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Rio Grande do Sul consolida status sanitário e amplia acesso a mercados com carne bovina de qualidade

Com atuação estratégica do Serviço Veterinário Oficial, Estado reforça vigilância após fim da vacinação contra aftosa e garante segurança sanitária, valorizando a pecuária e abrindo portas para exportações de alto valor agregado.

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Fotos: Divulgação/Seapi

Desde que o Rio Grande do Sul conquistou o status de zona livre de aftosa sem vacinação, em maio de 2021, a criadora de bovinos das raças Angus e Brangus de Bagé e Cacequi, Antonia Scalzilli, passou a ter acesso a mercados mais exigentes e à exportação com maior valor agregado, aumentando a competitividade da carne gaúcha. “E o Serviço Veterinário Oficial (SVO) do Estado não apenas viabilizou a certificação, mas continua sendo peça-chave para garantir os benefícios desse novo status sanitário aos pecuaristas, protegendo investimentos, ampliando mercados e assegurando a sustentabilidade da pecuária gaúcha no longo prazo”, afirma.

A produtora cria animais Angus na Estância do Retiro, em Cacequi, e animais Brangus, na Estância do Salso, em Bagé. “As propriedades estão na família há várias gerações. Nosso foco é em cria, venda de terneiros. E com o novo status, tivemos um grande avanço em sanidade animal e o reconhecimento internacional desta certificação”, conta Antonia. “O Rio Grande do Sul, livre de aftosa sem vacinação, com a implementação da rastreabilidade, a qualidade de carne (temos sólida genética de raças britânicas), sustentabilidade e práticas de bem-estar animal, tem tudo para acessar os melhores mercados internacionais. O que precisamos fazer é comunicar e fazer o mundo saber quem nós somos e como nós produzimos”, acredita.

A coordenadora do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e médica veterinária, Grazziane Rigon, explica que o SVO, no Rio Grande do Sul, é representado pelo Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), com atuação na defesa sanitária e inspeção de produtos de origem animal. É formado por médicos veterinários, técnicos agrícolas, auxiliares, entre outros profissionais .

“Desde a retirada da vacinação, em 2020, temos intensificado as ações preventivas, através do nosso sistema de vigilância, focando em realizar ações principalmente em áreas identificadas como de maior risco sanitário”, esclarece Grazziane. “Ou seja, unidades veterinárias em locais de maior atenção recebem mais metas para visita a propriedades e barreiras de trânsito. Essas metas são definidas semestralmente, por meio de ordem de serviço”.

Segundo a médica veterinária, entre as ações de mitigação de risco para a febre aftosa está a implementação do Programa Sentinela, que foi criado para reforçar as ações em fronteira.

Grazziane destaca que, de 2020 a 2024, o SVO realizou, em propriedades, 41 mil fiscalizações. “Foram inspecionados dois milhões de bovinos, 366 mil pequenos ruminantes como caprinos (bodes e cabras) e ovinos (carneiros e ovelhas) e sete milhões de suínos”.  Segundo ela, também foram executadas, nesse período, 4.610 barreiras de trânsito em rodovias estaduais e federais, e abordados 35 mil veículos. “Foram inspecionados 124.010 suínos e apreendidos 46; 56.605 bovinos e 540 apreendidos; 4.381 ovinos, sendo apreendidos 105; 163 bubalinos, apreendidos 33; e 28 caprinos inspecionados, sem apreensão alguma”.

Além disso, conforme Grazziane, “o Serviço Veterinário Oficial também atende a todas as notificações de suspeitas, de forma rápida e eficiente, com realização de colheita de material e envio para diagnóstico ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais, quando a suspeita é fundamentada”. De 2020 a 2025 foram realizadas 80 ocorrências, sendo cinco em 2025.

Outras ações de vigilância à febre aftosa são as fiscalizações a eventos com aglomeração de animais suscetíveis (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos). “Sendo obrigatório o acompanhamento do SVO ou de médico veterinário habilitado para 100% dos eventos com suscetíveis”, pontua a médica veterinária.

“A inspeção em abatedouros também faz parte do sistema de vigilância, ainda que seja uma vigilância mais tardia, pois o ideal é encontrar o quanto antes a doença, mas caso passe despercebida, é realizada inspeção ante e post mortem para verificação de possíveis sinais compatíveis”, salienta Grazziane.

Ela diz ainda que a educação sanitária junto a produtores e demais envolvidos da cadeia produtiva também é feita de forma rotineira, para manter a população sensibilizada quanto à sintomatologia e a importância da rápida notificação.

“Nosso trabalho é essencial para contribuir com a manutenção da condição sanitária de estado livre de febre aftosa sem vacinação. Atuamos na prevenção, por meio da vigilância ativa e passiva, monitorando o rebanho, realizando educação sanitária junto à cadeia produtiva, investigando qualquer suspeita e garantindo resposta rápida”, conclui Grazziane.

Dados do Programa Sentinela

De 2020 a 2024, foram realizadas 152 operações no Programa Sentinela, instituído em julho de 2020 como uma ferramenta em substituição à vacinação para febre aftosa, com o objetivo de intensificar as atividades de saúde animal na zona de fronteira internacional com o Uruguai e a Argentina.

Foram feitas 1.173 barreiras; vistoriados 6.143 veículos; percorridos 216,06 mil quilômetros; fiscalizadas 958 propriedades; inspecionados 104.056 bovinos, sendo abatidos sanitariamente 698; aplicadas 4,80 milhões de multas; fiscalizados 11.592 ovinos, 9.705 suínos, mais de duas mil toneladas de produtos cárneos e mais de sete mil toneladas de produtos lácteos.

Fronteira com o Uruguai

O fiscal estadual agropecuário lotado na Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) Santana do Livramento e membro do grupo técnico do PNEFA-RS, Aurélio Maia Vieira, diz que, nesses cinco anos de retirada da vacinação contra a febre aftosa, foram intensificadas as atividades de vigilância ativa na região, por fazer fronteira seca com o Uruguai, com uma extensão de cerca de 240 quilômetros.

Segundo Vieira, foram fiscalizados rebanhos de 555.912 bovídeos, 288.556 ovinos e 739 suínos, em aproximadamente 2.914 propriedades ativas. Desde então, baseado em estudos sobre a introdução e a disseminação do vírus da febre aftosa por análise multicritério, o Plano de Vigilância Baseada em Risco prevê metas de atividades de mitigação e um maior contato com produtores através de atividades de educação sanitária, buscando um maior engajamento do produtor e o entendimento da sua importância no processo de vigilância. “O objetivo é obter um melhor planejamento das atividades de forma que a resposta do SVO frente a um possível evento sanitário seja mais ágil e assertiva”.

Vieira relembra que, durante este período, pós-retirada da vacina, foram realizadas pela IDA Santana do Livramento fiscalizações em 567 propriedades, sendo de 49 mil bovinos, 104 mil ovinos e 562 suínos. E um total de 62 barreiras de trânsito, fixas e volantes, onde foram inspecionados 290 veículos.

De acordo com o médico veterinário, além das atividades previstas no Plano de Vigilância Baseada em Risco, foi criado o Programa Sentinela, importante na fiscalização de propriedades e controle de trânsito na fronteira com o Uruguai e Argentina. “Neste período conquistamos novos mercados internacionais para nossos produtos e também viabilizamos o mercado na transferência de genética para Santa Catarina”, destaca Vieira.

Foto: Fernando Dias

“Todas essas conquistas foram realizadas com um trabalho de alto nível feito pelo nosso Serviço Veterinário Oficial do Estado, através de seu corpo técnico (fiscais agropecuários, técnicos agrícolas, administrativos e auxiliares rurais), que incansavelmente se dedicam à Defesa Sanitária Animal, como forma de garantir a certificação dos nossos produtos e manter a saúde dos nossos rebanhos, juntamente com os produtores e as cadeias produtivas”, relata Vieira com satisfação.

“Para mim, fazer parte dessa equipe significa o resultado de um trabalho que vem sendo realizado há anos com muita dedicação e responsabilidade. Eu me sinto orgulhoso e satisfeito em estar contribuindo para a garantia e o controle da sanidade dos nossos rebanhos”, finalizou Vieira.

Para a diretora do DDA da Seapi, Rosane Collares, o reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação, de um país ou de uma área, é o resultado de todas as ações de defesa que são executadas ao longo dos anos. “A conquista reflete que é um sistema de defesa sanitária animal que está sendo avaliado e validado. Então, como gestores desse sistema no Rio Grande do Sul, nós entendemos que essa certificação, além de todos os benefícios comerciais, reflete o comprometimento e a qualidade do serviço de defesa sanitária animal aqui no Estado”.

Fonte: Assessoria Seapi

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Brasil lança certificação Carne Baixo Carbono na COP30

Nova certificação reconhece produtores que adotam práticas de baixa emissão, integra ciência e campo e posiciona o país como líder global em pecuária sustentável.

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Foto: Rodrigo Alva

Reconhecer e valorizar os produtores rurais que adotam boas práticas agropecuárias voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa, conciliando produtividade e conservação ambiental: esse é o propósito do Protocolo Carne Baixo Carbono (CBC). A  certificação, lançada no dia 16 de novembro durante a COP 30, é baseada no Protocolo Carne Baixo Carbono, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa ) em parceria com a MBRF e com apoio da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Entre seus pontos principais, o protocolo estabelece critérios técnicos e indicadores que permitem monitorar e certificar propriedades rurais que aplicam sistemas de intensificação sustentável — integração lavoura-pecuária (ILP), pastagens de alto desempenho produtivo, recuperação de pastagens e manejo eficiente do solo e da água.

Foto: Gilson Abreu

Essas técnicas promovem maior captura de carbono no solo e na vegetação, reduzindo o impacto climático da atividade pecuária e tornando o uso da terra mais eficiente, com menor pressão sobre novas áreas com vegetação nativa.

Na prática,  o CBC vai garantir ao consumidor que a carne foi produzida segundo rigorosos critérios ambientais e processos auditáveis, representando uma nova referência de sustentabilidade para a cadeia da carne bovina brasileira. “Apoiamos iniciativas como esta que aceleram a adoção de tecnologias de baixo carbono previstas no Plano ABC+, política do governo brasileiro para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O protocolo CBC é um pacote técnico muito completo e ganha ainda mais relevância com esta certificação, podendo posicionar o Brasil como liderança global em agricultura sustentável”, afirma Natália Grossi, analista de cadeias agropecuárias da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

Ela destaca que os benefícios aos produtores vão além do reconhecimento ambiental e incluem “pastos mais produtivos, valorização da carne, acesso a mercados mais exigentes e aumento da resiliência da fazenda — com solos mais férteis e menos vulneráveis às mudanças climáticas.”

“Com o selo, damos um passo decisivo na consolidação de uma cadeia de carne bovina de baixo carbono, transparente, auditável e capaz de gerar valor tanto para o produtor quanto para o consumidor. Trata-se de um avanço que reforça a liderança do Brasil na agenda da agricultura sustentável e na implementação das tecnologias do Plano ABC+”, afirma a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

Para a presidente da estatal, o Protocolo Carne Baixo Carbono traduz, em critérios técnicos e mensuráveis, o compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a valorização dos produtores que adotam boas práticas agropecuárias, como a recuperação de pastagens, a integração lavoura-pecuária e o manejo eficiente do solo e da água.

Foto: José Fernando Ogura

O selo de certificação será utilizado pela MBRF, uma das maiores companhias globais de alimentos, com portfólio multiproteínas que inclui carne bovina. A empresa é responsável pelo Programa Verde+, lançado em 2020, estruturado sobre os pilares de produção, conservação e inclusão. “Promovemos ações contínuas para uma pecuária de baixo carbono, 100% monitorada, livre de desmatamento e inclusiva. A Carne Baixo Carbono é um reconhecimento que valida nossos esforços e destaca a importância da integração entre ciência e campo para reduzir emissões, impulsionar a sustentabilidade e mostrar que o agro é — e deve ser — parte da solução climática global’, afirma Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade da MBRF.”

Massruhá ratifica que “a parceria entre a Embrapa e a MBRF para o desenvolvimento da Carne Baixo Carbono representa um marco na consolidação de uma pecuária mais sustentável e alinhada aos desafios climáticos globais. Essa certificação é resultado direto da ciência aplicada ao campo e da união entre o setor público e o setor privado em torno de um mesmo propósito: produzir mais, com menor impacto ambiental.”

A expectativa dos parceiros é que, com o avanço da adoção do protocolo e a crescente adesão de produtores, o Selo Carne Baixo Carbono se consolide como um marco na transição para uma pecuária de baixo impacto climático, contribuindo diretamente para as metas de descarbonização do Brasil no contexto do Acordo de Paris.

Fonte: Assessoria Embrapa Gado de Corte
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Dia de Campo da Embrapa destaca tecnologias para recuperar pastagens e elevar a produtividade

Evento em São Carlos (SP) apresentará, na prática, sistemas ILP e ILPF capazes de aumentar a renda, melhorar o solo e mitigar emissões na pecuária.

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Foto: Juliana Sussai

Tecnologias que podem aumentar a produtividade e a rentabilidade da fazenda serão apresentadas na prática durante o Dia de Campo na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), no dia 05 de dezembro.

Técnicos e produtores terão a oportunidade de conhecer, no campo, estratégias para a conversão de pastagens degradadas por meio da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e de sistemas integrados com árvores (ILPF).

Foto: Juliana Sussai

A imersão prática faz parte da programação do X Simpósio de ILPF do Estado de São Paulo, que começa no dia 04 de dezembro.

No Dia de Campo, na manhã do dia 05, vão ocorrer demonstrações de tecnologias de grande impacto econômico e ambiental, pois esses sistemas de produção têm potencial para mitigar gases de efeito estufa (GEE) e para o sequestro de carbono. Serão três estações.

Na primeira, pesquisadores vão apresentar como converter pastagens degradadas com a ILP. Recomendações para identificar o estado de degradação da pastagem e para implantar sistemas integrados, aliando práticas de manejo conservacionista do solo, para viabilizar maior oferta de pasto em períodos críticos do ano. Como inserir a ILP nas propriedades pecuárias para proporcionar, no mesmo hectare cultivado, soja para produção de grãos e, em seguida, uma pastagem de alta qualidade. A Unidade de Referência Tecnológica para recuperação de pastagens degradadas está sendo implantada pela Embrapa Pecuária Sudeste em parceria com a Baldan Implementos Agrícolas.

Já na estação 2, serão apresentados dados econômicos do sistema ILPF de longa duração e o cultivo consorciado de milho com braquiária entre as árvores. Os especialistas também vão falar das vantagens técnicas da ILPF como estratégia de mitigação de riscos para a agropecuária brasileira. Ao implantar o modelo, o pecuarista diversifica a renda, melhora a produtividade sem aumento de área, reduz o ciclo produtivo e, ainda assim, diminui as emissões de gases de efeito estufa. É uma forma de produzir carne de forma equilibrada com o meio ambiente.

Saúde do solo e bem-estar animal serão abordados na estação 3, na qual os produtores e técnicos vão conhecer a integração da pecuária de leite com árvores. O componente arbóreo proporciona conforto térmico aos animais em comparação com os sistemas tradicionais, a pleno sol. As árvores oferecem sombra às vacas, impactando o bem-estar e a produtividade. Os sistemas mais conservacionistas, como a ILPF, ainda contribuem para um solo mais saudável. Segundo o pesquisador Alberto Bernardi, as propriedades químicas, físicas e biológicas melhoram nesses modelos, promovendo altas produtividades e melhorando o vigor da pastagem ofertada aos animais, resultando em maior produção e renda.

Ao apresentar essas estratégias sustentáveis a produtores e técnicos, a Embrapa  contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2, 12 e 13, promovendo uma pecuária mais eficiente, responsável e em harmonia com o meio ambiente.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Caso de raiva em bezerro reacende alerta sanitário no Paraná

Morte registrada em Ortigueira impulsiona reforço na vacinação e na vigilância, enquanto o Estado já soma 218 casos confirmados da doença em 2025.

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Foto: Adapar

A morte de um bezerro diagnosticado com raiva em Ortigueira, nos Campos Gerais, reacendeu nesta semana o alerta para o enfrentamento da doença no Paraná. Considerada uma das zoonoses mais perigosas, a doença representa um grave risco tanto para a saúde pública quanto para a economia agropecuária do Estado, mobilizando órgãos oficiais a intensificarem as ações de vigilância e prevenção.

O vírus da raiva é transmitido por um tipo de morcego hematófago e é letal para os animas e para os humanos. O ciclo é este: o morcego morde o animal para chupar o sangue e transmite a raiva; outros animais e o ser humano contraem o vírus por meio de contato com o animal doente e a raiva se espalha e contamina os demais.

Foto: Arnaldo Alves

A presença da doença no Paraná é controlada: no ano passado, foram 258 casos de raiva comprovados em herbívoros; em 2025, foram mais de 400 investigados, sendo 218 casos confirmados até agora.

A vacina antirrábica é a única defesa eficaz contra a doença. “É uma vacina de baixo custo, pode ser aplicada pelo próprio produtor e deve ser dada anualmente. Isso precisa ser feito de maneira preventiva, porque depois que o animal já apresenta sinais clínicos não adianta mais”, salienta Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná).

Segundo ele, pela portaria nº 368/2025 da Adapar, 30 municípios no Estado têm obrigatoriedade de vacinar contra a raiva. O que não significa que a vacinação não seja necessária em outras regiões.

Estão na lista da portaria os municípios de Boa Vista da Aparecida, Braganey, Campo Bonito, Capanema, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Diamante D’Oeste, Foz do Iguaçu, Guaraniaçu, Ibema, Itaipulândia, Lindoeste, Matelândia, Medianeira, Missal, Planalto, Pérola D’Oeste, Quedas do Iguaçu, Ramilândia, Realeza, Rio Bonito do Iguaçu, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Três Barras do Paraná e Vera Cruz do Oeste.

A medida obriga a vacinação em herbívoros domésticos com idade a partir de três meses, incluindo búfalos, cavalos, bois, asnos, mulas, ovelhas e cabras.

Agilidade no controle e conscientização

A agilidade no controle de uma zoonose é crucial. Nesse quesito, o Paraná é pioneiro no uso de técnica molecular para diagnóstico de raiva em herbívoros. Isso é feito através do Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, da Adapar, primeiro laboratório da Rede Nacional de Agricultura a usar esse tipo de tecnologia. “Antes, levava alguns dias para comprovarmos um diagnóstico de raiva; agora conseguimos o resultado em menos de 24 horas”, conta Dias.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Mas a verdadeira barreira para conter o surto da doença passa primeiramente pelo cuidado com o rebanho ainda no campo. Essa conscientização dos pecuaristas – no que tange à vacinação e atenção aos sintomas – é muito importante. Além de ser letal para animais e humanos, a raiva impacta em uma grande cadeia produtiva, que envolve exportações, produção e consumo interno.

Por isso, o produtor deve comunicar a Adapar imediatamente sempre que os animais apresentarem sinais neurológicos como isolamento, andar cambaleante, perda de apetite, algum tipo de paralisia e salivação abundante.

Fonte: AEN-PR
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