta-feira (09) eram nove o número de mortos na China, vítimas de uma nova
cepa de gripe aviária a H7N9, que foi confirmada em humanos pela primeira vez
em março. De lá pra cá, já infectou 28 chineses e 19 sobreviveram à doença
conforme dados da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar do governo
Chinês. Ainda há vítimas doentes. A situação já começa a preocupar não somente
a China, segundo maior produtor mundial de carne de frango (cerca de 14 milhões
de toneladas), mas também todos os continentes. O temor é que, assim como a
Gripe A (H1N1), que ficou conhecida como gripe suína, a gripe aviária passe a
ser transmitida entre humanos. Conforme o médico veterinário e pós-doutor e
Microbiologia, Alberto Back, até o momento, não há nenhuma confirmação ou
evidência de que a gripe aviária esteja
sendo transmitida horizontalmente entre humanos. Contudo, os humanos têm sido
contaminados pelas aves.
Back
diz que não se pode negar que existe o risco da H7N9 transpor continentes e
chegar à América do Sul e ao Brasil, segundo maior produtor de frangos do
mundo. Contudo, garante ele, é um risco extremamente baixo. Depende primeiro
de como o problema evolui na China, se vai tornar-se uma pandemia ou não, e o
controle no país. Depois também está a questão da nossa segurança, ressalta.
Ele destaca que as autoridades no mundo inteiro estão alertas ao problema e investindo
em ações de prevenção. A expectativa é de que seja controlado e que não tenha
disseminação maior, diz.
Diferença
Alberto
Back menciona que no mundo inteiro há o trabalho para o lançamento de uma
vacina para humanos contra a gripe aviária, o que deve acontecer em alguns
meses. No entanto, o especialista expõe que não se pode comparar o caso da
gripe aviária com a questão da gripe suína. No caso desta, havia a transmissão
horizontal entre humanos e, por isso houve uma polêmica tão grande no mundo
inteiro. Porém, o veterinário não descarta a possibilidade disso vir a
acontecer e lembra que não há nenhuma evidência disso. Mas as autoridades
estão muito atentas, até porque já tivemos uma experiência negativa com a gripe
suína, expõe.
Se
houver a transmissão entre humanos, o PhD em Microbiologia, o risco de a doença
ser levada a outros países é maior, isto porque, no Brasil, por exemplo, há um
alto trânsito de chineses.
Biosseguridade
Apesar
do Brasil não ter uma biosseguridade ideal na avicultura, Alberto Back
considera que o país tem um dos melhores sistemas do mundo, com ações que
ajudam muito a prevenir a contaminação e transmissão de doenças aviárias.
Temos cuidados extremos com a importação de aves, que chegam ao país somente
por aeroportos específicos, na maioria como ovos e não aves vivas. Também há um
alerta em todo o Brasil com relação com materiais que chegam do exterior; nas
propriedades e indústrias há um programa rígido de biosseguridade… Há uma
série de medidas implementadas que dificultam a entrada da doença e, se ela
chegar, também estamos preparados para tomar medidas imediatas de contenção e
controle,detalha.
Já,
se pensarmos em humanos, diz o médico veterinário, é mais difícil o controle,
devido ao tráfego intenso de pessoas entre Ásia e o Brasil. Mas por enquanto a
doença está bastante restrita, o que nos dá uma certa tranquilidade. As medidas
são muito rígidas e intensas porque se trata de um país e um produto (ave) de
grande importância no mercado mundial, pontua, ao lembrar que não é a primeira
vez que ocorre caso de gripe aviária na Ásia Oriental.
Fonte: Luciany Franco/O Presente

Avicultura
Avicultura gaúcha divulga dados preliminares com aves natalinas e reafirma força do setor em 2025
Mesmo diante de adversidades climáticas e sanitárias, Rio Grande do Sul mantém produção robusta, estabilidade de mercado e posição estratégica no cenário nacional.

A avicultura gaúcha volta a demonstrar sua capacidade de superação, organização e protagonismo econômico. Em 2025, o comércio de aves natalinas no Rio Grande do Sul deve movimentar R$ 1,438 bilhão, resultado que representa um crescimento de 2% em relação a 2024, mesmo em um cenário marcado por desafios climáticos e sanitários que exigiram cautela e planejamento do setor.
Levantamento preliminar da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) aponta uma produção estimada de 56,4 mil toneladas de perus e aves natalinas, volume que, embora apresente uma leve retração de 2,4% frente ao ano anterior, confirma a robustez da cadeia produtiva, que adequou estrategicamente sua oferta sem comprometer o desempenho econômico.
Os dados refletem um mercado equilibrado e maduro. O preço do quilo do peru registrou reajuste médio de 4%, oscilando entre R$ 29,00 e R$ 31,00, enquanto as demais aves natalinas apresentaram estabilidade, com variação média de apenas 0,5%. As aves mais tradicionais seguem com preços entre R$ 13 e R$ 14,5 por quilo, mantendo competitividade e acesso ao consumidor.
Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, os números evidenciam a capacidade de resposta do setor frente às adversidades. “A avicultura gaúcha mostrou, mais uma vez, maturidade e responsabilidade produtiva. Adequamos volumes, preservamos mercado e mantivemos estabilidade comercial. Isso demonstra eficiência, planejamento e uma cadeia altamente profissionalizada, capaz de enfrentar crises e lutar por competitividade”, afirma.
Rio Grande do Sul é o segundo exportador nacional de carne de peru
A força do Rio Grande do Sul também se destaca no cenário nacional e internacional. O Estado é o segundo maior exportador de carne de peru do Brasil, com embarques anuais de aproximadamente 22,8 mil toneladas, reforçando sua relevância estratégica para a balança comercial e para o abastecimento global.
No mercado interno, o consumo de carne de peru permanece estável, com 0,297 quilo por habitante ao ano, consolidando o caráter sazonal, porém estratégico, do produto no período natalino.
Segundo a Asgav, o desempenho positivo ocorre apesar do elevado nível de exigência produtiva das aves natalinas, que demandam manejo diferenciado, maior consumo de ração, embalagens especiais, ampliação da capacidade de armazenagem, resfriamento, congelamento, logística dedicada e processos adicionais, como tempero e padronização — fatores que elevam os custos e exigem alto grau de gestão.
Ainda assim, a cadeia avícola gaúcha segue avançando, gerando renda, emprego e desenvolvimento regional. Para José Eduardo dos Santos, o setor reafirma sua relevância estrutural para o Estado. “A avicultura é um pilar da economia gaúcha. Mesmo em anos difíceis, seguimos entregando resultados, garantindo segurança alimentar, empregos e competitividade. Isso é fruto de investimento, tecnologia e, sobretudo, da capacidade do produtor e da indústria gaúcha de se reinventar”, conclui.
Com números consistentes, planejamento e visão de longo prazo, a avicultura do Rio Grande do Sul reafirma em 2025 sua pujança econômica, seu papel estratégico no agronegócio brasileiro e sua capacidade de transformar desafios em resultados.
Avicultura
Frango congelado apresenta oscilações ao longo da semana no mercado interno
Levantamento do Cepea/Esalq indica variações pontuais nas cotações nos últimos dias com leve recuo no fechamento da semana e estabilidade no acumulado mensal.

Os preços do frango congelado no estado de São Paulo apresentaram oscilações pontuais ao longo da última semana, com leve movimento de baixa no fechamento do período, segundo levantamento do Cepea/Esalq.
Na última sexta-feira (12), o produto foi negociado a R$ 8,11 por quilo, registrando queda diária de 0,25%. No acumulado do mês, entretanto, o preço permaneceu estável, sem variação percentual.
Nos dias anteriores, o mercado mostrou pouca movimentação. Em 11 e 10 de dezembro, a cotação ficou em R$ 8,13/kg, sem alterações diárias e com alta mensal de 0,25%. Já no dia 9, o preço também foi de R$ 8,13/kg, com avanço diário de 0,49%, sinalizando uma reação pontual das cotações.
No início da semana, em 08 de dezembro, o frango congelado foi comercializado a R$ 8,09/kg, com recuo diário de 0,12% e queda mensal de 0,25%.
O comportamento dos preços indica um mercado relativamente equilibrado, com pequenas oscilações diárias e ausência de tendência definida no acumulado do mês, refletindo cautela nas negociações e ajustes pontuais entre oferta e demanda.
Avicultura
Produção brasileira de ovos para consumo desacelera no terceiro trimestre
Levantamento do IBGE e Cepea indica leve queda trimestral na oferta porém aponta recorde histórico no acumulado de 2025 com impacto direto nos preços pagos ao produtor.

Dados do IBGE analisados pelo Cepea mostram que, entre julho e setembro, foram produzidas 1,02 bilhão de dúzias de ovos para consumo, queda de 1,4% frente ao trimestre anterior, mas alta de 2,5% na comparação com igual intervalo de 2024.
No acumulado do ano, a produção nacional soma 3,04 bilhões de dúzias, volume recorde para o período de toda a série histórica do Instituto, iniciada em 2012. Assim, pesquisadores do Cepea explicam que, mesmo com a leve retração na quantidade produzida, os valores dos ovos seguiram enfraquecidos ao longo do terceiro trimestre.
De acordo com levantamentos do Centro de Pesquisas, entre julho e setembro, a média dos ovos brancos tipo extra, a retirar (FOB) em Bastos (SP), foi de R$ 149,15/caixa com 30 dúzias, queda de 14% em termos reais (dados deflacionados pelo IGP-DI de nov/25), em relação ao trimestre anterior.
Para os ovos vermelhos, houve desvalorização real de 16% em igual comparativo, à média de R$ 164,45/cx na região paulista.
